Wednesday, February 29, 2012

Seminário debate a (falta de) ciência no Código Florestal


Seminário na Câmara dos Deputados alerta sobre os riscos da aprovação do novo Código Florestal. Relator Paulo Piau diz que no texto não há abertura para novos desmatamentos.
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Postado por Nathália Clark - 28 - fev - 2012 às 11:44 Adicionar comentário
zoom Seminário na Câmara dos Deputados alerta sobre os riscos da aprovação do novo Código Florestal. Relator Paulo Piau diz que no texto não há abertura para novos desmatamentos.

Se aproxima a data prevista para a última votação, antes de ir à sanção presidencial, do novo Código Florestal, que de florestal não tem lá muita coisa. Em dezembro passado, a Câmara dos Deputados adiou a plenária de deliberação para o dia 6 de março, semana que vem. Durante todo o debate, que durou mais de dois anos, pesquisadores alertaram sobre os impactos das mudanças propostas, e frisaram que produção e preservação não são inconciliáveis. Mas todo esse trabalho foi ignorado, resultando num projeto de lei que acaba com a proteção das florestas e só funciona aos interesses de um único setor – o agronegócio brasileiro. Uma boa legislação é aquela que consegue unir os dois lados.

Com intuito de tentar, mais uma vez, abrir os olhos dos deputados, o Comitê Brasil em Defesa das Florestas, que congrega várias organizações da sociedade civil, realizou na tarde desta terça-feira, junto com a Frente Parlamentar Ambientalista, o seminário “Código Florestal e a Ciência: o que os nossos legisladores ainda precisam saber”. O evento reuniu pesquisadores e cientistas na Câmara dos Deputados, em Brasília, além do deputado Paulo Piau (PMDB-MG), relator do projeto na Casa.

Em sua fala, Piau afirmou que o projeto do novo Código não estimula novos desmatamentos, e que "o meio ambiente reinará absoluto dentro do setor produtivo". ele não esteve presente durante as apresentações, quando a ciência e os especialistas puderam mais uma vez mostrar que há sim abertura para a devastação, e os impactos catastróficos das mudanças propostas.

Os palestrantes lembraram que o conteúdo do projeto não pode mais ser alterado nessa etapa do processo, apenas alguns artigos podem ser suprimidos. O que resta à sociedade, então, é a mobilização. Com a clara posição do relator a favor da bancada ruralista, apenas a presidente pode tomar uma atitude, cumprindo com suas promessas e vetando o desmatamento e a anistia.

O diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adario, fez parte da mesa de abertuda do debate e assinalou que, caso aprovado, tanto o texto da Câmara quanto o que veio do Senado, ou mesmo um híbrido dos dois, fará com que a disputa em campo aumente drasticamente, fazendo cada vez mais vítimas desse processo na Amazônia, como o casal de ambientalistas morto no Pará.

“O que está em discussão aqui não é só o Código Florestal, mas o divórcio entre a Casa do povo brasileiro e a opinião pública da sociedade, que já deixou claro que é contra o projeto. O papel dessa Casa é ouvir, discutir. E nós somos o tambor que move essa casa. Se for aprovado aqui, a matéria cairá nos braços da Dilma, e a sociedade precisa se mobilizar”, frisou Adario.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), presente no evento, também solicitou a ação popular. “Temos que enfrentar esse inimigo muito poderoso, que são as forças atrasadas desse parlamento. O projeto, que já é ruim, pode ainda piorar e a correlação de forças é perigosa. Tomara que haja depois desse seminário uma movimentação para não apenas reduzir danos, mas tentar garantir um futuro para o Brasil. Com respeito e responsabilidade podemos dar ao Brasil o Código que ele merece. Para todos, não só para alguns.”

A ex-ministra Marina Silva fez coro aos demais e pediu posicionamento. “Devemos dar o reforço político que a presidente Dilma precisa para cumprir as suas promessas e não permitir a aprovação dessas mudanças. Queremos o veto ao novo Código.”1Fonte;Greenpeace

Empecilhos na construção da rede energética europeia


Escritórios e prédios próximos ao rio Tâmisa, em Londres. Iluminação, aquecimento e o uso de computadores são os maiores consumidores de eletricidade e poderiam ser abastecidos com energias limpas. © Steve Morgan / Greenpeace

A ampliação do uso de energias renováveis e limpas, como a eólica, por exemplo, é frequentemente questionada por tratar-se de uma fonte intermitente. Diz-se que não há vento e sol o ano inteiro e que por isso o abastecimento de energia seria comprometido. Tal problema poderia ser solucionado com redes conjuntas de eletricidade que interligariam países formando conexões energéticas interfronteiras. Assim, se não há vento em um lugar, pode-se usar o potencial solar de outro.

É o que tem se tentado colocar em prática na Europa: uma grande rede conjunta de eletricidade que conectaria diversas fontes energéticas como fazendas de vento na Escócia e painéis solares espanhóis. “Uma grande rede conjunta de eletricidade é absolutamente essencial para que a Europa faça uso generalizado dos suprimentos de energia limpa e reduza suas emissões de gases do efeito estufa que contribuem para o aquecimento global”, afirma Doug Parr, cientista-chefe do Greenpeace Reino Unido.

E, por incrível que pareça, não é a complexidade técnica que tem sido o maior obstáculo para que o projeto saia do papel. São entraves políticos, regulatórios e econômicos. “As coisas estão avançando, mas poderiam ir um pouco mais depressa se houvesse adesão em um nível mais alto”, acrescenta Parr.

Hoje, muitos países europeus ainda produzem e fornecem a maior parte de sua própria eletricidade. Existem algumas conexões energéticas interfronteiras, geralmente com apenas mais um país. A ideia da rede de eletricidade europeia é questionada por seu elevado custo e pela questão da regulamentação do fornecimento de energia entre diferentes países. Cada um dos participantes possui uma legislação diferente e específica o que exige longas negociações para se superar essas diferenças.

Tais entraves levam a uma baixa adesão ao projeto que não só permitiria o avanço das energias renováveis, mas também diminuiria os custos para os consumidores devido a concorrência e a distribuição da produção excedente. Doug Parr ainda ressalta que temos que ficar atentos para que tal plano seja executado de modo eficiente e sensato para que não seja mais caro do que se fosse feito da maneira certa
Fonte;Greenpeace

Tuesday, February 28, 2012

Ativistas presos por bloqueio de navio

Após 77 horas de resistência pacífica no topo de navio da Shell, a polícia prendeu os ativistas. (© Nigel Marple / Greenpeace)

A atriz Lucy Lawless e mais seis ativistas do Greenpeace da Nova Zelândia foram presos por bloquear navio da Shell que explorará petróleo no Ártico
Terminou na manhã de hoje a ocupação pacífica de um navio petroleiro da Shell, na Nova Zelândia, por sete ativistas do Greenpeace, entre eles a atriz Lucy Lawless, da série “Xena, a Princesa Guerreira”. Após 77 horas de resistência no topo da torre de perfuração de 53 metros, a polícia invadiu o navio e prendeu o grupo.

A ocupação do navio foi uma resposta do Greenpeace à decisão da Shell de perfurar petróleo próximo à costa do Alaska. O navio se preparava para seguir em direção ao mar de Chukchi, na costa do Alaska, onde se prevê a perfuração de três poços neste verão.

“Este capítulo acabou, mas a história da batalha para salvar o Ártico está apenas começando”, disse Lawless, antes de ser presa. “Nós continuaremos a ser solidários com as comunidades e espécies que dependem do Ártico para a sua sobrevivência até que a Shell cancele seus planos de perfurar neste mundo mágico e mude para a exploração de energia limpa e sustentável.”

Apesar do movimento de ocupação ter sido pacifico, sem qualquer incidente, os promotores neozelandeses estão acusando os ativistas por roubo. O Greenpeace, entretanto, insiste que nenhuma propriedade foi levada ou danificada durante a ocupação.

Ao longo da ocupação, mais de 135 mil ciberativistas enviaram e-mails para a Shell pedindo que seus planos de perfurar no Ártico sejam abortados. Também pelo Twitter, milhares de internautas comentaram os protestos usando a hashtag #savethearctic. Celebridades como Jared Leto e a página oficial dos Beatles também postaram mensagens a respeito para os seus seguidores.

"Fizemos o que viemos fazer", disse Lawless. “Juntos enviamos uma mensagem clara para a Shell, que ecoou em todo o mundo: é hora de impor um limite e dizer basta."

A decisão da multinacional anglo-holandesa Shell de perfurar poços de petróleo na costa do Alaska pode levar a uma corrida pelo óleo sem precedentes na região. Mas as baixíssimas temperaturas, condições meteorológicas extremas e uma localização muito remota tornam a operação muito arriscada. Qualquer vazamento pode representar um dano irreversível ao ecossistema do Ártico. A contenção e a limpeza são praticamente impossíssivel.Fonte;Greenpeace

Saturday, February 25, 2012

Ártico, Brasil, Nova Zelândia: o rastro de sujeira do petróleo


A exploração de petróleo põe em risco o Ártico. Ano passado houve um derramamento na Nova Zelândia e nos últimos 60 dias o Brasil registrou quatro vazamentos na camada de pré-sal no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Um duto também se rompeu no Rio Grande do Sul recentemente. Em novembro de 2011 também houve o vazamento da Chevron no litorial fluminense. O ouro negro, do qual a sociedade é tão dependente, vai deixando seu rastro de sujeira.
Dessa forma, o Greenpeace Brasil está fazendo uma campanha que pede às dez companhias que têm concessões de poços na Bahia, inclusive a Shell, que assinem uma moratória de 20 anos e não perfurem nos arredores do Parque Nacional Marinho de Abrolhos.
Essa é a única região do país aonde as baleias jubartes, vindas da Antártida, se reproduzem. Também fica em Abrolhos um dos mais importantes recifes de corais de todo o Atlântico Sul. Em seus mares habita uma fauna marinha riquíssima.
Se essas companhias ignorarem a petição que pede a moratória, a biodiversidade e o clima estão sob grave ameaça. A exploração de petróleo indiscriminada em águas profundas, cuja tecnologia ainda está sendo desenvolvida, pode macular esse delicado ecossistema.
Até agora 30 mil pessoas já pediram para as empresas não explorarem petróleo perto de Abrolhos. Sua ajuda é valiosa: faça parte deste grupo e assine também.Fonte;Greenpeace

A insana corrida pelas últimas gotas de petróleo A insana corrida pelas últimas gotas de petróleo


A atriz Lucy Lawless, da série "Xena, a Princesa Guerreira", juntou-se aos ativistas do Greenpeace e participou da ação contra a Shell na Nova Zelândia. Crédito: © Nigel Marple / GreenpeaceNick Young, gerente de web do Greenpeace Nova Zelândia, escreveu o texto abaixo sobre os sérios impactos ambientais que a exploração de petróleo e gás pode causar no Ártico.
Ontem, ativistas neozelandeses escalaram um navio de perfuração da Shell prestes a partir para os mares do norte. Esse texto foi enviado para os ciberativistas do Greenpeace desse país da Oceania e nós achamos que você aqui no Brasil deveria lê-lo também.
Até o momento, mais de 75 mil pessoas ao redor do mundo assinaram a petição endereçada ao Presidente da Shell nos EUA, Marvin Odum, pedindo que a empresa desista do plano de perfurar no Ártico.
No Brasil, estamos enfrentando uma situação similar à do Alaska. Dez empresas petrolíferas – inclusive a Shell – querem perfurar poços profundos nos arredores do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, um dos maiores santuários da biodiversidade do Atlântico Sul.
O Greenpeace Brasil pede que essas companhias concordem como uma moratória de 20 anos para não macular Abrolhos. Envie sua carta para as petroleiras.
Leia a carta de Nick Young:
“Agora no Porto de Taranaki sete ativistas – incluindo a nossa amiga Lucy Lawless – estão bloqueando a partida de um navio de perfuração de petróleo da Shell que está prestes a se dirigir ao ártico Alaska. Eles estão expondo os esforços da Shell de irromper em um dos últimos ecossistemas intactos do planeta.
Assim como a perfuração de petróleo em águas profundas que enfrentamos na Nova Zelândia, a do Ártico é extremamente arriscada. O fator a ser considerado aqui é que isto demonstra o quão desesperada está a indústria petrolífera para chegar às últimas gotas de óleo – não importa a que custo.
O derramamento de óleo Rena, ocorrido na costa neozelandeza em outubro do ano passado, nos mostrou quão prejudicial um pequeno vazamento de óleo pode ser.
Imagine as consequências de um acidente de grandes proporções no remoto e imaculado Ártico. Ele ameaça diretamente o urso polar e outras espécies que já estão sob pressão devido às mudanças climáticas e a situação pode piorar ainda mais.
Nós estamos no ápice de uma corrida pelo petróleo no Ártico, os riscos são altos e a nossa chance de parar é agora.
Este é um momento decisivo. Nós podemos escolher um caminho futuro onde a energia limpa substituirá os impactos causados pelas mudanças climáticas, guerras por recursos naturais e devastação ambiental, que são as consequências da nossa dependência pelo petróleo.
Ajude a parar a destruição do Ártico agora enviando um e-mail para a Shell exigindo que ela desista de seu plano de realizar perfurações no mar desse frágil ambiente.
Obrigada pelo seu apoio.
Nick e toda a tripulação do Greenpeace”
Fonte;Greenpeace

Tapando o petróleo com a peneira


Ativistas do Greenpeace simulam vazamento de óleo para protestar contra a exploração de petróleo e os acidentes que acontecem nos oceanos. © Greenpeace / Alexandre Cappi Uma atitude envolvendo a questão da exploração de petróleo foi tomada. Tudo indica que as cobranças feitas pela sociedade e pesquisadores foram minimamente ouvidos e o famoso e desconhecido Plano de Contingência Nacional (PNC) finalmente saiu do papel.
O plano prevê as medidas a serem tomadas pelo governo diante de grandes vazamentos de petróleo no mar e terá um orçamento anual estimado em R$1 bilhão.
Desde 2010 quando ocorreu o acidente com a British Petroleum no Golfo do México o governo Brasileiro promete um plano de contingência. No final do ano passado, em novembro, o acidente envolvendo a Chevron, chamou a atenção não apenas por seu tamanho, mais de 2 mil barris de petróleo foram jogados no mar, mas também pela demora do procedimento para limpeza do óleo derramado.
O caso Chevron expôs o descontrole e a falta de conhecimento das autoridades públicas sobre o que acontece com a exploração de petróleo na costa brasileira. Explicitou a urgência de um Plano de Contingência que fiscalize e tome as medidas necessárias em caso de acidentes que, infelizmente, não tem sido raros.
Em pouco mais de dois meses, foram cinco. Além da Chevron, a Refinaria Duque de Caxias foi acusada de contaminar o rio Iguaçu com óleo e outras substâncias químicas, a Transpetro, em Tramandaí (Rio Grande do Sul), teve que interditar a praia para poder limpá-la e os dois mais recentes envolveram a Petrobras, na Bacia de Santos e Campos.
Os acidentes funcionaram como um alerta vermelho para a tão clamada exploração do pré-sal brasileiro e devido à fortes pressões e repercussões, o governo brasileiro resolveu desenterrar o famoso plano.
O orçamento do PNC funcionará como um seguro em caso de grandes acidentes nos quais os responsáveis não forem identificados imediatamente. A principal preocupação é agir rapidamente para conter os vazamentos e os danos. Uma vez identificado o responsável, ele reembolsará o Tesouro e passará a arcar com os custos para conter o impacto.
No entanto, o valor de R$ 1 bilhão ainda é muito baixo se pensarmos nas dificuldades de contenção, de se estimar quais são os reais custos ao meio ambiente e que os danos à biodiversidade são irreparáveis. No caso da Chevron, por exemplo, ainda não foi estimado qual foi o real impacto do acidente. Foi aplicada a multa máxima, mas a indenização pelos impactos realizados ainda não foi estimada.
Além disso, as decisões serão centralizadas no Ibama, Marinha e Agência Nacional do Petróleo (ANP) e sabe-se que as três entidades ainda não possuem estrutura suficiente para agir nos casos de acidentes de vazamento de petróleo na exploração da camada pré-sal.
Espera-se ainda que ações mais efetivas e medidas de prevenção sejam tomadas e que o governo melhore o tão aguardado Plano Nacional de Contingência. Caso contrário, esse tipo de medida funcionará apenas como uma peneira tentando conter o impacto do petróleo na costa brasileira.
* da Campanha de Clima e Energia Fonte;Greenpeace

Friday, February 24, 2012

Escaladas pelo Ártico


Greenpeace protesta na Nova Zelândia e no Reino Unido contra decisão da Shell de explorar petróleo na costa do Alaska.A atriz Lucy Lawless, da série "Xena, a Princesa Guerreira", participou de ação contra a Shell na NovaEm protesto contra a decisão da Shell de perfurar poços de petróleo na região do Alaska, anunciada na última sexta-feira, o Greenpeace bloqueou hoje, na Nova Zelândia, um navio de exploração de óleo que seguia para a região.

O protesto pacífico contou com o apoio da atriz neozelandesa Lucy Lawless, da série "Xena, a Princesa Guerreira". Ela se juntou aos ativistas que escalaram os 53 metros do navio da petroleira e estenderam um banner com a mensagem "Pare, Shell" e a hashtag #SaveTheArctic (salve o Ártico).

“Precisamos ficar espertos e começar a transição para um futuro energético limpo, verde e sustentável. Isto significa que a Shell tem de sair do Ártico”, disse Lawless.

Protesto semelhante realizaram os ativistas do Reino Unido. Na terça-feira, 21, um grupo de escaladores subiu até o teto da famosa National Gallery, em Londres, de onde estenderam um enorme banner com a mensagem: “Não é pintura a óleo”, em uma referência à exploração de petróleo no Ártico.

O protesto de Londres foi realizado no mesmo momento em que executivos da Shell recebiam influentes convidados em um evento realizado no museu. Do lado de fora, um urso polar (na verdade um ativista fantasiado) também deu o ar da graça e misturou-se à multidão, enquanto dezenas de voluntários do Greenpeace explicavam os motivos da ação a curiosos na rua.

Um dos mais importantes santuários do mundo, o Ártico está ameaçado pela indústria do petróleo. Um vazamento de óleo nesta região teria efeitos devastadores para o sensível ecossistema da região, que já sofre com os efeitos do aquecimento global e redução das calotas polares.

Em 30 anos, o Ártico perdeu 75% de seu gelo e as temperaturas estão aumentando em grande velocidade, se comparadas com outras partes do planeta.Fonte;G Zelândia (© Greenpeace)Fonte;Greenpeace

Friday, February 17, 2012

Meio Ambiente de bolso vazio


Só no mandato da ministra Izabella Teixeira, o Ministério do Meio Ambiente já perdeu 37% de seu orçamento em 2011 e agora mais 19%. Crédito: @ Rodrigo Baleia / GreenpeaceSe o caixa da preservação já era curto, ficou ainda menor. Com o novo corte orçamentário de R$ 55 bilhões, anunciado na última quarta-feira pelo governo federal, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) foi um dos mais prejudicados, perdendo 19% do valor previsto originalmente na Lei Orçamentária Anual. Foram bloqueados R$ 197 milhões do montante de R$ 1,01 bilhão previsto. Agora, o ministério terá que trabalhar com apenas R$ 815 milhões reservados para investimentos em 2012.
A medida vem como mais uma punhalada do governo Dilma Rousseff no já raquítico orçamento do meio ambiente. No ano passado, o corte no MMA foi de R$ 398 milhões (o equivalente a 37% do montante previsto inicialmente).
Enquanto o meio ambiente vai ficando para trás, programas como o “Minha Casa, Minha Vida” e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) serão poupados. A dotação do PAC, aprovada pelo Congresso Nacional e mantida pelo governo, é simplesmente 40 vezes maior, somando um total de R$ 42,5 bilhões. Nesse ritmo, unidades de conservação vão sendo reduzidas para dar lugar a obras e empreendimentos de infraestrutura.
A justificativa por parte dos ministérios do Planejamento e da Fazenda é a de que o maior corte do governo Dilma ajudaria a cumprir as metas de redução de gastos fiscais. Mas nessa manobra, ficam cada vez mais claras as reais prioridades da presidência. Dilma, Dilma...Fonte;Greenpeace

Faça parte de nosso time


Créditos: Mauricio Veiga / GreenpeaceSe você acredita na importância da causa ambiental e gostaria de colaborar com o Greenpeace Brasil, esta é sua chance de fazer parte de nosso time. Estamos com oportunidades abertas para Captadores de Recursos.
A função do Captador de Recursos é sensibilizar os cidadãos comuns a nossas campanhas e pedir doações que permitam dar continuidade a nossas lutas em defesa do meio ambiente. O Greenpeace não aceita dinheiro de empresas, nem governos. Por isso, a colaboração de pessoas físicas é fundamental para manter nossa independência e liberdade de ação.
Para ser um captador de recursos, você precisa ter boa comunicação, dinamismo, criatividade e pró-atividade. A carga horária é de seis horas diárias. As vagas são para maiores de idade, de ambos os sexos.
Requisitos:
- Experiência comercial e com negociações. Disponibilidade para viagens.
Fonte;Greenpeace

Fundo Clima incentiva energia solar

Usina de energia eólica no Ceará. A energia dos ventos pode reduzir emissão de 10 bilhões de toneladas de CO2 até 2020. © Greenpeace / Flavio Cannalonga

O BNDES e o Ministério do Meio Ambiente finalmente lançaram uma linha de crédito de R$ 200 milhões para redução de emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. A decisão é um passo importante para incentivar empresas a desenvolverem tecnologias em energia limpa.
A ação faz parte do programa do Fundo Clima, um dos intrumentos do governo para cumprir o compromisso voluntário do país de reduzir em até 39% as emissões de gases-estufa projetadas até 2020.
Os projetos que investirem nas áreas de transporte eficiente, máquinas e equipamentos eficientes, resíduos com aproveitamento energético, carvão vegetal e combate à desertificação serão beneficiados por essas novas linhas de crédito e financiamentos.
A energia maremortriz e a solar terão os maiores incentivos devidos aos juros mais baixos que serão cobrados de quem optar por investir nessas áreas. O Ministério do Meio Ambiente considera que a produção de energia eólica e por biomassa já tiveram avanços significativos.
Além de menor do que esperada - o orçamento previa R$ 800 milhões - a verba chegou com atraso, sendo repassada ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social) no final de 2011, dois anos após a criação do Fundo Clima. De qualquer maneira, é um passo importante, que move o Brasil para um futuro mais verde e limpo em termos energéticos.Fonte;Greenpeace

Saturday, February 11, 2012

No rumo dos efeitos climáticos


O desmatamento e as fontes de energia suja como o petróleo são fortes vetores para as mudanças climáticas.Nada como uma mudança de rumo nos planos para nos fazer refletir. No último domingo, meu voo de volta ao Brasil foi cancelado por causa de uma nevasca que atingiu a Europa nos últimos dias, matando mais de 300 pessoas, deixando mais de 1,8 mil pessoas internadas apenas na Ucrânia, um dos países mais atingidos, e registrando temperaturas de -22° C na Holanda, a mais baixa dos últimos 27 anos.
Naquele instante, eu era testemunha de um efeito climático extremado que, assim como altas temperaturas, chuvas excessivas e outros efeitos naturais descontrolados, têm trazido graves consequências para populações em diversos países, especialmente para pessoas em condições mais vulneráveis.
Toda aquela situação de muito frio, tumulto nos aeroportos e vontade de voltar ao Brasil me fez refletir sobre o propósito daquela viagem. Foram duas semanas focadas nas discussões da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio +20, que se realizará no Rio de Janeiro no próximo mês de junho.
O que me parece é que, assim como o que tem ocorrido com os alertas sobre as mudanças climáticas e seus dramáticos efeitos, líderes de Estados e donos do poder ainda não quiseram realmente agir para mudar drasticamente os rumos da economia e buscar padrões mais sustentáveis de produção, de consumo e de uso dos recursos naturais, para evitar um colapso global.
Sabemos que precisamos de um modelo de desenvolvimento mais justo e sustentável. Os discursos políticos dizem isso. Sabemos que precisamos por fim a práticas predatórias, como a sobre-exploração de florestas e a sobre-pesca nos mares, e que devemos focar investimentos em energias mais limpas e renováveis. Mas, por algum gargalo, ainda não conseguimos avançar nas mudanças na velocidade que deveríamos e poderíamos.
Nesse debate sobre desenvolvimento sustentável, a sensação é que seguimos em busca de soluções e respostas que já temos, mas que ainda não fomos capazes de colocar em prática. De olho na Rio +20 e refletindo sobre esses 20 anos que separam essa conferência da Eco-92, questiono: será que conseguiremos imprimir reais mudanças no nosso modelo de sociedade daqui para frente? A pergunta fica no ar.
*Renata de Camargo é coordenadora de Políticas Públicas do GreenpeaceFonte;Greenpeace

Friday, February 10, 2012

Frases célebres em 20 anos de história



Paulo Adario e seus 20 anos de Greenpeace no Brasil. Crédito: © Greenpeace / Daniel BeltráVeja aqui as principais frases ditas pelo diretor do Greenpeace na Amazônia, Paulo Adario, desde a década de 1990, que marcaram a cena ambiental no Brasil e no exterior.
Demarcação dos Deni, setembro de 2001
"Enquanto fazendeiros e madeireiros colocam em risco a sobrevivência da floresta Amazônica ao forçar mudanças que enfraquecem o Código Florestal, os Deni estão dando um exemplo de cidadania"
"A demarcação das terras indígenas ajuda a aumentar a proteção do patrimônio ambiental amazônico"
Porto de Moz, novembro de 2003
"Apesar do protesto contra nossa presença na região, vamos continuar nosso trabalho de apoio à luta das comunidades ribeirinhas pela criação da reserva extrativista de Porto de Moz"
"A não ser que as reservas sejam criadas imediatamente, os maus madeireiros vão continuar destruindo as florestas da região sem que as comunidades locais tenham a chance de proteger o meio ambiente de que dependem para sobreviver"
“Fomos para Porto de Moz apoiar a população local, mostrar que os comunitários não estavam sozinhos. Se os madeireiros tinham até autoridades locais como aliados, a gente seria o aliado daquele povo”
Desmatamento
“Temos que discutir exatamente isso: o Brasil quer ser moderno e manter floresta ou o quê?”
“O Brasil não estabilizou o desmatamento, continua caminhando ladeira abaixo”
Código Florestal
"O índice de desmatamento, em queda nos últimos anos, tem de ser mantido. E o governo precisa mostrar que de fato tem um plano sustentável para o país, como já disse a presidente Dilma tantas vezes."
"Os cientistas e o Ministério Público já disseram que esse Código Florestal não é bom para o meio ambiente e será questionado juridicamente. Para que não haja um desastre ambiental no país, a presidente Dilma deve cumprir suas promessas de campanha, contra a anistia e o desmatamento, e vetar o projeto."
Queimadas
"Estamos respirando em Manaus o efeito da destruição que está ocorrendo no Pará, onde o processo da agricultura usa o fogo como trator, e a cinza, como adubo"
Moratória da soja
“O número de casos vem crescendo em ritmo preocupante, e esse aumento no Mato Grosso colocará, em um ou dois anos, muito mais soja de desmatamento no mercado. A moratória nunca foi tão importante”
Biografia
“Nas primeiras vezes que fui à Amazônia, uma das coisas que mais me impressionaram foi a violência”
“Uma vez, estávamos numa típica cidadezinha de fronteira na rodovia Transamazônica, no Pará, e um garoto falou: ‘Tome cuidado, moço. Aqui as pessoas atiram só para ver você cair’”
“Desde pequeno gosto de conversar não com o dono da fazenda, mas com o cara que tira o leite”
“Acho que ajudei o Greenpeace a ter uma visão menos europeia. Um olhar mais preocupado com a pobreza, a miséria e não o ambiente apenas. Afinal, as vítimas da destruição ambiental são as vítimas da injustiça social”
“Trabalhar na Amazônia não é para amadores”.Fonte;Greenpeace

Um herói brasileiro na ONU


Condecorado Herói da Floresta na América Latina pela ONU, Paulo Adario dedica prêmio aos verdadeiros heróis do dia-a-dia e cobra a presidente Dilma sobre o Código Florestal.Em discurso de agradecimento, Paulo Adario pede ao governo o veto ao desmatamento e à anistia a quem cometeu crimes ambientais.Diretor da Campanha Amazônia e um dos fundadores do Greenpeace no Brasil, Paulo Adario foi hoje internacionalmente reconhecido como o Herói da Floresta na América Latina e Caribe. O prêmio inédito concedido pela ONU (Organização das Nações Unidas) foi entregue em cerimônia oficial em Nova York.
Em seu discurso de agradecimento, Adario afirmou ser o título de “herói” um reconhecimento intrínseco por parte da ONU de que as florestas ainda estão em grande perigo. Ele também alertou para a importância da luta contra o desmatamento como vetor de combate às mudanças climáticas.

Veja aqui a íntegra do discurso de Paulo Adario na ONU.

Incluindo o Código Florestal como uma de suas batalhas na luta pelas florestas, Adario destacou que não há oposição entre proteção ambiental e desenvolvimento econômico, e que a produção e exportação de commodities podem continuar crescendo sem derrubar mais nenhuma árvore.

“Cerca de 90% dos brasileiros são contra uma nova lei florestal que abra espaço para mais desmatamento e que anistie aqueles que desrespeitaram a legislação. E, no entanto, isso está sendo fortemente apoiado pelos parlamentares. A presidente Dilma está numa encruzilhada. Ela precisa escolher entre o futuro e o passado. Quero aproveitar essa oportunidade para pedir a ela que dê um passo para o futuro, vetando todas as medidas perversas que reduzem a proteção das florestas no Brasil.”Em sua fala, Adario dedicou o prêmio às pessoas que dividem consigo a luta pela preservação das florestas, ou seja, aos verdadeiros heróis e vítimas que nascem quase todos os dias por conta da disputa dramática por recursos naturais e áreas de floresta.

Pessoas como Zé Claudio e sua esposa Maria não foram esquecidos pela ONU, que lhes rendeu uma homenagem, passando o filme do jornalista Felipe Milanez sobre a morte do casal de extrativistas. Com a voz embargada, a irmã de Zé Claudio, a ambientalista Claudelice Silva dos Santos, subiu ao palco e pediu mais governança na região para evitar novos crimes ambientais e humanos.

Jan McAlpine, chefe do Secretariado do Fórum das Nações Unidas sobre Florestas, disse que o conceito do prêmio surgiu, pois a organização queria mostrar o quanto as florestas são importantes para as pessoas e as pessoas para as florestas. Ao chamar Paulo Adario ao microfone, ela o definiu como uma “enorme contribuição para o mundo e a América Latina”.

Depois de receber 90 indicações, de 41 países, a ONU nomeou mais quatro "heróis da floresta" na África, Europa, Ásia e América do Norte. Os escolhidos foram Paul Nzegha Mzeka, de Camarões, Shigeatsu Hatakeyama, do Japão, Anatoly Lebedev, da Rússia, e Rhiannon Tomtishen e Madison Vorva, dos Estados Unidos.Fonte;Greenpeace

Recado dado


O casal extrativista assassinado em 2011, na Amazônia. Foto: © Greenpeace/Felipe Milanez


Nomeado pela ONU como “Herói da Floresta”, o diretor da campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adario, ofereceu o prêmio às vítimas da violência na região. Pelo menos uma delas estava lá. Irmã de Maria do Espírito Santo e cunhada de José Cláudio Ribeiro – casal de extrativistas assassinado ano passado no Pará – Laisa Sampaio recebeu uma homenagem em nome do casal, e tocou na ferida ao mandar um recado à presidente Dilma.

“A Amazônia é manchada de sangue, e essa mancha continua se espalhando. Nossa situação continua cada vez mais grave, porque o novo Código Florestal (...) não favorece o povo que vive e defende a floresta. A presidente Dilma não deve apoiar essa lei, porque debaixo do desmatamento há gente sendo morta”, discursou Laisa.

Paulo fez coro: “O debate do Código Florestal mostra que há um gargalo enorme entre os políticos e a população. Dilma está se omitindo nas discussões que vão enfraquecer o Código Florestal – e que estão sendo puxadas pelo lobby do agronegócio no Congresso”.

Fonte;Greenpeace

Thursday, February 9, 2012

Herói da Floresta: assista a cerimônia ao vivo

Assista ao vivo, à partir das 13h (horário de Brasília), a cerimônia de entrega do Prêmio Herói da Floresta. Promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas), o prêmio dará a Paulo Adario, diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace, o título de Herói da Floresta para América Latina e Caribe:Fonte;Greenpeace

Herói amazônico


Para fechar o Ano Internacional das Florestas, Paulo Adario, diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace, foi escolhido pela ONU o Herói da Floresta na América Latina.Diretor da campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adario pode não ter pinta de herói. Mas ele tem uma história de heroísmo e, desde hoje, o reconhecimento da ONU pelo seu trabalho em defesa da floresta amazônica. Ele acaba de ser escolhido pela organização internacional como ‘Herói da Floresta’ na América Latina.
Sua folha de serviços na Amazônia é uma aula de tenacidade, coragem e determinação. Ela começa com sua decisão de aceitar o convite do Greenpeace, em meados dos anos 90, para se mudar do Rio de Janeiro para Manaus. E lá, criar, do nada, a campanha para defender a floresta amazônica.
Logo que chegou, invadiu sua primeira madeireira para denunciar as ilegalidades do setor. Depois dessa, vieram muitas outras madeireiras. E então, Paulo e sua equipe foram atrás das indústrias da soja e do gado – esta última o maior vetor de devastação na região.
Claro, Paulo incomodou muita gente nesse país por defender a floresta. E por conta disso, ouviu muita ameaça de morte. Mas nunca deu meia volta. Pelo contrário. Instalou-se de vez na Amazônia, estruturou uma equipe, e o escritório do Greenpeace na região acabou ganhando vida.
Daí em diante, o Greenpeace teve um dedo – ou uma mão, um braço – em muito do que foi feito nos últimos anos para a proteção da Amazônia. Desde a criação de terras indígenas e unidades de conservação a compromissos inéditos assumidos por indústrias que alguns anos atrás ignoravam o rastro de devastação que deixavam para trás.
Numa galeria de fotos, reunimos imagens que contam um pouco a história de Paulo Adario na Amazônia. Que se confunde com a história do Greenpeace no Brasil, que completa 20 anos em 2012. E com as conquistas que a floresta e seus povos tiveram ao longo desses anos. Fonte;Greenpeace

Rebelde de resultados

















Paulo Adario, do Greenpeace, recebe premio inédito da ONU por sua atuação em defesa da Amazônia. Ele diz que a honraria homenageia a todos os que defendem a floresta
Perto do problema: Nas últimas duas décadas, Paulo Adario esteve embrenhado na Amazônia para denunciar a destruição da floresta.Ele chegou à Amazônia no início dos anos 1990 fazendo muito barulho: com outros ativistas, invadiu madeireiras para protestar contra a devastação florestal produzida pelo setor. Foi só o começo. Hoje, depois de muitas investigações e ações contra os culpados por crimes ambientais na região – que renderam a ele algumas ameaças de morte, mas contribuíram para derrubar os índices de devastação da floresta – o trabalho de Paulo Adario está recebendo um justo reconhecimento internacional.

Diretor do Greenpeace no Brasil, ele acaba de ser escolhido pela ONU “Herói da Floresta” na América Latina e Caribe. A honra chega para Adario justamente no ano em que o Greenpeace comemora 20 anos de atuação no país. Adario esteve desde o começo nesta empreitada. Em 1996 ele foi para a Amazônia, onde três anos mais tarde teve papel fundamental na criação da Campanha Amazônia, hoje uma das mais importantes do Greenpeace em todo o mundo.

A lista original de indicados tinha 90 pessoas de 41 países espalhados pelas Américas, Africa, Europa e Ásia. Em comum, todos têm uma vida de dedicação à proteção das florestas que ainda restam no planeta. A ONU apontou cinco “heróis”, um de cada continente. A cerimônia de entrega do prêmio, aliás inédito, acontecerá nesta quinta-feira, 9, na sede da ONU em Nova York. Ela encerra o “Ano Internacional das Florestas”, declarado pela organização, em 2011.Veja a galeria de fotos:“Encaro o prêmio como uma valorização do trabalho que eu, meus companheiros do Greenpeace e nossos aliados fazemos em defesa da Amazônia e outras florestas ao redor do mundo. Mas o título de ‘herói’ é um tanto quanto embaraçoso. Na Amazônia, tem muito mais gente que merece ser chamada de herói do que eu”, diz Adario. “O prêmio mostra que a ONU está alerta para o imenso risco que correm as florestas e que a sua conservação é vital para a manutenção do ciclo da vida e mitigar os riscos de mudanças climáticas que ameaçam o nosso futuro,” afirma Paulo Adario.

A alegria pela honraria recebida não diminui a preocupação de Adario quanto ao futuro das florestas no mundo, em especial da Amazônia. “As florestas estão sendo destruídas em escala alarmante, vítimas da expansão descontrolada do agronegócio, da exploração ilegal e predatória de madeira e demais recursos naturais”, diz ele. “Essa destruição, marcada pela violência contra povos indígenas e comunidades tradicionais, é responsável pela perda acelerada da biodiversidade. O desmatamento da Amazônia, nas últimas décadas, por exemplo, transformou o Brasil no quinto maior inimigo do clima. A conservação das florestas é a forma mais rápida, barata e inteligente de se enfrentar a crise climática.”

Adario anda sobretudo apreensivo com o futuro da Amazônia, por conta da política contraditória do governo brasileiro em relação às florestas do país. “Enquanto no exterior o Brasil vende uma imagem de defensor da Amazônia, ajudado pelo fato de que o desmatamento vem caindo nos últimos anos, na prática, várias medidas caminham na contramão desse esforço”, afirma. “Áreas protegidas estão sendo reduzidas pelo governo Dilma, grandes projetos de infraestrutura estão atropelando a região e a presidente da República está se omitindo na discussão sobre o enfraquecimento do Código Florestal, gestado pelos ruralistas no Congresso Nacional”.

Jornalista com passagem pelos principais jornais brasileiros, Paulo viveu as últimas duas décadas com uma missão: mostrar ao mundo as mazelas que estão empurrando a Amazônia – e o clima global – para o fundo do poço. Do meio da mata para mesas de reunião no Congresso ou em grandes empresas, Paulo, seus colegas do Greenpeace e os grupos com quem desenvolveu sólidas relações nos últimos 15 anos, sempre trouxeram fatos à tona para denunciar o desmatamento e propor soluções para acabar com ele.

Fotos, vídeos, relatórios e documentos têm mostrado, ao longo destes anos, a invasão de terras indígenas, extração ilegal de madeira, uso de trabalho escravo, assim como a prática de diversos crimes. E isto colocou o governo e determinadas empresas contra a parede. É o caso da indústria da soja que, após muitas denúncias, há cinco anos renova um compromisso de não comprar mais o grão plantado em áreas recém-devastadas. Ou da Terra Indígena Deni, no Amazonas. Imprensados por madeireiras, os Deni, com a ajuda do do Greenpeace, demarcaram seu território por conta própria, obrigando o governo a oficializar a posse.

Sem se afetar com a premiação e certo de que ainda faltam muitos passos até o fim do desmatamento, Paulo prefere jogar os holofotes para cima da floresta: “Enquanto estou recebendo esse prêmio, diversos crimes ambientais são cometidos na Amazônia. O Brasil e o mundo precisam saber e exigir que isso tenha um fim. Só com o engajamento de todos – poder público, corporações e sociedade civil – vamos conseguir pressionar para ver o Brasil finalmente livre da chaga do desmatamento”.

Além de Paulo Adario, dois ativistas brasileiros tiveram sua luta em defesa das florestas reconhecida postumamente. Os jurados decidiram outorgar um prêmio especial ao casal José Claudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, os dois ativistas brasileiros que foram tragicamente assassinados ano passado por denunciar a atuação ilegal de madeireiros no Pará.Fone;Greenpeace

Google lidera ranking de energia limpa



A 5ª edição do Cool IT Leaderboard classificou as 21 maiores empresas do setor de acordo com seu potencial de liderança sobre energia limpa, a vontade de adotar soluções renováveis e seu potencial para influenciar as decisões sobre energia. O Google chegou ao topo por seu apoio em reforçar a política de energia limpa dos Estados Unidos e fortalecer os objetivos da União Europeia de cortar 30% dos gases estufa para 2020.

“Os gigantes da tecnologia tem uma real oportunidade de influenciar a maneira de se produzir e utilizar energia”, disse Gary Cook, analista internacional do Greenpeace. “O setor de TI gosta de se considerar visionário mas se mantém muito inerte enquanto a indústria de energia ‘suja’ continua exercendo influência indevida no processo político e nos mercados financeiros.”Google, Cisco e Dell se destacaram por utilizarem mais de 20% de energias renováveis nas infraestruturas de suas empresas ao redor do mundo. Já a Oracle recebeu a menor classificação geral por não divulgar o uso de energias renováveis e nem sujas.Apple e Facebook, duas das marcas mais influentes do setor, não foram incluídas no ranking deste ano. A Apple ficou de fora porque seus esforços não são compatíveis com os critérios do ranking. Ao contrário de seus concorrentes, ela não demonstrou liderança para buscar soluções energéticas limpas, apesar dos lucros recordes.

O Facebook não foi incluído nessa tabela por motivos parecidos, mas alterou recentemente suas políticas e se comprometeu em utilizar energia renovável, além disso anunciou uma parceria com a Opower, disponibilizando a plataforma do Facebook para auxiliar os usuários a comparar seus gastos energéticos. Com isso, o Facebook passará a fazer parte do ranking do próximo ano.

Seis empresas de telecomunicações foram incluídas desde a última versão, juntamente com as maiores marcas de software e equipamento de TI da Índia e do Japão.

“A indústria de tecnologia precisa usar sua influência, seu espírito inovador e “know-how” tecnológico para superar as empresas de energia suja que estão segurando o status quo, e mantendo-nos de volta de uma transição para uma economia renovável”, disse Cook. “O que estamos vendo são conversas de empresas sobre utilizar energias limpas, mas até agora, nada de ação”, completa Cook.O Cool IT Ranking avalia os esforços das maiores empresas de TI para gerar soluções climáticas reduzindo as emissões de suas linhas de produção, e também o apoio a políticas climáticas.Fonte;Greenpeace

Google lidera ranking de energia limpa


A 5ª edição do Cool IT Leaderboard classificou as 21 maiores empresas do setor de acordo com seu potencial de liderança sobre energia limpa.

Wednesday, February 8, 2012

Brasil puxa crescimento da eólica no mundo


© Greenpeace / Rafael DaguerreO Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) publicou hoje os dados atualizados de energia eólica referentes ao ano de 2011. Como tem sido o costume durante a última década, a fonte continua crescendo, a despeito da crise econômica. O total de parques eólicos instalado no mundo no ano passado é de 41 mil MW, o que equivale a três usinas de Itaipu.

A diferença é que este crescimento, antes puxado pela Europa, agora vem sendo conduzido pelos crescentes mercados da Ásia e América Latina. A China continua sendo o líder global, com um total de 62 mil MW em parques eólicos e um crescimento de 47% no último ano. O Brasil apresentou taxa até maior de crescimento (63%), saindo de 927 MW para 1.509 MW nos últimos 12 meses. Este total é praticamente metade da energia eólica instalada na América Latina.
Este crescimento coloca o Brasil entre os 20 maiores geradores de energia eólica no mundo e se deve principalmente ao Proinfa, programa federal de incentivo às fontes renováveis de energia, que se iniciou em 2004 e finalmente cumpriu sua meta de instalação de parques eólicos. No entanto, o grande boom de eólica ainda está por vir; entre 2009 e 2011, o custo da geração eólica no Brasil caiu vertiginosamente - hoje é o mais baixo no mundo - e leilões contrataram mais de 7.000 MW da fonte, o que deve posicionar o país entre os dez maiores geradores até 2015.

Vale lembrar que este crescimento é fruto do trabalho conjunto entre o setor eólico e o Greenpeace desde 2008, na pressão por um marco regulatório para energias renováveis e pelo projeto de lei PL 630, conhecido também como lei de renováveis. O projeto segue paralisado na Câmara dos Deputados, aguardando votação. Em resumo, o fato do desenvolvimento da geração eólica se sustentar apenas por conta do mecanismo de leilões demonstra que uma política concreta de desenvolvimento para a fonte poderia resultar em um crescimento muito mais expressivo.

*da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace.Fonte;Greenpeace

Saturday, February 4, 2012

Geração solar para todos


Voluntários do Greenpeace pedem mais incentivos à energia solar durante o Fórum Social Temático (© Greenpeace / Rafael Daguerre)Consumidores, mas também produtores. O governo sinalizou nesta semana que irá permitir aos cidadãos gerarem sua própria energia e distribuir o excedente em rede. A proposta é um impulso à instalação de painéis fotovoltaicos, responsáveis por transformar o calor do sol em energia na casa dos brasileiros.
A mudança nas regras permitirá que o cidadão possa contabilizar no medidor de luz a potência gerada pela energia solar do seu teto. Com a medida, além de promover um futuro mais renovável, os brasileiros estarão gerando, a longo prazo, economia para o próprio bolso.
Outra discussão ainda em andamento no Planalto envolve o MME (Ministério de Minas e Energia) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A proposta é facilitar o crédito para a aquisição de painéis fotovoltaicos.
O Brasil é hoje a sexta maior economia do mundo e uma potência no que se refere a energias limpas. Mesmo assim ainda há espaço para ampliar o uso da matriz renovável, sobretudo a solar. Podemos -e devemos- investir ainda mais na maior fonte de energia do país: a solar. De olho na Rio+20, o governo brasileiro precisa dar garantias de um futuro que indique uma matriz energética 100% renovável.
*Renata de Camargo é coordenadora de Políticas Públicas do GreenpeaceFonte;Greenpeace

Friday, February 3, 2012

Código de volta à berlinda


Manifestação na Esplanada dos Ministérios. Mais de 1,5 milhão de assinaturas contrárias à proposta ruralista do Código foram entregues à presidente (@ Tico Fonseca / Greenpeace).Regressando do recesso parlamentar nesta quinta-feira, 2 de fevereiro, a Câmara dos Deputados terá muito trabalho pela frente. Um dos temas mais polêmicos em debate na Casa será a proposta de reforma do Código Florestal. O projeto foi votado no Senado em dezembro passado e agora retorna para a última apreciação antes de ir à sanção da presidente Dilma. Dada a controvérsia da matéria e sua importância para o patrimônio florestal brasileiro, a discussão promete tomar conta dos corredores e do plenário da Casa até o dia 6 de março, data prevista para a nova votação.
Maioria no Congresso, a bancada ruralista está empenhada em aprovar a sua proposta, acabando com a proteção das matas e reservas nativas, e a despeito da posição contrária da ciência, dos pequenos agricultores e até da igreja. Com a saída do autor do texto, Aldo Rebelo, para o Ministério dos Esportes, o deputado Paulo Piau (PMDB-MG), que possui fortes ligações com alguns representantes dos interesses do agronegócio brasileiro, assumiu como relator.
Enquanto o governo pinta sua imagem de verde como estratégia internacional para recepcionar uma Conferência das Nações Unidas em casa – a Rio+20 –, a sociedade civil está atenta às promessas feitas na campanha presidencial: o veto à anistia e ao desmatamento. No Fórum Social Temático, que aconteceu em Porto Alegra na última semana, Dilma foi cobrada e declarou, de forma um tanto vaga, que a lei aprovada “não será o texto dos sonhos dos ruralistas”. Mas tampouco será o Código ideal para as florestas.
A presidente deve ter em mente, entretanto, que muitas águas irão rolar até o encontro internacional no Rio, em junho. E que a imagem de seu governo depende diretamente das decisões que irá tomar com relação à preservação dos recursos naturais brasileiros, verdadeira riqueza do país. Sejamos persistentes, o debate está apenas (re)começando.
Assine a petição e peça o veto de Dilma.Fonte;Greenpeace

Thursday, February 2, 2012

Petróleo: cadê o plano de contingência?


Poluição de óleo na região de Komi, Rússia, em dezembro de 2011. Por lá, os vazamentos são frequentes devido à tubulação velha e quebrada. (© Daniel Muller / Greenpeace)

Enquanto o Ministério do Meio Ambiente não coloca em prática um plano de contingência para vazamentos de petróleo, como o prometido pelo governo desde o desastre ambiental do Golfo do México (2010), notícias sobre desastres em nossa costa parecem inevitáveis.

Em pouco mais de dois meses, aconteceram quatro acidentes envolvendo a indústria do petróleo. O mais notório foi o da Chevron, na bacia de Campos (Rio de Janeiro). Em dezembro, houve denúncias de que a Refinaria Duque de Caxias estaria contaminando o rio Iguaçu com óleo e outras substâncias químicas além dos níveis permitidos. Semana passada, a Transpetro vazou petróleo em Tramandaí (Rio Grande do Sul), e, finalmente, ontem a Petrobras anunciou um vazamento de 25 mil litros de óleo a 300 km do litoral de São Paulo.

Este último acidente, no campo do Carioca Nordeste, ainda não foi explicado pela estatal, mas sabe-se que houve um rompimento na coluna do navio-plataforma que realizava um Teste de Longa Duração em um poço a pouco mais de 2.000 metros de profundidade. A produção de petróleo era realizada pelo navio-plataforma FPWSO Dynamic Producer, em parceria com a BG e a Repsol.

A Petrobras alega que o vazamento foi rapidamente estancado pelo sistema de segurança. Afirma também que está tudo sob controle, mas o histórico recente de acidentes dá sinais de que a segurança das operações de exploração em camadas profundas do oceano ainda é frágil e oferece sérios riscos ambientais.

A necessidade de adotar medidas de prevenção e de segurança mais rígidas é inegável e urgente. Hoje, temos 105 sondas trabalhando em toda a costa brasileira, idênticas à utilizada pela Chevron, perfurando a mais de 4.000 metros de profundidade e sob uma lâmina de água superior a mil metros. Nessas condições, a capacidade de controle de um vazamento é muito mais difícil.

Este foi o primeiro acidente na camada do pré-sal. Quantos mais terão que acontecer para que ações efetivas sejam tomadas? A segurança, definitivamente, ainda tem que melhorar muito.

Enquanto isso, em Abrolhos, tentando evitar o mesmo tipo de acidente o Greenpeace pede uma moratória de 20 anos na exploração de gás e petróleo e a ampliação do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos em 20%. A moratória é um acordo estabelecido pelo governo e pelo setor privado, respondendo à pressão dos brasileiros que desejam um modelo econômico mais verde e limpo para o Brasil.

Fonte;Greenpeace

Wednesday, February 1, 2012

Vazou de novo

Voluntários limpam a praia de Papamoa, na Nova Zelândia, após vazamento de óleo de navio petroleiro em outubro de 2011 (© Dean Sewell / Oculi / Greenpeace)
Um vazamento de cerca de 160 barris de petróleo foi detectado na bacia de Santos, nesta terça-feira, em um poço na camada pré-sal perfurado pela Petrobras. A estatal informou que houve um rompimento na coluna de produção do poço, ou seja, no duto perfurado na rocha por onde o óleo flui até a superfície.
A companhia, que realiza um teste de produção com um navio-plataforma na região, afirma que não há possibilidade do petróleo chegar à costa brasileira e que o poço foi fechado para evitar que mais óleo contamine as águas. Um plano de emergência para recolher o petróleo no mar e o óleo residual da parte superior da coluna de produção.
As causas do acidente serão investigadas assim como as do vazamento em Tramandaí (RS) que ocorreu na quinta-feira (26/01) da semana passada cujo laudo deve sair em 30 dias. O acidente no litoral gaúcho aconteceu quando o óleo de um navio era descarregado para um sistema de dutos próximo à costa. A companhia responsável, a Transpetro, subsidiária da Petrobras, criou uma comissão interna para apurar as circunstâncias do vazamento que atingiu três quilômetros da orla do município.
O tema da exploração de petróleo na camada pré-sal é cada vez mais delicado devido a tantos acidentes na costa brasileira. Há menos de três meses, o incidente com a Chevron no campo do Frade, na bacia de Campos, deixou vazar 2.400 barris de óleo devido a uma forte pressão que surgiu no poço quando o equipamento de perfuração atingiu o reservatório de petróleo. O óleo vazou por uma rachadura na parede do poço até o leito marinho, chegando depois à superfície, mesmo com o equipamento de segurança tendo sido acionadoFonte;Greenpeace