Prefeitura do Guarujá orienta moradores a deixarem a região e Cetesb
alerta turistas para não viajarem ao litoral; gás liberado é
extremamente nocivo à saúde
A névoa química pode ser vista a quilômetros de distância (Divulgação/Corpo de Bombeiros de São Paulo)
Um vazamento de gás aconteceu nesta quinta-feira (14) à
tarde no complexo do Porto de Santos, liberando uma nuvem tóxica que
atinge as cidades de Guarujá, Santos, São Vicente e Cubatão, no litoral
de São Paulo. Até o presente momento, o vazamento ainda não foi
controlado.
Uma carga de sódio dicloro, ao entrar em contato com a água da chuva,
liberou um gás extremamente tóxico e prejudicial à saúde, causando
dificuldades respiratórias e irritação no nariz, garganta e pulmões. A
orientação da prefeitura do Guarujá foi que moradores em um raio de 100
metros do vazamento abandonassem suas casas. Cerca de 70 pessoas já
procuraram atendimento médico. O impacto sobre o meio ambiente – como a
mortalidade de peixes e outros animais – ainda não é conhecido.Para Ricardo Baitelo, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, “a frequência de desastres com grandes danos ambientais e econômicos, como os recentes casos de Mariana e o incêndio no complexo industrial de Santos, mostram o equívoco do governo e de nossos gestores ambientais em enfraquecer as ferramentas de licenciamento de grandes empreendimentos”.
Baitelo chama também atenção para o fato de o vazamento não ter sido controlado após 24 horas de seu início, “o que aponta as limitações do plano de contingência deste tipo de empreendimento”.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) recomenda que aqueles que pretendiam viajar para o local se mantenham fora da região. Ainda de acordo com a Cetesb, foi apontada falha no lacramento do contêiner que causou o acidente. O acontecimento transparece negligência na operação da empresa Localfrio e do Porto de Santos.
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