Thursday, January 28, 2016

Great news for outdoor lovers: high performance without PFCs is possible

Blogpost by Chiara Campione

"Going PFC-free in one of the world's most extreme and challenging natural environments is possible. I can do it". This was the idea David Bacci – an Italian professional climber – submitted to us when we asked the outdoor community for ideas to make the PFC threat more visible to the public and challenge the outdoor sector to eliminate hazardous chemicals from their products. We thought it was the perfect way to show the world that PFC-free alternatives do work.
David asked us to help him find some PFC-free gear for the challenge, so we decided to borrow some clothing from Páramo, a UK brand that doesn't use PFCs in any of its products.
Now, a few months later, David has successfully completed two of the most intense climbing trails in the world, reaching the Patagonian peaks of Cerro Torres and Fitz Roy. He has become the first climber in 40 years to climb the demanding Ragni route, up the Eastern pillar of Fitz Roy.
According to him the "PFC free clothing from Páramo kept me dry and warm in extreme conditions" – he was very happy about it.
@David Bacci/Greenpeace
A couple of days ago, at the ISPO (International Sport Fair) in Munich, Páramo announced its decision to make another important step forward by eliminating all hazardous chemicals from its supply chain and products. In being the first outdoor brand to sign the Detox commitment and join forces with the other 34 committed global brands, Páramo has shown itself to be a true leader in the industry.
Their commitment shows that it is absolutely possible for a brand producing high performance gear to stop using hazardous chemicals. Páramo are setting the highest standard in the whole outdoor sector and this example should encourage bigger brands to take the lead for a toxic-free future.
You can help: ask Mammut and The North face to stop contaminating the great outdoors and provide us with products that are not a threat to nature.
Join nature lovers around the world by asking these brands to Detox now.
Chiara Campione is a senior campaigner at Greenpeace Italy and she leads the corporate dialogue team for the Detox Outdoor project.

Wednesday, January 27, 2016

De olho na revisão tarifária da água

Postado por icrepald

O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, anunciou detalhes imĸportantes da esperada revisão da estrutura tarifária da água: é hora de cobrarmos a priorização do abastecimento e do saneamento universal


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016 Foto: Júlia Moraes/Greenpeace
Jerson Kelman afirma que deseja aumentar as tarifas de empresas e da população de maior renda, para ampliar o número de pessoas de menor renda beneficiadas pela tarifa social. Apesar de a mudança estar alinhada com a demanda de milhares de cidadãos e de ONGs como o Greenpeace – que, desde o início da crise hídrica em São Paulo, pedem por um sistema de cobrança mais justo, é necessário acompanhar as modificações. Essa reforma vem sendo adiada desde o início de 2014 e agora está prevista  para abril. O mecanismo de arrecadar dos mais ricos para financiar os mais pobres é chamado de subsídio cruzado. A iniciativa é bem-vinda desde que o subsídio seja realmente direcionado para os que mais precisam, em vez de transformado em lucro para acionistas.
Somando-se a isso, é crucial também que a Sabesp use a oportunidade para acabar com os problemáticos contratos de demanda firme, que oferecem descontos a grandes empresas a medida em que gastam mais água – o que incetiva o consumo.
Para garantir essas duas premissas, que priorizam o abastecimento da sociedade em vez de dividendos, existe a Arsesp, agência reguladora estatal. Contudo, com um governo do estado no poder desde 2001 quase sem intervalos, as influências de interesses políticos sobre a Arsesp e a Sabesp são muito  fortes. Como estamos em um ano de eleições, a pressão da população na tomada de decisões internas da empresa tem mais força para mudar a gestão da água de várias cidades do estado de São Paulo.
Devemos cobrar uma política de economia da água em que, mesmo fora da crise, os bônus para quem gasta menos continuem em vigor, e  os descontos progressivos para grandes empresas sejam extintos, para que as mesmas paguem mais por seu uso de  água. Concomitantemente, a Sabesp também tem que assegurar o controle de concessões de águas superficiais e subterrâneas a empresas. Essas medidas asseguram que Sabesp pratique mecanismos de economia de água e nunca de incentivo de seu uso.
Outro fator importante que precisa ser observado é a regulamentação do contratos de demanda firme. Atualmente, eles não obrigam as empresas a ter um consumo mínimo de água  ou usar exclusivamente fidelização do sistema Sabesp, como acontecia antes da crise. Mas ainda existe o risco de que os mesmos  retomem seu formato original, criando dependência da Sabesp e incentivando o consumo de água.
O Greenpeace defende o fim desses contratos de demanda firme, por significarem um abono na conta de grandes empresas, que deveriam estar pagando mais, para, como afima Jerson Kelman, ajudar a subsidiar tarifas sociais e investir em esgoto e projetos de reuso e economia de água. A revisão tarifária trará novidades e espera-se que uma gestão mais justa da água, na qual  esse recurso seja tratado como direito e não como mercadoria.
Diga não aos contratos de demanda firme: assine nossa petição e junte-se à nossa batalha por água limpa, acessível e sem desperdício para todos!
Acompanhe em nosso site e nossas redes o que virá dessa nova revisão tarifária.
Deliberação da Arsesp

Tuesday, January 26, 2016

Rio Maravilha Sem Água

Postado por Thomas Mendel (voluntário do Greenpeace no Rio)

Campanha dos voluntários das ONGS Greenpeace e Meu Rio vai a rua por mais transparência na gestão hídrica da cidade
#RioMaravilhaSemÁgua 
As chuvas aumentaram nos últimos dias, e os reservatórios de água que abastassem o estado do Rio de Janeiro se afastaram do volume morto, mas isso não significa que a crise hídrica tenha chegado ao fim. Por isso, continuamos cobrando que ações eficazes sejam tomadas. Aliás, você sabe como anda a crise no Rio?
Em 2013, todos os estados da região Sudeste sofreram com uma forte estiagem somada ao despreparo dos governos de assumir e lidar com a situação. Isso desencadeou a falta d’água em São Paulo e, posteriormente, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, que se estende até hoje. Contudo, o caso na Região Metropolitana do Rio poderia ter sido minimizado ou até evitado, mas contamos com níveis altíssimos de poluição dos rios, perdas superiores a 30% durante a distribuição e o consumo em excesso da população e de atividades comerciais.
Provocados pela falta de transparência e sucessivas falhas governamentais para lidar com a crise e a gestão da água, o Grupo de Voluntários do Greenpeace Rio de Janeiro e da Rede Meu Rio se uniram para expor o problema e buscar soluções.  Cerca de 77% da água consumida no estado do Rio de Janeiro vem da Bacia do Rio Paraíba do Sul, que nasce em São Paulo ­– onde fica o nosso principal reservatório, o Paraibuna – que também atende a região de Minas Gerais; os outros cerca de 33% vêm de sistemas isolados de abastecimento. A região metropolitana é atendida principalmente pelo Rio Guandu, que é abastecido por uma transposição do Rio Paraíba do Sul.
O primeiro problema enfrentado é a degradação das florestas das nascentes e da mata ciliar. O Paraíba do Sul abastece mais de 8 milhões de pessoas no Rio de Janeiro e conta com menos de 13% de floresta original em sua bacia hidrográfica. Apenas 26% das suas Áreas de Preservação Permanente (APPs), como topos de morro e beiras de rio, permanecem preservadas. O que existe ali é muito morro pelado, pasto, margens assoreadas e, principalmente na região das cabeceiras do Paraibuna, no alto da Serra do Mar, rios e nascentes totalmente secos.
A partir da água que chega, aproximadamente 90% dos municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro são abastecidos. Desse número, 81% são atendidos por redes de esgoto, mas somente 68,5% são tratados (TrataBrasil – Desafios Do Saneamento Em Metrópoles Da Copa 2014 - Estudo Da Região Metropolitana Do Rio De Janeiro). Na cidade do Rio de Janeiro, a poluição gerada por empresas e a maior parte do que não é tratado chega à baía de Guanabara, que hoje recebe, além de lixo, 18,4 mil litros de esgoto por segundo. Sucessivas promessas de despoluição já foram feitas. A mais recente ocorreu entre o governo estadual e municipal do Rio de Janeiro com o Comitê Olímpico Internacional (COI) de tratar 80% do esgoto da Baía de Guanabara, e é mais uma que não será cumprida.
Por esses motivos, nesse domingo, lançamos, na Lagoa Rodrigo de Freitas, a campanha “Rio Maravilha Sem Água”, em parceria com a organização Meu Rio, para pedir mais transparência em ações e informações relacionadas aos recursos hídricos no Rio de Janeiro e preservação e recuperação dos mananciais do rio Paraíba do Sul. Voluntários das ONGs fizeram oficinas de artes para as crianças, fotomontagem com cenários da cidade em colapso hídrico, distribuíram cartões-postais destas mesmas paisagens e engajaram pessoas para somar ao time de ação da campanha. Para encerrar, um banner foi aberto sobre os pedalinhos com a frase: “O Rio já sofre com a crise hídrica. Uma hora ela chega em você!”.
Esta foi a primeira ação e contamos com você para seguir nessa batalha. Afinal, existem problemas que só são tratados como problemas quando atingem a todos. Estamos em crise e todos têm o direito de saber! Junte-se a nós: www.riomaravilhasemagua.org.br

Revogação de normas ambientais pode comprometer recuperação de florestas em SP

Em Carta Aberta ao governador Geraldo Alckmin, entidades que já recuperaram 50 mil hectares de florestas protestam contra revogação de Resolução da Secretaria de Meio Ambiente
Entidades e redes ligadas à defesa do meio ambiente e que monitoram a lenta regularização do Código Florestal – modificado há três anos no Congresso Nacional – enviaram na semana passada uma Carta Aberta ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, protestando contra a revogação de uma Resolução da Secretaria de Meio Ambiente que detalhava regras para a realização do Programa de Regularização Ambiental (PRA) do Estado.
O Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, a Rede de ONGs da Mata Atlântica e o Observatório do Código Florestal se disseram “perplexos” com a revogação, que pode prejudicar o cumprimento dos compromissos de restauração florestal assumidos por São Paulo na COP 21.
As entidades que assinam a carta têm desenvolvido vários projetos de conservação, manejo e recuperação dos recursos naturais. As áreas reflorestadas por algumas destas organizações somam mais de 50 mil hectares.
Baseadas em sua própria experiência de restauração, feita sempre com várias parcerias, como proprietários rurais, comunidades e universidades, elas defendem pontos que estavam contidos na Resolução revogada menos de uma semana depois de sua publicação. O principal é que as propriedades do Estado com déficit de Reserva Legal (percentual mínimo de vegetação nativa obrigatório em todas as propriedades rurais) sejam obrigadas a compensar o déficit em bacias de estados vizinhos, contribuindo para a segurança hídrica em São Paulo.
Na carta, redes e entidades também defendem que o governador defina critérios específicos para dispensa de recomposição, compensação ou regeneração de desmatamento em margens de rios, nascentes e topos de morros (Áreas de Proteção Permanente) e de Reservas Legais.
Além disso, as organizações reivindicam do governador Geraldo Alckmin os incentivos econômicos que o Código Florestal previa que fossem criados para facilitar a adequação das propriedades rurais ao Código, assim como o estímulo a aplicação de boas práticas para conservação do solo e da água, via assistência técnica e incentivos aos produtores.
Por fim, é cobrado um processo de debate e consulta à sociedade, feito com representatividade, mas sem atrasar ainda mais o processo de implementação da lei florestal.
Para marcar esta campanha foi escolhida a hashtag +Floresta PRA São Paulo
Informações para Imprensa: 
Cassuça Benevides(61) 8188-2973 cassuca@gmail.com

Reinaldo Canto
(11) 3647-9293
(11) 99976-1610
imprensa@iniciativaverde.org.br

Friday, January 22, 2016

Greenpeace gerenciará fundo de investigação independente dos impactos do desastre ambiental da Samarco na Bacia do Rio Doce

Greenpeace gerenciará fundo de investigação independente dos impactos do desastre ambiental da Samarco na Bacia do Rio Doce

Notícia - 22 - jan - 2016
Recursos para pesquisa foram doados a partir de shows feitos em MG e SP por artistas do coletivo #SouMinasGerais
Pouco mais de um mês depois da tragédia que destruiu distritos da cidade de Mariana e afetou toda a extensão da bacia do Rio Doce, em Minas Gerais, um grupo de artistas subia ao palco armado no estádio Mineirão para o show #SouMinasGerais, que pretendia levantar verba para promover uma avaliação independente dos impactos sociais e ambientais na região. Estavam lá Criolo, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Jota Quest, Emicida e Tulipa Ruiz.
Dias depois, em 21 de dezembro, era vez da edição em São Paulo, no Espaço das Américas, onde Ney Matogrosso, Fafá de Belém, Maria Gadú, Mariana Aydar, Tulipa Ruiz, Emicida, Nando Reis e outros convidados se apresentaram com o mesmo propósito.
Os recursos obtidos pela iniciativa #SouMinasGerais foram destinados ao projeto coletivo #RiodeGente, com o propósito de garantir a realização de pesquisas independentes para monitorar e investigar as consequências do derrame de rejeitos sobre a vida das pessoas e comunidades e sobre o meio ambiente em toda a extensão da Bacia do Rio Doce. O Greenpeace vai gerenciar o fundo de pesquisa, cujos detalhes de execução estão sendo definidos e serão divulgados em breve.
Ao todo, mais de 13 mil pessoas assistiram aos dois shows, que, juntos, arrecadaram R$ 449.699,28. A Sitawi - organização social que garante transparência na gestão de recursos arrecadados em doações - ficou responsável por receber o dinheiro e repassar ao Greenpeace.
Dez obras foram pintadas ao vivo por renomados artistas da street art durante o evento. Com valor de R$ 3 mil cada, deverão arrecadar mais R$ 30 mil se forem vendidas.
Artistas, empresários e cantores liderados pelo selo Oloko Records (que gerencia a carreira do cantor Criolo) que junto às outras organizações, formam as iniciativas #SouMinasGerais e #RiodeGente, acordaram desde o início que os recursos arrecadados deveriam ser investidos em estudos e monitoramento independente para avaliar os reais impactos sociais e ambientais em toda a extensão do Rio Doce.
“Dada a gravidade dos fatos e a falta de informações, é fundamental que estas pesquisas sejam feitas de forma independente, profunda e abrangente, para termos a real magnitude dos estragos causados, e assim podermos cobrar as devidas reparações das empresas responsáveis”, diz Asensio Rodriguez, diretor executivo do Greenpeace Brasil.
As pesquisas científicas servirão para que os culpados pela tragédia sejam devidamente responsabilizados, permitindo que a reparação ambiental e da vida das pessoas seja feita de forma correta, baseada em informações confiáveis e idôneas. O Greenpeace acredita que o ocorrido na Bacia do Rio Doce não deve passar impune e o monitoramento sistemático dos impactos socioambientais servirá para evitar casos como o da Samarco.
As informações geradas serão públicas e divulgadas em linguagem acessível, permitindo que a população se apodere desse conhecimento e também possa cobrar por soluções. A seleção dos pesquisadores e dos projetos de pesquisa serão comunicados publicamente e de forma transparente no site e redes sociais do Greenpeace Brasil, #RiodeGente e parceiros.  

O Greenpeace em Mariana

Logo nos primeiros dias após o desastre de Mariana, o Greenpeace realizou uma expedição na região das barragens e ao longo do Rio Doce para ajudar a mostrar a todos as verdadeiras dimensões da tragédia. Com isso foi possível dar vozes aos atingidos,  que contaram suas histórias e indignações para todo o Brasil.
Desde o começo exigimos ativamente uma investigação completa e independente das causas do desastre e punição dos responsáveis por esse crime. Em nosso site e redes sociais, divulgamos também diversas opções de ajudar os impactados pela tragédia feito por outras organizações, como Rio Doce Help, Catraca Livre, Médicos Sem Fronteiras e a plataforma de mobilização Juntos.
Nossos voluntários foram até a sede da Vale, no Rio de Janeiro para protestar. Mais ainda, estivemos presentes em uma reunião dos acionistas da BHP Billiton, na Austrália, também para protestar contra os responsáveis e questionar publicamente o presidente da empresa sobre o que estavam fazendo para minimizar os efeitos da tragédia e compensar as populações afetadas.
Com a morosidade do poder público e das empresas responsáveis em divulgar dados concretos sobre o assunto, o Greenpeace deu um primeiro apoio ao financiamento coletivo feito pelo Grupo Independente de Avaliação do Impacto Ambiental (GIAIA) para investigar os impactos do desastre ambiental. Um primeiro relatório parcial da qualidade da água do Rio Doce foi divulgado em dezembro. Com os recursos arrecadados pelos shows do #souminasgerais, vamos poder apoiar a realizacão outros estudos com maior profundidade e a longo prazo.
Estamos acompanhando atentamente os alertas do Ibama em relação a chegada dos rejeitos minerais no Parque Nacional de Abrolhos, que pode colocar em risco um dos maiores paraísos marinhos do planeta.
“Sozinho o Greenpeace, e nenhuma instituição,  consegue reverter os impactos do desastre ambiental da Samarco”, diz Asensio Rodriguez. “Por isto, estamos apoiando o projeto coletivo #RiodeGente na certeza de que é necessário, mais do que nunca, um esforço coletivo e coordenado. Especialmente quando as instituições envolvidas operam com total falta de transparência.”

Quer saber mais sobre nosso trabalho na bacia do Rio Doce?

http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/investigacao-independente-impactos-desastre-ambiental-rio-doce/

Saturday, January 16, 2016

Could 2016 be the year we break free from coal?

Blogpost by Kelly Mitchell 

We’ve barely entered 2016, but China and the US  the world’s largest coal producers  have already embarked on sweeping changes to cut out coal. Could 2016 be the year we break free from this dirty fossil fuel?
2016 isn't going well for this dirty fossil fuel
It’s the centuries old “addiction” the world can’t kick. Coal-burning power plants remain the single largest source of human-made CO2 emissions worldwide, and burning coal is a serious health hazard  as those suffering from Beijing’s smog know all too well.
But 2016 is already shaping up to be the year where we start to leave our fossil fuelled world behind, and move towards a renewable future.
Last year, the coal industry experienced a dramatic drop. Global coal consumption fell between 90 and 180 million tonnes in the first half of the year  the largest decrease on record.
Politics shifted too. Countries most impacted by climate change spoke out against coal. The president of the low-lying island nation of Kiribati demanded a global moratorium on coal mining. Meanwhile the Philippines launched the world’s first national human rights investigation into 50 big polluters.
But perhaps the biggest blow to coal happened in December, when world leaders at the COP21 Paris climate talks signed an agreement that left no doubt investing in coal was a risky endeavor, at best.
Once coal’s “allies," China and the US are now starting to separate from the dirty fossil fuel. Here’s what they’ve done in just the last few weeks:
Air Pollution in Beijing. 19 Jan, 2012 © Greenpeace / Yin Kuang

China is closing down thousands of mines

In the final days of 2015, China announced plans to halt new coal mine approvals for the next three years and close 1,000 mines as part of its fight against air pollution.
This is astonishing, considering that only two years ago, some predicted China would be burning over a billion tonnes more coal by 2020. Instead, China’s coal consumption has been in decline for almost two years. Prior to the Paris summit, China even announced its intention to peak CO2 emissions by 2030 at the latest. And more recently, Beijing announced it is banning coal in six of its districts to continue its fight against air pollution.
These drastic changes send another signal that the Chinese government is serious about tackling coal’s impact on worsening air quality in big cities, as well as its impact on water shortages and ecological degradation in vulnerable land-locked regions.
It’s an inevitable step as China moves away from its coal addiction. 
Black Thunder Coal Mine in USA, owned by Arch Coal. 20 Oct, 2012 © Greenpeace / Tim Aubry

Bans and bankruptcy for coal in the US

President Obama promised in his State of the Union address earlier this week that he would charge more for coal and gas companies to mine and drill on US public lands. Today, he made good on his word.
The US Department of Interior – the part of the Obama administration in charge of public lands  has just announced that it will review the program that allows coal companies to mine public lands for cheap, and it will take the impacts of climate change into account. What’s more, during the multi-year review process it will halt new federal coal leases.
This is a huge win in for the climate, considering that 40 percent of US coal comes from public lands. The ban will keep billions of tonnes of coal in the ground.
President Obama speaks at his last State of the Union address.
The news comes just days after Arch Coal, the second largest coal mining company in the United States, filed for bankruptcy. (Over the past few years, nearly 50 coal companies in the US have gone bankrupt. )
Arch Coal is a textbook example of the twisted coal industry in the US. The company has worked to gut basic environmental and public health protections and cheat miners, all while cooking the climate and destroying complex ecosystems across the United States. Even as its profits have declined over the last few years, it has nearly doubled its CEO’s salary.
Its failure now  before President Obama’s reforms kick in  is further proof that coal is on its last legs in the US.
And there’s more. The final kick in the teeth to the US coal industry this week comes from New York state, where Governor Cuomo released new goals to phase out coal-fired power plants statewide by 2020.
New York state has committed to shutting down all coal-fired power plants by 2020!

2016... and beyond

While we have made amazing progress in reducing the power and size of the coal industry, the transition to clean, renewable energy can’t come quick enough for the climate.
Fortunately, new challenges to the coal industry continue to stream in every single day. And the price of renewable energy keeps getting cheaper all over the world!
These first weeks of 2016 have made it clear that coal is continuing, perhaps even accelerating, its downward spiral. The end of coal is near. So is the dawn of our renewable energy future.
Kelly Mitchell is the Climate Campaign Director at Greenpeace USA.

Friday, January 15, 2016

Patagonia: Extreme climbing without PFCs

Blogpost by David Bacci

When I proposed to Greenpeace to attempt one of the most difficult climbing routes in Patagonia – a land famed for its bad weather – using PFC-free clothing, I had my doubts.
Would these products work just as well as clothing with Gore-Tex? Well, I have to say they did and I am extremely happy with their performance. But let’s start from the beginning. My climbing partner and I had been checking weather forecasts almost constantly for the last three weeks but December had shut us down. Then a four-day good weather window appeared and January 3 looked like our chance to climb the mountain.
We started the approach to Laguna Torre and the Nipponino basecamp under strong wind, but after a six-hour hike through the glacier we settled down to rest. Distances are much greater here than anywhere else, and walking 20 kilometres just to get to the mountains is common. Good and reliable gear is crucial if the bad weather catches you during one of these approaches.
Sunlight glints off snow-capped mountains. 13/01/2016 © David Bacci / Greenpeace
At Nipponino basecamp we prepared our gear and at midnight we started the approach to the foot of the west face of Cerro Torre (3,102 metres). A long and difficult hike on the Glaciar Grande among huge crevasses led us to Col Standhart with 1,200 metres of climbing just to get to Circo De los Altares and the base of the route. After 15 hours of climbing we got the base of the wall and Col de La Speranza. Here we dug a snow cave that kept us warm and safe during the night. We melted our water and recovered from the day.
Greenpeace lent me PFC-free clothing (from a UK brand) which so far worked very well. I was happy and still dry and warm. On the morning of January 5, we started to climb the west face, 850 metres above us. Snow and incredible ice formations seemed impossible obstacles but in 1974 an Italian team had found a way through. We were following their route. After many metres and many challenging sections of vertical ice and inconsistent snow we got to the last 50 metres of Cerro Torre. The famous Mushroom. This is definitely the hardest part of the mountain: now that can take up to five hours to climb.
I took my ice tools and went for it. After an hour-long battle against howling wind, hard climbing and scant natural protection, we got the top of this amazing mountain – a dream of every alpinist.
The view from inside David's snow hole. 13/01/2016 © David Bacci / Greenpeace
After enjoying the view from the summit, we started the long way back to the snow cave. Twenty hours of climbing later, we made it and rested for the night. On January 6, we walked 14 hours through the Hielo Continental, the third largest ice mass in the world, and slept at its base. On January 7, we reached El Chaltén, the end of our trip, happy and satisfied.
My gear worked perfectly and I was very glad to have climbed this mountain without clothing made with toxic chemicals. Nature is our home and our playground and as climbers our duty is to protect it. Thank you Greenpeace for helping us doing this!
Demand an end to PFCs in outdoor gear at detox-outdoor.org
David Bacci is an alpinist and adventurer from Northern Italy. His passion is to climb mountains and to travel to the most remote and extreme places in the world. Visit his website here: davidbacci.exposure.co

Greenpeace International announces new co-Executive Directors

Greenpeace International has today named not only its first female International Executive Director, but two. Jennifer Morgan and Bunny McDiarmid will take up the reins in an innovative co-leadership role on 4 April 2016.
Bunny McDiarmid and Jennifer Morgan. © GreenpeaceBunny McDiarmid, left, and Jennifer Morgan, right.
Bunny is a 30-year veteran of the organisation as an activist, ship's crewmember, and most recently the executive director of Greenpeace New Zealand which, under her leadership, became a powerhouse of innovation in the Greenpeace world. Bunny has walked the decks of nearly every Greenpeace ship. Jennifer has walked the corridors of power. As Global Director of the Climate Program at the World Resources Institute she's dealt with heads of state and CEOs. She's been a leader of large teams at major organisations, a climate activist, and a constant innovator. Her other ports of call have included the Worldwide Fund for Nature, Climate Action Network, and E3G.
According to Board Chair Ana Toni, "We knew that both of these proven leaders could do the job on their own. But, when we looked at their amazingly complementary skills and experience, the blend of knowledge they would bring, and the challenges we know this job presents to any single individual, we looked back over the literature of co-leadership and were compelled by one of its core advantages: resilience. And so, we decided to seize the amazing opportunity of the two of them co-leading the organisation. It's a move consistent with our general shift away from being a highly centralized, hierarchical organisation, to one that is leaderful: one in which everyone is empowered and where responsibilities are shared."
Jennifer Morgan was born in the US, lives in Germany, and got her masters degree in International Affairs at American University. She remembers clearly the day she found a slim book, Fighting for Hope, by Petra Kelly, founder of the German Green Party, in the student lounge. "I didn't move for the next several hours. I read the entire thing in one sitting. Kelly linked systemic problems and the need for new ways of thinking, she talked about the role of violence in society and the importance of reconnecting with nature as if someone had written down everything in my heart and mind that I hadn't been able to express. I found her incredibly courageous, and she became a role model for me in a way that changed my life."
"I know this sounds corny, but coming to Greenpeace feels like coming home. I've been out in the world, I've walked among government leaders and the halls of the corporate world. Greenpeace is much closer to my roots, and has this incredible advantage in its independence: the policy of refusing government or corporate donations means there's no need pull punches for fear of offending anyone."
Bunny McDiarmid was born in New Zealand, and says she tried lots of "-isms" while she was at Canterbury University to explain the world she was growing up in. She wasn't won over by anything – until she found herself, at 21 years old, on a wooden boat, replacing rotting pieces of timber below the waterline in preparation for going to sea with a community of 12 people. "I had no carpentry or sailing experience, and this was a job that could mean sink or swim if I got it wrong. But people trusted me, believed I could do it, and I learned then and there that you can be more than what a piece of paper says you can be." Bunny was a deckhand aboard the Rainbow Warrior in 1985, when Greenpeace moved the people of Rongelap from their island home that had been contaminated by radiation from decades of atmospheric nuclear weapons tests. "I saw a confluence of connection in the violence we do to Earth and the violence we do to people, and I was witness to how little it mattered to those who were doing it. The story of Rongelap was a tiny metaphor for a far bigger story that drew me in, and bonded me to the ideas that Greenpeace stands for."
Ana introduced the two through a series of meetings beginning in October, where Jennifer and Bunny have gotten to know each other and found their visions, their ideas about leadership, and their people-centered styles compatible: their ease with one another is obvious.
"We're both trust-builders. We both encourage respectful challenge cultures. We both believe you create highly effective teams by harnessing diversity of thought and approach," said Bunny. Jennifer notes that women are particularly good at sharing power. "We're good at bridging diversity. We're good at focusing on outcomes and a cause. And while there are plenty of men who could share the helm of Greenpeace, there is something that Bunny and I can do through our leadership to empower young women to dream about their futures – that they can do anything and rise to anything, be it the head of Greenpeace or a head of state."
Jennifer has been described as an "anti-bureaucrat," building nimble teams within large structures. "It's about the right people, matched to the right goal, rather than structures or organograms. And it's about building a vision together, step by step, rather than having it imposed. Nothing has been more gratifying to me than creating conditions in which people can operate at their best, clearing the obstacles in front of them, aggregating diverse views and skills into something bigger than the individual components, and watching them hit their stride. There's no greater reward for a leader than watching talented people succeed and shine."
Bunny and Jennifer share a vision of finding a "new edge" for Greenpeace. "People are hungry for a new story that they can believe in, one with a better take on the nature of humanity, the fate of our future, and our connection to the earth and the air and the oceans. Greenpeace is so well positioned to deliver that – you're genuinely working across global divisions of North and South, your commitment to civil disobedience and nonviolent direct action gives you unique credibility in speaking truth to power that few institutions enjoy."
"What we need," says Bunny, "is to make the creative space and find the confidence to figure out how we combine and aggregate the power of everyone who believes in 'Greenpeace the idea' – not 'Greenpeace the organisation'. Not the bricks and mortar, but the idea. How do we combine our rebellious creativity with the rebellious creativity of the millions of people and organisations around the world who believe a better world is possible. How do we empower and accelerate that with humility and urgency?"
Jennifer concludes: "Neither of us knows what that new edge looks like yet. And it may look different in different places. But if there's a single mission that will mark our leadership, it's finding that, it's trying new things and working together through the entire organisation to find it."
"This whole approach is new and I'd be worried if we weren't both excited and a little scared by this," says Bunny. "But in a sense, shared leadership isn't just about me and Jennifer splitting the job of International Executive Director between us: it's about sharing leadership among Greenpeace's worldwide offices, it's about sharing leadership with our supporters. This arrangement is an evolutionary reflection of Greenpeace International's entire approach: it's all about sharing – globally – the power, the responsibility, and the challenge to rise, to become the best we all can be in a time of environmental threat and existential opportunity."
"If we bring out the best in each other, we get a better organisation. If we can bring out the best in humanity, we get a better world."

Samarco, Vale, BHP e governo diante da tragédia

Postado por Fabiana Alves*

Esse artigo foi originalmente escrito para o site Dislexia de Bacamarte
O acidente da Samarco, no Complexo de Germano, em Minas Gerais, no dia 5 de novembro, tem diversos culpados. Nessa tragédia, é importante analisar quatro personagens principais e suas condutas passadas: Samarco, BHP Billiton, Vale e o governo federal. Cada um com sua parcela de culpa, empresas e governo lucraram no passado por meio de más práticas, para perder no futuro diante da tragédia. 
A Samarco foi criada em 1977  e é formada por dois acionistas, a BHP Billiton e a Vale. A Samarco administra o Complexo de Germano em Minas Gerais e quatro usinas de pelotização no Espirito Santo, para a exportação de pelotas de minério de ferro para o exterior. A mineradora não possui histórico de acidentes seja pela fundação recente, seja pelo fato de administrar apenas um complexo, o qual acaba de causar uma tragédia 38 anos após sua instalação.
Ao contrário da Samarco, a anglo-australiana BHP Billiton é experiente em causar danos ambientais e humanos em países periféricos, principalmente se somados os de responsabilidade da antiga BHP (Broken Hill Proprietary Company Limited), empresa australiana, e da Billiton, empresa anglo-holandesa. As duas empresas passaram por processo de fusão em 2001. 
Uma mina de ouro em Papua-Nova Guiné operou na década de 1980 por anos, sem barragem, jogando todos os dejetos químicos no rio Oki Tedi. Apenas em 1999, a BHP assumiu o desastre ambiental. A já constituída BHP Billiton também tem histórico de falta de segurança e más condições de trabalho em minas no Peru.
A Vale, antiga estatal Vale do Rio Doce, foi condenada em junho pela justiça do trabalho a pagar R$ 804 milhões por mais de dois mil acidentes de trabalho e doze mortes no Complexo de Carajás desde 2000. O número alarmante chamou a atenção da justiça brasileira. 
Enquanto isso, o legislativo brasileiro avança na votação do PL 654/2015, que flexibiliza licenças ambientais para projetos considerados estratégicos, com um rito de 8 meses para aprovações. Mesmo com a tragédia em Mariana, o congresso parece não entender a dimensão das consequências sócio ambientais de grandes empreendimentos, como aqueles ligados à mineração e hidrelétricas.
Quanto ao desastre em Mariana, o governo brasileiro está corretamente cobrando da empresa Samarco multas, indenizações para as famílias atingidas e recuperação e monitoramento do Rio Doce. Porém, não teria o governo também responsabilidade em conduzir a recuperação da região e endurecer seu código de mineração e suas licenças ambientais, ambos em discussão no Congresso? 
As empresas envolvidas viram suas ações despencarem devido ao acidente. O avalanche de lama do rio Doce também alcançou as ações das empresas com desinvestimentos massivos. A Vale está sendo processada por investidores, nos Estados Unidos, por mentir quanto à segurança e sustentabilidade de seus empreendimentos, e omitir informações da tragédia em Minas Gerais. Pequenos acidentes diários de mortes de trabalhadores e falhas de segurança tomam as dimensões devidas quando um acidente de grandes proporções acontece. 
Já passou do momento de as empresas se responsabilizarem pelos danos que causam ao meio ambiente e consequentemente às pessoas. A transparência e a informação são as armas que impedem que companhias aumentem seus lucros às custas da degradação ambiental e humana. A moeda de troca nessa tragédia chama-se dividendo, e se as grandes corporações não começarem a tomar medidas que assegurem uma produção segura e sustentável, enfrentarão a lama do desinvestimento. Quanto ao governo, enquanto os eleitores não votarem com a mesma preocupação com que compram suas ações, ainda haverá tragédias.
Fabiana Alves é da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil

Gás tóxico vaza no litoral paulista

Prefeitura do Guarujá orienta moradores a deixarem a região e Cetesb alerta turistas para não viajarem ao litoral; gás liberado é extremamente nocivo à saúde
A névoa química pode ser vista a quilômetros de distância (Divulgação/Corpo de Bombeiros de São Paulo)
Um vazamento de gás aconteceu nesta quinta-feira (14) à tarde no complexo do Porto de Santos, liberando uma nuvem tóxica que atinge as cidades de Guarujá, Santos, São Vicente e Cubatão, no litoral de São Paulo. Até o presente momento, o vazamento ainda não foi controlado.
Uma carga de sódio dicloro, ao entrar em contato com a água da chuva, liberou um gás extremamente tóxico e prejudicial à saúde, causando dificuldades respiratórias e irritação no nariz, garganta e pulmões. A orientação da prefeitura do Guarujá foi que moradores em um raio de 100 metros do vazamento abandonassem suas casas. Cerca de 70 pessoas já procuraram atendimento médico. O impacto sobre o meio ambiente – como a mortalidade de peixes e outros animais – ainda não é conhecido.
Para Ricardo Baitelo, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, “a frequência de desastres com grandes danos ambientais e econômicos, como os recentes casos de Mariana e o incêndio no complexo industrial de Santos, mostram o equívoco do governo e de nossos gestores ambientais em enfraquecer as ferramentas de licenciamento de grandes empreendimentos”.
Baitelo chama também atenção para o fato de o vazamento não ter sido controlado após 24 horas de seu início, “o que aponta as limitações do plano de contingência deste tipo de empreendimento”.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) recomenda que aqueles que pretendiam viajar para o local se mantenham fora da região. Ainda de acordo com a Cetesb, foi apontada falha no lacramento do contêiner que causou o acidente. O acontecimento transparece negligência na operação da empresa Localfrio e do Porto de Santos.

Greenpeace anuncia nova Diretoria-Executiva Internacional

Greenpeace Internacional nomeou hoje não apenas uma diretora-executiva, mas duas. Bunny McDiarmid e Jennifer Morgan são as mulheres que vão assumir um novo modelo de co-liderança em abril de 2016

Bunny McDiarmid à esquerda e Jennifer Morgan à direita (© Greenpeace)
Há trinta anos na organização, Bunny McDiarmid é veterana como ativista, tripulante de navio e mais recentemente diretora-executiva do Greenpeace Nova Zelândia que, sob sua liderança, tornou-se um referencia de inovação no mundo Greenpeace.
Se Bunny andou nos decks de quase todos os navios do Greenpeace, Jennifer Morgan andou nos corredores do poder. Como Diretora Global do Programa de Clima no World Resources Institute, teve que lidar com chefes de estado e presidentes de empresas. Jennifer tem liderado grandes equipes em importantes organizações como Worldwide Fund for Nature, Climate Action Network e E3G, além de ser uma ativista pelo clima e inovadora constante.
De acordo com a brasileira Ana Toni, presidente do conselho internacional do Greenpeace, ambas tinham capacidade de liderança comprovada e poderiam assumir o trabalho por conta própria. “Mas, quando olhamos para suas qualidades e experiências complementares, para a mistura de conhecimento que elas trariam e também para os desafios que esse trabalho representa, nos voltamos ao conceito de co-liderança e fomos convencidos por uma de suas maiores vantagens: resiliência, a arte de se adaptar e superar as adversidades”, explica ela. Por isso foi decidido aproveitar essa grande oportunidade das duas mulheres co-liderarem a organização. “É uma decisão acordada com as mudanças que o Greenpeace passa ao deixar de ser um organismo altamente centralizado e hierarquizado para se tornar líder em empoderamento de pessoas, onde as responsabilidades são compartilhadas”, conclui a conselheira.
Jennifer Morgan nasceu nos Estados Unidos, mora na Alemanha e tem mestrado e Relações Internacionais na American University. Ela lembra claramente do dia que encontrou um livro fino chamado “Fighting for Hope” (Lutando por Esperança, em tradução livre), de Petra Kelly, fundador do Partido Verde Alemão. “Não me mexi durante horas. Eu li o livro inteiro de uma só vez. A autora conectava problemas sistemáticos com a necessidade de novas maneiras de pensar. Ela falava sobre o papel da violência na sociedade e da importância de se reconectar com a natureza como se alguém tivesse escrito tudo que estava em meu coração e em minha mente que eu não era capaz de expressar”, conta Jennifer.
Para a americana, integrar o Greenpeace é como ir para casa. “Eu rodei o mundo, andei entre líderes de governo e nos corredores do mundo corporativo. O Greenpeace está muito mais próximo de minhas raízes, e possui uma incrível vantagem na sua independência: a política de não aceitar doações de governos e empresas nos permite não ter medo de ofender ninguém”.
A neozelandesa Bunny McDiarmid estudou na Canterbury University e tentou diversas palavras terminadas em “-ismo” para explicar o mundo no qual ela crescia. Mas ela não se deixou levar por nenhum “-ismo” até que se encontrou, aos 21 anos de idade, num navio de madeira, repondo peças apodrecidas para zarpar com outras 12 pessoas ao mar. “Eu não tinha experiência em carpintaria ou navegação, e esse era um trabalho que significava afundar ou nadar caso eu errasse algo. Mas as pessoas acreditaram em mim, acreditaram que eu poderia fazer aquilo, e eu aprendi então que você pode ser muito mais do que um pedaço de papel diz”.
Bunny foi marinheira no Rainbow Warrior em 1985, quando o Greenpeace transportou os habitantes de Rongelap de suas ilhas que foram contaminadas por radiação após décadas de testes nucleares na atmosfera. “Eu vi uma conexão da violência que praticamos contra a Terra com a violência que praticamos contra as pessoas, e eu fui testemunha de como isso pouco importa para quem as pratica”, lembra Bunny. Para ela, a história de Rongelap foi uma pequena metáfora de uma história muito maior que a fez se apegar às ideias do Greenpeace.
Apresentadas por Ana Toni, Jennifer e Bunny viram que seus estilos de liderança, visões e ideias eram compatíveis.
“Nós trabalhamos com base em confiança. Ambas encorajamos a cultura de desafio com o respeito. Nós duas acreditamos que times altamente eficazes são criados pelo aproveitamento das diversidades de pensamento e de abordagem,” disse Bunny. Jennifer nota que as mulheres são particularmente boas em compartilhar o poder. “Nos damos bem em unir e conectar a diversidade. Somos boas em focar em resultados e numa causa. E enquanto há muitos homens que poderiam compartilhar a direção do Greenpeace, há uma coisa que Bunny e eu podemos fazer por meio da nossa liderança para empoderar jovens mulheres a sonhar com seu futuro – elas podem fazer e alcançar qualquer coisa, seja como chefe do Greenpeace, seja como Chefe de Estado”.
Para o diretor-executivo do Greenpeace Brasil, Asensio Rodriguez, a presença de duas mulheres na direção da organização é um importante passo para reafirmar a igualdade de gêneros em todo o mundo. “Aqui no escritório brasileiro, 55% do staff é composto por mulheres, sendo que muitas delas estão em cargos de liderança. Ainda sim, é um país que precisa avançar muito nessa questão e de fato dar equidade às mulheres em relação aos homens. Essa co-direção será um ótimo exemplo para mostrar a eficácia da liderança feminina em escala global”, defende Asensio. "A liderança compartilhada volta nossos esforços para práticas mais coletivas na organização enquanto também engaja bilhões de pessoas ao redor do mundo. É a nossa maneira de trabalhar".
Jennifer foi descrita como “anti-burocrata”, construindo times ágeis dentro de grandes estruturas. “É tudo sobre as pessoas certas combinadas ao objetivo certo, ao invés de estruturas e organogramas. E é sobre construir uma visão juntos, passo-a-passo, no lugar de ser imposto. Nada tem sido mais gratificante para mim do que criar condições nas quais as pessoas dão o seu melhor, superando os obstáculos a sua frente, agregando diferentes pontos de vista e habilidades numa coisa que é maior que os componentes individuais, e vê-los acertar o passo. Não há recompensa maior para um líder do que ver pessoas talentosas brilharem e serem bem sucedidas.”
Bunny e Jennifer compartilham a visão de encontrar um “novo horizonte” para o Greenpeace. “As pessoas estão pedindo uma nova história na qual elas possam acreditar, uma com um quadro melhor da natureza da humanidade, do destino do nosso futuro, e da nossa conexão com a terra, com o ar, com os oceanos. O Greenpeace está bem colocado para entregar isso: trabalhando em divisões globais de Norte a Sul, o seu compromisso com a desobediência civil e ações diretas não-violentas dá uma credibilidade única em falar a verdade – poder que poucas instituições gozam.”
“O que precisamos”, diz Bunny, “é fazer um espaço criativo e encontrar a confiança para descobrir como combinar e agregar o poder de todos aqueles que acreditam na ‘ideia Greenpeace’ – não na ‘organização Greenpeace’. Não nos tijolos e morteiros, mas na ideia. Como combinamos a nossa criatividade rebelde com a criatividade rebelde de milhões de pessoas e organizações ao redor do mundo que acreditam na possibilidade de um mundo melhor? Como empoderamos e aceleramos isso, com humildade e urgência?”
Jennifer conclui: “Nenhuma de nós sabe ainda qual é esse novo horizonte. E ele pode ser diferente em diferentes lugares. Mas, se há uma missão que vai marcar a nossa liderança, é exatamente essa: encontrar o limite, tentar coisas novas e trabalhar junto com a organização inteira para isso.”
“Essa abordagem é nova, e eu ficaria preocupada caso não estivéssemos empolgadas e com medo ao mesmo tempo”, diz Bunny. “Mas por um lado, liderança compartilhada não significa Jennifer e eu dividindo o trabalho de Diretor Executivo Internacional entre nós duas: significa compartilhar a liderança entre os escritórios globais do Greenpeace, compartilhar a liderança com os nossos apoiadores. Esse arranjo é um reflexo evolutivo de toda a abordagem do Greenpeace Internacional: compartilhar, globalmente, o poder, a responsabilidade e o desafio de crescer, de tornar-se o melhor que podemos num momento de ameaça ambiental e oportunidade existencial”.
“Se despertamos o melhor de cada um, conseguiremos uma organização melhor. Se despertarmos o melhor da humanidade, conseguiremos um mundo melhor”.

Thursday, January 14, 2016

Temos um vencedor para o Solariza!

Postado por icrepald

Com o objetivo de mapear o pontencial solar dos domicílidos brasileiros, o jogo online ultrapassou a meta de simular a geração de energia suficiente para desligar duas termelétricas e duas nucleares  

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
O jogador Fmata, de Aparecida de Goiânia (GO), foi o usuário que mais solarizou telhados na plataforma criada pelo Greenpeace. Sozinho, ele simulou a instalação de painéis fotovoltaicos no equivalente a mais de 26 mil telhados. E em cinco meses de jogo, os usuários solarizaram mais de 8 milhões de telhados online, o equivalente a cerca de 16 GWh de energia – isso seria suficiente para desativar também o Complexo Jorge Lacerda, o maior grupo de usinas a operar a carvão na América Latina, localizado em Santa Catarina. Por ter acumulado mais telhados solarizados na primeira fase do jogo, Fmata será premiado com um sistema de placas fotovoltaicas em sua própria residência e a oportunidade de participar da instalação solar na Amarati, instituição beneficente vencedora do “crowdroofing” promovido durante o Solariza. A entrega dos prêmios acontece ao longo do primeiro semestre e será documentada pelo Greenpeace.
Versão 2.0
O Solariza foi criado para mostrar ao Governo Federal que, com tanto sol e telhado, já passou da hora de deixar a energia solar iluminar o presente e o futuro do Brasil. A expectativa inicial era de simular a geração de energia suficiente para desligar as caras e poluentes termelétricas de Piratininga (SP) e Candiota (RS), e as nucleares Angra I e II (RJ) em dezembro de 2015. Mas os usuários ultrapassaram a meta do jogo em setembro do ano passado e continuaram solarizando os telhados brasileiros – mostrando que, se fosse mais barato instalar placas fotovoltaicas no País, o Brasil teria o potencial para inaugurar uma revolução energética.
Os benefícios dessa transição seriam muitos, como geração da própria eletricidade, produção de uma energia limpa e contas de luz mais baratas. Para isso, são essenciais duas medidas simples: a criação de linhas de crédito subsidiadas que popularizem a aquisição do sistema; e a possibilidade de utilização do Fundo de Garantia (FGTS) para a compra e instalação de um sistema fotovoltaico (assine a petição endereçada à Presidente Dilma Rousseff com essas demandas aqui).
Agora só falta o Governo facilitar ao acesso à energia solar no País. E tudo o que podemos fazer é continuar pressionando e mostrando caminhos possíveis. Uma das formas de você nos ajudar é jogar a segunda fase do Solariza, que será lançada neste ano, com novas missões e premiações. Fique de olho!

Wednesday, January 13, 2016

Chile has 24,133 glaciers, and we’re losing them piece by piece

Blogpost by Estefanía Gonzalez

 
Scientists arrive at the Amalia glacier, in the Magallanes region of Chile, to study the impact of climate change. 19 Dec, 2015 © Cristobal Olivares
There are 24,133 glaciers in Chile – 82% of the glaciers in South America. These vast and intricate cascades of white, blue and brown not only form one of the largest freshwater reserves in the world, they are also vital to the preservation of vulnerable local ecosystems.
But human activity threatens their very existence, despite their importance to people and the environment. Whether due to mining in northern and central Chile or climate change in southern Chile, these unprotected glaciers are under serious strain.
The Esperanza arrives at the retreating Pio XI glacier in Patagonia. 19 Dec, 2015 © Cristobal Olivares / Greenpeace

The Esperanza’s mission

The plight facing the glaciers is well known, but their remote location makes them difficult to study in depth. That’s why the Esperanza just spent several days in Patagonia in southern Chile documenting some of these vanishing fields of ice. We hope the research gathered could even be key to pressuring the government of Chile to commit to stronger laws fully protecting the glaciers.
Glaciologists and a climatologist led the Greenpeace expedition to two remote glaciers in Patagonia. Their goal: to gather crucial data about their current state and rate of retreat. One of the glaciers they visited was Pio XI, the largest glacier in Southern Ice Fields and the same glacier the Arctic Sunrise visited eleven years prior. 
After leaving the Esperanza on inflatables, the team hiked for hours across the ice to get the data they needed. Without a ship like the Esperanza, access to this remote spot would have been nearly impossible.
The team used a radar technique called radioglaciology that can measure the thickness of the ancient ice. They also placed cameras at key locations around the glaciers to monitor their retreat and took ice samples for analysis.
While the data they were gathering seems basic – the changing size of the glaciers, the rate of their disappearance – this type of information that is crucial to understanding the scale of the problem is missing from the political conversation.
Amalia glacier retreating in Patagonia. 19 Dec, 2015 © Cristobal Olivares / Greenpeace

What the future holds for Chile’s glaciers

The scientists are still analyzing their findings, and we will hear the results soon. But we already know one thing: in our warming planet, protecting all glaciers is essential.
Right now, Chilean law does not protect glaciers from the destruction of human activity. Far from it. Instead several Chilean governments have failed to give them protection – allowing glacier destruction at a record pace. Chilean state-owned CODELCO (the world's largest copper producer) has destroyed about 342 hectares of glaciers in the Andes in the past decades. Other mining projects from Barrick, Antofagasta Minerals and Anglo American continue to raze glacial areas and remain a direct threat to Chilean water reserves.
All this, at the same time the glaciers are under siege from rising global temperatures.
But there is a chance to make this right. Chile is currently considering a proposal to protect some glaciers. Sadly, the plan doesn’t do nearly enough – still leaving over 50% of the country's glaciers unprotected. That’s why we need your help – urgently.
All of us can work together to ensure that Chile’s glaciers have the protection they need. Send a message to Chilean President Michelle Bachelet to step up for the environment and the people of Chile and support a law fully protecting all Chilean glaciers.



 Estefanía Gonzalez is a Glacier Campaigner for Greenpeace Chile.

Tuesday, January 12, 2016

7 wondrous facts about the Great Bear Rainforest

Blogpost by Eduardo Sousa

Aerial view of the Great Bear Rainforest. 9 Sep, 2007 © Markus Mauthe / Greenpeace
Canada’s Great Bear Rainforest: there’s no other place like it on the planet. As one of the world’s largest remaining coastal temperate rainforests, some of the richest and most wondrous ecosystems on Earth are found here. It is also home to many First Nations.
Over the years that I’ve been working on this two decade-long campaign to safeguard the Great Bear Rainforest, I have met incredible people, spent time in deeply-rooted communities and have learned some truly wondrous things about this place.
Here are my top seven facts about the Great Bear Rainforest:
1. There are at least 26 First Nations whose unceded traditional territories make up the Great Bear Rainforest.
Nuxalk Nation members play music in logged forest. 1 Jun, 1997 © Greenpeace / Ivan Hunter
2. First Nations have ancient village sites going back at least 10,000 years, if not longer.
 Kvai Big House Opening - Heiltsuk First Nation territory, Great Bear Rainforest 2006 / Photo: Steph Goodwin  Petroglyph - Nuxalk First Nation traditional territory / Photo: Jens Wietin
3. Cedar trees and their use have been deeply intertwined with the cultural and spiritual life of First Nations for millennia.
Cedar forest, Sonora Island Photo: Camille Eriksson
4. The rare, elusive white Spirit Bear can only be found in the heart of the Great Bear Rainforest.
 Spirit Bear in Great Bear Rainforest. 17 Oct, 2007 © Andrew Wright / www.cold-coast.com
5. Why do trees grow so large in the old-growth forests of the Great Bear? Because bears leave their partially eaten salmon in the forest, like offerings, for the trees and soil to absorb the nutrients. In fact salmon DNA has been found in the old trees
Salmon carcass left by bears in Great Bear Rainforest - Gitgaat Territory / Photo: Eduardo Sousa
6. The threatened marbled murrelet doesn’t build a nest. Instead makes a depression in the moss found in the canopy of old-growth trees.
A marbled murrelet floats on the sea. Martin Raphael, U.S. Forest Service
7. There are some great live cam websites that take you into the seas and rainforests of the Great Bear — such as here and here.
If you haven't visited this magnificent part of the world, you need to go! If you have visited, share with us your own top seven in the comments.
Eduardo Sousa is senior forest campaigner for Greenpeace Canada. 
A version of this blog was originally posted by Greenpeace Canada.

We did it! Victory for China's giant pandas

Blogpost by Yi Lan

2016 has kicked off with great news for pandas.
Back in October, Greenpeace East Asia revealed that China’s iconic giant pandas were under threat from rampant illegal logging in the world’s largest panda habitat.
Following a two-year-long investigation, we uncovered that a shocking 3,200 acres of pristine natural forest in the Sichuan Giant Panda Sanctuaries had been clear cut to make way for plantations of profitable timber, under the guise of ‘forest reconstruction’.
Aerial image of clearcut logging in the natural forest of Fengtongzhai nature reserve, in the Sichuan Giant Panda Sanctuaries - a UNESCO World Heritage Site.Aerial image of clearcut logging in the natural forest of Fengtongzhai nature reserve, in the Sichuan Giant Panda Sanctuaries – a UNESCO World Heritage Site.
We knew this had to stop.
We demanded that the government close the loophole which leaves China’s most famous and beloved animals at risk of destruction and  protect the beautiful place they inhabit.
And that’s exactly what has happened.
Just days after we exposed the illegal logging, the Sichuan Forestry Bureau took action and launched their own investigation.
The results have just come in:
  • 23 cases were filed and 22 officials held accountable.
  • A new regulation on ‘forest reconstruction’ – the policy that allowed the illegal logging to go on unchecked – will be issued, ensuring that the loophole is closed and can’t be exploited.
  • The Sichuan Forestry Bureau is now developing a strategy to make sure commercial deforestation doesn’t impact the giant panda’s habitat.
This is amazing news. But the fight isn’t over.
China’s giant pandas are protected for now, but the problem isn’t contained in Sichuan. We previously discovered the same illegal logging happening in Zhejiang and Yunnan Provinces. As it stands, a third of China’s natural forests are at risk of the same fate.
The Sichuan authorities have responded and put a stop to the reckless destruction of precious, natural forest. Now it’s time for the rest of the country to follow suit.
Thanks to all of you for sharing the news and making this happen. We’ll be keeping up the pressure, to make this a victory for all of China’s wildlife, not just the giant panda.
Yi Lan is Deputy Head of Greenpeace East Asia’s Forests and Oceans Campaign
This story originally appeared on Greenpeace East Asia.

Conheça o Brasil que está sendo transformado pela energia solar

Greenpeace lança o webdocumentário "Sol de Norte a Sul" e mostra os benefícios e as barreiras para que placas solares ganhem escala no Brasil

O sol faz gelo em meio à floresta amazônica. Na Vila Nova Amanã, (AM), os moradores agora conseguem tomar água gelada e refrigerar os peixes graças a painéis fotovoltaicos que alimentam freezers e geladeiras, um sonho que parecia distante anos atrás.
A chegada da energia solar nessa comunidade foi transformadora. Trouxe qualidade de vida e facilitou o trabalho dos pescadores. Isso sem custos a mais na conta de energia, antes gerada pelo poluente diesel dos geradores locais.
Como a Vila Nova Amanã, em outros pontos do Brasil a energia solar está chegando e revolucionando vidas. O Greenpeace Brasil viajou pelo País em busca dessas histórias. A descoberta está registrada no webdocumentário Sol de Norte a Sul. Na plataforma, é o internauta quem decide qual caminho seguir: pode assistir a vídeos, ver fotos, ler textos e infográficos, na ordem em que desejar.
O webdocumentário está dividido em quatro seções. Uma mostra quais são benefícios sociais que a energia solar traz ao País. Além de gerar empregos, as histórias mostradas ali contam como brasileiros passaram a ter água limpa, salas de aula mais adequadas e contas de luz mais baixas. A segunda parte é dedicada aos entraves que não permitem a ampla disseminação dessa fonte limpa de energia, como o excesso de tributos que encarecem os sistemas. Hoje, apenas 0,02% da eletricidade do Brasil vem de placas fotovoltaicas. Em seguida, conhecemos quatro histórias de brasileiros que, mesmo com todos os empecilhos, apostam na energia do sol.
A quarta e última seção da plataforma traz um mapa do mundo para que os internautas insiram iniciativas ligadas à energia solar que conhecem. Esse mapa será, em breve, um amplo panorama de como a energia solar está  ganhando espaço no Brasil e no mundo.

“As histórias contadas aqui são só alguns exemplos dos muitos benefícios da energia solar. Mas apenas três em cada dez brasileiros sabem que podem gerar sua própria energia. Com esse webdoc, esperamos contribuir para que esse número cresça. E queremos chegar a 1 milhão de casas com telhados solares num futuro próximo no Brasil”, diz Bárbara Rubim, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
Algumas histórias que estão no webdocumentário:
·    A Escola de Educação Básica Roberto Schutz foi a primeira a receber painéis fotovoltaicos no Brasil. Localizada na fria cidade de Rancho Queimado (SC), agora, há água quente nas torneiras e as salas de aula estão mais iluminadas. Professores e alunos aprenderam juntos os benefícios da energia solar e, hoje, ensinam pais e comunidades a importância de se investir em energias renováveis.
·    A água potável para os moradores do Assentamento Maria da Paz (RN) era escassa. Vinha das cisternas se chovia ou de galões, quando o dinheiro sobrava. Hoje, uma máquina faz a dessalinização da água de um poço e fornece água limpa e fresca para mais de 200 pessoas. Isso tudo consumindo a energia fornecida por placas solares, que aproveitam a gratuita energia solar.
·    Um sistema fotovoltaico no Brasil custa cerca de 20% a mais em razão de tributos. Alguns estados ainda cobram de forma indevida o Imposto sobre a Circulação de Mercadores e Prestação de Serviços (ICMS) para o cidadão que gera sua própria energia. Se o ICMS na eletricidade fosse derrubado em todos os estados, o Brasil teria 55% mais sistemas instalados em 2023.
·    Apenas três em cada 10 brasileiros sabem que podem gerar sua própria energia e economizar na conta de luz. Ainda assim, quase 90% da população entrevistada afirmou ter interesse em saber mais sobre microgeração e consideram que produzir sua própria energia é importante.  


Friday, January 8, 2016

Time to tear down the walls

Blogpost by Anne Jensen

It’s early morning, cloudy with a light breeze and we are on standby as a rescue team for any approaching refugee boats that might get into trouble. And then … we get the call! A boat has been spotted in a position east of ours. Survival suit on, boats started and we’re underway.

MSF and Greenpeace conduct life saving operations in the Aegean Sea  Photo credit: MSF / Greenpeace  
Anne Jensen operates a RHIB off the coast of Lesbos in December 2015 as part of joint operations between MSF and Greenpeace to provide rescue activities to refugee boats in distress. MSF and Greenpeace have carried out multiple rescues since the start of operations in November.
As soon as we approach the small, overfilled and poor-quality rubber dinghy (which we later found was carrying 52 Syrians), we could see immediately it was going to sink. We had to act and a brief moment of chaos ensued as we came alongside and started helping people onto our boat.
There were babies, children, women and men, but everyone was able to get safely onboard. “Is everyone okay? Anyone wet or cold?” we ask them, explaining that they are safe, that we will bring them safely the rest of the way to Greece.
Later, on the jetty, I had my arms around an elderly lady. She’s crying, relieved but also afraid. The gratitude in her eyes is something I’ll never forget. Every day in Lesbos is like this! Everyday refugees are trying to cross the sea to get to safety, to get to Europe.
It took this group of refugees two months of walking before they got to the Turkish coast, and in Turkey they paid a lot of money to the smugglers to be able to get a boat to cross the Aegean Sea. They carried only small bags with a few personal belongings and they made it!
The final leg of their journey to Europe is at an end and they’ll now be safe, right? Or are they?
The European Union, which evolved from the aftermath of World War II, is based on the core values of respect of human dignity, justice, freedom, democracy, human rights, and protection of minorities. Core values that in today’s current climate seem to be forgotten.

Every day there are hundreds, sometimes thousands of refugees and migrants landing on the beaches around Lesbos. They are fleeing their countries of origin, to avoid war and to protect their families, but how are they being greeted? Walls are being built, border controls have been implemented and they are being forced to stay in overcrowded camps or out in the winter cold.

Most recently and to my horror, ‘my’ government back home in Denmark now want the refugees and migrants to surrender their last remaining personal possessions of value as a payment for staying in our low standard camps. How can any politician, a human being treat other people this way? Is that showing human dignity?
Worse still, more than 3,700 people died in 2015 in the hope to making it to Europe. That’s an average of 10 lives lost every day. But instead of providing safe passage, instead of saving lives, Europe is sharpening its border controls! 
Yet everyday on Lesbos, we have to deal with the ongoing arrivals of people by sea.
I am a seafarer by profession and the most important part of my work is to ensure safety of life at sea, which also means rescuing anyone in distress.
But on Lesbos, I see hundreds of people in distress every day and this is happening on the doorstep of the EU! Multiple NGOs and volunteer groups are providing rescues, performing a role the EU should be doing!
I believe in European values, of freedom and democracy and the universal human rights we hold dear. It’s time for EU leaders to wake up and remember our core values and adopt a humane stance towards those who still hold out hope of European safety.
That’s why I went to Lesbos, hoping for safe passage and a better future.
Anne Jensen was one of 30 people detained by Russian authorities in September 2013 for a peaceful protest against Arctic Ocean oil drilling; she was released on bail in November and accepted an amnesty in December 2013. She has been working with Greenpeace for 3.5 years.

Abrolhos, a nova vítima da tragédia

Ibama alerta para suspeita da chegada da lama de rejeitos minerais da barragem da Samarco no Parque Nacional Marinho de Abrolhos, um verdadeiro santuário no oceano 
 

 zoom
Água do Rio Doce tomada pela lama de resíduos minerais desemboca no Oceano Atlântico

Após arruinar comunidades inteiras e tirar a vida do Rio Doce, a lama que vazou com o rompimento da barragem da mineradora Samarco em Mariana (MG) pode alcançar o litoral da Bahia, na região de Porto Seguro, Trancoso e do Parque Nacional de Abrolhos, que fica a 70 km da costa.
A suspeita de uma nova extensão da maior catástrofe ambiental do país foi anunciada na noite de ontem pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama). Segundo o órgão, até agora a lama forma uma extensão de 392km2 de minério junto à foz do Rio Doce. Mas a área de sedimentos em menor concentração chega a quase 6,2 mil km2 na costa brasileira. Os resultados completos do Ibama devem sair no prazo de dez dias.
Pérola do litoral baiano, Abrolhos foi o primeiro Parque Nacional Marinho criado no Brasil, em 1983, com aproximadamente 910 km2. É a zona mais importante em biodiversidade marinha do Atlântico Sul, onde está o maior e mais exuberante banco de corais dessa parte do oceano. Além disso, Abrolhos é lar de mais de 1,3 mil espécies de invertebrados, peixes, tartarugas, aves e mamíferos marinhos.
Se for comprovado a presença de rejeitos minerais provenientes da Samarco na região, os danos ambientais causados pela lama nesse paraíso marítimo têm grandes chances de devastar a região. Para começo de conversa, as águas em zonas de corais são transparente, permitindo grande absorção de luz solar para a fotossíntese desses seres. Com o avanço da lama, os corais ficariam com o seu “céu” totalmente encoberto, levando à falta de oxigênio e à morte de todos os seres vivos que dependem desse ciclo natural.
Vale lembrar que além de ambientais, a chegada de sedimentos de minério à Bahia deve causar impactos significativos no turismo da região.
Notificada pelo Ibama, a Samarco também deve iniciar uma análise da água no local. A empresa ainda não foi multada pela nova ocorrência e no mês passado recorreu das cinco multas estipuladas no valor de R$50 milhões cada, mesmo diante de toda a catástrofe causada após a lama de rejeitos minerais vazar de uma de suas barragens em 5 de novembro do ano passado.
Em 2009, o Greenpeace lutou pela região de Abrolhos pedindo uma moratória da exploração de petróleo no entorno da região, que à época estava ameaçada pelo interesse da ANP (Agência Nacional de Petróleo) em expandir a exploração de gás e óleo no entorno do Parque.

Resultados sobre água do Rio Doce
O Greenpeace vem atuando em parceria com o coletivo científico-cidadão GIAIA (Grupo Independente de Avaliação do Impacto Ambiental), formado por pesquisadores voluntários de diferentes universidades e institutos brasileiros, para analisar a qualidade da água no Rio Doce como também dos detritos minerais e seus impactos na fauna e na flora da região impactada.
O coletivo divulgou no fim de dezembro um Relatório Parcial sobre a contaminação da bacia a partir de coletas realizadas em campo entre os dias 4 e 8 de dezembro. As amostras apontaram para índices de manganês, arsênio e chumbo muito acima do permitido. Clique aqui e saiba mais.