Friday, February 3, 2012

Código de volta à berlinda


Manifestação na Esplanada dos Ministérios. Mais de 1,5 milhão de assinaturas contrárias à proposta ruralista do Código foram entregues à presidente (@ Tico Fonseca / Greenpeace).Regressando do recesso parlamentar nesta quinta-feira, 2 de fevereiro, a Câmara dos Deputados terá muito trabalho pela frente. Um dos temas mais polêmicos em debate na Casa será a proposta de reforma do Código Florestal. O projeto foi votado no Senado em dezembro passado e agora retorna para a última apreciação antes de ir à sanção da presidente Dilma. Dada a controvérsia da matéria e sua importância para o patrimônio florestal brasileiro, a discussão promete tomar conta dos corredores e do plenário da Casa até o dia 6 de março, data prevista para a nova votação.
Maioria no Congresso, a bancada ruralista está empenhada em aprovar a sua proposta, acabando com a proteção das matas e reservas nativas, e a despeito da posição contrária da ciência, dos pequenos agricultores e até da igreja. Com a saída do autor do texto, Aldo Rebelo, para o Ministério dos Esportes, o deputado Paulo Piau (PMDB-MG), que possui fortes ligações com alguns representantes dos interesses do agronegócio brasileiro, assumiu como relator.
Enquanto o governo pinta sua imagem de verde como estratégia internacional para recepcionar uma Conferência das Nações Unidas em casa – a Rio+20 –, a sociedade civil está atenta às promessas feitas na campanha presidencial: o veto à anistia e ao desmatamento. No Fórum Social Temático, que aconteceu em Porto Alegra na última semana, Dilma foi cobrada e declarou, de forma um tanto vaga, que a lei aprovada “não será o texto dos sonhos dos ruralistas”. Mas tampouco será o Código ideal para as florestas.
A presidente deve ter em mente, entretanto, que muitas águas irão rolar até o encontro internacional no Rio, em junho. E que a imagem de seu governo depende diretamente das decisões que irá tomar com relação à preservação dos recursos naturais brasileiros, verdadeira riqueza do país. Sejamos persistentes, o debate está apenas (re)começando.
Assine a petição e peça o veto de Dilma.Fonte;Greenpeace

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