Wednesday, February 29, 2012

Empecilhos na construção da rede energética europeia


Escritórios e prédios próximos ao rio Tâmisa, em Londres. Iluminação, aquecimento e o uso de computadores são os maiores consumidores de eletricidade e poderiam ser abastecidos com energias limpas. © Steve Morgan / Greenpeace

A ampliação do uso de energias renováveis e limpas, como a eólica, por exemplo, é frequentemente questionada por tratar-se de uma fonte intermitente. Diz-se que não há vento e sol o ano inteiro e que por isso o abastecimento de energia seria comprometido. Tal problema poderia ser solucionado com redes conjuntas de eletricidade que interligariam países formando conexões energéticas interfronteiras. Assim, se não há vento em um lugar, pode-se usar o potencial solar de outro.

É o que tem se tentado colocar em prática na Europa: uma grande rede conjunta de eletricidade que conectaria diversas fontes energéticas como fazendas de vento na Escócia e painéis solares espanhóis. “Uma grande rede conjunta de eletricidade é absolutamente essencial para que a Europa faça uso generalizado dos suprimentos de energia limpa e reduza suas emissões de gases do efeito estufa que contribuem para o aquecimento global”, afirma Doug Parr, cientista-chefe do Greenpeace Reino Unido.

E, por incrível que pareça, não é a complexidade técnica que tem sido o maior obstáculo para que o projeto saia do papel. São entraves políticos, regulatórios e econômicos. “As coisas estão avançando, mas poderiam ir um pouco mais depressa se houvesse adesão em um nível mais alto”, acrescenta Parr.

Hoje, muitos países europeus ainda produzem e fornecem a maior parte de sua própria eletricidade. Existem algumas conexões energéticas interfronteiras, geralmente com apenas mais um país. A ideia da rede de eletricidade europeia é questionada por seu elevado custo e pela questão da regulamentação do fornecimento de energia entre diferentes países. Cada um dos participantes possui uma legislação diferente e específica o que exige longas negociações para se superar essas diferenças.

Tais entraves levam a uma baixa adesão ao projeto que não só permitiria o avanço das energias renováveis, mas também diminuiria os custos para os consumidores devido a concorrência e a distribuição da produção excedente. Doug Parr ainda ressalta que temos que ficar atentos para que tal plano seja executado de modo eficiente e sensato para que não seja mais caro do que se fosse feito da maneira certa
Fonte;Greenpeace

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