Extensão máxima de gelo no Ártico é a menor da história; região perde
mais de 130 mil km2 de cobertura gelada desde a última medição
Limite da plataforma ártica, com cascatas de água derretida (© Nick Cobbing / Greenpeace)
O Centro de Dados Nacional sobre Neve e Gelo
(NSICD, em inglês) divulgou essa semana o nível máximo de gelo do
Ártico, e as notícias não são nada animadoras: mais um recorde de
diminuição da plataforma ártica. A nova extensão máxima divulgada é de
14,5 milhões de quilômetros quadrados – cerca de 1,1 milhão de
quilômetros quadrados abaixo da média entre 1981 e 2010. Essa é a pior
marca da história desde o começo das medições.
Em relação à medição anterior (2011-2012), o gelo encolheu 130 mil
quilômetros quadrados. Trata-se de uma quantidade imensa de massa
gelada, maior do que as áreas dos estados de Santa Catarina e Sergipe
somadas.
Fonte: NSICD - Março, 2015
O gelo ártico derrete e congela novamente num ciclo anual regular. A
cobertura gelada normalmente atinge sua extensão máxima entre fevereiro e
março. Depois disso, o gelo derreto com o verão, atingindo um nível
mínimo no mês de setembro. Essa medição serve para atestar a perda cada
vez maior de gelo no Ártico, uma vez que os níveis máximo e mínimo de
gelo diminuem ano a ano.
“Existe apenas um pequeno grupo de pessoas no planeta que vai receber
com satisfação essa notícia, e todas elas trabalham na indústria do
petróleo”, provoca Ben Ayliffe, coordenador da campanha Salve o Ártico
do Greenpeace Internacional. Nesse momento, a Shell está se preparando
para explorar no Alasca (cujo território faz parte do Ártico) por
combustíveis fósseis que derretem o gelo em primeiro lugar.
“Estamos sofrendo com enchentes, tempestades e secas causadas pelas
mudanças climáticas. Por isso milhões de nós estão comprometidos em
denunciar a Shell para que ela não possa se safar tão facilmente”,
conclui Ayliffe.
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