Thursday, June 24, 2021

Bolsonaristas e ruralistas aprovam projeto que abre caminho a novo genocídio indígena

Mobilização Nacional Indígena

 Presidentes da Câmara e da Comissão de Constituição e Justiça manobram para aprovar proposta que permite anular Terras Indígenas e inviabiliza demarcações

O PL 490 inviabiliza as demarcações, permite a anulação de terras indígenas e a entrada de empreendimentos predatórios, como garimpo, estradas e grandes hidrelétricas, nos territórios © Adriano Machado / Greenpeace

Sob liderança de parlamentares ruralistas e bolsonaristas, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou, por 40 votos contra 21, o Projeto de Lei (PL) 490/2007. A votação terminou, hoje (23) à tarde, após uma batalha de requerimentos e questões regimentais apresentados pelos oposicionistas, que tentaram retirar a proposta da pauta durante todo o dia.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e a presidente da CCJ, Bia Kicis (PSL-DF), manobraram para retardar o início da sessão do plenário principal, permitindo que a reunião da comissão fosse prolongada e o PL fosse aprovado. Desde o meio da manhã, Kicis rejeitou, um a um, os inúmeros requerimentos, pedidos de audiência pública e os apelos pelo diálogo com o movimento indígena, que pede, há semanas, para ser ouvidos sobre a proposta, como determina a Constituição e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O PL 490 é uma bandeira de Jair Bolsonaro e da bancada que diz representar o agronegócio. Se aprovado, na prática vai inviabilizar as demarcações, permitir a anulação de Terras Indígenas e escancará-las a empreendimentos predatórios, como garimpo, estradas e grandes hidrelétricas. A proposta é inconstitucional, na avaliação do movimento indígena e dos juristas.

Kicis suspendeu a reunião da comissão marcada para ontem, após um protesto pacífico de indígenas contra o PL 490 ser reprimido com violência pela polícia, do lado de fora da Câmara. Num ato considerado incomum e autoritário, ela pautou a proposta como único item da pauta de hoje.

A violência policial deixou três indígenas feridos e outros dez passando mal. Os manifestantes protestavam pacificamente, no estacionamento do Anexo 2 da Câmara, quando foram reprimidos de forma violenta pela PM, com balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral. Crianças e idosos estavam entre os manifestantes.

Em nota, 170 organizações (indígenas e aliados das lutas dos povos originários) manifestaram repúdio à repressão feita contra a mobilização, em Brasília. “Os indígenas que saíram de suas comunidades, em um momento em que a pandemia ainda aterroriza o país, para exporem nas ruas a sua indignação diante desse violento avanço de diversos setores sobre os seus territórios são aqueles dispostos a ajudar a sociedade a construir esse novo caminho”, destaca trecho da nota.

“O que nós queremos é que a lei seja cumprida, que a Constituição Federal seja respeitada. Esse projeto de lei pode anular as demarcações de terras indígenas no país, é uma agressão aos povos originários”, comenta Dinamam Tuxá, coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

A manifestação faz parte do Acampamento Levante da Terra (ALT), que está instalado ao lado do Teatro Nacional, em Brasília, há três semanas, para protestar contra a agenda anti-indígena do governo e do Congresso, e também em defesa de decisões favoráveis no Supremo Tribunal Federal (STF). Cerca de 850 indígenas, de 48 povos diferentes de todas as regiões do Brasil, participam do acampamento. Estão todos vacinados e seguindo os protocolos sanitários (distanciamento, uso de máscara e higienização constante das mãos).

Inconstitucionalidade

“Nossa Constituição não pode ser mudada por qualquer interesse egoísta, individual, de que tem olhar de cobiça para as Terras Indígenas. Esse olhar que a gente vê em todos os discursos que querem emplacar o PL 490. Pura cobiça nos recursos naturais das terras indígenas, que são garantidas pela Constituição Federal”, criticou a deputada Joenia Wapichana (Rede-RR).

De acordo com a parlamentar, o procedimento legislativo na CCJ foi falho, justamente por não identificar a inconstitucionalidade da matéria. Ela lembrou que qualquer regulamentação do Artigo 231 da Constituição, que dispõe sobre os direitos indígenas, deveria ser feita por meio de Lei Complementar, e não por meio de um Projeto de Lei Ordinária, como é o caso do PL 490.

Vários parlamentares oposicionistas lembraram que o Supremo Tribunal Federal (STF) deverá se pronunciar sobre vários dos pontos previstos no PL 490, a exemplo do “marco temporal”. Trata-se de uma tese ruralista que defende que as comunidades indígenas só teriam direito às terras que estivessem sob sua posse em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição.

“Tentam apressar esse assunto dentro de um Projeto de Lei para que justamente haja uma competição com o Supremo. Isso é um absurdo”, frisou Joenia.

Preconceitos e discriminação contra os indígenas

Entre ontem e hoje, deputados governistas fizeram falas que podem ser consideradas preconceituosas e discriminatórias contra a mobilização e os povos indígenas em geral. A deputada Alê Silva (PSL-MG) chegou a comparar reservas indígenas a “zoológicos humanos” e acusou os manifestantes do lado de fora do Congresso de “arruaceiros” e “boçais”.

Ontem, Arthur Lira acusou os indígenas de fazer uso de drogas no teto do parlamento. “Na semana passada, chegaram aqui alguns representantes dos índios invadiram o Congresso Nacional, subiram ao teto das cúpulas e ficaram usando algum tipo de droga”, afirmou sem nenhuma evidência.

Joênia Wapichana também anunciou que irá fazer uma denúncia contra outra líder da tropa de choque bolsonarista, Carla Zambelli (PSL-SP), no Conselho de Ética. De acordo com Wapichana, ao encontrar com Zambelli nos corredores da Câmara ela afirmou que “os seus índios são assassinos” e que Joênia não representaria os indígenas na Câmara.

Como “sinal verde” de Brasília fez avançar a grilagem na Amazônia

Greenpeace Brasil  

Ofensiva ruralista no Executivo e Legislativo aquece mercado da grilagem e venda ilegal de áreas públicas na Amazônia. Conheça alguns casos concretos de especulação 

Desmatamento de 1.700 Hectares na APA Jamanxim na Amazônia. © Christian Braga / Greenpeace
Em uma região rica em biodiversidade da Amazônia, florestas públicas não destinadas seguem vulneráveis ao avanço do desmatamento e da grilagem. A fazenda Vô Manoel foi registrada em uma dessas áreas pertencentes à União, no município de Novo Progresso (PA), onde entre fevereiro e março de 2020, foram desmatados 1.700 hectares de floresta. (© Christian Braga / Greenpeace) © Christian Braga / Greenpeace

Roubo, invasão, violência, destruição de patrimônio público. Esses são termos que ouvimos todos os dias nos telejornais para descrever o caos e o crime nas grandes cidades do Brasil. Mas são também equivalentes perfeitos para descrever um único crime: a grilagem. Um crime que tem se mostrado bastante lucrativo no Brasil, especialmente na Amazônia. 

Há indícios de uma intensificação nos processos de grilagem e do desmatamento de milhares de hectares. Atualmente, cerca de um terço do desmatamento na Amazônia está relacionado à grilagem. Para demonstrar este processo, o Greenpeace realizou uma análise em áreas  de quatro pontos da Amazônia: o entorno da BR-163, nos municípios de Altamira e Novo Progresso; em São Félix do Xingu; na Transamazônica e na Tríplice Fronteira entre Acre, Amazonas e Rondônia, onde está intensificação está mais acelerada. E o que encontramos foram indícios abundantes de roubo e venda de terras públicas na internet. 

A atual corrida pela ocupação e posse dos mais de 50 milhões de hectares de florestas em terras não destinadas na Amazônia é incentivada pelos acenos de Brasília, na forma de propostas executivas e legislativas que passaram a aparecer em profusão no Congresso e que pretendem facilitar a entrega do patrimônio nacional aos ladrões de terras públicas, inclusive em áreas protegidas por lei.

A grilagem e o comércio de terras públicas transformou-se então em um negócio milionário, criando uma nova espécie de destruidor da Amazônia, os “Grilonários”. Aqueles que estão enchendo os bolsos com a especulação imobiliária de terras que são de todos os brasileiros, além de fundamentais para a biodiversidade, para a economia do país e para o equilíbrio climático.

Patrimônio dilapidado

O termo “grilagem” vem da prática de colocar documentos em caixas com grilos, para que ganhassem um ar de antigos. Grileiros usavam o truque para deixar mais críveis os documentos fraudados usados para legalizar terras invadidas. Mas hoje, o sistema já evoluiu e não é preciso nem falsificar documentos para garantir a legalização do crime. 

Em 2017, por exemplo, a Lei nº 11.952/2009 que trata da regularização fundiária de posses em terras públicas federais na Amazônia Legal foi modificada, o que resultou na anistia para invasões de terras públicas com área de até 2.500 hectares ocorridas entre 2005 e 2011, com prejuízo estimado aos cofres públicos entre R$ 81 e 118 bilhões em subsídios para compra dessas áreas. Desde então, novas modificações têm sido pleiteadas através de portarias, decretos, medidas provisórias, projetos de lei e instruções normativas do Incra. As mudanças visam a sempre favorecer grandes e médios posseiros ou anistiar crimes em escalas cada vez maiores.


Em 11 de dezembro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro publicou a Medida Provisória (MP) Nº 910/2019. A MP foi um marco para os grileiros, pois legalizava o avanço de latifundiários sobre terras públicas. 

Relatada pelo Senador Irajá Abreu (PSD/TO), a MP perdeu a validade por não ter sido apreciada no prazo legal. Os ruralistas, então, passaram a apostar em projetos de lei muito parecidos com o texto da antiga MP. O Poder Executivo e os ruralistas no Congresso Nacional seguem operando para regularizar a grilagem de terras públicas.

Tramitam atualmente na Câmara (PL 2633/2020) e no Senado (PL 510/2021) dois projetos de lei que tratam da matéria, com textos essencialmente iguais do ponto de vista do impacto avassalador que podem ter no aumento do desmatamento. Sem contar as propostas como o PL 191/2020 e 490/2007 que fragilizam os direitos e territórios indígenas, também alvo de grilagem. 

A pressa é grande, parlamentares ruralistas tentam utilizar os ritos especiais adotados devido à pandemia para aprovar tais matérias em regime de urgência, sem passar nas câmaras técnicas e sem debater com a sociedade essas propostas que estimulam mais desmatamento, invasões e conflitos fundiários. 

Casos: roubo premiado 

Para defender o escandaloso apoio à grilagem de terras proposto nos dois projetos, ruralistas afirmam que as propostas servem para fins de regularização fundiária de pequenos produtores e que isso facilitaria, inclusive, a identificação de desmatamentos. Essas são duas mentiras repetidas à exaustão, pois o Brasil já possui uma legislação específica para essa finalidade: a lei 11.952/2009.

Além disso, hoje em dia, muitas das áreas desmatadas para fins de especulação possuem algum tipo de identificação, como por exemplo um processo no Cadastro Ambiental Rural (CAR) – uma ferramenta de controle ambiental, que vem sendo usada por desmatadores para legitimar o crime. 

O município de São Félix do Xingu (MT), por exemplo, foi o 2º que mais desmatou a Amazônia entre agosto de 2019 e julho de 2020, com 4.414, 21 km². O município tem mais de 500 mil ha de florestas públicas ainda não destinadas, sendo que em 67% destas florestas há sobreposição com registros de propriedades no CAR. Ou seja, grileiros estão utilizando o sistema do CAR para tentar garantir a posse de terras da União em futuras anistias, seja para especulação ou desmatamento. Algo similar ocorre nas florestas públicas não destinadas nos arredores da rodovia BR-163 no Pará, como mostramos em 2020. 

Na última década houve uma explosão no preço da terra na Amazônia. A especulação foi impulsionada pela chegada dos frigoríficos e das grandes comercializadoras de soja, milho e algodão. Para surfar nessa onda, os “grilionários”, investem pesado no desmatamento de milhares de hectares, o que pode custar até R$3 mil por ha desmatado.

Os criminosos valem-se também de ferramentas tecnológicas (como imagens de satélites, GIS), da impunidade ao crime ambiental e do caos fundiário para avançar sobre terras públicas e criar a necessidade de reforma nas leis. 

A análise das ofertas de propriedades em corretoras virtuais revela a existência de um comércio ilegal bilionário de terras na Amazônia. Nestes sites, são oferecidos livremente milhares de hectares nos estados do Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.

Casos analisados 

Não há limites para a ousadia e certeza de impunidade dos grileiros, que, além de utilizarem os próprios sistemas de controle brasileiros para legalizar áreas roubadas, agora as comercializam  até pela internet.

Pelo Facebook, um vendedor da região de Novo Progresso (PA) anuncia uma “excelente oportunidade de negócio”: uma fazenda de 4.504 ha, com 180 ha de pasto já formado “pronto para colocar o gado”. A área, entretanto, encontra-se inteiramente dentro da Floresta Nacional do Jamanxim, uma Unidade de Conservação Federal, onde a posse e o desmatamento são ilegais. O que não parece incomodar o vendedor, que assegura que possui  “escritura de posse”, além de registro no CAR, GEO, ITR e título “em processo de regularização”. A terra da União pode ser comprada por R$3,7 milhões. 

No site ImovelWeb, um vendedor oferece uma imensa área de 95 mil hectares no município de Novo Aripuanã (AM), pela bagatela de R$57 milhões. O anúncio destaca que a propriedade está  “dentro do Parque Estadual do Matupiri”, um Parque Estadual de proteção integral que, em teoria, não poderia ser negociado para comparadores particulares. 

Confira os 10 casos de especulação em terras públicas 

Combate ao crime é urgente 

Tanto o PL 2633/2020 como o PL 510/2021 não trazem benefícios para combater a grilagem e o desmatamento, aumentam o risco de regularizar áreas em conflitos e incentivam a continuidade de invasão de terras públicas, sendo absolutamente desnecessários para promover a justiça social no campo. Portanto, não é necessário alterar novamente a Lei 11.952/2009, pois ela garante a regularização de áreas ocupadas até 2011, de áreas pequenas da agricultura familiar e permite a inclusão social desse segmento na formalidade.

Ao invés de serem entregues à grileiros, governos devem priorizar a destinação de Florestas  Públicas Não Destinadas ao uso de interesse coletivo, através da criação de Unidades de Conservação, Terras Indígenas e do reconhecimento de territórios quilombolas. Além disso, os cadastros que incidem sobre as florestas públicas precisam ser imediatamente cancelados.É importante também melhorar a integração entre política ambiental e política fundiária e acabar com a impunidade aos crimes contra o meio ambiente e à grilagem, que serve apenas para o lucro de poucos, enquanto gera prejuízos irreversíveis para toda a sociedade.

Saturday, June 19, 2021

Living through Sri Lanka’s biggest marine disaster

Tashiya de Mel  

The apocalypse is here. These were the first thoughts that ran through my mind when news about the X-Press-Pearl began filtering in. Yellow shorelines were blackened with charred debris and hazardous cargo littered Sri Lanka’s coast. A few days later, waves and waves of tiny plastic pellets called ‘nurdles’ began washing up on western and southern beaches in their thousands.

X-Press-Pearl Accident Aftermath in Sri Lanka. © Tashiya de Mel / Greenpeace
Charred debris and hazardous material including burnt cargo and nurdles washed up on the coastline of Kepungoda, Negombo. Sri Lanka is facing one of the worst environmental disasters in its history after tons of plastic pellets have washed ashore near its capital devastating kilometres of pristine beaches and threatening marine life. © Tashiya de Mel / Greenpeace

The biggest marine crisis in Sri Lanka was unfolding in real time. Once the initial shock had subsided, waves of anger washed over me, followed by grief. I felt incredibly helpless the more I kept learning about the situation, which only seemed to be getting worse. 

Chemical leaks. 

Fires. 

Explosions. 

Dead marine life washing ashore. 

A potential oil spill. 

And to make matters worse, a nationwide lockdown hampering mobilization and volunteer efforts. 

It felt like a waking nightmare.

X-Press-Pearl Accident Aftermath in Sri Lanka. © Tashiya de Mel / Greenpeace
Charred debris and hazardous material including burnt cargo and nurdles washed up on the coastline of Kepungoda, Negombo. Sri Lanka is facing one of the worst environmental disasters in its history after tons of plastic pellets have washed ashore near its capital devastating kilometres of pristine beaches and threatening marine life. © Tashiya de Mel / Greenpeace

Growing up around the urban wetlands of Colombo and spending much of my early adulthood exploring the remote corners of this island, has set in motion an ongoing love affair with the wildness of this world, and a desire to reconnect people to it. As a photographer and activist, I use visual storytelling to create awareness and inspire action towards the environmental and climate crisis. 

As the aftermath of the X-Press-Pearl began to sink in however, I was reminded just how much of our present reality is consumed by environmental emergencies.

How could this have happened? 

Who was responsible? 

How could we repair the irreversible damage to our ecosystems, marine life, and livelihoods?

It was not until I was on location at Sarakkuwa, Negombo; one of the worst affected coastlines, that the true extent of the damage began to sink in. While documenting the effects of the X-Press-Pearl for Greenpeace International, three things became distinctly evident to me:

1. Livelihoods and lives 

Fishing has been banned within an 80 km radius of the wreck causing devastation to thousands of artisanal fishermen in the area. Local fishermen, Surath, along with others in his community were asked not to fish in these waters due to chemical contamination. But what choice do they have? Fish make up a large part of their diet, and without a source of income, the situation is bleak. The disaster is an additional blow to these fishing communities, already adversely affected by repeated lockdowns due to the pandemic. 

X-Press-Pearl Accident Aftermath in Sri Lanka. © Tashiya de Mel / Greenpeace
Surath, a fisherman from Kepungoda, Negombo, Sri Lanka – one of the stretches of coastline mostly affected by the X-Press Pearl disaster. Surath, along with many other community members, has been asked not to fish in these waters due to contamination. The disaster is an additional blow to the fishing community, already badly affected by repeated lockdowns due to the pandemic. Image taken at Kepungoda, Negombo. © Tashiya de Mel / Greenpeace

“Fishing is a big part of our identity. We don’t know what else to do” says Surath. He explains how many of these fishing communities have received little to no support from the government in the wake of the disaster. 

Heavy rains and flooding have compounded effects of both the marine disaster and pandemic, as the low-lying communities in the area also grapple with the immediate implications of the climate crisis. As an island nation, Sri Lanka is prone to seasonal monsoons and storms that only appear to be intensifying.

2. Our addiction to single-use plastic 

Over three billion nurdles leaked into Sri Lanka’s oceans and coastlines, and clean-up efforts will only partially remove these nurdles; many will remain mixed in the sand and within coral beds for years to come. 

It is important that we address the elephant in the room. Nurdles are the raw materials of all plastic products. If we want nurdles out of our oceans, we need to stop producing and consuming them. We must move away from polluting fossil-fuel-based industries and reimagine a more sustainable, circular economy. We must start holding corporations accountable for the single-use materials they manufacture and boycott those that prioritize profits over our planet. 

3. The interconnectedness of issues  

The X Press Pearl disaster serves as a stark reminder of the risks inherent in our capitalist economy, of ‘business as usual’, the climate realities, and environmental emergencies that will shape our future. 

A long road ahead

The battle has only begun. As I walked along the Kepungoda beach, a few km’s north of the Colombo port, with a view of the wreck in my horizon, I cannot help but reflect on what I have witnessed. 

Once the visible impacts on the coast have been erased, and the flurry of media dies down, what would be the realities of the local communities that have to confront the aftermath for months, perhaps, years to come? 

What will be the invisible, long term effects that continue to haunt Sri Lanka’s marine life and ecosystems?

It is important not to lose sight of the broader issues that underpin such disasters. The X-Press Pearl is Sri Lanka’s largest environmental disaster, and it raises critical questions about the far-reaching consequences that are not immediately evident. 

We can learn from our past, and we must do better.

Photographer Tashiya de Mel on the coastline of Kepungoda, Negombo.
Photographer Tashiya de Mel on the coastline of Kepungoda, Negombo. Sri Lanka faces one of the worst environmental disasters in its history after tons of plastic pellets have washed ashore near its capital, devastating kilometres of pristine beaches and threatening marine life. © Tashiya de Mel/Greenpeace

Tashiya is a documentary photographer who uses her combined knowledge of visual storytelling and conservation to create narratives that drive social change and highlight impacts of the environmental and climate crisis. She is based in Colombo, Sri Lanka.

The roots of Greenpeace

Rex Weyler 

 

This September 2021, Greenpeace will celebrate 50 years of environmental activism, dating from the launch of the first Greenpeace campaign to stop a nuclear bomb test in Alaska. 

Leading up to the anniversary, Greenpeace will reflect on — and we will see media coverage about — the early campaigns, and subsequent years of lessons, risks, failures, and successes. Greenpeace, however, did not arise out of thin air. It’s important to consider some of the cultural context, circumstances, and movements that gave rise to Greenpeace in Vancouver, Canada in 1971.

An emerging ecology movement

The global Zeitgeist after World War II resonated with a desire for peace. Even so, the Cold War between Russia and the European/American allies led to dozens of surrogate conflicts — Korea, Vietnam, Palestine, Cuba — and a chilling nuclear arms race.

During the 1950s, common citizens around the world began to hear new words such as “fallout” and “genetic mutation,” and the fear of nuclear holocaust gripped the world. A nuclear disarmament movement started in Japan, in response to the experiences at Hiroshima and Nagasaki, and this movement connected with older pacifist traditions around the world. 

In Providence, Rhode Island, in the United States, Irving and Dorothy Strasmich (later “Stowe”) were among millions influenced by the nuclear bomb threats. Dorothy had organized the first social workers union in Rhode Island and became president of the state employees union. Irving was a lawyer and jazz enthusiast, and his Black musician friends invited him to join the National Association for the Advancement of Colored People, the NAACP. Dorothy and Irving married in 1953, with a reception dinner at NAACP headquarters. The couple attended Quaker meetings and later took the name “Stowe” after Harriet Beecher Stowe, Quaker advocate for women’s rights and the abolition of slavery. Two decades later, they would help launch Greenpeace. The Stowes were fighters. “Find out just what people will submit to,” I recall Dorothy quoting abolitionist Frederick Douglass, “and you have found out the exact amount of injustice and wrong that will be imposed upon them.” 

Canadian Ben Metcalfe lied about his age to get into the British Air Force during World War II. While he served the British in India, Congress Party leader Mohandas Gandhi refused to cooperate with the British war effort. Metcalfe sympathized with Gandhi’s pacifist movement that made the British look like hypocrites. To avoid bombing pro-Gandhi villages as ordered, Metcalfe and his Hawker Demon bomber pilot dropped their bombs in fallow fields while villagers below watched and waved. The airmen’s defiance was probably an act of treason under British law, but Metcalfe and his pilot supported  Gandhi’s views. After the war, Ben became a journalist in Winnipeg, Canada and married colleague journalist Dorothy Harris. The couple moved to Vancouver in 1956 and they both became instrumental in the founding of Greenpeace.  

Bob Hunter learned about bombs and radioactive fallout in grade school in Winnipeg. As a teenager, he heard about US Army General James Gavin telling the US Senate that a Soviet nuclear attack could leave vast regions of North America uninhabitable, which inspired him to write a short futurist novel, After the Bomb, about a post-nuclear-holocaust civilization. Hunter quit school in 1958, after grade 11, and set out to be a writer. In London, he met his future wife, Zoe, who introduced him to Bertrand Russell during a nuclear disarmament march in London. 

In 1962, at the age of 21, Hunter read Rachel Carson’s Silent Spring and began to think about a new idea: Ecology. He realized that Carson’s statement “in nature, nothing exists alone,” was literally true, and this changed the way he saw the world. Stopping militarism wasn’t enough; we had to stop another war against the natural world. 

Meanwhile, a young biologist, Dr. Barry Commoner, had been collecting deciduous teeth from children in St. Louis and documenting the absorption of strontium-90, a carcinogenic byproduct of nuclear explosions. Militarism was now a source of deadly pollution. The peace movement and the ecology movement began to merge. 

Look it up!

In 1966, Irving and Dorothy Stowe, in opposition to the US war in Vietnam, moved to Vancouver, on Canada’s west coast, with their two children, Robert and Barbara. They attended Quaker meetings, led peace marches to the US embassy, and corresponded with Bob Hunter, who was now writing for the Vancouver Sun newspaper, and with Ben and Dorothy Metcalfe, who were reporting for the CBC. They worked with Indigenous rights groups and with Deeno Birmingham and Lille d’Easum from Canada’s Voice of Women.

Hunter wrote about ecology, civil rights, and the peace movement in his newspaper column, and worked on his first non-fiction book, The Enemies of Anarchy His book addressed the “consciousness of interrelationships” that he had picked up from Rachel Carson, a cultural revolution that Hunter believed would involve social diversity, gender equality, electronic media, and ecology. He grew convinced that the next big change in society would be an ecological revolution. He told his friends at the pub, “Ecology is the thing.”

Bob Hunter at work on his typewriter © Greenpeace / Robert Keziere
Bob Hunter at work on his typewriter. © Greenpeace / Robert Keziere

Ben and Dorothy Metcalfe uncovered a scheme to swindle B.C.’s Sekani First Nation out of their homeland to construct a hydro-power dam financed by Axel Wennergren, a Swedish industrialist suspected of working with the Nazis. Ben Metcalfe’s story in the Vancouver Province newspaper was picked up by Toronto media, inciting Liberal Cabinet Minister Jack Pickersgill to blurt out, “I’m not interested in sick Indians.” The incident blew up across Canada and Metcalfe became a media celebrity. 

In 1969, Ben Metcalfe went fishing in Howe Sound, near Vancouver, and witnessed the stench from bellowing smokestacks at the Port Mellon pulp mill. A few weeks later, he attended a Forestry Commission meeting and asked the politicians what they planned to do about the foul air in Howe Sound. “We have to accept it,” an industry executive told Metcalfe. “No we don’t,” Metcalfe declared. On their own initiative, at a cost of $4,000, the Metcalfes placed twelve billboards around the city. They created a logo to represent the environment, two waves joined together into a spiral maze. “If you can promote companies and products,” he told his friends, “you can promote ideas.” The billboards declared:

Ecology? 

Look it up! You’re involved.

An ecology movement was being born in Vancouver. 

A Green Peace

I was one of some 50,000 American draft resisters, opposing the Vietnam War, who slipped north into Canada between 1965 and 1973. I soon met the peace activists such as Hunter and the Stowes. Vancouver was an eclectic city. Chinese and Japanese communities flourished, with Buddhist temples, Tibetan meditation centers, Quakers, beat poetry coffeehouses, and a radical network of back-to-the-land farmers, naturalists, and conservationists. 

Jim and Marie Bohlen came to Vancouver to avoid the military draft for their sons, Lance and Paul. Jim from New York’s West Bronx had joined the US Navy and, like Metcalfe, had witnessed Japan after the bombings. He met Marie — a nature illustrator, a member of the Sierra Club — at a Quaker gathering in Pennsylvania. In Vancouver, they joined the Sierra Club, met the Stowes, and became close friends.

In the working-class neighborhood of East Vancouver, twenty-two year-old Bill Darnell organized an “Ecology Caravan,” which toured the province. When the government proposed a highway through Vancouver’s beach front, Darnell helped organize protests — with the Stowes, the Hunters, and others — that blockaded bulldozers and halted the project. With this campaign, the environmentalists in Vancouver discovered the greatest inspiration to any social visionary: they could win.

A single event brought all these people together. In November 1969, the United States announced a 5-megaton thermonuclear bomb test, code name “Cannikan,” scheduled for October 1971 on remote Amchitka Island, 4000 kilometers northwest of Vancouver, across the Gulf of Alaska, among the Aleutian Islands. The island was supposedly a US Federal Wildlife Refuge for 131 species of sea birds. An earlier, smaller test, had registered 6.9 on the Richter scale and killed wildlife all around the island. The Cannikin test was going to be five-times more powerful. 

Bob Hunter wrote a column about the risks, proposing that the explosion could cause a tsunami that might swamp western Canada. For a demonstration at the US/Canada border, he created a sign, declaring: “DON’T MAKE A WAVE.” At the protest he met Irving Stowe in person, who proposed forming a citizen’s group to halt the bomb. Stowe called Deeno Birmingham with the Voice of Women, Bill Darnell, the Metcalfes, and the Bohlens. Hunter reached out to radical activists Rod Marining and Paul Watson. They formed an ad hoc group, technically a committee of the Sierra Club, that they called “The Don’t Make a Wave Committee.”

The group, however, did not yet have a plan. 

Jim and Marie were familiar with a 1958 Quaker protest boat, the Golden Rule, that sailed from California to Enewetak Island nuclear test site in the Philippine Sea. The US Coast Guard intercepted the ship and arrested the captain, Albert Bigalow, but pictures of the ship appeared around the world, stirring the pacifist movements. One morning, over coffee, Marie told her husband, “We should just sail a boat to Alaska.”

That same day, a Vancouver Sun reporter called, asking what the Sierra Club might be planning to stop the test. Caught off guard, Bohlen blurted out, “We hope to sail a boat to Amchitka to confront the bomb.” The Sun ran the story the next day, and suddenly, the Don’t Make a Wave Committee had a plan. 

The Committee met at the Unitarian Church to discuss this idea, and ponder how they would find a boat and skipper willing to make the trip. As the meeting ended, Irving Stowe flashed the “V” sign, and said “Peace.” Bill Darnell replied quietly, in the same off-handed manner that Marie Bohlen had suggested the boat, “make it a green peace.”

This term, “green peace” articulated the merging peace and ecology movements, and stuck in everyone’s mind. When Lille d’Easum, the 71-year-old executive of the BC Voice of Women wrote a research paper in March 1970, “Nuclear Testing in the Aleutians,” the Committee published it under the “Greenpeace” banner, the world’s first Greenpeace pamphlet. 

Ex-Navy officer Jim Bohlen toured the waterfront, looking for a boat. At the Fraser River docks, he met Captain John Cormack, 60, who owned an 80-foot halibut boat the Phyllis Cormack, named after his wife. Cormack had 40 years experience fishing the west coast. The idea of taking his boat across the treacherous Gulf of Alaska in the fall storm season did not faze him. He agreed to take the charter.  

Greenpeace Voyage from Vancouver to Amchitka. Robert Keziere / Greenpeace
John Cormack on the Phyllis Cormack in Klemetu. © Robert Keziere / Greenpeace

When the Sierra Club rejected the campaign idea, the Don’t Make a Wave Committee proceeded independently, incorporated as a non-profit society, and prepared to launch the 80-foot fish boat, which Captain Cormack agreed could be re-christened for the voyage as “Greenpeace.”

Irving Stowe called his pacifist friend Joan Baez to stage a benefit concert to fund the campaign. Baez could not attend, but introduced Stowe to Joni Mitchell, who agreed, and who brought rising star James Taylor with her. They were joined by pacifist music legend Phil Ochs, and by popular Canadian band Chilliwack. In October, 1970, the event raised $17,000, enough for the boat charter and some basic expenses.

Joni Mitchell, Amchitka benefit, 1970. © George Diack, Vancouver Sun
Joni Mitchell, Amchitka benefit, 1970. © George Diack, Vancouver Sun

Greenpeace had emerged spontaneously, out of the social stirrings of the 1960s, civil rights, women’s rights, Indigenous rights, workers’ rights, pacifism, and the emerging awareness of ecology. After the first campaign, the Don’t Make A Wave Committee adopted the name that so perfectly articulated a new, emerging zeitgeist: Greenpeace Foundation. 

about the author

Rex Weyler was a director of the original Greenpeace Foundation, the editor of the organisation's first newsletter, and a co-founder of Greenpeace International in 1979.

Rex's column ...  Read More

The resistance to extractivism in Latin America

Rosario Coll & Sophie Schroder  

This past May, Greenpeace International hosted a live conversation with a panel of dynamic speakers about extractivism in Latin America and the communities that are resisting it. 

The chat was part of a Roundtable Discussion series, put together in collaboration with activists, leaders, and groups around the world to highlight the intersectionality of the climate movement, amplify local and global battles, and demonstrate how we’re all more connected than we may think.

In the latest discussion, the experiences shared by the group about the work they do to challenge extractivism in their communities. The accounts were moving and, at times, even shocking. But every word was essential. 

Hosted by renowned journalist Stefanía Dommarco of Latin American media outlet Filo News, this Roundtable Discussion featured Gustavo Huici, the executive director of Surfrider Argentina; Riccardo Tiddi, representative of Somos Monte Chaco; Juan Sarmiento Lobo, lawyer and member of Comité de Santurbán in Colombia; Lorena Donaire, founder of water rights group Mujeres Modatima in Chile; and Alejandra Jiménez Ramírez, member of Alianza Mexicana Contra el Fracking.

Their work ranges from combating the threats of deep sea oil exploration in the Argentine Sea, deforestation in Chaco, to challenging destructive mining in the Páramo de Santurbán, the struggle for the right to access water in Chile, and tireless battling  to stop fracking across Mexico.

Check it out:

Throughout the discussion, one thing was clear: Latin America is a key battleground in the fight for the environment. Against the backdrop of European, Asian, and North American colonisation, environmental defenders in this region have been actively resisting extractivist models for hundreds of years in pursuit of sovereignty, equity, and balance with the Earth.

In this region, it’s not merely enough to prioritize fighting for the environment – it’s crucial to recognize it as a dual and interrelated struggle for basic human rights.

Discussions like these are key in highlighting the importance of coming together to connect different battles around the world. In turn, they also demonstrate that the richness of the movement comes from the commitment and the diversity of the communities that drive it forward.

As the climate crisis worsens, the alliances between movement groups around the world deepen. We’re seeing that when we unite, we can build a new reality – a future where the planet doesn’t have an expiration date, and where environmental and social justice will prevail.

Rosario Coll, Movement & Media Organizer and Sophie Schroder, Communications Coordinator are with Greenpeace project Collective Climate Action

Yemen’s FSO SAFER: it’s not if, it’s when, and the impact could be huge

Ahmed El Droubi

 

The FSO SAFER is one of the world’s largest tankers and is anchored 60 kms north of the port of Hodeidah, a key lifeline for aid supplies to much of Yemen’s population. With 1.1 million barrels (over 140,000 tonnes) of oil on board, the 400,000-tonne tanker had no maintenance since 2014, because of the six-year-long conflict which has caused a humanitarian catastrophe and practically stopped the day-to-day functioning of the country. 

While on the coasts of Sri Lanka volunteers are relentlessly working to limit the disastrous impacts of the worst marine accident in the country’s history, the SAFER lies abandoned in the Red Sea and is a ticking time bomb ready to go off. 

Last year, the engine room flooded and emergency repairs were carried out; the fire extinguishing equipment no longer functions and most recently the inert gas system necessary to prevent explosions has broken down.

Why it matters

The situation in Yemen has been described as the world’s worst humanitarian crisis with more than 24 million people – some 80 percent of the population – in need of humanitarian assistance, including more than 12 million children.

A rupture of the single-skin hull or an explosion could result in a spill up to 4 times greater than that caused by the Exxon Valdez spill in Alaska in 1989. This would cause an ecological disaster and seriously exacerbate the humanitarian crisis, preventing access to the main ports of Hodeidah and Saleef, vital for aid, food and fuel supplies.

With each day that passes, efforts to remove the oil safely become more difficult because of the failing equipment. As things stand, the tanker could leak – or even explode –  at any time and spill the oil it is carrying. This could trigger an environmental catastrophe that has the potential to destroy the limited livelihoods of poor coastal communities depending on fisheries, devastate nearby coral reefs, clog desalination plants that provide drinking water to millions of people in the region, and exacerbate the consequences of the conflict.

What needs to happen

Greenpeace is working with organisations both in Yemen and the region to identify and support a solution to remove the oil while preparing to respond in case of a major oil spill. 

Given the political context of brutal conflict in Yemen, compounded by the COVID-19 pandemic, and with the risks of an oil spill threatening citizens in the wider region, UN action is critical to prevent an environmental and humanitarian disaster.  The international organisation must use every non-violent means to avert an oil spill from the FSO SAFER making it an urgent priority in negotiations.

All parties involved should do what is necessary to secure the diplomatic solution that would ensure a technical assessment of the Safer as a matter of urgency, to determine the status, identify immediate requirements as well as plans for ensuring the safe transfer of the oil onto another seaworthy vessel.

At the same time, plans for the worst-case scenario are also needed, identifying the necessary technical and personnel support.  The International Maritime Organization (IMO) needs to step up to its responsibility in its mandate to ensure that plans are made and the necessary expertise and equipment are in place to respond rapidly to any unfolding disaster as a result of the Safer.

The time is ticking on this potential environmental bomb, while Yemen is experiencing the world’s worst humanitarian crisis. Whilst all parties involved in the conflict in Yemen sounded the alarm about the risks of an accident occurring with the FSO SAFER a year ago, it remains as vital as ever that the situation is assessed and the requisite non-violent measures taken as soon as possible, ensuring that all parties involved cooperate with the UN experts to resolve this issue.

Ahmed El Droubi is senior campaigner at Greenpeace MENA

A floresta é cura onde ela ainda resiste

Leo Lanna

 

O direito a um meio ambiente equilibrado está previsto na Constituição e o contato com a natureza faz bem para a saúde. Mas estamos ficando doentes por causa da destruição

A Amazônia, como os outros biomas, molda nossas vidas e nossos lares. É preciso continuar lutando por essa floresta, que cura, que nos recebe com carinho, que restaura nossos sentimentos. (Projeto Mantis)

Sento-me à beira do rio para lhes escrever. Corre o Cristalino, como há milhares de anos. Ao longo dos meses nos conectamos com a floresta em seu entorno, que lhe traz som e cor. Nos lembramos do que foi perdido enquanto a Amazônia revelava um pouquinho de si para nós. Agora, restando na última semana de Expedição Austral, entendo o que aqui sentimos e espero lhes trazer um sorriso, lembrando do passado, na busca de termos um futuro neste país. 

O Brasil anda sedando nosso espírito, nos acostumando à barbárie, secando lágrimas antes mesmo de serem derramadas, anda sequestrando todas as nossas emoções. Desde o início da pandemia, quase sem perceber, eu e Lvcas, há meses confinados, perdíamos os poucos risos, e até o luto era afogado em choros rasos, solitários. Então chegamos à Amazônia. 

Toda beleza, que já relatei antes no blog, foi um choque. Como voltar no tempo da biodiversidade bela e infinita. Só algumas semanas depois percebi que também eu havia voltado, retornado a mim mesmo e meu lar neste planeta. Era um fim de tarde de calor que me lembrava de quando eu era menino no interior de Minas Gerais. Subimos a torre da RPPN Cristalino para ver o sol se pôr. Lá de cima, observando a floresta misturar seu verde com o azul do horizonte, uma lágrima escorreu. Livre, serena e calma, como há muito não acontecia. 

Percebi que chorava de emoção pelo privilégio de ver algo tão belo e ancestral. Por compreender quantos mistérios estavam ali guardados pelas torres-árvores. Pelo canto efêmero do inhambu. A Lua cheia nascia e uma neblina surgiu sobre um trecho de floresta. Esse também era o reino dos louva-a-deus que busco, que guiam nossa jornada. O que senti foi ter recuperado o gosto das emoções que estavam adormecidas em meu peito. Entendi que aqui o riso, o medo, o choro, as saudades, eram livres, espontâneos e belos. 

a Amazônia, como os outros biomas, molda nossas vidas e nossos lares. É preciso continuar lutando por essa floresta, que cura, que nos recebe com carinho, que restaura nossos sentimentos. (Projeto Mantis)

Certa noite de Lua cheia, caminhamos até uma clareira natural para fazer um registro da mata. A técnica de fotografia usada demandava que apagássemos as lanternas por um minuto a cada foto. À nossa volta algum animal grande rondava, quebrando galhos do chão.  As corujas chamavam com sons que nunca ouvimos, muitas vezes lembrando ecos de vozes do passado que houve aqui. Uma mãe-da-Lua soprou seu canto triste e belo feito flauta. Cada vez que desligamos as luzes, um frio corria pela espinha. Calafrio de apreensão e adrenalina que nos tornava muito vivos. Um medo gostoso de sentir. A foto ficou incrível, e guarda essa emoção. A floresta tem essa capacidade, inclusive já estudada por cientistas, de nos restaurar. Como se não bastasse o fato de ser essencial para manutenção do clima, das chuvas e da biodiversidade, temos que entender que no Brasil que vivemos, a floresta é cura onde ela ainda resiste. 

Há duas semanas, retornando da mata à uma da madrugada, o Lvcas me encontra o louva-a-deus que mais buscamos aqui. Lá estava o pequeno folhinha, um animal de nome científico difícil (Choeradodis), raro e nunca registrado para o Sul da Amazônia. Fizemos festa na mata, nosso riso era fácil e contagiante, só nós dois, admirando aquele ser. Lembro disso com muito carinho. Voltei a construir aqui momentos lindos, imunes ao Brasil ceifador de sonhos e conquistas. São essas memórias que sugiro reviverem, com gosto. Qual era o sabor das tardes calmas antes da grande sombra cair sobre nós? 

Choeradodis – o raro louva-a-deus folha era conhecido apenas para o Norte da Amazônia e América Central, e agora foi descoberto na região sul por meio de nossa expedição. Uma espécie super camuflada e icônica. (Projeto Mantis)

Vai passar, dizem, mas será que um dia lembraremos de quem fomos antes? Será que lembraremos do que perdemos, e vamos lutar para reconquistar? Vamos simplesmente aceitar o que sobrou? Querem nos tirar tudo. Essa Amazônia que me restaura é ameaçada a todo segundo, por Projetos de Leis malditos, por gente sem escrúpulos que certamente não tem qualquer memória doce de tempos bons. Não tem qualquer amor, nem sabe o que é isso. Nós, que sabemos, temos que seguir firmes, ancorados em nossas raízes fortes e lançando folhas novas ao vento. 

Um dos piores sentimentos que existe é a solastalgia, definida pelo estresse da perda por mudanças na natureza ao nosso redor. A incapacidade de seguir existindo quando uma floresta é derrubada, uma montanha escavada, quando o nosso meio ambiente é drasticamente alterado e assim somos incapazes de chamar novamente de lar. É isso que querem fazer com o Brasil. Transformar vida em cinzas, e nós em almas penadas, vagando vazias sem sentimentos.

Sempre gostei de Elis Regina e, enquanto lhes escrevo, me lembrei de sua canção com Milton Nascimento, “O Que Foi Feito Devera? “, enquanto lhes escrevo. O rio segue correndo à minha frente, a voz de Elis ecoa potente e a floresta me traz força para seguir. Nossa força está nas histórias e amores que construímos com o privilégio de uma natureza ainda exuberante à volta. Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Pampas, Mata Atlântica. Esses lares, tão nossos lares, que damos um nome e são muitos, multiplicando e potencializando nossa vida. Do pequeno e raro louva-a-deus folhinha, à grande sumaúma, não podemos nos esquecer. Aliás, vocês os conhecem? Já visitaram seus lares tropicais, olhando atentamente, observando quão surpreendentes, delicados e fortes são? Tenho certeza que essas paisagens e seres-sentimentos nos trazem vida, e aqui estamos para continuar protegendo e lutando para mantê-los vivos. 

A saga incansável do povo Munduruku pela defesa de seu território

Carol Marçal  

Os desafios que os Munduruku enfrentam em seu próprio território, no Pará, revelam um cenário que poderá se proliferar pela Amazônia se os planos do governo Bolsonaro se consolidarem

Após três dias de viagem e enfrentando ameaças dos garimpeiros que tentavam impedir a ida a Brasília, mais 85 lideranças Munduruku chegaram à mobilização Levante Pela Terra para somar na luta pelos direitos nos territórios © Andressa Zumpano

Os planos do governo Bolsonaro e da bancada ruralista no Congresso, de abrir os territórios indígenas para o avanço do capital privado usando como estratégica o ataque aos direitos indígenas e o divisionismo entre os povos, já são bastante nítidos. Infelizmente, o que temos visto no território do povo Munduruku, no Pará, no último mês, revela o cenário que se proliferará sobre toda a Amazônia se esses planos se consolidarem.  

As cenas são de terror e parecem vindas de um filme distópico. Dentro de territórios indígenas vimos casas sendo incendiadas, lideranças ameaçadas e armas de fogo sendo ostentadas por criminosos que contam com a garantia de impunidade, fator determinante para o aumento e a perpetuação da violência no campo. Esse cenário é  uma pequena dose do  futuro  desesperador que nos aguarda caso o trator ruralista que destrói a Amazônia e tira direitos da população não seja, efetivamente, freado.

São muitas as propostas de desmonte das políticas socioambientais que buscam entregar os territórios indígenas para a expansão de um modelo de desenvolvimento que é ambientalmente predatório e socialmente excludente, a exemplo do Projeto de Lei (PL) 191/2020 e do PL 490/2007. Na prática, eles obrigarão os povos indígenas a abrir mão de seu modo de vida ancestral. As medidas também inviabilizarão a demarcação das mais de 800 terras indígenas ainda não reconhecidas pelo Estado brasileiro. 

Os ataques garimpeiros a lideranças do povo Munduruku, que incansavelmente lutam para proteger seu território, modo de vida e cultura, vêm acontecendo repetidamente ao longo deste ano e são um reflexo direto da política anti-ambiental e anti-indígena do governo Bolsonaro. Em março, a sede da Associação Wakoborun, associação de mulheres indígenas contrárias à mineração em terra indígena, foi destruída por garimpeiros no município de Jacareacanga, onde se localizam as terras indígenas Munduruku e Sai Cinza, no Alto Rio Tapajós. No último dia 26, Maria Leusa Kaba, e sua mãe, Cacica Isaura tiveram suas casas queimadas por garimpeiros ilegais na Aldeia Fazenda após uma operação da Polícia Federal (PF) contra o garimpo ilegal, também na região de Jacareanga, epicentro do ouro ilegal no Brasil. Basta! A escalada da violência é inaceitável. 

A Operação Mundurukânia 2, realizada pela Polícia Federal essa semana, é um desdobramento da investigação que identificou a atuação de uma organização criminosa na extração de ouro naquela região. As ações também são consequência de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou ao governo federal a adoção imediata de todas as medidas necessárias à proteção da vida, saúde e segurança dos povos Munduruku e Yanomami, (em Roraima) ambos vivendo um trágico avanço de grupos criminosos que extraem ouro ilegal em seus territórios.

Em meio à situação alarmante, a Justiça, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), também ordenou que o governo federal proteja os indígenas sob ataque de garimpeiros no Pará.  

Diante de tanta omissão e da ascensão das violências e violações às vidas e aos territórios indígenas, delegações de indígenas chegaram a Brasília no dia 8 de junho para denunciarem  as políticas anti-indígenas do governo Bolsonaro e da bancada ruralista. Ontem (17), após três dias de viagens, enfrentando as ameaças dos garimpeiros que tentaram impedi-los, e sob escolta policial, mais 85 lideranças Munduruku se somaram ao Acampamento “Levante Pela Terra” em defesa de seus direitos territoriais.

Não podemos normalizar a violência contra os povos originários e nem permitir uma política genocida que nos remete ao nosso passado colonial. Exija a proteção imediata da vida dos povos indígenas e de seus territórios, assim como a retirada de todo o pacote de destruição ambiental atualmente em pauta no Congresso Nacional.

Reafirmar os modos de vida tradicionais como alternativa à economia da destruição é nosso único caminho.

Desde 2018, o Greenpeace, juntamente  com outros parceiros, vem realizando um projeto focado na proteção territorial. O “Todos os Olhos na Amazônia” tem como objetivo estimular a ação em rede como estratégia para apoiar a luta de povos indígenas e comunidades tradicionais pela conservação das florestas e de seus territórios tradicionais.

Por que você deve apoiar o “Levante pela Terra”?

Greenpeace Brasil  

Toda a sociedade deve fortalecer a luta dos povos indígenas que ocupam as ruas da capital do país em plena pandemia: o que tá em jogo é a própria vida

Mais de 850 indígenas, de 43 povos, realizam, desde o dia 8 deste mês, o Acampamento Levante Pela Terra em Brasília para, mais uma vez, exigirem o fim das violações de seus direitos. Essas violações, que ocorrem há séculos, têm aumentado drasticamente nos últimos anos graças, especialmente, ao projeto genocida do governo federal e da bancada ruralista, que têm um objetivo muito claro: abrir os territórios indígenas para a exploração econômica do capital privado. Além da terra em si, o propósito é a apropriação dos bens comuns nela existentes, como água, biodiversidade, madeira, ouro e outros minérios. Ou seja, as riquezas que estão em solo da União hoje passariam para os bolsos dos barões do garimpo, de donos das mineradoras, madeireiras, dos grileiros e de ruralistas.

Após viajarem dezenas de horas em ônibus que vieram das cinco regiões do Brasil, as lideranças estão acampadas na área externa do Teatro Nacional, localizado na Esplanada dos Ministérios. Mesmo sendo mais vulneráveis às doenças respiratórias, como é o caso da Covid-19, os indígenas saíram de suas comunidades, em um momento em que a pandemia ainda aterroriza o país, para exporem nas ruas a sua indignação diante desse violento avanço de diversos setores sobre os seus territórios.

Como fazem há mais de quinhentos anos, eles avisam que não se calarão e que resistirão, afinal “é menos assustador morrer de Covid hoje do que permitir a destruição de nossas vidas, nossas histórias e nossos futuros”.

Mas, efetivamente, o que motiva mais de mil indígenas a permanecerem em Brasília por 10 dias, acampados, enfrentando o frio do Planalto Central, num protesto que já se configura como o maior desde o início da pandemia, em maio de 2021?

Infelizmente, não faltam motivos e eles se espalham pelos Três Poderes da nação. Veja abaixo três das principais demandas do Acampamento Levante pela Terra:

1 – Projeto de Lei (PL) 490/2007, no Congresso Nacional – permite que o governo tire da posse de povos indígenas áreas oficializadas há décadas, escancara as terras indígenas a empreendimentos predatórios, como o garimpo, busca impor a tese do marco temporal (leia mais abaixo) e, na prática, vai inviabilizar de vez as demarcações, que foram totalmente paralisadas pelo governo Bolsonaro. Além de uma grande quantidade de dispositivos inconstitucionais, este PL 490 afronta decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Se aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, este PL seguirá para o plenário e, se for aprovado ali, será encaminhado para análise do Senado. O PL 490 chega ao absurdo de pretender flexibilizar o usufruto exclusivo das terras indígenas pelos povos originários, garantido pela Constituição, e propõe, inclusive, a possibilidade de que a União se aproprie e disponibilize para a reforma agrária terras em que tenha havido alteração dos traços culturais da comunidade. O que significa isso? Se um indígena usar um celular, ou for proprietário de um carro, ou ainda estudar na universidade, isso pode significar “alteração dos traços culturais da comunidade”??? Quem vai definir quem continua ou não sendo indígena no Brasil?

🏹   Indígenas pedem que o PL 490 seja arquivado definitivamente 🏹


2 – Recurso Extraordinário (RE) 1.017.365, no Supremo Tribunal Federal (STF) – Em 2019, os ministros da Suprema Corte determinaram, por unanimidade, a repercussão geral deste RE 1.017.365, que discute um pedido de reintegração de posse movido pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) contra a Fundação Nacional do Índio (Funai) e indígenas do povo Xokleng, envolvendo uma área já identificada da Terra Indígena (TI) Ibirama-Laklãnõ. Essa condição de “repercussão geral” significa que a decisão tomada nesse julgamento servirá de diretriz para os demais processos envolvendo demarcação de terras indígenas em todo o país. Por isso, o que está em jogo nesse julgamento é o reconhecimento ou a negação do direito mais fundamental aos povos indígenas: o direito à terra.

Contrária à “teoria do indigenato”, que reconhece que o direito dos povos indígenas sobre suas terras é originário – ou seja, anterior à própria constituição do Estado brasileiro -, a tese do “marco temporal”, defendida pelos ruralistas e por setores interessados na exploração das terras tradicionais, afirma que os povos indígenas só teriam direito à demarcação das terras que estivessem sob sua posse no dia 5 de outubro de 1988 (dia da promulgação da Constituição), ou que, naquela data, estivessem sob disputa física ou judicial comprovada.

Na avaliação de indigenistas, juristas, lideranças indígenas e do Ministério Público Federal (MPF), essa é uma tese bastante perversa, pois legaliza e legitima as violências a que os povos foram submetidos até a promulgação da Constituição, em especial durante a Ditadura Militar.

Além disso, essa posição ignora o fato de que, até 1988, os povos indígenas eram tutelados pelo Estado e não tinham autonomia para lutar, judicialmente, por seus direitos. Por tudo isso, os povos indígenas vêm dizendo, em manifestações e mobilizações: “Nossa história não começa em 1988”.

O Greenpeace é um “Amigo da Corte” neste processo. Isso significa que a organização apoia os Xokleng e os outros povos que vivem na TI Ibirama-Laklãnõ para a manutenção integral de seu território. É fato reconhecido por diversos estudos e pesquisas que, para além do direito originário ao território, os povos indígenas são, efetivamente, a melhor barreira para o avanço do desmatamento. Por isso, são reconhecidos como Guardiões da Floresta.

Após entregarem uma carta ao presidente da Suprema Corte, ministro Luiz Fux, solicitando que ele recolocasse o processo em pauta, o julgamento no plenário virtual do STF foi remarcado para o dia 30 de julho.

🏹  Os povos indígenas pedem que o STF reafirme os direitos originários dos povos indígenas e enterre definitivamente a tese do marco temporal 🏹  

3 – Demarcação das Terras Indígenas, pelo Executivo – segundo a Constituição Federal, a finalização dos processos de demarcação de todas as terras reivindicadas pelos povos indígenas deveria acontecer até cinco anos após a sua promulgação, em 1993, portanto. Esta histórica pauta do movimento indígena continua sendo uma demanda necessária e… mais urgente que nunca, considerando o aumento das invasões e da violência contra os povos.

🏹  Os povos clamam e demandam da Funai e do governo federal: “Demarcação Já!” 🏹


Já existem soluções para a crise climática e que podem ajudar muito na resolução da crise econômica e social brasileira. Precisamos apenas ligar os pontos, contar com quem já está atuando junto e promover ações que contribuam para a construção de um mundo mais justo, inclusivo e em equilíbrio com o meio ambiente. Assine a nossa petição para se juntar ao movimento de pessoas que reconhecem a urgência da crise climática, dar voz às pessoas mais afetadas por este problema e manter-se informado para nos mobilizarmos pela causa e pressionarmos as autoridades.

Poluição dos Oceanos e extinção da vida marinha: o que nossos hábitos têm a ver com isso?

Luana Leal 

 

Grupos locais aproveitaram o Dia Mundial dos Oceanos (08) para explicar como a nossa alimentação e pequenos atos do dia a dia podem ser prejudiciais ao planeta

Essa semana está tão especial que Djavan tem até música pra deixar de som ambiente enquanto você confere tudo o que rolou. 

No dia 08, tivemos o Dia Mundial dos Oceanos, sem muitos motivos para comemorar. Sabemos que a biodiversidade marinha está ameaçada, assim como a integridade dos oceanos. Mas nada como um olhar reflexivo e uma boa mobilização para mudar esse cenário, né? 

Vem ver o que os grupos locais fizeram: 

Resíduos nos oceanos – São Paulo: 

Descarte e logística reversa de resíduos tóxicos – São Paulo:

O grupo convidou o Bruno Dias, integrante do @senacpinda, para falar sobre o tema. 

Mergulhando no assunto, o grupo de Zona da Mata, ainda em formação, fez um TikTok com curiosidades sobre a água: 

Em Belo Horizonte, os voluntas fizeram um post para abrir a discussão sobre o Dia, mas teve muito mais:

O grupo também se mobilizou com cartazes em prol da proteção dos oceanos:

Pra finalizar, os voluntários e voluntárias divulgaram organizações que trabalham em prol da proteção da vida marinha: 

Nadando até João Pessoa, encontramos mais mobilização. Por lá, o grupo aproveitou a data para testar o conhecimento dos seguidores sobre os oceanos:  

E também teve live! Os voluntas convidaram a Claudia Cunha, coordenadora do projeto extensivo Mares Sem Plástico, para conversar sobre integridade da vida marinha: 

Recife seguiu a mesma linha de Belo Horizonte efez uma abertura para o show de materiais que viriam a seguir: 

Para a ocasião, os voluntários e voluntárias lançaram a série “Vozes do Oceano”. Os episódios foram publicados ao longo da semana, e trouxeram o protagonismo de diversas formas de vida no oceano. Vale a pena conferir tudo! 

E continua: 

Plástico nos oceanos: 

Microplásticos:

O grupo do Vale do Itajaí entrou na dança e veio se engajar: 

E esse foi o destaque dessa semana! Caso queira relembrar o da semana passada, o grupo de São Paulo reuniu os melhores momentos pra você não passar batido por nada! Vem ver: 

Os ODS – ou Objetivos para Desenvolvimento Sustentável – foram estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015 e são uma agenda mundial para a construção e implementação de políticas públicas que visam guiar a humanidade até 2030. Mas você sabe quais são os 17 objetivos ambiciosos e interconectados que abordam os principais desafios de desenvolvimento enfrentados por pessoas no Brasil e no mundo? 

Relaxa, o grupo de São Paulo te conta: 

E pra ninguém se embaralhar com tanta informação, a voluntária Grazi, também de São Paulo, preparou um vídeo para tirar dúvidas e simplificar o rolê todo! 

Achou que tinha acabado? Jamais! Aqui você nunca sai com informação pela metade, então vem ver as parcerias e meios de implementação dos ODS:

Mudando de assunto (mas nem tanto), o grupo trouxe curiosidades sobre a sustentabilidade em geral:  

BH voltou pra conversa e falou de 5 animais marinhos que estão em risco de extinção: 

Os voluntas também compartilharam um vídeo da Discovery Brasil que aborda como o som da sonda industrial pode acabar matando os golfinhos: 

O grupo de Recife, saindo do mar para a terra firme, trouxe informações sobre as consequências da desertificação do solo: 

Para os amantes de literatura, a abertura das dicas de hoje é para vocês! O grupo de Goiânia indicou o livro “A Sexta Extinção: Uma História Não Natural”, escrito por Elizabeth Kolbert e traduzido por Mauro Pinheiro. A obra foi vencedora do prêmio Pulitzer de Não Ficção de 2015. Vale a leitura: 

E cinéfilos, os grupos não se esqueceram de vocês, viu? Olha só: 

Os grupos de Belo Horizonte e Recife indicaram o filme “Em busca dos Corais”:

Já que esse ano não vamos ter festa junina e suas maravilhosas comidas, por que não preparar uma salada de milho acompanhada de abacate? A receita é super prática e veio do grupo de Salvador <3

Seguiremos atualizando e apoiando os grupos, afinal, estamos todes juntos nessa 🙂