Thursday, June 28, 2012

Após Rio +20, fazendeiros ameaçam Xavante

Há 20 anos esperando que invasores sejam retirados de seu território, os índios Xavante foram à Rio +20 para cobrar a promessa feita pelo governo. Durante a conferência, 12 guerreiros da Terra Indígena Marãiwatsédé, do Mato Grosso, fizeram um ato a bordo do navio do Greenpeace, participaram da Marcha dos Povos e conseguiram entregar sua reivindicação nas mãos do governo. O ministro Gilberto Carvalho, braço-direito de Dilma Rousseff, e a presidente da Funai, Marta Azevedo, receberam a carta-denúncia e prometeram agir. Quem agiu primeiro, porém, foram os fazendeiros que, há anos, ocupam a Marãiwatsédé. Ao retornar para suas terras, os Xavante se depararam com uma série manifestações e ameaças pelo caminho. Segundo matéria do Repórter Brasil, desde o último sábado, a terra indígena “está ocupada por manifestantes que bloquearam o acesso à cidade de São Félix do Araguaia. Eles cavaram uma trincheira na estrada e queimaram pontes em outras vias de acesso à região em ato desesperado diante da sua iminente desintrusão”. De acordo com fontes locais, não há efetivo suficiente do governo federal para garantir a segurança dos cerca de 900 Xavante de Marãiwatsédé que se protegem em sua aldeia. As manifestações se desencadearam com o retorno dos indígenas da Rio +20. Mas também na esteira da sentença que saiu em 18 de maio deste ano, quando o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) autorizou a retirada imediata dos invasores de Marãiwatsédé. Saiba mais sobre a história dos Xavante de Marãiwatsedé aqui.Fonte;Greenpeace

Tuesday, June 26, 2012

Suba a Bordo do Rainbow Warrior em Santos

Mapa de VisitaçãoNos dias 30 de junho e 01 de julho, o público de Santos terá a oportunidade de subir a bordo do novo Rainbow Warrior, conhecer a tripulação e participar das campanhas de proteção ambiental do Greenpeace Brasil. Terceiro navio do Greenpeace a ostentar o nome Guerreiro do Arco-Íris, o navio foi lançado em outubro do ano passado, mas já se tornou um ícone em sustentabilidade. Cada detalhe foi pensado para reduzir ao máximo seu impacto sobre o meio ambiente, desde o uso da força dos ventos como principal motor, até um sistema de tratamento de água e resíduos. Seu motor de propulsão diesel-elétrica é acionado apenas sob condições climáticas desfavoráveis ou em ações que exijam potência máxima. Mesmo assim, o design inovador do casco permite que menos combustível seja gasto, com menos emissão de gases poluentes. A construção do navio só foi possível graças ao apoio de mais de 3 milhões de colaboradores regulares do Greenpeace em todo o mundo, além de 100 mil doações específicas. Na visita ainda será possível saber mais sobre a lei de Desmatamento Zero, proposta de iniciativa popular que pede o fim do desmatamento no país. O navio estará atracado no porto de Santos - armazém 25 (Avenida Cândido Gafrée, 25 - Santos - mapa do local). A visitação é gratuita e acontece nos dias 30 de junho e 01 de julho, das 10h às 16h. Venha com roupas confortáveis e não esqueça de trazer o seu RG e título de eleitor. Confira a agenda: Santos: 30 de junho e 1 de julho; Veja como foram as visitas ao Rainbow Warrior em outras cidades: Manaus: 24 e 25 de março; Belém: 5 e 6 de maio; Recife: 2 e 3 de junho; Salvador: 7 de junho; Rio de Janeiro: 16, 17, 21 e 22 de junho; Fonte;Greenpeace

Monday, June 25, 2012

Velejando na orla carioca

O Rainbow Warrior deixou o Rio de Janeiro e agora segue rumo à Santos para a próxima e última parada brasileira para visitação pública. (©Greenpeace/Rodrigo Paiva/RPCI) O Guerreiro do Arco-Íris levantou âncora ontem à tarde, içou suas velas quando passava pela praia de Copacabana e seguiu guiado pelos ventos pela orla de Ipanema e Leblon. Com a velocidade de 6 nós, aos poucos foi se despedindo e o Pão de Açúcar ficando pequeno no horizonte. “Foi uma viagem incrível”, disse Helena de Carlo, a marinheira carioca-australiana `a bordo do Rainbow Warrior, “mal posso esperar para voltar para o Rio de Janeiro com minha família. Tive dias cósmicos e consegui reencontrar minhas raízes”. Depois de receber mais de 10 mil visitantes em quatro dias – entre eles o ator Marcos Palmeira e integrantes do Paralamas do Sucesso – o Rainbow Warrior deixou o Pier Mauá, no Rio de Janeiro, para seguir rumo a Santos. Os doze dias na cidade maravilhosa foram intensos. Tivemos muitas atividades na Cúpula dos Povos, onde nossa tenda foi palco de debates e seminários sobre desmatamento zero e energias renováveis. Além disso, o Greenpeace participou da Marcha em Defesa dos Bens Comuns e Contra a Mercantilização da Vida, organizada pela Cúpula, mostrando a força da sociedade civil e quão alto sua voz pode soar para repercutir suas demandas. Agora, seguimos para Santos, a última parada brasileira onde o navio ficará aberto para visitação nos dias 30 de junho e 1 de julho, das 10hs às 16hs. Não percam a última oportunidade de conhecer a embarcação que é um exemplo de sustentabilidade.Fonte;Greenpeace

Wednesday, June 20, 2012

“Marãiwatsédé é dos Xavante!”

A bordo do Rainbow Warrior, índios Xavante do Mato Grosso fazem ato para lembrar promessa não cumprida na ECO-92 para desocupação de suas terras O cacique Damião Paridzané, durante ato no navio do Greenpeace. Foto: © Greenpeace/Rodrigo Paiva Na tarde desta terça-feira, 19, o Rainbow Warrior se transformou em palco para a manifestação de índios Xavante. Um grupo de índios realizou um ato no navio para lembrar promessa feita há duas décadas: durante a Eco 92, uma empresa italiana, que tinha comprado um latifúndio dentro do território indígena, prometeu, por pressão internacional, devolver a área a seus legítimos donos. Hoje, a já homologada Terra Indígena Marãiwatsédé, no Mato Grosso, continua tomada por fazendeiros. “O Brasil está brincando com os povos indígenas. Nada acontece, não tiram o posseiro, não tiram o fazendeiro. É uma vergonha. Não podemos esperar mais 20 anos”, disse o cacique Damião Paridzané. Durante o ato, o grupo apoiou a campanha do Desmatamento Zero. A atriz Alexia Dechamps também estava presente para apoiar a causa. “O que está acontecendo na Terra Indígena Marãiwatsédé não é exceção, é regra na Amazônia”, observa Tatiana de Carvalho, que coordena a campanha do Desmatamento Zero do Greenpeace. “Os Xavantes hoje vivem encurralados em uma área rodeada por devastação, o que tem um impacto direto no seu modo de vida. Os indios precisam da floresta para sobreviver.” Desde a década de 1960, quando foram retirados à força de seu território, abrindo espaço para a invasão de latifundiários, os Xavante enfrentam uma série de conflitos e dificuldades. Daquela época em diante, cerca de 90% da terra foi desmatada – ela é considerada uma das mais destruídas da Amazônia. “Enquanto na conferência oficial da ONU, as florestas ficaram de fora da discussão, na Amazônia o desmatamento continua. A lei do Desmatamento Zero é uma resposta da sociedade ao descaso de nossos governantes”, finaliza TatianaFonte;Greenpeace

Tuesday, June 19, 2012

Horizonte Renovável no Rio de Janeiro

Lançamento de novo relatório de Energia, Horizonte Renovável, do Greenpeace na tenda do Greenpeace na Cúpula dos Povos. Foto: ©Greenpeace/Rodrigo Paiva/RPCI “As pesquisas e as publicações do Greenpeace – Horizonte Renovável e Revolução Energética – impedem que o governo diga que Belo Monte é a única solução existente para a geração de energia no país. Esse mito não existe mais”, disse Felício Pontes, procurador da República no Pará. Hoje, na tenda do Greenpeace na Cúpula dos Povos, o material Horizonte Renovável e o mapa Aquarela Renovável, frutos de uma expedição do Greenpeace pelo Brasil, foram apresentados ao público. Ricardo Baitelo, coordenador da Campanha de Clima e Energia, junto com Camiila Bastianon, coordenadora de pesquisa, responsáveis pela publicação, falaram sobre o imenso potencial de energias renováveis no Brasil e como poderiam ser utilizadas. “As hidrelétricas não garantem a segurança energética no país. É uma solução economicamente viável, mas que não é socialmente justa”, afirmou Ricardo Baitelo. Camilla completou dizendo que “o mapa traz para cada Estado qual seria a melhor opção de geração de energia fazendo com que a matriz brasileira fosse mais eficiente”.Fonte;Greenpeace

Ao vivo: o potencial das energias renováveis

Amanhã, às 10 horas, na Cúpula dos Povos, o Greenpeace Brasil irá relançar e divulgar sua mais nova publicação Horizonte Renovável e o mapa Aquarela Renovável. O material é fruto de uma longa expedição que a organização fez do norte ao sul do país para mapear o cenário das energias renováveis e seu enorme potencial. O Coordenador da Campanha de Clima e Energia, Ricardo Baitelo, e a Coordenadora de Pesquisas, Camilla Bastianon, estarão presentes para contar como foi a produção da publicação e sobre como o Brasil pode ser o primeiro país a ter toda sua matriz energética proveniente de fontes limpas e renováveis. Para quem estiver no Rio de Janeiro, o evento é aberto e será realizado na tenda do Greenpeace, que fica na entrada do Território do Futuro 2, no aterro do Flamengo. Ou então, acompanhe ao vivo aqui a partir das 10h.Fonte;Greenpeace

Os efeitos do pré-sal

Na tenda Greenpeace na Cúpula dos Povos, especialistas discutem os efeitos da exploração de petróleo e gás no pré-sal. Foto: ©Greenpeace/Rodrigo Paiva/RPCI “A cadeia produtiva do petróleo já recebeu os investimentos necessários, o que precisamos agora é de recursos e de inovação na prevenção”, afirmou David Zee, professor da UERJ e Coordenador do Mestrado em Meio Ambiente da Universidade Veiga, durante debate sobre os riscos e impactos ambientais do pré-sal na tenda do Greenpeace na Cúpula dos Povos. Enquanto Zee falou sobre a importância de pesquisas que minimizem os impactos da exploração de petróleo no pré-sal, Guilherme Dutra, diretor do Programa Marinho da CI (Conservação Internacional), questionou a ausência de proteção efetiva da região de Abrolhos. “Caso houvesse um vazamento, os recifes seriam afetados em apenas 5 dias”, disse Dutra. A proteção dos oceanos e a conservação marinha devem ser prioridades para que haja a preservação efetiva do meio ambiente e também da rica biodiversidade existente em Abrolhos. Segundo Nilo D’Ávila, diretor adjunto de Campanhas do Greenpeace, “As pessoas tem que entender que não existem fronteiras para as emissões de carbono e que precisamos de uma revolução energética para garantir um futuro mais limpo.” Acompanhe aqui como foi o evento: Fonte;Greenpeace

O povo quer desmatamento zero

Mais de 5 mil pessoas vieram ao Pier Mauá para conhecer o Rainbow Warrior, o mais novo navio da frota do Greenpeace. Foto: ©Greenpeace/Juliana Coutinho A campanha pelo desmatamento zero aportou no Rio de Janeiro, tanto no Rainbow Warrior quanto na Cúpula dos Povos, e tem conquistado a população. Neste fim de semana, mais de dez mil assinaturas foram recolhidas em uma grande mobilização. No navio, 5 mil pessoas assinaram a petição que está nas ruas desde março deste ano. Já na Cúpula dos Povos, onde o Greenpeace montou a Tenda Tom Jobim, o movimento foi significativo: na sexta-feira, no sábado e no domingo, 5.130 eleitores aderiram ao projeto que objetiva acabar com o desmate no Brasil. A expectativa é de que até o fim do próximo ano 1,4 milhão de eleitores assinem a proposta, similar à Ficha Limpa. A ideia é levar esse abaixo-assinado ao Congresso Nacional para que seja votada uma lei de iniciativa popular. “Embora o futuro das florestas esteja sendo menosprezado na reunião oficial do Rio Centro, a adesão das pessoas tem sido enorme,” disse a coordenadora da campanha do desmatamento zero do Greenpeace, Tatiana de Carvalho. Até o momento, mais de 341 mil brasileiros deram seu suporte. Na Aterro do Flamengo, espaço onde os movimentos sociais e ONGs estão se organizando para propor uma agenda alternativa à Rio+20, com discussões que almejam construir um mundo mais verde e limpo, as pessoas foram à tenda do Greenpeace para se informar sobre suas atividades e ações, assim como tiveram a oportunidade de ver uma exposição de fotos que resume os 20 anos da ONG no país. Outro atrativo no local é o fato de a energia que está sendo distribuída na tenda ser proveniente de placas fotovoltaicas que captam os raios solares. Voluntários preparam em uma cozinha solar alguns quitutes para quem passa por lá. “A geração solar no nosso espaço é um demonstrativo de que é possível para o Brasil aproveitar esse potencial energético abundante. Este foi um dos fatores que mais atraiu a curiosidade dos visitantes”, afirma o coordenador da campanha de Clima e Energia da organização, Iran Magno. E tem mais Greenpeace no Rio nesta semana. Acompanhe a agenda aqui no site. A tenda ficará montada até o fim da Cúpula dos Povos, em 23 de junho. Já nos dias 21 e 22 de junho, o Rainbow Warrior estará aberto novamente para que todos possam conhecer a mais moderna e sustentável embarcação da frota da organização. Assine a petição.Fonte;Greenpeace

Greenpeace é recebido de braços abertos no Rio

O final de semana teve um gostinho de quero mais: 5 mil pessoas visitaram o navio Rainbow Warrior no Pier Mauá, no Rio de Janeiro. Durante as 12 horas de abertura do navio, a população lotou o cais, recebendo com sorrisos e muita alegria o mais novo navio da organização. Os motivos do interesse do público são muitos: em plena Rio+20, visitar o navio que perpetua e narra a história da organização é oportunidade que, sem dúvida não pode ser perdida. Isso, sem contar as inúmeras visitas à tenda do Greenpeace na Cúpula dos Povos, onde os visitantes conheceram a oficina solar e uma exposição de fotos que conta os 20 anos de Greenpeace no Brasil e suas campanhas.Fonte;Greenpeace

Ao vivo: riscos ambientais do pré-sal

segunda-feira, 18 de junho de 2012 Evento na tenda Greenpeace na Cúpula dos Povos. Foto: ©Greenpeace/Rodrigo Paiva/RPCI Há quem diga que o pré-sal é a poupança que o Brasil precisa para, definitivamente, elevar o país a uma nova era de desenvolvimento econômico e social. Mas esse discurso ignora outra discussão: os riscos ambientais que a exploração deste petróleo representa vale a pena? Em mesa redonda realizada na Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20, nesta segunda-feira, 18, o Greenpeace convidou especialistas para colocar o assunto em pauta. “Riscos e impactos ambientais do pré-sal” terá a participação de Nilo D'Ávila, diretor adjunto de Campanhas do Greenpeace, Guilherme Dutra, diretor do Programa Marinho da CI (Conservação Internacional) e de David Zee, professor da UERJ e Coordenador do Mestrado em Meio Ambiente da Universidade Veiga. Para quem estiver no Rio de Janeiro, o evento é aberto e será realizado na tenda do Greenpeace, que fica na entrada do Território do Futuro 2, no aterro do Flamengo. Ou então, acompanhe ao vivo aqui a partir das 10h.Fonte;Greenpeace

Monday, June 18, 2012

Ao vivo: riscos ambientais do pré-sal

Em mesa redonda realizada na Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20, nesta segunda-feira, 18, o Greenpeace convidou especialistas para colocar o assunto em pauta.Em mesa redonda realizada na Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20, nesta segunda-feira, 18, o Greenpeace convidou especialistas para colocar o assunto em pauta.Fonte;Greenpeace

Sunday, June 17, 2012

Posição preliminar sobre a Rio+20

Greenpeace considera documento das negociações preparatórias pouco ambicioso e insatisfatório para 'o futuro que queremos' Se adotado por completo, o texto que disponibilizado pelo governo brasileiro na noite do dia 16 de junho, na Conferência das Nações Unidas pelo Desenvolvimento Sustentável - Rio+20 - condenaria o mundo a um futuro de poluição, destruição e fraude. "Não existe nenhuma ação no documento, nenhum compromisso, nada do futuro que queremos”, disse Daniel Mittler, diretor de Política do Greenpeace International. "Resumidamente: dos 287 pontos, apenas sete começam com nós nos comprometemos. A palavra ‘voluntário’ aparece 16 vezes, enquanto ‘conforme apropriado’ – linguagem da ONU para ‘não fazer nada’ – domina o texto, com 31 menções. As estatísticas não são tudo, mas estes números mostram que os governos, em geral, estão negociando adiamentos e nenhuma ação real no Rio de Janeiro”. "Um dos assuntos que se salvam é o compromisso com um plano de proteção dos reservas marinhas. Se os governos se comprometerem a um plano de proteção dos oceanos sera a única conquista dessa conferência”, completou Mittler. Análise ponto a ponto Oceanos Estamos satisfeitos com a priorização do assunto oceanos, uma questão chave para a conferência, em um parágrafo que concorda em negociar um plano de proteção das áreas marinhas – um acordo sobre a biodiversidade em alto mar está proposto no novo texto brasileiro. Esta é uma notícia positiva e também uma oportunidade para que essa conferência ofereça algo substancial para o meio ambiente. O parágrafo tem de ser reforçado nas negociações, e um prazo para a celebração desse acordo em 2016 deve ser reinserido. Objetivos do Desenvolvimento Sustentável O texto não aborda a urgência de uma ação sobre questões fundamentais como as alterações climáticas, energia, desmatamento zero e proteção dos oceanos. Ele ainda não consegue definir os temas para as novas metas a serem acordadas. Em vez disso, ele apenas sugere que o processo seja iniciado, com um pedido de um relatório em setembro de 2013. A linguagem sobre a mobilização de recursos financeiros não é nada mais que um gesto simbólico em resposta à pressão dos países do G77 (ver Meios de Implementação). Meios de Implementação Em geral, o texto está enfraquecido. Não há mais qualquer referência a metas financeiras concretas (tais como os 30 bilhões estimados até 2017). O quadro de mobilização financeira exigida pelo G77 foi transformado em uma estratégia mais genérica. Uma vez que a referência a "financiamento inovador" é um passo à frente, se os governos estão seriamente empenhados em fazer alguma ação séria na conferência, eles se farão um compromisso sobre um imposto sobre transações financeiras. A criação de um processo intergovernamental de financiamento ainda está em discussão, incluindo a criação de um comitê até 2014. Quadro Internacional para o Desenvolvimento Sustentável O texto não apoia a criação das instituições necessárias para finalmente atingir o desenvolvimento sustentável. Ele só aspira a "construir" uma Comissão para o Desenvolvimento Sustentável desmantelada. Em vez de criar um novo corpo para o Desenvolvimento Sustentável no Rio, tudo o que temos é uma proposta para iniciar negociações sobre um novo Fórum de discussões para ser aprovado em setembro de 2013. Não há uma proposta para atualizar o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) ao status de Agência Financiadora. A proposta de financiamento extra é positiva, mesmo apesar de ser delimitada a partir do orçamento já sobrecarregado do núcleo das Nações Unidas. Isso, pelo menos, acaba com a situação do PNUMA de ter que implorar por fundos a cada ano. Economia Verde O texto de Economia Verde não faz sentido. O acordo da Agenda 21, de 20 anos atrás, era mais significativo do que o que está sendo proposto agora. O que temos é nada menos do que um convite para uma proposta enganosa de sustentabilidade, com países como a Coréia colocando energia nuclear como economia verde. Florestas O texto que fala de florestas é uma imensa vergonha. O já enfraquecido combate ao desmatamento foi eliminado das propostas. Alimentação e Agricultura Este texto é um insulto para os pequenos agricultores que precisam de apoio urgente para fazer a transição para uma agricultura ecologicamente sustentável. Não foi estabelecido qualquer compromisso, ou metas ou prazos. Os únicos satisfeitos com este texto serão as empresas do agronegócio que podem continuar a empurrar os seus intensivos químicos e sistemas agrícolas industriais ultrapassados goela abaixo da sociedade. Mudanças Climáticas O texto é simplesmente inútil: ele não faz nada além de repetir o triste estado das negociações da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em Compenhagen. Energia Este texto foi enfraquecido. Enquanto fala em alcançar uma maior utilização de fontes de energias renováveis, ​não propoe metas baseadas nas "tecnologias de baixo carbono" da qual tanto se fala – um eufemismo para tecnologias perigosas e caras como a energia nuclear e o sequestro de carbono. Subsídios aos combustíveis fósseis Não há ação quanto a subsídios aos combustíveis fósseis, sem menção a prazos para eliminar o aquecimento global, apenas uma vaga menção a "ineficientes" subsídios aos combustíveis fósseis. Fonte;Greenpeace

Amazônia entregue de bandeja na Rio+20

Anfitrião da Rio+20, governo brasileiro abre novamente precedente ao desmatamento na Amazônia. (©Greenpeace/Daniel Beltrá)No dia seguinte à divulgação do documento base das negociações na Conferência Rio+20, onde o tema da proteção florestal foi novamente esvaziado, o Greenpeace pode afirmar com propriedade que “o que (não) se propõe para as florestas, na redação atual, é uma vergonha”. Retirando do texto trechos que abordavam a necessidade de redução do desmatamento, o governo brasileiro se mostra coerente com a linha de atuação que vem seguindo, inclusive durante todo o debate – e o desmantelamento – do Código Florestal no Congresso. Apenas algumas semanas atrás, a presidente Dilma entregou a Amazônia de bandeja ao agronegócio que financia o desmatamento, ao concordar com partes substanciais do novo Código Florestal ruralista. Para o Greenpeace, organizações da sociedade civil e mais de 80% dos cidadãos brasileiros, o novo Código é uma tragédia, e vai fatalmente comprometer os recentes avanços na redução do desmatamento brasileiro. Na Rio+20, pelo visto, não será diferente. “O que o mundo precisa – um acordo entre os chefes de Estado para acabar com o desmatamento global até 2020 – não está sequer na mesa de debates. Ouvindo as negociações durante as discussões preparatórias temos a impressão de que ou está tudo bem com o meio ambiente no mundo, ou a situação é tão desesperadora que os governos estão simplesmente à mercê das grandes empresas que desmatam e se beneficiam da destruição da floresta”, diz artigo publicado hoje por Renata Camargo, coordenadora de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil, e Martin Kaiser, coordenador de campanhas do Greenpeace Alemanha. Há vinte anos, no Rio, os governos não conseguiram realizar uma convenção de florestas. Desde então, o processo da ONU sobre o tema florestal não conseguiu avançar e, na Comissão Preparatória da Rio+20, mesmo o presidente do “grupo dissidente” não ficou impressionado. Ele observou na última quinta-feira que apenas três parágrafos sobre florestas seria “embaraçoso” como resultado. “O número de parágrafos não é um grande problema, mas estamos de acordo que o texto da Rio+20 sobre florestas é vergonhoso. A única taxa tolerável de desmatamento é zero. O Brasil deve decidir se quer ser conhecido como a nação líder no caminho para a prosperidade sustentável e o desmatamento zero, ou como uma nação que mostrou que o desmatamento pode ser interrompido, mas não conseguiu fazê-lo simplesmente para atender interesses de um único sector focado no lucro a curto prazo”, afirma o Greenpeace. Em contraponto à falta de iniciativa do governo brasileiro para proteger essa riqueza natural, maior patrimônio do país, organizações da sociedade civil no Brasil lançaram em parceria uma lei de iniciativa popular para forçar o Congresso Nacional a discutir uma lei de desmatamento zero. O Movimento dos Sem Terra (MST), a Igreja Católica e o Greenpeace estão recolhendo assinaturas para a iniciativa na Cúpula dos Povos. Mais de 330 mil pessoas já se juntaram à campanha. Faça sua parte e apoie essa causa.Fonte;Greenpeace

Saturday, June 16, 2012

Vinte anos depois, marchando para trás

Vinte anos depois da Eco-92, a histórica conferência de meio ambiente da ONU (Organização das Nações Unidas), a constatação é que a atual agenda política brasileira vai na marcha ré. Esta foi a opinião expressa por ambientalistas reunidos na manhã deste sábado na tenda do IDS (Instituto Democracia e Sustentabilidade) na Cúpula dos Povos – conferência paralela à Rio+20, organizada pela sociedade civil ao longo do aterro do Flamengo, na capital fluminense. Contando com a participação, entre outros, do Greenpeace, do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), Imazon e ISA (Instituto Socioambiental), os participantes concordaram que o novo Código Florestal foi apenas o início do retrocesso que setores conservadores do Congresso querem implementar – tudo com a chancela do governo. “O governo brasileiro não apenas está se omitindo do debate para aprimorar a legislação ambiental e a governança, mas houve uma regressão”, avalia João Paulo Capobianco, do IDS. Para exemplificar seu argumento, além do massacre do Código Florestal, ele cita a Lei Complementar 140, que esvaziou as atribuições do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) e reduziu o poder de fiscalização do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis). “Infelizmente, esse grave retrocesso está apenas começando.” Esse movimento anti-ambiental, entretanto, se choca com os desejos da sociedade civil. “Oitenta por cento da população foi contrária ao novo Código Florestal, mas 80% do Congresso Nacional votou favorável”, disse Osvaldo Stella, do Ipam. “Existe uma ruptura entre o que o Congresso faz e o que a sociedade espera.” Segundo Nilo D’Ávila, coordenador de políticas públicas do Greenpeace, a solução possível para este impasse é o fortalecimento da sociedade civil. “Na conferência da Rio+20, o Greenpeace abandonou o diálogo com o governo porque este governo não dialoga”, disse D’Ávila. Pedimos que as ONGs façam o mesmo e venham para a Cúpula dos Povos. O verdadeiro diálogo está aqui."Fonte;Greenpeace
Helena De Carlos faz parte da tripulação que está a bordo do novo Rainbow Warrior no Brasil. A marinheira do Greenpeace nasceu no Rio de Janeiro e, apesar de ter esquecido a língua portuguesa, tem muitas memórias sobre sua infância em Ipanema e em Copacabana. Aos 6 anos, seus pais se mudaram para a Austrália, o país de origem de sua mãe, e levaram suas duas filhas junto. "No começo, eu me sentia estranha. Eu era mais espontânea e aberta do que as outras crianças, acho que isso sempre vai fazer parte do meu jeito brasileiro", diz Helena. Sua história no Greenpeace começou no time de web do escritório neozelândes. Ela teve a oportunidade de embarcar em um dos navios e foi quando decidiu que queria ser marinheira e viajar o mundo assim como seus pais fizeram. Agora, a bordo do Rainbow Warrior ela teve, pela primeira vez, um reencontro emocionante com sua cidade natal.Fonte;Greenpeace

A marinheira carioca

Helena De Carlos faz parte da tripulação que está a bordo do novo Rainbow Warrior no Brasil. A marinheira do Greenpeace nasceu no Rio de Janeiro e, apesar de ter esquecido a língua portuguesa, tem muitas memórias sobre sua infância em Ipanema e em Copacabana. Aos 6 anos, seus pais se mudaram para a Austrália, o país de origem de sua mãe, e levaram suas duas filhas junto. "No começo, eu me sentia estranha. Eu era mais espontânea e aberta do que as outras crianças, acho que isso sempre vai fazer parte do meu jeito brasileiro", diz Helena. Sua história no Greenpeace começou no time de web do escritório neozelândes. Ela teve a oportunidade de embarcar em um dos navios e foi quando decidiu que queria ser marinheira e viajar o mundo assim como seus pais fizeram. Agora, a bordo do Rainbow Warrior ela teve, pela primeira vez, um reencontro emocionante com sua cidade natal.Fonte;Greenpeace

Agenda de atividades no Rio de Janeiro

sexta-feira, 15 de junho de 2012 © Greenpeace / Rodrigo Paiva Após uma expedição pela Amazônia e pela costa brasileira, o mais novo e moderno navio de campanhas do Greenpeace chega, enfim, ao Rio de Janeiro, para participar das discussões que envolvem a Rio+20. Pela primeira vez no Brasil, no ano em que a organização completa 20 anos no país, o Rainbow Warrior vai abrir as portas para visitação pública gratuita. Neste fim de semana, 16 e 17, e nos dias 21 e 22, o público poderá subir a bordo, conhecer a tripulação e saber mais sobre as campanhas do Greenpeace no Brasil. Tinindo de novo – foi inaugurado no ano passado – o veleiro representa o que há de mais moderno e sustentável em termos de navegação. Abaixo, a agenda do Greenpeace no Rio: 16/6 – de 10h às 16h Visitação pública ao Rainbow Warrior Local: Rainbow Warrior, Pier Mauá, Armazém 2 Saiba mais: http://bit.ly/Lg9jnv 17/6 – de 10h às 16h Visitação pública ao Rainbow Warrior Local: Rainbow Warrior, Pier Mauá, Armazém 2 Saiba mais: http://bit.ly/Lg9jnv 18/6 – de 10h às 12h Proteja Abrolhos Palestrantes: Nilo D'ávila (coordenador de pesquisa da campanha de Energia - Greenpeace), Guilherme Dutra (diretor do Programa Marinho, Conservação Internacional), David Zee (professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e Coordenador do Mestrado em Meio Ambiente da Universidade Veiga de Almeida) Local: Cúpula dos Povos, estande do Greenpeace 18/6 – de 14h às 16h Oficina Solar Local: Cúpula dos Povos, estande do Greenpeace 19/6 – de 10h às 12h Beleza Renovável: apresentação de relatório sobre o estado da arte das energias renováveis no Brasil Palestrantes: Ricardo Baitelo (campanha de Clima e Energia), Camila Bastianon (pesquisadora, Greenpeace), Felício Pontes (procurador federal da República, MPF/PA) Local: Cúpula dos Povos, estande do Greenpeace 20/6 – 14h Participação na Marcha dos Povos Local: da Candelária ao Forte de Copacabana 21/6 – 9h30 Coletiva de imprensa sobre a campanha Polar Local: Riocentro 21/6 – de 10h às 16h Visitação pública ao Rainbow Warrior Local: Rainbow Warrior, Pier Mauá, Armazém 2 21/6 – de 10h às 12h O mercado de energia solar no Brasil – evento a ser confirmado Local: Cúpula dos Povos, estande do Greenpeace 22/6 – de 10h às 16h Visitação pública ao Rainbow Warrior Local: Rainbow Warrior, Pier Mauá, Armazém 2Fonte;Greenpeace

Desmatamento zero chega à Rio+20

Evento leva a iniciativa popular pela proteção total das florestas brasileiras para a Cúpula dos Povos e dá voz às centenas de milhares de pessoas que já assinaram a petição Populares assinam pelo Desmatamento Zero na Cúpula dos Povos ao lado da tenda do Greenpeace Foto: ©Greenpeace/Juliana Coutinho O desmatamento zero chegou à Rio+20. Um evento realizado nesta manhã, na tenda do Greenpeace na Cúpula dos Povos, reuniu atores da sociedade civil organizada para dar voz à iniciativa popular para proteger de vez as florestas do Brasil. Entidades tais como a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), assim como o governo do Amapá e lideranças políticas de defesa do meio ambiente prestigiaram o debate e expuseram o quão importante é o Brasil ter uma um projeto de nação que acabe com o desmate. O PV (Partido Verde) anunciou que já está nas ruas coletando assinaturas. “A campanha é uma resposta dos brasileiros à ofensiva em Brasília que acabou com o Código Florestal. Mostra também que as pessoas querem um futuro mais verde mesmo quando seus governantes decidem puxar o freio de mão e ignorar o que o mundo de fato necessita, como parece acontecer nestes dias no Rio”, afirma Marcio Astrini, da campanha da Amazônia do Greenpeace. O projeto tem como objetivo recolher 1,4 milhão de assinaturas de eleitores brasileiros para levar, ao Congresso Nacional, um projeto de lei popular, nos moldes do Ficha Limpa. Até agora, mais de 334 mil já deram seu apoio, além de políticos, artistas, organizações sociais e ambientais. Segundo Dom Guilherme Werlang, presidente da Comissão Pró-Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), agora deve-se “aproveitar o momento desta campanha de coleta de assinatura para fortalecer os movimentos sociais. Estamos vivendo um refluxo: eles não estão tão fortes e combativos como tempos atrás. É hora de reerguer esta luta. Povo forte é um povo consciente e participativo.”Nos últimos 3 meses, o Rainbow Warrior também serviu de plataforma de divulgação da iniciativa do desmatamento zero e angariou parceiros por onde passou, especialmente entre aqueles que dependem da floresta para sobreviver. A cada parada na Amazônia – como em Santarém, Porto de Moz, Gurupá e Belém – sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais, ONGs, grupos de extrativistas, agricultores familiares, quilombolas e lideranças indígenas deram seu suporte. Em Macapá, o governador Carlos Camilo Capiberibe foi o primeiro a assinar a iniciativa pelo desmatamento zero. O Amapá é o Estado amazônico que tem mais florestas preservadas em seu território, e assim quer permanecer. “Seus dois senadores, João Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), se opuseram às mudanças no Código Florestal, o que demonstra a preferência do Estado pela preservação.” Ambos também subscreveram a iniciativa pelo desmatamento zero. O diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo, destacou que “é uma insanidade não punir quem desmata, emprega mão de obra escrava e viola os direitos humanos.” Na sua avaliação, o esforço da população brasileira para entregar 1,4 milhão de assinaturas no parlamento é algo possível.;Fonte;Greenpeace

Sunday, June 10, 2012

Rumo ao Rio de Janeiro

Mal havíamos acabado de tomar o café da manhã ontem e o Rainbow Warrior levantou âncora e recomeçou sua viagem. Em Recife e Salvador, o Greenpeace conseguiu mostrar a todos o enorme potencial das energias renováveis no Brasil e como elas podem ser aproveitadas para fazer com que o país cresça e se desenvolva, mas sem ter que deixar rastros de destruição. Nossa próxima parada é o Rio de Janeiro onde devemos aportar na quarta-feira. Enquanto navegamos na imensidão azul, nos preparamos para os eventos dos próximos dias, entre eles, a Cúpula dos Povos e a Conferência Rio+20 na qual, mais uma vez, discutiremos desenvolvimento sustentável. A primeira vez em que este termo foi usado foi em 1987, na Comissão das Nações Unidas para Meio Ambiente e Desenvolvimento, para dizer e garantir que desenvolvimento e preservação ambiental são compatíveis e complementares. De lá pra cá, 25 anos se passaram, e o tema ainda continua sendo uma das maiores preocupações mundiais e uma das equações mais complicadas para os países resolverem. Nesse meio tempo, ainda tivemos a ECO-92, da qual uma série de documentos foram aprovados e na qual muitos países se comprometeram com questões como mudanças climáticas e proteção da biodiversidade. Dito tudo isso, fica clara qual a preocupação com a Rio+20. Quais serão os compromissos que os países vão assumir para que as próximas gerações tenham acesso aos mesmos recursos naturais que temos hoje? E será que estes serão cumpridos? A sociedade civil tem importância fundamental neste debate e, junto com o Greenpeace e outras organizações, deve cobrar respostas para essas perguntas. Enquanto a Rio+20 não chega, vocês podem dar uma espiada em algumas cenas que o nosso fotógrafo Rodrigo Paiva, que está a bordo do Rainbow Warrior, fez do dia a dia do navio e ao final da nossa estadia em Salvador. *Marina Yamaoka está a bordo do navio Rainbow Warrior;Fonte,Greenpeace

Thursday, June 7, 2012

Dia de visita em Salvador

Mapa de VisitaçãoO navio Rainbow Warrior continua sua expedição pelo Brasil e chega em Salvador para divulgar as campanhas da Amazônia e de Clima e Energia. Durante o feriado de Corpus Christi, ele estará atracado no Porto de Salvador e poderá ser visitado pelo público amanhã, quinta-feira, das 10h às 16h. A tripulação do mais novo navio do Greenpeace espera por você! A entrada será feita pelo terminal de passageiros e os visitantes poderão se informar sobre como proteger nossas florestas e entender o imenso potencial de energias renováveis que pode fazer com que o Brasil seja o primeiro país a ter uma matriz energética totalmente limpa e renovável.Fonte;Greenpeace

Wednesday, June 6, 2012

Você conhece a história de Marãiwatsédé?

“Antiga mata bonita”. O significado da palavra Marãiwatsédé define com precisão a Terra Indígena que nomeia. No norte de Mato Grosso, na região conhecida como Vale do Araguaia, o local que abriga cerca de mil Xavantes é uma terra arrasada. Os peixes que alimentam a população chegam de carro: com rios secos ou contaminados, os indígenas não pescam mais. Periodicamente, um veículo carregado de pesca vende o produto na aldeia. É assim também para a construção das malocas. Sem florestas ao redor – 85% do território foi desmatado –, resta aos indígenas comprar paus, cipós e palhas no comércio fora dali. Demarcada em 1993 e homologada em 1998, a Terra Indígena Maraiwatsede é o avesso do que a lei determina para uma TI. No papel, a legislação é clara ao proibir “qualquer pessoa estranha aos grupos tribais (...), assim como atividade agropecuária ou extrativa” nessas áreas. É o que mais se vê ali. Em 2012, as promessas para devolução do território tradicional dos Xavante de Marãiwatsédé completam duas décadas, e o povo indígena estará na Rio +20 cobrando isso do governo e da Justiça. “O Brasil está brincando com os povos indígenas. Hoje a Justiça só está trabalhando através do dinheiro. Por isso nada acontece, não tiram o posseiro, não tiram o fazendeiro. É uma vergonha. Por isso, vamos cobrar duro, vamos pressionar”, avisa o cacique Damião Paridzané. Investigações do Greenpece feitas nos ultimos três anos dá nome aos bois: a JBS, maior frigorífico do mundo, tem comprado gado de fazendas ilegais instaladas na Marãiwatsédé. E, com isso, tem jogado carne e couro brasileiros ilegais no mercado internacional. Grandes clientes da JBS na Europa, como Adidas, Clarks, Ikea, Princess, Sainsbury’s, Asda e Tesco anunciaram hoje ter quebrado contratos. Os indigenas de Marãiwatsédé, porém, precisam de ajuda. E para isso, o maior número de pessoas tem que começar a conhecer sua história. Nesta quarta-feira, 6, às 11h, compartilhe a palavra #Maraiwãtsédé nas redes sociais, exigindo que o o governo retire imediatamente os fazendeiros da terra indígena. Para saber mais detalhes sobre essa história e sobre a mobilização dos Xavante de Marãiwatsédé durante a Rio + 20, clique aqui. E assista o vídeo abaixo, que mostra a devastação que grandes empresas têm financiado nesse território.Fonte;Greenpeace

Tuesday, June 5, 2012

Agora, mais do que nunca

terça-feira, 5 de junho de 2012 Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace Internacional em protesto durante a COP17, em Durban, na África do Sul. (© Shayne Robinson / Greenpeace) Estamos em um estágio crítico em nossa jornada como ativistas. Como um movimento, somos um fácil alvo, e temos suportado todo tipo de combate ao longo do caminho. Hoje, em diversos países, estamos enfrentando sérios desafios políticos e legais, desenhados para punir e desencorajar dissidência. Em alguns momentos, tenho me encorajado por aqueles que se recusam a se curvar e dissuadir. Penso em Gandhi, cujo mantra de campanha nos mantêm ternos e resolutos: “Primeiro, eles ignoram você. Então, eles riem de você. Então, eles brigam com você. Então, você vence.” Hoje, no Dia Mundial do Meio Ambiente, gostaria de fazer uma pausa e refletir sobre onde nós estamos como um esforço unido, que, na minha opinião, ainda tem se mantido em pé de uma maneira cada vez mais forte. Em que posso basear tal alegação, pois sei que pode haver uma controvérsia? Bem, fazendo eco ao que Gandhi pronunciou, Salvador Dali uma vez disse, “o termômetro do sucesso é meramente a inveja dos descontentes”. Nos meses recentes, nossos escritórios – e nosso pessoal – na Coréia do Sul, México, Indonésia, Canadá e Índia têm sido desnecessariamente perturbados, atacados e intimidados pelas autoridades locais. Nós já esperávamos por essas atitudes. Em nossa linha de trabalho, estamos sempre condicionados a elas, mas também somos galvanizados por elas. A História tem nos ensinado pelo menos a lição sobre repressão. No Canadá, em abril passado, fomos rotulados de “terroristas” e “brancos supremacistas” pelo ministro de Segurança Pública, Vic Toews, com o voto do governo prometendo mais fita vermelha e auditorias financiadas por contribuintes para intimidar grupos como o nosso. Na Coréia do Sul, em abril deste ano, quando cheguei com o nosso diretor-executivo do leste asiático, Mario Damato, para me encontrar com o prefeito de Seul, ele e mais outros dois colegas tiveram negado o pedido para entrar e foram deportados sem explicação. Nosso trabalho em Fukushima, que tem fornecido um monitoramento independente de radiação e de oposição à expansão nuclear, foi obviamente uma ameaça tão grande que um de nós teve de ser excluído. A Índia é um país que orgulhosamente reivindica ser a maior democracia do mundo, mas o diretor-executivo do Greenpeace Índia, Samit Aich, pinta uma figura das corporações e da indústria que regularmente têm usurpado a agenda democrática. A máquina de estado tem se movido frequentemente contra nós. Nossa convidada japonesa, Maya Kobayashi, com o objetivo de compartilhar experiências sobre precipitação radioativa, teve seu visto cancelado em fevereiro. Mais recentemente, oficiais do imposto de renda apareceram para inspecionar nossos escritórios minuciosamente, num ato claro de intimidação. Se o nível de luta que estamos experimentando de alguns governos é de qualquer medida, eu sei que estamos indo muito bem e que nós vamos continuar a reforçar a nossa determinação – e que em alguns caminhos nós estamos prestes a vencer. O fato é que nós temos muito a celebrar em ocasião deste Dia Mundial do Meio Ambiente. Nós podemos ser especialmente motivados por uma rápida expansão do movimento de justiça ambiental e social na sociedade civil. O Dia Mundial do Meio Ambiente é um bom momento para fazer um balanço, mas também é tempo para se inspirar. Há muitas pessoas que proporcionam essa inspiração e aqui estão alguns dos quais eu me orgulho de estar ao lado: O ativista Tim DeChristopher: seu trabalho vem sendo comparado pela mídia ao de Rosa Parks, e na minha cabeça, esse fundador do grupo Peaceful Uprising é uma jovem luz brilhante para os ativistas em todos os lugares. Tim Languishes está na prisão nos Estados Unidos por estar contra à destruição ambiental do Alasca. Herói da Floresta Paulo Adario: no começo deste ano, Paulo teve a honra de receber o prêmio da ONU chamado ‘Herói da Floresta’ e de novo esteve em evidência em maio por ocupar a corrente da âncora do Clipper Hope no Brasil. Junto com populações indígenas na Amazônia, Paulo tem ajudado a proteger 1,6 milhão de hectares de floresta amazônica dos madeireiros. Pearl Pillay: Pearl mobilizou colegas estudantes de sua universidade em Johanesburgo em solidariedade a funcionários demitidos de sua universidade. Ela organizou e participou de uma greve de fome que concedeu uma vitória substancial para os trabalhadores em questão. As pessoas apaixonadas do 350.org: esta jovem organização é admirada por muitos do nosso movimento, não só pela maneira que eles habilidosamente aproveitam o espaço online, mas devido à forma que eles efetivamente se mobilizam fora da web também. Diversos grupos se uniram para ações contra o oleoduto da Keystone, em Washington, que foram creditados pela administração Obama por retroceder na expansão do canadense Tar Sands. Rio+20: apesar do generalizado pessimismo que cerca o evento no fim deste mês, o fato é que dezenas de milhares de apaixonados ativistas irão para a cidade brasileira tomar uma posição sobre o future que queremos. A inveja dos descontentes é algo pernicioso, decorrente da inabilidade de alguns de compartilhar nossa visão de uma brilhante e sustentável relação entre as pessoas e o planeta. Esse é o futuro que precisamos, o futuro que queremos e AGORA, MAIS DO QUE NUNCA, nós vamos fazer campanha por um futuro sustentável e pacífico, independentemente do assédio oficial, intimidação e perseguição. * Kumi Naidoo é diretor-executivo do Greenpeace InternacionalFonte;Greenpeace

Chegou a vez de Salvador

Rainbow Warrior, no Porto do Recife, deixou a capital pernambucana essa semana e segue viagem para Salvador ©Greenpeace/Rodrigo Paiva O Rainbow Warrior segue viagem e aporta em Salvador. Na capital baiana, o navio vai servir de plataforma para uma seminário na sexta-feira, 8 de junho, das 14hs às 17hs, sobre os avanços das energias renováveis – biomassa, eólica e solar – e como elas podem ser ainda mais aproveitadas no Brasil. O uso de energias renováveis reduz as emissões de gases de efeito estufa e traz contribuições sociais e econômicas, como geração de empregos. Sexta economia do mundo, o Brasil tem tudo para se tornar uma potência econômica com matriz inteiramente renovável e se aproveitasse apenas 10% da quantidade de radiação solar que brilha em seu território, seria possível atender a toda a demanda energética do país. Os participantes convidados para o seminário são Rafael Valverde (Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração da Bahia), Osvaldo Soliano (Centro Brasileiro de Energia e Mudança do Clima), Carlos Felipe Faria (Studio Equinócio), Élbia Melo (Abeeólica), Altino Ventura Filho (Ministério de Minas e Energia) e serão moderados por Carlos de Mathias Martins (Ecopart). Assista aqui a transmissão ao vivo a bordo do Rainbow Warrior.Fonte;Greenpeace

As energias do futuro

Em sua quarta versão, o [R]evolução Energética inclui um guia detalhado e prático sobre como reduzir a demanda de petróleo em 80% Aerogeradores do Parque Eólico de Taíba em São Gonçalo do Amarante (CE). (©Greenpeace/Rogério Reis/Tyba) A expansão das energias renováveis e mais eficiência energética dariam ao mundo maior independência dos combustíveis fósseis e evitariam a exploração de petróleo no pré-sal brasileiro e no frágil Ártico. Essa é a conclusão do relatório “[R]evolução Energética: uma Perspectiva Global de Energia Sustentável”, lançado pelo Greenpeace, em parceria com o EREC (Conselho Europeu de Energia Renovável) e com o GWEC (Global Wind Energy Council). Em sua quarta versão, o documento inclui um guia detalhado e prático sobre como reduzir a demanda de petróleo em cerca de 80%, especialmente no setor de transporte. “O caminho para reduzir a demanda de petróleo e acabar com a ameaça de perfuração no Ártico é fabricar carros muito mais eficientes e fazer uso dos sistemas de transporte elétricos alimentados por energia renovável”, disse Sven Teske, especialista em energia do Greenpeace Internacional e coautor da publicação. Veja a íntegra do [R]evolução Energética aqui [em inglês]. De acordo com o novo cenário apresentado pelo documento, as energias renováveis forneceriam 90% da eletricidade global e mais de 70% do que os meios de transporte consomem. Esta transformação não afetaria o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, garantiria custos de energia mais baixos. As emissões de carbono também seriam drasticamente diminuídas – medida essencial diante da ameaça da crise climática. O nível de investimento global para implementar tal mudança seria de US$1,2 tri por ano até 2050, cerca de 1% do PIB anual mundial. Embora seja o dobro dos US$506 bi de investimentos necessários para explorar petróleo no mesmo período, se investirmos em energias renováveis agora, no futuro, isso representará uma economia de US$1,3 tri por ano. "Os investimentos iniciais mais elevados serão compensados no longo prazo, tanto em termos econômicos quanto para a sociedade em geral”, disse Josche Muth, secretário-geral do Conselho Europeu de Energia Renovável (EREC). “O documento aponta como o mundo poderá reduzir as emissões de CO2 e aumentar a disponibilidade de energia mesmo desativando todas as usinas nucleares”, disse Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de energia do Greenpeace Brasil, que participou na revisão dos números da América Latina. “A boa notícia é que as projeções que o relatório apresenta para energias renováveis, no Brasil e no mundo, têm sido superadas pelos números reais de instalação, o que demanda sua constante atualização.”Do Ceará ao Rio Grande do Sul, do Amazonas a São Paulo, o Greenpeace registrou imagens e depoimentos sobre como as energias provenientes do Sol, dos ventos ou mesmo da biomassa já se tornaram uma realidade no país. Leia mais sobre as novas publicações. A publicação é o testemunho de que podemos ter energia sem que seja necessário destruir a floresta ou afetar a vida de milhares de pessoas, como acontece quando se constrói grandes hidrelétricas na Amazônia. Ou ainda, sem colocar em risco permanente os que vivem em áreas de impacto das usinas atômicas, quando a opção é por expandir a exploração da energia nuclear. O documento acompanha um mapa que apresenta o potencial de geração destas novas fontes renováveis no Brasil. O documento mostra que, com investimentos e vontade política, as fontes de geração sustentáveis têm todas as condições de atender à demanda energética atual e futura de um país em pleno crescimento. http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/O-potencial-escondido-no-horizonte1/http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/O-potencial-escondido-no-horizonte1/Fonte;Greenpeace Tags

Monday, June 4, 2012

Mais de 10 mil pessoas visitaram o Rainbow Warrior no Recife.

segunda-feira, 4 de junho de 2012 Open Boat do navio do Greenpeace Rainbow Warrior no Porto do Recife. Foto: Foto: ©Greenpeace/Rodrigo Paiva Terminou ontem a visitação ao Rainbow Warrior no Recife. No total, mais de 10 mil pessoas estiveram a bordo e conheceram a campanha que conta ao público o potencial da energia renovável no Brasil. As atrações incluíram, além da visita ao navio, uma cozinha solar que utiliza somente a luz do sol para preparar os alimentos e uma série de equipamentos alimentados com energia gerada por placas fotovoltaicas. Uma exposição de fotos conta a história de 20 anos no Brasil, e mostra o trabalho das campanhas e caraterísticas do navio. O público pode também assinar as petições pelo Desmatamento Zero e contra a construção de usinas nucleares. Infelizmente foi necessário encerrar a fila uma hora antes do programado devido ao excesso de público. Mais uma vez o Greenpeace agradece a receptividade do recife e conta com todos para a divulgação de suas campanhas rumo a Rio +20.Fonte;Greenpeace

Friday, June 1, 2012

Na terra do "pré-sol"

A bordo do Rainbow Warrior, Pernambuco mostra ao Brasil sua visão de crescimento sustentável com investimentos em TI e Energias Renováveis
Na terra do "pré-Sol", ativistas testam o trailler solar em Olinda (PE). O Nordeste está ensinando ao Brasil que é possível crescer com sustentabilidade. (©Greenpeace/Rodrigo Paiva) Na terra do "pré-Sol", ativistas testam o trailler solar em Olinda (PE). O Nordeste está ensinando ao Brasil que é possível crescer com sustentabilidade.Fonte;Greenpeace

O potencial escondido no horizonte

Greenpeace lança o documento “Horizonte Renovável”, fruto de uma expedição por todo o Brasil para documentar o avanço das energias renováveis no país Do Ceará ao Rio Grande do Sul, do Amazonas a São Paulo, o Greenpeace registrou imagens e depoimentos sobre como as energias provenientes do Sol, dos ventos ou mesmo da biomassa já se tornaram uma realidade no país. A publicação é o nosso testemunho de que podemos ter energia sem que seja necessário destruir a floresta ou afetar a vida de milhares de pessoas, como acontece quando se constrói grandes hidrelétricas na Amazônia. Ou ainda, sem colocar em risco permanente os que vivem em áreas de impacto das usinas atômicas, quando a opção é por expandir a exploração da energia nuclear. O documento acompanha um mapa que apresenta o potencial de geração destas novas fontes renováveis no Brasil. O documento mostra que, com investimentos e vontade política, as fontes de geração sustentáveis têm todas as condições de atender à demanda energética atual e futura de um país em pleno crescimento. Acesse aqui as novas publicações: Horizonte Renovável Aquarela Energética “O potencial de fontes renováveis como eólica, biomassa e energia dos oceanos pode atender a mais de cinco vezes a demanda brasileira por eletricidade. E quando o assunto é energia solar, uma área de apenas 400 km2 de painéis solares seria capaz de atender à demanda atual nacional. Para efeito de comparação, esse tamanho é menos de 1% da área total do estado de Pernambuco”, diz Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace. Com uma orientação política clara e consciente, o Brasil tem todas as condições para se tornar a primeira grande potência energética de matriz quase 100% limpa, conforme o Greenpeace demonstrou em seu relatório [R]evolução Energética. Infelizmente, o país dá sinais de que prefere colocar esforços e investimentos em combustíveis fósseis, a despeito dos graves riscos ambientais.A exploração do pré-sal, por exemplo, vai exigir R$ 686 bilhões em investimentos entre 2011 e 2020. Essa é uma escolha que pode se revelar desastrosa do ponto de vista estratégico, justo quando a iminência de um desastre climático empurra o mundo a discutir alternativas ao petróleo.Fonte;Greenpeace

Os bastidores de uma epopeia

Davi contra Golias: o momento em que o Rainbow Warrior encosta o Clipper Hope na parede. (©Greenpeace/Rodrigo Paiva) zoom Davi contra Golias: o momento em que o Rainbow Warrior encosta o Clipper Hope na parede. (©Greenpeace/Rodrigo Paiva) A lua ainda despontava no céu de São Luis do Maranhão, e a tripulação inteira do Rainbow Warrior já estava de pé, todo mundo pra lá e pra cá. Os farelos na mesa do refeitório denunciavam o café da manhã apressado: às 5h15 da manhã, os botes foram para a água. Os ativistas esperaram a senha: quando o sol apareceu no horizonte, grande e laranja, os três botes partiram rumo ao Porto de Itaqui. O Rainbow Warrior foi atrás. No porto, 31 mil toneladas de ferro gusa esperavam para ser carregadas pelo navio Clipper Hope, que depois de ser bloqueado por dez dias em alto-mar, acabara de atracar no local. A carga, mostra investigação do Greenpeace, tinha mancha de desmatamento, trabalho escravo e invasão de terras indígenas na Amazônia. Em questão de minutos, o primeiro grupo de ativistas já estava no porto, em cima da imensa pilha de gusa, com a mensagem: “Amazônia vira carvão”. Tempo suficiente para o Rainbow Warrior chegar e, com seus modestos 57 metros de comprimento, encurralar contra a parede o Clipper Hope, quase três vezes seu tamanho. Sob os gritos do capitão – “Vou cortar a corda de vocês!” – outro time de ativistas tomou o navio cargueiro, acorrentando os imensos guindastes que fariam o carregamento.No porto, a coisa esquentou. Enquanto os ativistas assavam sob um sol inclemente, alguns trabalhadores se negavam a dar água para eles beberem: “Só se vocês saírem!”, chantageavam. Outros eram mais solidários: “Eu comprei a água com meu dinheiro e vou dar pra eles, sim!”. A polícia, que chegava com viaturas, ônibus e helicóptero, teve que apartar a briga entre eles. As operações do porto foram paradas. No céu, acima do helicóptero da polícia, o avião usado pelo Greenpeace fazia imagens aéreas: foram sete horas seguidas sobrevoando em círculos. Por rádio, o Rainbow Warrior recomendou a Fernando, piloto que há dez anos sobrevoa a Amazônia conosco, que pousasse, para evitar problemas. Ele retrucou: “Estou dentro da lei. Não vou sair daqui”. Ninguém se mexeu, aliás, até que o telefone tocasse no Rainbow Warrior. Era o vice-governador do Maranhão, Washington de Oliveira. Avisamos que só sairíamos dali com duas condições: que houvesse uma reunião com a indústria de ferro gusa e que nenhum ativista fosse detido. No fim das contas, a tripulação do Clipper Hope ainda propôs uma troca: dois blocos de ferro gusa por camisas do Greenpeace. Tratos feitos. A reunião aconteceu dois dias depois na sede do governo, com a presença do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da indústria e de movimentos sociais do Maranhão. Num exemplo do que é democracia, nossa ação forçou governo e indústria a sentarem à mesa para tratar com seriedade um assunto que se acostumaram a ignorar diariamente. No dia 15 de junho, a indústria promete assinar um pacto proposto pelo Greenpeace, contra desmatamento, trabalho escravo e invasão de terras indígenas em sua cadeia de produção. Vai ser apenas o início de um longo processo. Vamos continuar de olho.Fonte;Greenpeace

Debate sobre renováveis em Recife

Fonte;Greenpeace