Tuesday, January 31, 2017

Video: Venha com a gente para as profundezas dos Corais da Amazônia

Em águas calmas de um dia com direito a arco-íris, veja o mergulho que documentou as primeiras imagens deste belo recife sendo descoberto agora. E a aventura continua...

Diário de Bordo: A vida sobre as ondas

Postado por rgerhard Há uma semana em alto-mar para a campanha que está documentando os Corais da Amazônia, nossa analista de redes sociais conta a experiência sua bordo do navio Esperanza pela primeira vez zoom Esperanza, um dos três navios do Greenpeace, na região da foz do rio Amazonas, no Amapá. Foto Marizilda Cruppe/Greenpeace. Algumas coisas no navio são bem diferentes. Uma delas é dormir. Não tem nada a ver com o quarto, ele é normal: um armário, uma escrivaninha, uma pia e um beliche, com cortinas para dar mais privacidade ao nosso sono. Estou dividindo o quarto com uma marinheira-paramédica italiana. O mais curioso é dormir balançando – quando não rolando – de um lado pro outro da cama. A qualidade do meu sono depende do quanto o barco balança: se o mar está calmo, o sono é tranquilo. O balançar do barco é bem gostoso, mas o bicho pega quando o mar está agitado. Você tem que se ajeitar de um jeito para não ficar literalmente rolando com o chacoalho do navio. Tem quem use o travesseiro para se prender, ou quem durma só de bruços. Outro ponto curioso é o jeito que andamos aqui. Nos primeiros dias, quem não era da tripulação não estava adaptado a andar em um barco, que obviamente balança. Por isso, andávamos como bêbados ou crianças aprendendo a dar os primeiros passos. Você tropeça em tudo, bate nas paredes, trança as pernas (leia-se, quase cai) e por aí vai. Agora, já mais acostumados, temos o que os marinheiros chamam de sealeg. Em uma tradução livre, seria pernas de mar, ou pernas adaptadas para o balanço do navio. Mas a experiência no barco não é só mareio. Há coisas absolutamente magníficas. Para mim, as duas principais acontecem à noite: brilhos no mar e o céu estrelado. Quando o casco do barco bate na água, você vê pequenos brilhos verdes, como vagalumes nadando. É hipnotizante. A água escura faz com que fiquem mais evidentes. O biólogo Ronaldo Francini Filho nos explicou que esses brilhinhos verdes são um tipo de protistas chamados Noctiluca, muito comum na costa brasileira. Para mim, foi novidade: todas as noites saio da cabine para vê-los dançarem na água. Já o céu estrelado... (suspiro!) Que céu estrelado! Estamos no Oceano Atlântico, a mais de 100 quilômetros da costa brasileira, sem nenhuma luz ao nosso redor. Vemos o céu salpicado de pontos luminosos com direito a Via Láctea e nebulosas. Aquele céu de filme mesmo, sabe? Outra curiosidade: diz-se que a pessoa mais importante do navio não é o capitão, e sim o cozinheiro. Ele cuida de toda a nossa alimentação e garante que teremos sempre comida boa e fresquinha nas refeições. Quando se tem um bom cozinheiro, a tripulação é mais feliz. Nós nos demos muito bem com o Babu, um indiano sempre sorridente, que faz uma comida deliciosa. A tripulação normalmente trabalha das 8h às 17h. Depois do trabalho nos reunimos em uma sala do navio para conversar sobre como foi o dia, contar histórias e jogar dardos. É nesse momento que temos a oportunidade de nos conhecermos melhor. É uma troca cultural muito rica e interessante. Ontem, o Kim, que é sul-coreano e o 3º oficial do Esperanza, nos contou que, na Coreia, sempre que alguém compra algo para comer, é divido entre amigos. Mas não como nós brasileiros, que perguntamos se pode pegar um pedaço. Eles pegam sem enrolação e comem, simples assim! Viver sobre as ondas é um mundo diferente. Aqui se tem a disciplina de um samurai e o bom humor de um brasileiro. O trabalho é pesado e as gargalhadas são leves. O navio balança, mas a nossa determinação em defender os Corais da Amazônia continua firme. zoom Vida a bordo: Thaís Herrero (esq), Juliana Costta e Thiago Amaral, do Greenpeace Brasil, na defesa pelos corais. Foto: Marizilda Cruppe/Greenpeace. Juliana Costta é Social Media do Greenpeace Brasil

Corais da Amazônia: “cada mergulho é um flash”

Novos mergulhos do submarino trazem à superfície imagens ainda mais surpreendentes dos recifes, revelando toda a sua beleza. Confira! zoom Cores e formas se multiplicam no fundo do mar Foto: Greenpeace Desde a última sexta-feira (27) e ao longo do final de semana, o submarino usado na expedição fez novas descidas na região sul dos recifes, onde a água é mais clara, em busca de mais imagens dos corais. A cada retorno à superfície, ele não desapontou, como você mesmo confere nas fotos. Aos poucos, a ideia deste novo bioma ganha formas e (muitas) cores para todos nós. Estamos aprendendo mais e mais sobre os corais a cada descida de submarino, descobrindo novas formações, vendo novas espécies de peixes. Quando cada nova foto se materializa na tela do computador uma aglomeração de pessoas fascinadas pelo que veem se forma. Para quem está à bordo do navio Esperanza, conhecer cada detalhe sobre o que está logo abaixo dos nossos pés é o que mais tem interessado a todos. No segundo dia de mergulho, vimos um ecossistema completamente diferente do primeiro dia, como mostra essa cena: zoom Esponjas amarelas, entre outras espécies, se misturam a algas e rodolitos Foto: Greenpeace Fabiano Thompson, oceanógrafo e professor da UFRJ, foi o segundo cientista a ir para as profundezas dos Corais da Amazônia. E a sua primeira vez no apertado compartimento do submarino. “Uma experiência inesquecível”, afirmou, como seria de se experar, ao voltar à superfície com uma felicidade expansiva. Fabiano é um dos mais envolvidos nas pesquisas que descobriram os recifes de corais da foz do Rio Amazonas. Desde 2011 ele se dedica ao tema. “Ver as formações debaixo d’água faz toda a diferença para nossos estudos porque podemos ver a complexidade, a diversidade de formações e peixes que estão ali”, explica. 
 Foram duas horas de imersão a uma profundidade de até 102 metros. Ali, eles avistaram uma fauna muito rica. Uma grande variedade de peixes de diferentes espécies e cores: azuis, vermelhos, brancos, pretos. “Tem para todos os times”, brinca Fabiano. Um dos momentos mais legais foi quando eles acharam uma estação de limpeza, como mostra esta imagem: zoom Entre algas coloridas e rodolitos, o caranguejo-aranha faz sua limpeza na companhia do peixe-borboleta Foto: Greenpeace Ali, peixes e camarões “limpadores” aguardam sua clientele: peixes com ectoparasitas em seus corpos. Como uma gentileza marinha, os limpadores comem os parasitas dos peixes. Alimento para um, alívio para o outro. Outra surpresa foi a descoberta de um fundo do mar que parecia plano, mas é cheio de pequenos buracos que servem de ninhos para peixes de diferentes espécies. zoom Peixes mariquita tentam se esconder Foto: Greenpeace Os ninhos estavam muito próximos uns dos outros. Conforme o submarino se aproximava, alguns peixes surgiam de dentro deles, curiosos pela aparição inédita, mas, como quem vê um disco voador trazendo alienígenas, rapidamente nadavam de um buraco para o outro para se esconder. Lagostas e pequenos camarões também foram avistados - esta abaixo posou para nós: zoom A ocorrência de lagostas foi uma das suspeitas de existência de um recife na região Foto: Greenpeace Sobre a formação dos recifes, predominaram naquele ponto de mergulho os rodolitos. Montanhas deles foram feitas por peixes, que carregam com a boca as pequenas bolas de algas calcárias para formar seus ninhos. “Essas imagens expandem nosso entendimento sobre os rodolitos da região”, disse Fabiano. zoom Uma piraúna (ou catuá) se abriga dentro de uma esponja, e atrás dele, outra esponja, com rodolitos ao redor Foto: Greenpeace “Fiquei bastante contente e impressionado. A gente observa que é um recife com uma biodiversidade exuberante. Não vimos na primeira descida nada parecido. Isso mostra que estamos em um mosaico, com diferentes formações, o que faz da região ainda mais especial”, avalia o especialista. 

 zoom Montes de rodolitos formados por peixes Foto: Greenpeace A complexidade deste novo bioma serve como estímulo para nosso interesse e o nosso senso de proteção. Afinal, conhecemos apenas 5% dos recifes aqui, mas eles já estão ameaçados pela iminência da exploração de petróleo. Para ajudar a proteger esse tesouro natural, participe da campanha “Defenda os Corais da Amazônia”.

Saturday, January 28, 2017

Diário de Bordo: Uma espiada nos corais

Postado por rgerhard Chegamos ao primeiro lugar do nosso mergulho! Esperanza chega ao primeiro local de observação dos Corais da Amazônia. Foto Marizilda Cruppe/Greenpeace zoom Esperanza chega ao primeiro local de observação dos Corais da Amazônia. Foto Marizilda Cruppe/Greenpeace Quando o sol nasceu nesta quinta-feira (26), estávamos exatamente onde o GPS apontava ser a região dos recifes de corais da Amazônia. Foram 270 milhas navegadas, mas valeu a pena cada um dos incontáveis balanços sobre as ondas do Atlântico. O entusiasmo pela proximidade desse bioma ainda pouco conhecido contagiava um a um. O mar estava calmo e muito claro. Eram as condições ideais para colocar o submarino debaixo d’água. Foi bem aqui onde os cientistas, em 2014, coletaram os primeiros exemplares desse ecossistema. Ou seja, estamos a 60 metros acima dos corais. Mas antes de colocar o submarino na água, decidimos usar uma câmera submarina para confirmar o que estava realmente abaixo de nós. Assim, marcaríamos os pontos ideais para o submarino. Foi um momento e tanto! Com uma câmera subaquática, sem uma resolução tão alta, pudemos ver em tempo real, por um monitor, as formações recifais a 50 metros de profundidade! Eles estavam ali! Marinheiro do Greenpeace recolhe uma câmera submarina. Foto Marizilda Cruppe/Greenpeace zoom Marinheiro do Greenpeace recolhe uma câmera submarina. Foto Marizilda Cruppe/Greenpeace Em uma rápida visualização, os cientistas confirmaram a presença de muitas esponjas e rodolitos (algas calcárias), além de pelo menos sete espécies de peixes que os especialistas não sabiam que viviam ali. Entre eles, alguns peixes herbívoros. “Isso indica que ali existem algas, ou seja, a luz do sol consegue penetrar apesar da influência da água doce do Rio Amazonas. Essas algas são bem similares à flora de recifes rasos”, nos contou Ronaldo Francini Filho, biólogo da Universidade Federal da Paraíba. Cientistas observam imagens de uma câmera submarina em tempo real. Foto Marizilda Cruppe/Greenpeace zoom Cientistas observam imagens de uma câmera submarina em tempo real. Foto Marizilda Cruppe/Greenpeace Por uma segunda vez, descemos a camera, desta vez à noite, e um pouco mais fundo, a 80 metros. Novamente, muitas esponjas e rodolitos foram avistados, mas havia também alguns corais negros, uma espécie em forma de filamentos, de áreas de pouca luz, em regiões com mais de 40 metros de profundidade. O dia acabou tarde, mas a expectativa com o dia seguinte, nosso momento tão esperado, superou qualquer cansaço. Finalmente mergulharemos com o submarino para ver de pertinho e registrar imagens melhores desse tesouro natural. No entanto, esses pequenos vislumbres do dia bastaram para reforçar no time do Greenpeace a certeza da nossa luta, o porquê de estarmos aqui: defender um novo bioma que já está ameaçado. Não podemos permitir que nenhuma empresa inicie a exploração de petróleo nessa região e ponha todo esse capricho da natureza em risco por causa de um vazamento de óleo. Continue conosco nessa aventura e assine a petição para pressionar a Total e BP a desistir dos seus planos de buscar petróleo na região. Fim de um belo e produtivo dia em meio ao Atlântico. Foto Marizilda Cruppe/Greenpeace. zoom Fim de um belo e produtivo dia em meio ao Atlântico. Foto Marizilda Cruppe/Greenpeace. Thais Herrero é jornalista do time de comunicação do Greenpeace, a bordo do Esperanza

Friday, January 27, 2017

The Amazon Reef: Brazil’s newly discovered and already threatened treasure

Blogpost by Thaís Herrero We’ve launched a new campaign to defend the Amazon Reef, a unique and largely unknown biome that may be soon threatened by oil exploration The Greenpeace Esperanza on the Amazon riverIn the far north of Brazil, where the Amazon River meets the sea, there is a newly-discovered natural treasure—a hidden coral reef in a region where no one thought possible. Because muddy water from the Amazon River clouds the sea surface, almost no light reaches the reef making finding a reef with a complex marine life there unlikely. But that is where the Amazon reef was found – a unique and very special discovery. And it is huge! We are talking about 9,500 square kilometers of formations including giant sponges (which are longer than 2 meters/6.5 feet) and calcareous algae, called rhodolith. Amazon River Mouth mapThe discovery of this reef was announced in April 2016 when a group of scientists published an article about it. They believe that the Amazon reef, which spans from from Brazil to the border with French Guiana, could be a new marine biome . They continue to study the reef and the new species found there. However, this unique treasure is already under threat. The mouth of the Amazon River is the next frontier for oil exploration in Brazilian waters. Oil companies Total and BP want to start exploratory drilling in the area. One of the blocks of oil owned by Total is just eight kilometers from the reef, making drilling there risky business and the environmental licensing processes are already underway. Drilling there means an imminent and constant risk of an oil spill. This is a threat not only to the reef, but to the ecosystem of the basin of the Amazon River mouth. This area is a crucial habitat for the American manatee, the yellow-spotted Amazon river turtle, and the giant river otter—species that are already at some risk of extinction, according to the 2014 IUCN List (International Union for Conservation of Nature). American manatee in the Amazon Now, we need your help to defend the Amazon reef! Our first task is to go see the Amazon reef and share what we find with you!—so the Esperanza is embarking will go on an expedition to see the reef underwater for the first time. The crew and marine life experts will travel to the depths of the Atlantic ocean to explore the reef up close from small submarines. Stay tuned to see what we find! It will be an unprecedented and very important mission to ensure the protection of the reef and the Amazon River mouth and we need your help! Demand that these companies give up oil exploration in the area. And follow the Esperanza in Brazil in the coming weeks. Thaís Herrero is a Communications Officer on board the Greenpeace Esperanza.

Diário de Bordo: o show dos golfinhos

Postado por rgerhard Apesar do tempo fechado e um dia repleto de reuniões, fomos premiados com uma companhia especial no fim da tarde Após um dia de navegação, deixamos a água mais barrenta para atingir o oceano azul, ainda que sob influência do Rio Amazonas. Com isso, passamos a enfrentar ondas mais fortes que acordaram muitos de nós antes das 6h da manhã. Muita chuva no lado de fora das escotilhas e um balanço no navio que fez todos tomarem remédio para enjoo. Como teríamos o dia todo de navegação pela frente, aproveitamos para fazer reuniões de alinhamento dos próximos passos. Alguns dos cientistas fizeram o treinamento para usar o submarino. Nele cabem apenas duas pessoas, o piloto e o passageiro, que atua como co-piloto, daí as muitas responsabilidades no mergulho. Um dos pilotos presentes é John Hocevar, diretor da campanha de Oceanos do Greenpeace Estados Unidos. Ele já pilotou submarinos outras vezes. A primeira foi no Barrien Sea, perto do Alasca, e a segunda no Golfo do México, após o desastre da BP com a plataforma Deep Horizon, em 2011, que derramou petróleo por uma extensão enorme. Naquela ocasião, o submarino foi usado para avaliar o estrago causado pelo óleo em recifes de corais profundos. A viagem aos Corais da Amazônia é uma jornada bem diferente para ele. “Não sabemos bem como são os organismos ali. É muito animador isso, Tenho a expectativa de que encontremos espécies únicas aqui. E mostrar isso ao Brasil vai ser muito importante”, afirma. Ele aponta para o fato de sabermos mais sobre a superfície da Lua do que sobre as profundezas do nosso oceano. “Quando falamos de oceanos, as pessoas pensam nas praias ou na superfície do mar. Mas podemos mudar o nosso modo de pensar. Ao ver os Corais da Amazônia, acho que muitas pessoas se questionarão se essa região deve ser perfurada ou não para a retirada do petróleo”, afirma. O fim do dia nos trouxe um presente: as belas imagens acima proporcionadas por um grupo de golfinhos que nadou por muito tempo ao lado do navio. Segundo um dos cientistas, eles são atraídos pelas ondas que o navio faz, e ficam por perto para brincar entre eles com as marolas. Thais Herrero é jornalista do time de comunicação do Greenpeace, a bordo do Esperanza

Thursday, January 26, 2017

Agricultural revolution in Germany: we want it and we can do it

Blogpost by Dirk Zimmermann We are fed up. You, me and a lot of our farmers. In Berlin, Germany, some 18,000 people just took to the streets to protest against industrial agriculture. It is clear we no longer want a food system that is dependent on pesticides, pollutes our water, uses genetic engineering, grabs land, mistreats animals and takes absolute control of the food we eat. For the seventh time already, myself and people from all over the country defied the cold and windy German winter to speak out for a better food system. It is one of the biggest food demonstrations in Europe, but many people around the world share the same desire. It is such an inspiration to see that I am not alone, but that this demand is carried by a larger part of our society. It is a demand that our politicians can no longer ignore. "We have had enough" demonstration in Berlin. 21/01/2017 © Gordon Welters / GreenpeaceProtesters at the 'We have had enough' demonstration in Berlin 100% 'ecologised' agriculture can feed us all! The good news is that change is possible. Two weeks ago Greenpeace Germany published a study on how to completely "ecologise" Germany's agriculture by 2050 and it turns out we do not need to rely on an industrial system to feed Germany. Calculations prove that Germany's population of an estimated 76 million people could be entirely fed with high quality food, which is almost completely domestically produced. Produce from an ecological farm in Bulgaria. 02/09/2017 © Ivan Donchev / GreenpeaceProduce from an ecological farm in Bulgaria We can do it – we are the change Making the change towards an ecological agricultural system requires a strong will, as our study outlines. A strong political will is needed to push through the necessary political measures – measures that channel subsidies into the right ecological direction, improve the livestock production and much more. But also a personal will is needed. An essential part of changing our impact in the world is in our hands by reducing the amount of meat we eat. Industrial livestock and meat consumption are a major driver of environmental damage. Nitrate from liquid animal manure contaminates our groundwater. Livestock contributes to massive amounts of greenhouse gas emissions and is therefore one of the main driving forces of climate change. Ecological produce at farmers market in Paris. 14/06/2015 © Peter Caton / GreenpeaceEcological produce at farmers market in Paris Germany needs a 50% cut of meat production to achieve its climate and environmental protection goals. This means we Germans need to eat half the meat we consume today. Apart from this, our agricultural revolution will only be possible if we reduce food waste by 50% and pay fair prices to our farmers and food producers in Germany and around the world. Dirk Zimmermann is a senior food campaigner at Greenpeace Germany.

Diário de bordo: Partimos!

Postado por rgerhard Estamos há 24 horas navegando e já em mar aberto, que se encontra bem agitado enquanto escrevo este texto. Alcançamos até 9,5 nós de velocidade, algo em torno de 18 km/h. É o suficiente para deixar tudo balançando à nossa frente zoom Time do Esperanza de partida para os Corais da Amazônia Foto: Marizilda Crupe/ Greenpeace A tripulação trabalhou desde a manhã de segunda-feira, 23 de janeiro, para deixar tudo pronto para o grande momento da partida. Máquinas ajustadas, paredes recém-pintadas, painéis elétricos checados e a cozinha abastecida. O Esperanza estava pronto na manhã de terça-feira, 24. Às 10h45, os motores foram ligados e zarpamos do porto de Santana, no Amapá. A bordo do Esperanza navegam 20 tripulantes e outras 19 pessoas, entre a equipe do Greenpeace, jornalistas e cientistas. Nosso objetivo é claro: chegar até a região onde estão os recifes de corais da Amazônia, cerca de 110 km da costa. Ali, vamos tentar fazer as primeiras imagens dos recifes debaixo d’água e tentar observar como vivem seres praticamente desconhecidos. O dia estava chuvoso, como é típico da temporada úmida na Amazônia. Mas tão logo o navio se distanciou do porto, a chuva foi diminuindo e um sol tímido iluminou nosso caminho sobre as águas do Rio Amazonas. Um sinal de boa vontade para a nossa aventura, que está apenas começando. “Estou muito feliz de estar no Brasil, e ajudando essa campanha com o Esperanza”, comenta o nosso experiente capitão Joel Stewart, há 28 anos conosco no Greenpeace. Ele é acompanhado no mesmo entusiasmo pelos cientistas, que também não escondem a ansiedade. “Sair com o navio hoje foi inspirador, diria até rejuvenecedor”, afirma o professor do Laboratorio de Microbiologia da UFRJ, Fabiano Thompson. Para Ronaldo Francini Filho, biólogo da Universidade Federal da Paraíba, “é como um sonho se tornando realidade”. Afinal, todo mundo que trabalha com os oceanos um dia já sonhou em mergulhar em um submarino. E isso está prestes a acontecer, com uma dose extra de emoção e encantamento: ver pela primeira vez os corais recém-descobertos. Continue conosco. Em breve, contaremos mais sobre essa jornada e quem faz parte dela. Thais Herrero é jornalista, do time de comunicação do Greenpeace, a bordo do Esperanza

Wednesday, January 25, 2017

O que faz dos corais da Amazônia um tesouro natural?

Entenda porque os recém-descobertos corais da Foz do Amazonas são únicos, talvez um novo bioma, que merecem ser protegidos zoom Sob as águas turvas na costa do Amapá, uma diversidade de cores e formas de vida preenche o fundo do mar Foto: UFRJ Eles eram considerados algo improvável, mas sobrevivem na região onde o Rio Amazonas encontra o mar. O recife de corais da Amazônia foi uma descoberta que deixou o mundo científico de queixo caído – e felizes, muito felizes - por ver que a natureza encontra saídas para a vida em regiões que parecem inóspitas. Só que os corais já estão ameaçados pelo risco de operações petrolíferas em suas proximidades. Por isso, o Greenpeace lançou a campanha “Defenda os Corais da Amazônia”. Estamos unindo forças para mostrar às grandes empresas do petróleo que elas devem desistir já desses planos absurdos. Entenda melhor o porquê estamos chamando os corais de tesouro natural: 1. Eles não têm frescura Corais são seres vivos exigentes. Só existem em ambientes com características específicas, por exemplo, em temperaturas que oscilam entre 24,5 oC e 28,3 oC. Corais mais comuns suportam apenas uma concentração de sal entre 3,45% e 3,64%. Como o recife de corais da Amazônia está próximo ao encontro do Rio Amazonas com o Atlântico, a água ali é uma mistura de água doce e salgada. E eles se adaptaram bem. 2. Vivem na escuridão do mar A água da região também é turva porque o rio carrega com ele pedaços de floresta: restos decompostos de árvores, folhas, terra, animais e tudo o que tiver caído em suas correntezas. Isso compromete a entrada da luz solar no oceano e o surgimento de espécies que fazem fotossíntese. Há pontos em que a luminosidade não passa de 2%. Só que corais comuns precisam de luz e oxigênio para viver. A solução para os corais da Amazônia foi contar com bactérias que os ajudam a produzir matéria orgânica e energia a partir de gás carbônico, água e outras substâncias inorgânicas presentes no mar (como amônia, ferro, nitrito e enxofre). 3. Curtem uma diversidade de seres Na expedição científica em que os corais foram confirmados, pesquisadores coletaram exemplares com redes. Eles pegaram de uma só vez 900 quilos de esponjas. Elas eram de 30 espécies diferentes. zoom Pequena amostra da variedade de esponjas coletadas pelos cientistas Fonte: UFRJ 4. São (bem) maiores que a cidade de São Paulo A área da formação de recife é extensa. São 9,5 quilômetros quadrados, abrangendo a faixa que vai da fronteira do Brasil com a Guiana Francesa até o Maranhão. Isso corresponde a uma área 20% maior que a região metropolitana de São Paulo, que é a maior do Brasil e tem quase 8 mil quilômetros quadrados. 5. Não são iguais por toda a extensão O recife muda de características conforme menos ou mais presença de água do rio ao longo de sua extensão. No setor norte (próximo à Guiana Francesa), há maior concentração de sedimentos do Amazonas e menos luz no fundo do mar. É a região de menor biodiversidade — e, ainda assim, é amplamente povoada por esponjas. Já no setor sul (próximo ao Maranhão), onde os sedimentos quase não chegam, a paisagem submarina é mais parecida com a de outros recifes tradicionais do Nordeste: predominam os corais e as algas moles, que fazem fotossíntese. zoom Alguns tipos de corais encontrados na região / Fonte: UFRJ 6. Passaram quase despercebidos por muito tempo Há décadas se suspeitava da existência de recifes ocultos na foz do Amazonas. Em 1975, uma embarcação norte-americana de pesquisa percebeu a presença de espécies de peixes que só apareciam em locais com recifes no fundo do mar. Também notaram uma abundância alta de esponjas. A descoberta foi relatada em um simpósio em 1977, mas nunca mais houve grandes avanços. Outro fator que gerava a desconfiança era a alta produtividade da pesca regional de lagosta, pargo e outras espécies marinhas naturalmente associadas a ecossistemas recifais. Foi só em 2010 que pesquisadores voltaram a estudar a região até a confirmação, em 2016. 7. Uniram muita gente inteligente O estudo que descreveu a descoberta da formação de corais foi assinado por uma equipe de 38 pesquisadores, técnicos e alunos de pós-graduação, de 12 instituições diferentes, a maioria do Brasil. Ou seja, eles mostraram o valor do trabalho em conjunto. 8. Ninguém os viu debaixo d’água até hoje A humanidade já chegou à lua e transmitiu imagens até de Plutão, o mais distante planeta do Sistema Solar. Mas ainda não viu um ecossistema tão incrível quanto os corais da Amazônia em seu habitat natural. Bom, pelo menos até agora. O Greenpeace está a bordo do Navio Esperanza para tentar avistar os corais de perto pela primeira vez. Vamos usar um submarino e entender melhor como esse ecossistema funciona! zoom Esperanza na costa do Amapá: águas turvas ocultaram essa riqueza de vida no fundo do mar Foto: Daniel Beltrá / Greenpeace Agora que você conhece melhor os corais da Amazônia, não acha que eles merecem mesmo nossa proteção? Embarque em nossa campanha e assine a petição!

Tuesday, January 24, 2017

Corais da Amazônia: Nosso tesouro recém-descoberto e já ameaçado

Greenpeace lança nova campanha para defender os recifes de corais da Amazônia, um bioma único e pouco conhecido. Mas que já está ameaçado pela atividade da indústria do petróleo zoom No norte mais norte do Brasil, lá onde o Rio Amazonas encontra o mar, existe um tesouro natural recém-descoberto. Um recife de corais escondido em uma região onde ninguém imaginaria ser possível. Quase nenhuma luz chega até ele porque na superfície do mar está uma água barrenta trazida pelo Rio Amazonas. Por isso, encontrar um recife com vida marinha rica e diversificada era pouco provável. Mas é nessa paisagem que o recife de corais da Amazônia sobrevive – um caso único na natureza e, por isso, tão especial. Ele é enorme: são 9,5 mil quilômetros quadrados de formações, que incluem esponjas gigantes com mais de 2 metros de comprimento e algas calcárias, chamadas de rodolitos. A existência desses corais só foi divulgada em abril de 2016, com a publicação de um artigo por um grupo de cientistas. Eles consideraram os corais da Amazônia como um novo bioma marinho, que vai do Brasil até a Guiana Francesa. E estão ainda aprofundando os estudos sobre isso e sobre as novas espécies encontradas ali. zoom Os Corais da Amazônia estão a 110 km da costa entre a divisa do Amapá com a Guiana Francesa até o Maranhão Tesouro único e já ameaçado A Bacia da Foz do Rio Amazonas é justamente a próxima fronteira de exploração petrolífera no mar brasileiro. A Total e a BP são as duas empresas que pretendem perfurar o território para conhecer as reservas do óleo. A apenas 8 quilômetros do recife está um dos pontos que a Total quer explorar. Os processos de licenciamento ambiental estão em andamento. “Queremos defender os corais e toda a região da Foz do Amazonas da ganância corporativa, que coloca o lucro na frente do meio ambiente”, diz Thiago Almeida, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. A atividade petrolífera ali significa trazer o risco iminente e constante de um derramamento. Isso é uma ameaça não apenas aos corais, mas a todo o ecossistema da Bacia da Foz do Amazonas. Vivem ali, por exemplo, o peixe-boi-marinho, o tracajá e a ariranha, espécies que já têm algum risco de extinção, segundo a lista da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) de 2014. Com o objetivo de unir forças na proteção aos corais, o Greenpeace Brasil lança a campanha “Defenda os Corais da Amazônia”. “Vamos unir pessoas do mundo todo para dizer às empresas: desistam já dos planos de explorar petróleo perto dos corais”, diz Thiago Almeida. Nossa primeira missão é mostrar os corais da Amazônia ao mundo. Faremos, então, uma expedição para ver os recifes debaixo d’água pela primeira vez. Nosso meio de transporte e a estação de trabalho será o Esperanza, que chegou ao Brasil dias atrás. A tripulação do maior e mais ecológico navio do Greenpeace levará a equipe de ativistas e especialistas em vida marinha, que irão até as profundezas do oceano Atlântico para observar isso de perto. Pela primeira vez, usaremos um submarino para tentar ver os corais abaixo da água. Será uma aventura inédita e crucial para a proteção dos corais e da Foz do Amazonas. Assine a petição que pede às empresas que desistam de explorar petróleo ali. E acompanhe o Esperanza no Brasil nas próximas semanas.

Saturday, January 21, 2017

Por que o Esperanza é um dos navios mais ecológicos do mundo?

O maior e mais veloz navio do Greenpeace foi adaptado para diminuir seu impacto ambiental. Conheça suas características. zoom Esperanza visita o parque eólico Prinses Amalia no Mar do Norte Foto: Gerard Til / Greenpeace O maior navio do Greenpeace, que pela primeira vez se encontra em águas brasileiras para a expedição inédita em busca dos corais ocultos da Amazônia, sempre buscou reduzir ao mínimo os impactos de sua operação – seja quando percorre as regiões geladas do Ártico ou nas águas quentes dos trópicos, como agora. Para isso, ele passou por uma reforma durante meses, na qual foi equipado para emitir poluentes abaixo dos níveis mínimos padrão. Se tornou, assim, uma referência em embarcações amigáveis ao meio ambiente. Afinal, quem luta tanto pelo planeta e por um futuro melhor deve ser exemplo. Confira algumas dessas medidas: - Menos CO2: O sistema de propulsão diesel-elétrico é mais eficiente, emite menos gás carbônico e ainda gera energia elétrica para todo o barco; - Sem rastros: Adaptamos o sistema de combustível para evitar qualquer derramamento; - O cocô de ninguém vai pro mar: Toda a água residual (esgoto) passa por purificadores 15 vezes mais eficientes que padrão determinado pela legislação internacional – só água limpa é devolvida; - Tá com sede? O navio pode dessalinizar 50 m3 de água por dia, seja por sistema de osmose reversa quanto evaporação. - Pra ninguém passar calor: A refrigeração e o ar-condicionado são a base de amônia em vez dos gases CFC, que reduzem a camada de ozônio e são tóxicos; - Nem virar picolé: Já para o aquecimento, foi instalado um sistema baseado nos resíduos (lixo) gerados no próprio navio; - Verde por fora e na essência: a pintura do casco é livre de TBT, um composto anti-incrustante tóxico; quase todo o amianto também foi removido e o restante confinado de forma segura. zoom O barco do Greenpeace ganha a companhia dos golfinhos rotadores Foto: Steve De Neef/Greenpeace

Governo dificulta mais a demarcação de terras indígenas no país

Governo dificulta mais a demarcação de terras indígenas no país Adicionar comentário Notícia - 20 - jan - 2017 Portaria do Ministério da Justiça enfraquece até mesmo os territórios indígenas já existentes frente aos interesses privados do agronegócio, mineração e infraestrutura zoom Em novembro, os Munduruku protestaram em frente ao Ministério da Justiça, em Brasília, pedindo por demarcação Foto: Otávio Almeida/Greenpeace Reconhecida na Constituição de 1988 como um dever do Estado para com os povos indígenas do Brasil, a demarcação das terras indígenas acabou por se transformar num drama quase sem fim para a maioria das populações indígenas do país, sobretudo daquelas que têm, no seu caminho, os interesses privados do agronegócio, do setor mineral e de energia do país. Em meio a diversas tentativas históricas de se dificultar a demarcação desses territórios, como a PEC 215 e a Portaria 303 da AGU, o Ministério da Justiça publicou nesta semana mais uma pérola burocrática com o claro objetivo de dificultar o processo de demarcação e superar qualquer impedimento à ampliação da política de produção de commodities para o mercado global. Publicada inicialmente no dia 19 de janeiro como Portaria 68 e reeditada no dia seguinte como Portaria 80, a norma foi e continua sendo fortemente criticada por organizações de representação dos povos indígenas, especialistas e até pelo Ministério Público Federal, que a classificou de inconstitucional e ilegal. Em sua primeira versão, a Portaria chegou ao absurdo de constituir uma interpretação inversa ao que diz a própria Constituição, produzindo uma falsa compreensão de que os povos indígenas podem e devem receber reparação por suas terras, territórios e recursos subtraídos por meio de grilagem ou mesmo por ação do Estado. Trata-se de um flagrante desacordo com a disposição constitucional, que torna nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras indígenas. Para além disso, ficou patente a iniciativa do Ministério da Justiça de tentar incorporar ao processo de demarcação a tese elaborada pela bancada ruralista –e seguida por outros segmentos do setor de infraestrutura, a exemplo do setor elétrico –, de que os povos indígenas só teriam direito às terras que ocupavam em 5 de outubro de 1988. A FUNAI não reconhece essa tese, que não está na Constituição Federal. É preciso considerar, sobretudo, o fato de que muitos povos foram expulsos de seus territórios tradicionais por meio da ação do próprio Estado ou de forças privadas, sem que pudesse exercer seu próprio direito de defesa. Enfraquecimento da Funai Diante da enxurrada de críticas nesta sexta-feira (20), o Ministério da Justiça recuou na maioria dos pontos criticados, mas manteve na reedição a criação de um Grupo Técnico Especializado. Este Grupo contraria o disposto no Decreto Presidencial 1.775/1996. Há 20 anos, em concordância com a Constituição Federal, ele determinou à FUNAI a atribuição técnica de identificar e delimitar as terras indígenas do país. O mesmo decreto determina que cabe ao Ministro da Justiça a função de analisar se o processo de demarcação cumpriu as orientações previstas no Artigo 231 da Constituição, declarando ou não a continuidade do processo. Em tese, sob o pretexto de auxiliar o Ministro da Justiça, a criação do Grupo Técnico Especializado abre espaço para que sejam feitas análises e pareceres por consultores jurídicos que não atuam na carreira de indigenista especializado da FUNAI, o que na prática fere a Constituição e o Decreto Presidencial 1.775/96. Isso possibilita que processos de demarcação sejam revistos ao sabor dos interesses privados. Segundo Danicley de Aguiar, da Campanha de Amazônia do Greenpeace, contrariamente ao que diz o presidente Michel Temer, a iniciativa do Ministério da Justiça não vai acelerar o processo de identificação e demarcação de terras indígenas, muito menos trará segurança jurídica, uma vez que todas as preocupações que fundamentam o ato já estão previstas na Constituição Federal e especialmente no Decreto Presidencial. “O mais provável será o acirramento dos conflitos. Dada a possibilidade das terras indígenas ficar sob domínio privado ou do licenciamento de projetos de infraestrutura atravessar o caminho dos processos de demarcação, o que veremos é o recrudescimento da histórica violência contra os povos indígenas”, afirma. Um caso clássico é o processo de demarcação da terra indígena Sawré Muybu, do povo Munduruku, que tem em seu caminho os planos de construção da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós. Embora a FUNAI tenha publicado seu Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação, e reiterado a vedação constitucional que impede a remoção das quatro aldeias para a construção da hidrelétrica, o setor elétrico insiste em não reconhecer os pareceres e análises da FUNAI. Na prática, a criação do Grupo Técnico Especializado pode atuar no sentido de rever o processo de demarcação, superando a vedação constitucional imposta pelo reconhecimento e delimitação de Sawré Muybu. Isso abriria caminho para a reapresentação de um novo licenciamento ambiental da usina hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, o que ameaça a sobrevivência física e cultural do povo Munduruku, por meio do alagamento de milhares de hectares de floresta e alterações profundas na fauna aquática do rio Tapajós. zoom Munduruku à beira do Rio Tapajós: demarcação é a garantia de preservação ambiental e sobrevivência dos povos indígenas Foto: Markus Mauthe / Greenpeace

6 lutas que o Esperanza já travou pelo mundo

A aventura que o maior navio do Greenpeace está prestes a realizar na região da Foz do Amazonas é inédita, mas não faltam experiências na defesa do planeta. Confira os principais desafios que ele já enfrentou: 1. Pelas florestas Sua primeira atividade aconteceu em 2002 para a campanha global “Save or delete”, que denunciava a destruição das florestas tropicais. Por diversas vezes, o Esperanza bloqueou outros navios de descarregarem madeira, principalmente oriunda da Floresta Amazônica, nos portos europeus. Numa delas, cinco ativistas conseguiram embarcar em um navio russo e pintar as palavras "Forest Crime" (Crime Florestal) nos pacotes de madeira a bordo. zoom Ativista paralisa descarregamento de madeira insustentável Foto: David Sims/ Greenpeace 2. Pelos oceanos Não à toa, o Esperanza tem uma conexão especial com a campanha de Oceanos da organização. Em 2005, ele participou de ações pela promoção de reservas marinhas e contra a pesca de arrasto. Nessa técnica, uma grande e pesada rede é arrastada, destruindo a biodiversidade que encontra. zoom Encontro do Esperanza com uma baleia jubarte Foto: Jiri Reza / Greenpeace 3. Pelas baleias No fim de 2007, o Esperanza conduziu uma expedição rumo ao Santuário de Baleias da Antártida. Com uma tripulação internacional, inclusive com brasileiros, a expedição lutava pelo fim da caça de baleias e expunha a possibilidade de fazer pesquisa científica sem matá-las. Em várias ocasiões, confrontou baleeiros japoneses, perseguindo-os por centenas de milhas sob o frio e a névoa para impedi-los de continuar caçando os animais. Em fevereiro daquele ano, o Esperanza se valeu de sua origem como embarcação contra incêndio e socorreu um desses navios que havia pegado fogo, o Nisshin Maru, escoltando-o para fora das águas antárticas. zoom Tripulação do navio usa seus próprios corpos para formar mensagem pelo fim da matança das baleias. Foto: Jeremy Sutton-Hilbert / Greenpeace 4. Pelo clima Outra forte atuação tem sido contra a exploração de petróleo, especialmente no Ártico, onde o Esperanza tem ido com frequência nos últimos anos. No verão de 2010, ele realizou uma expedição científica para avaliar os níveis e efeitos da acidificação do mar da região polar. No mesmo ano, rumou para a Groelândia, onde ativistas a bordo dos botes infláveis conseguiram escalar uma plataforma de perfuração dinamarquesa e interromper a operação. Abordagens deste tipo têm sido frequentes com o Esperanza, graças a sua ótima capacidade de navegar no gelo. Em 2015, seis escaladores acamparam por seis dias no topo de uma plataforma de perfuração da Shell de 38 mil toneladas, no Alasca, onde instalaram um grande banner de protesto, enquanto o navio do Greenpeace se mantinha ancorado próximo, fazendo pressão. zoom Esperanza atracado na plataforma Polar Pioneer, da Shell, no Alasca Foto: Vincenzo Floramo 5. Pela agricultura sem agrotóxicos Em 2015, o Esperança também apoiou a campanha do Greenpeace que pede o fim dos agrotóxicos em nossa comida. Quando estava no Golfo da Califórnia, ele foi a base para uma investigação sobre a contaminação das águas por produtos químicos tóxicos associados a fertilizantes. Com um banner estendido no mar, os ativistas mandaram uma mensagem para as empresas que atuam no México, para que interrompessem o uso de fertilizantes nocivos na produção de seus produtos alimentícios. Além de poluírem o solo, contaminam a água, impactando os ecossistemas costeiros. Greenpeace activists unfurled a message in the Gulf of Calfornia to denounce Bimbo, La Costeña, Herdez, Maseca Bachoco and contributing to the deterioration of the environment and the health of the people promoting the excessive use of pesticides and fert zoom Greenpeace activists unfurled a message in the Gulf of Calfornia to denounce Bimbo, La Costeña, Herdez, Maseca Bachoco and contributing to the deterioration of the environment and the health of the people promoting the excessive use of pesticides and fert Esperanza denuncia a poluição por agrotóxicos no México Foto: Arturo Rocha/Greenpeace 6. Pela pesca sustentável No último ano, o Esperanza confrontou a Thai Union, uma das maiores produtoras de atum enlatado do mundo, sobre suas práticas destrutivas de sobrepesca, que causam a morte de muitas outras espécies e prejudicam as pequenas comunidades. Na expedição no Oceano Índico, os ativistas documentaram as ações nocivas dos barcos a serviço da companhia. Um deles irradiava luzes de alta potência diretamente na água para direcionar os peixes, que eram recolhidos por outros barcos. Os ativistas foram lá e pintaram os faroletes com tinta spray. O navio do Greenpeace recolheu ainda quase 100 bóias e centenas de metros de cordas, redes e linhas de pesca que haviam sido descartados no mar. zoom Ativistas confrontam a embarcação Explorer II por suas práticas nocivas de pesca Foto: Will Rose / Greenpeace

Thursday, January 19, 2017

A nova aventura do navio do Greenpeace é aqui no Brasil!

O navio Esperanza está chegando em águas brasileiras. Vamos embarcar em uma expedição para defender um tesouro natural brasileiro zoom Foto: Will Rose / Greenpeace O Esperanza já está a caminho do Brasil! É a primeira vez que o maior e mais veloz navio do Greenpeace navegará por águas brasileiras. Ele nos levará a uma expedição inédita em busca de um tesouro oculto, ainda pouco conhecido no mundo. Você tem ideia do que seja? Fique conectado em nossas redes, pois em breve daremos mais pistas para que você embarque conosco nesta aventura. Enquanto isso, conheça um pouco mais sobre o nosso defensor dos mares, que será nosso abrigo e transporte nas próximas semanas: Ele foi construído em 1984 em Gdansk, na Polônia, para ser um barco de combate a incêndios da marinha soviética. Por falta de recursos do governo, se tornou um barco de abastecimento na Noruega. O Greenpeace comprou o navio no ano 2000. Era chamado de Echo Fighter. Na época, como piada, a tripulação retirou a letra h de seu nome na pintura para que se tornasse Eco Fighter. O nome Esperanza veio em uma cerimônia de rebatismo na Holanda em 2002. Foi escolhido pelas “Crianças da Floresta”, um grupo de apoiadores do Greenpeace. Ágil e resistente, o Esperanza é capaz de navegar em áreas polares com grandes blocos de gelo e ideal tanto para missões rápidas como de longas distâncias. Esperanza em números: Ano de construção: 1984 Identificação: PD 6464 Comprimento: 72 metros Peso bruto: 2076 toneladas Velocidade: 16 nós Tripulação: 17 pessoas Capacidade: 40 pessoas Botes: 2 rígidos grandes e 4 pequenos infláveis Produção de água potável: 50 mil litros por dia Heliponto para 1 helicóptero zoom Foto: Will Rose / Greenpeace

Queremos pontes, não muros!

Frente à perspectiva do novo governo Trump, movimento #BridgesNotWalls alerta que o mundo necessita de mais conexão entre as pessoas ao invés de fortalecer divisões zoom Protesto de estudantes nos Estados Unidos. Após um ano que marcou o mundo inteiro com políticas de ódio, medo e que incitam a divisão, Donald Trump será empossado o 45º Presidente dos Estados Unidos. O evento acontece na próxima semana, e não vamos deixar passar em branco. No dia 20 de janeiro, o Greenpeace, ao lado de seus parceiros e colaboradores, participará de um movimento global para enviar uma mensagem alta e clara sobre conexão ao invés de divisão: #BridgesNotWalls, que em português significa, em tradução livre, #PontesNãoMuros. A hashtag faz menção à promessa de Trump de construir um muro para dividir os EUA do México. Neste dia, juntos, vamos estender banners e levantar cartazes em pontes de todo o mundo para mandar uma mensagem de esperança. Escreva sua mensagem e registre seu protesto. Quando for postar nas redes sociais, não esqueça da hashtag global #BridgesNotWalls. São tempos assustadores. Um punhado de políticos e empresas gigantes – incluindo algumas das maiores poluidoras do planeta – continua a lucrar fortunas enquanto as pessoas ficam com medo e divididas uma das outras. 2016 foi um ano de muita coragem e conectividade Pessoas do mundo inteiro se juntaram à luta do povo Munduruku para impedir a construção de uma usina hidrelétrica no coração da Amazônia. O presidente Barack Obama expulsou empresas de exploração de petróleo do Ártico depois de anos de protestos públicos. Defensores da água de Standing Rock inspiraram ondas de solidariedade e conseguiram impor uma série de atrasos à instalação de oleodutos em Dakota, EUA. Pessoas de todos os tipos e lugares descobriram uma maneira de ajudar os refugiados que fugiam da violência e devastação. zoom Indígenas participam de protesto na capital Washington, Estados Unidos. Nós do Greenpeace estamos rejeitando a mensagem de que há mais divisão do que união entre todos nós. As pequenas coisas que cada um de nós fazemos todos os dias para construir comunidades mais verdes, pacíficas e justas – os bilhões de atos de coragem – contam uma história muito diferente. E é nossa tarefa assegurar que essa história ganhe. Dias 19 e 20 de janeiro, pessoas de todos os lugares do mundo vão ocupar pontes para mostrar que existe sim um compromisso em construir solidariedade entre um e outro. Só assim será possível lutar pelo mundo em que acreditamos. #BridgesNotWalls vai mostrar que o nosso futuro – e o do planeta – depende da união de comunidades e da contínua demonstração de nosso compromisso com a solidariedade, os direitos humanos, os direitos das mulheres, igualdade, paz e atenção às pessoas e lugares mais ameaçados pela injustiça.

Wednesday, January 18, 2017

#BridgesNotWalls -- It’s Time for Solidarity, Love and Hope

Blogpost by Leila Deen 'Love Trumps Hate' Protest in Washington, D.C., 15 Nov, 2016, © Robert Meyers / Greenpeace This Friday, Donald Trump will be sworn in as the 45th President of the United States, after a year when, around the world, the politics of hate, fear and division too often blossomed. On January 20th, Greenpeace will join with allies and supporters to participate in a global movement sending a loud, clear message of connection over division: #BridgesNotWalls. It’s a scary time. A handful of political elites and corporate giants — including some of the biggest polluters on the planet — continue to win big as long as people are fearful and divided from one another. 2016 also was a year of profound courage and connectedness. Water Is Life Rally in Washington D.C., 27 Nov, 2016, © Robert Meyers / Greenpeace People all over the world stood together with the Munduruku Indigenous community to defeat a destructive mega-dam in the heart of the Amazon. President Obama ruled out drilling in the Arctic after years of public protest. Water protectors at Standing Rock inspired a wave of global solidarity and won a huge delays for the Dakota Access Pipeline. People from every walk of life found ways to support refugees fleeing violence and devastation. We at Greenpeace are rejecting the message that there is more that divides us than unites us. The small things each of us do every day to build green, peaceful and just communities -- those billion acts of courage -- tell a very different story. It’s all of our job to make sure that that story wins out. On January 19 and 20, people around the world will take to bridges affirming our commitment to build solidarity between one another and to stand up for each other and the world we believe in. #BridgesNotWalls will show that our future and that of the planet relies on us holding together as communities and continuing to reinforce our commitment to solidarity, human rights, women’s rights, equality, peace, and care for the people and places most threatened by injustice. A Médecins Sans Frontières/Doctors without Borders (MSF)-Greenpeace team on the Greek island of Lesbos were joined by other groups and local communities, to create a peace sign formed from over 3,000 discarded refugee life jackets. 1 Jan, 2016, © Florian Schulz / MSF / Greenpeace I hope you will join us in showing solidarity with those resisting hate both in the United States and in your home country. With precious little time to divert climate change we cannot allow the powerful to divide us. Only if we build bridges of love, cooperation and hope can we build a green, peaceful and just future. Looking for a #BridgesNotWalls mobilization near you? Grassroots allies at bridgesnotwalls.uk/ have a very useful map. Support #BridgesNotWalls online. Join the Thunderclap. Leila Deen is the Deputy Campaigns Director at Greenpeace USA.

Tuesday, January 17, 2017

Revealed: HSBC is funding forest destruction

Blogpost by Annisa Rahmawati Today we’ve let the cat out of the bag that HSBC - one of the biggest banks in the world - is funding destructive palm oil companies. Now its customers are waking up to the news that the bank card in their pocket is linked to the destruction of already-endangered forests. Orangutans at BOS Nyaru Menteng Orangutan Rescue Center in Indonesia This secretly filmed footage shows bulldozers from the Salim palm oil group - a firm that borrowed millions of pounds from HSBC - destroying Indonesia’s rainforests. Take a look and see for yourself. This isn’t about one palm oil company though - HSBC funds multiple shady palm oil companies. Most of us will never have heard of these faceless palm oil predators - but they’re notorious in their industry for trashing rainforests, so HSBC knows exactly what it’s doing. In April 2016, an influential environmental group released a briefing stating that if HSBC loaned money to a forest-trashing company called Noble Group it would be breaching its own sustainability promises. Yet HSBC signed a deal with Noble just a few weeks later that flagrantly ignored the evidence. For a bank that proclaims that “sustainability underpins our strategic priorities and enables us to fulfil our purpose”, funding companies like Noble is a strange move! The kind of forest destruction you see in this secretly filmed footage is creating a crisis for both people and planet, thanks to funders like HSBC. An aerial view of a burnt peatland forest in Ketapang district, West Kalimantan. Fires exacerbated by forest destruction are pumping a toxic haze from schools to streets to homes in South East Asia. This haze is linked to hundreds of thousands of premature deaths. The forest fires are fueling climate change too - the daily CO2 emissions produced by the fires in 2015 sometimes exceeded the daily emissions for the whole USA. For many years, there have also been social conflicts between Noble's plantation companies and indigenous communities. Groups have accused Noble of exploiting and deceiving them to gain access to their land. To make matters worse the Bornean orangutan was recently classified as critically endangered and habitat destruction is one of the biggest reasons for this. The video we released today reveals how palm oil companies funded by HSBC help destroy orangutans’ precious homes and push these creatures closer to extinction. Orangutan in Lone Tree in West KalimantanFor people, planet and primates, HSBC must stop funding palm oil groups like Salim and Noble. We know we can do it because we've done it before. In 2015, Greenpeace supporters forced Spanish banking giant Santander to stop funding a paper company that was clearing rainforest in Indonesia. HSBC’s website says “Considering sustainability when we make decisions helps us to protect our reputation” - let’s show HSBC how correct this statement is! The more eyes HSBC feel on them as this scandal is revealed, the more they’ll feel their advertising cash could all be going to waste. If thousands of us make our voices heard, we can make sure they clean up their act. Please sign the petition telling HSBC to stop funding forest destruction. Annisa Rahmawati, Senior Forest Campaigner, Greenpeace Southeast Asia

Monday, January 16, 2017

Agrotóxico ameaça vida das abelhas e de outros animais

Pesticidas à base de nicotina são grande risco não apenas às abelhas, ameaçadas de extinção, mas também para outros animais como borboletas, aves e insetos zoom © Axel Kirchhof / Greenpeace As abelhas do mundo inteiro estão sob forte ameaça dos agrotóxicos, em especial dos neonicotinoides, uma classe de pesticidas derivados da nicotina. Isso não é novidade: desde de 2008 que a comunidade internacional discute os perigos dessa substâncias e em 2013 a União Europeia proibiu parcialmente sua aplicação nas lavouras, como forma de proteger as populações de abelhas, insetos fundamentais para a produção agrícola e que se encontram em forte declínio. Ano passado, o órgão ambiental dos Estados Unidos colocou esses insetos na lista de espécies ameaçadas de extinção. Um novo relatório do Greenpeace, publicado na Europa, aponta que agrotóxicos neonicotinoides impõem um sério risco não apenas às abelhas, mas também para diversas outras espécies. A análise, conduzida por cientistas da Universidade de Sussex, revisou informações e dados de centenas de estudos publicados desde 2013, quando a União Europeia adotou o banimento parcial dos agrotóxicos clotianidina, imidacloprida e tiametoxam – todos neonicotinoides. Leia o Sumário Executivo do relatório em português Leia o relatório completo em inglês Para Dave Goulson, professor de biologia da Universidade de Sussex e especialista na ecologia de abelhas, o quadro de contribuição dos neonicotinoides para o declínio da população de abelhas selvagens está ainda mais forte do que quando a União Europeia adotou o banimento parcial da substância. “Além das abelhas, os neonicotinoides também podem estar ligados ao declínio das borboletas, pássaros, como pardais e perdizes, e de insetos aquáticos”, que entram em contato com o solo ou o sistema de irrigação. Os riscos podem se estender a morcegos também, que se alimentam dos insetos. “Dada a evidência de tal dano ambiental, seria prudente que a restrição europeia fosse estendida para sua integralidade”, defende o professor. Segundo Marco Contiero, diretor de políticas públicas em agricultura do Greenpeace União Europeia, a ciência claramente mostra que neonicotinoides são onipresentes e persistentes no meio ambiente como um todo, e não apenas nas lavouras. “Essas substâncias são rotineiramente encontradas no solo, no lençol freático e nas flores selvagens”, disse Contiero. Os escritórios do Greenpeace localizados na Europa pedem agora pela moratória integral de agrotóxicos neonicotinoides por parte da União Europeia. Já no Brasil… Enquanto a Europa estuda estender o banimento dos neonicotinoides de parcial para integral em suas lavouras, o governo brasileiro ainda permite o uso dessas substâncias à torto e à direito. E muitas vezes, esses agentes químicos não são aplicados diretamente nas plantas, mas pulverizados por aviões – uma prática que é perigosa por si só. Mesmo sob os critérios da lei, a pulverização aérea é extremamente perigosa pois ela raramente atinge apenas o seu alvo, a lavoura – boa parte do veneno se perde pelo ambiente. Estima-se que esse desperdício é de ao menos 30%, mas em alguns casos pode ultrapassar de 70%. O que piora muito essa situação é que a prática é raramente realizada com responsabilidade e dentro da legalidade, ou seja, atingindo frequentemente zonas vizinhas habitadas como comunidades, escolas, meios aquáticos como rios, lagos e lagoas onde a água é captada para consumo, causando a contaminação dessas áreas e a intoxicação da vida animal, vegetal e humana. Alguns estados estudam acabar com a prática, como o Rio Grande do Sul, onde tramita o Projeto de Lei (PL) 263/2014, que visa proibir a pulverização aérea de agrotóxicos em todo o território gaúcho. Mas por enquanto ainda é permitido em praticamente todo o país, seja de neonicotinoides ou não. São Paulo é outro estado que possui iniciativas para mudar essa realidade. Tramitam dois Projetos de Lei (PL) na Assembleia Legislativa do Estado: o PL 406/2016, que proíbe o uso e a comercialização de agrotóxicos que contenham clotianidina, tiametoxam e imidaclopride (todos neonicotinoides) em sua composição, e o PL 405/2016, que veta a pulverização aérea de defensivos agrícolas no estado. A Associação Paulista de Apicultores Criadores de Abelhas Melíficas Europeias (APACAME) defende que algumas empresas, preocupadas em garantir a continuidade das vendas de seus pesticidas, têm lançado campanhas rotuladas como de apoio à saúde dos polinizadores, informando inclusive que os neonicotinoides não são prejudiciais às abelhas. “Somos de opinião que apenas decisões drásticas de proibição do uso ou banimento desses produtos sistêmicos, em especial aqueles do grupo dos neonicotinoides, venha a solucionar o problema do desaparecimento e, consequentemente, da morte das abelhas. A cada dia surgem novas pesquisas comprovando seu efeito nocivo para as abelhas”, diz a APACAME em artigo disponível em seu site.

Friday, January 13, 2017

Neonicotinoids: A serious threat for flower-hopping life-bringers and many more animals

Blogpost by Anne Valette At this point most people know about neonicotinoids and the serious risk they pose to honey bees. Bees are a link in a chain of biodiversity and pollination of incredible value to our food production. Up to 75% of our crops directly or indirectly depend on pollination. We need to start protecting our pollinators against the threat pesticides like neonicotinoids pose. In 2013 scientific findings in Europe lead to a partial ban of four of the worst bee-harming pesticides (clothianidin, imidacloprid, thiamethoxam and fipronil) – at least when they are used on crops which are attractive to honey bees. Neonicotinoids: a risk to bees and other animals. 09/01/2017 © Neonicotinoids: a risk for bees and other animals Hundreds of new studies show threat more serious than thought Since 2013 research on the impacts of neonicotinoid pesticides has continued. Greenpeace France asked one of the leading institutes in this field, the Sussex University, to review all new science. Two independent scientists analysed hundreds of studies and pulled together a new report. The report paints an even more worrying picture. It reveals that neonicotinoids are not only a serious threat to honey bees, but also for a broad range of other animals, including bumble bees, butterflies, birds and even water insects. Bumblebee pollinating an Echinacea plant in Germany. 29/07/2013 © Axel Kirchhof / GreenpeaceBumblebee pollinating an Echinacea plant in Germany. Industrial agriculture: a threat to wildlife and environment Some wild bumble bees are already in decline and becoming extinct. Neonicotinoids can be found in the plants of neighboring agricultural fields and in a wide range of different waterways, including ditches, puddles, ponds, mountain streams, rivers, temporary wetlands, snowmelt, groundwater and in the outflow from water processing plants. The data available for other species paint a similarly worrisome picture. Many farmland butterflies, beetles and insect-eating birds, such as house sparrows and partridges, come in contact with pesticides either directly or through the food chain. Water insects can get exposed to neonicotinoids through its leaching from agricultural soils, from sowing and spraying machines and from water systems in greenhouses. These toxic substances are in our environment, not just in agricultural fields. A combine harvester processing a field of wheat in France. 10/08/2013 © Emile Loreaux / GreenpeaceA combine harvester processing a field of wheat in France. Let’s break the cycle of pesticide dependency The decline of our pollinators is a symptom of a failing industrial agriculture system which drives biodiversity loss, destroys foraging habitats and relies on toxic chemicals. Pollinators are routinely exposed to insecticides, herbicides and fungicide. If we’re going to take the protection of our pollinators seriously, we must fully ban bee-harming pesticides, starting with the three neonicotinoids. To break our dependency on synthetic chemical pesticides we also have to move towards ecological alternatives. Butterflies enjoy flowers in an ecological wheat field near Valence, France. 12/06/2015 © Peter Caton / GreenpeaceButterflies enjoy flowers in an ecological wheat field near Valence, France. Ecological farming protects our pollinators Ecological farming maintains biodiversity without any chemical pesticides or synthetic fertilisers. It also increases the overall resilience of our ecosystems. Many European farmers are willing to change their agricultural practices, but are dependent on pesticides and fertilisers and stuck in this system. Politicians must help farmers switch to ecological methods. They must eliminate the most environmentally harmful subsidies and shift public spending to research and solid rural development projects which include ecological farming. We have a long way to go, but it’s the only way to protect our birds, butterflies, bees and other pollinators. Anne Valette is the Project lead of European ecological farming project at Greenpeace France

Tuesday, January 10, 2017

Nominating the CEO of Exxon for US Secretary of State reveals just how desperate the fossil fuel industry is

On the surface, this looks like a power grab. In reality, it’s a last ditch attempt at relevancy. ExxonMobil Chairman and CEO Rex Tillerson testifies before the House Subcommittee on Energy and Environment during a hearing on Capitol Hill. 17 Jun, 2010 © Mannie Garcia / Greenpeace In December, President-elect of the United States Donald Trump officially nominated Exxon Chairman and CEO Rex Tillerson for Secretary of State. In response, everyone from preschool teachers to oil industry shill (and Senator, I guess) Marco Rubio is voicing their concerns. It’s easy to see this as the final merger between oil and state in the United States, the end of climate action and proof of the unstoppable power of oil titans. And let’s be honest — if confirmed, Tillerson would be terrible. Exxon’s decades of deception have locked humanity into some degree of unavoidable climate impacts. Trump rewarded that behavior with the keys to United States foreign policy. But Tillerson’s nomination reveals another important story: the oil industry is really desperate. Clean energy is booming and oil reserves are increasingly at risk of becoming stranded, which means tanking stocks and fleeing investors for companies like Exxon. At the same time, local and national opposition to oil and gas infrastructure — like the Dakota Access Pipeline movement — is winning, reminding us how deeply unpopular these companies are. Exxon has responded with millions of dollars in slick advertising under its “Energy Lives Here” campaign. These ads depict Exxon’s innovative technology and responsible commitment to reducing pollution, with soundbites from hip engineers and scientists. Forget those oily birds … Exxon is cool now, kids! In reality, Exxon is relying on partnerships with unscrupulous, authoritarian regimes to stay afloat. Some of Exxon’s biggest oil holdings are in the Russian Arctic, where Tillerson has partnered with Rosneft CEO Igor Sechin — a man the local media refer to as Darth Vader — on joint drilling ventures. In fact, Tillerson’s climb up the corporate ladder was likely fueled by his close business relationships in Russia. US sanctions against Russia have already cost Exxon more than US$1 billion. Perhaps as a small consolation prize, Tillerson can bask in his “Order of Friendship” award from Vladimir Putin. In short, Exxon needs the power of the US State Department to make its business model work. Tillerson and his industry friends need significant influence over US foreign policy to stay viable. That’s terrible business! You don’t see Apple CEO Tim Cook, for example, vying to be Secretary of State. He doesn’t need to because people actually want iPhones. In fact, in the weeks following Trump’s electoral college victory, successful American companies have stated their commitment to climate action with or without Trump — because they don’t need him in their pocket to stay afloat. Trump is continuing to show that there is no Republican establishment dream he won’t fulfill. His appointments are a who’s who of political insiders and billionaire corporate CEOs. With Tillerson set to go through the confirmation process — which should involve grilling from the US Senate and considerable pressure from concerned citizens across the United States — we’ll see the oil industry’s true colors. Tillerson knows that renewable energy is wildly popular across every demographic and political affiliation. He knows it’s becoming the cheapest, most effective way to power communities and create economic opportunity. And that’s why he’s joining forces with the Trump administration — to squash progress and keep his oligarch buddies rich. The oil industry is finally throwing all its chips on the table in an attempt to seem too big to take down. We’re not fooled. Let’s see this for what it truly is — the last breath of a dying industry that would drown the world to stay afloat. Which means we’re only one epic battle away from victory. Are you in the US? Join the fight and tell your senator to block Tillerson’s nomination and keep Exxon out of the White House. Kelly Mitchell is the Energy Campaign Director at Greenpeace USA. A version of this blog was originally posted by Greenpeace USA.

Saturday, January 7, 2017

Diego Gonzaga is a social media strategist for the Americas at Greenpeace USA

Blogpost by Diego Gonzaga Plastic toothbrushes are lined up on Kahuku beach, Hawaii. 26 Oct, 2006, © Greenpeace / Alex Hofford From the moment we wake up in the morning and brush our teeth, to when we watch TV at the end of the day, plastic is all around us. So much so that it can be hard to imagine leaving the supermarket without at least one item that isn’t in a plastic container. It hasn't always been like this. In fact, there are people alive today that were born in an almost plastic-free world. Imagine going to the beach and not finding a single piece of washed up plastic trash. What, in the course of history, caused such a change? Plastic waste is seen washed ashore in the Truk Lagoon, Micronesia. 15 Jun, 2016, © Robert Marc Lehmann / Greenpeace There are a few stories of what drove the demand for modern plastics. One version is that, in the second half of the 19th century, companies in the billiard ball industry realised they needed a substitute for ivory. By then, humans were consuming at least one million pounds of the material each year, and newspapers were reporting that elephants would soon become extinct if that pace continued. And so the race to come up with a new material began. Over the course of several decades, chemists from Europe and US searched for solutions. After years of trial and error, they discovered plastic as we know it today, and by the beginning of the 20th century, people could buy hair combs and clothes with buttons that were not made of ivory. Even with this scientific development, there were still no plastic bags flying around the cities, or fish being caught up in plastic rings. So, what triggered this explosion of plastic in our lives? Two important factors pushed manufacturers to embrace this substance. First was the development of mass production assembly lines. Before that, factories required a lot of labour to manufacture even a single product, making plastic prohibitively time consuming. The second factor was World War II. The material was used in many ways, from bazooka barrels to aircraft components, and between 1939 and 1945, the production of plastic grew by almost four times. With the end of the war, plastic companies needed to keep making a profit, so they had to switch from military vehicles to Barbie dolls. Plastic was so cheap, everyone could afford it: plastic containers, plastic furniture, plastic toys. And that's when the material gained widespread traction. Data from PlasticsEurope, qz.com But what was a solution before is a problem now. Because plastic lasts for so long, every single piece of plastic ever made still exists, and will continue existing for at least 500 years. To put that in context, if Leonardo da Vinci had drunk water from a plastic bottle when he was painting the Mona Lisa, that bottle would not have fully decomposed yet. Everyday, more and more plastic keeps being produced, used and thrown away. In countries where disposable cups are made of plastic, for example, it may take only seconds for one to leave the package, be used, and end up in a trash can. So much plastic is being consumed that there is an area bigger than France of throw-away plastic swirling at all depths in the North Pacific Ocean. It has become so ubiquitous that birds are using it to build their nests. Gannets on Heligoland with Plastic Waste. 7 Aug, 2015, © Robert Marc Lehmann / Greenpeace And it’s not just the amount of plastic being produced. Everything related to plastic is damaging the planet, from the impact of extracting the fossil fuels used to produce plastic, to the health effects of the toxins it releases into the environment when it is burned, to the devastating impact on sea life. There is something you can do about it. Reducing the amount of plastic you use might seem difficult, but it's simpler than you think. You can make a difference by many ways, from simple actions like bringing your own bag to the grocery store, to avoiding plastic cutlery and products containing microbeads. What is important is to be conscious about what you are consuming and how it is affecting not only your life and your surroundings, but the whole planet and its many magnificent species, large and small. Diego Gonzaga is a social media strategist for the Americas at Greenpeace USA

Every single piece of plastic ever made still exists. Here’s the story.

Blogpost by Diego Gonzaga Plastic toothbrushes are lined up on Kahuku beach, Hawaii. 26 Oct, 2006, © Greenpeace / Alex Hofford From the moment we wake up in the morning and brush our teeth, to when we watch TV at the end of the day, plastic is all around us. So much so that it can be hard to imagine leaving the supermarket without at least one item that isn’t in a plastic container. It hasn't always been like this. In fact, there are people alive today that were born in an almost plastic-free world. Imagine going to the beach and not finding a single piece of washed up plastic trash. What, in the course of history, caused such a change? Plastic waste is seen washed ashore in the Truk Lagoon, Micronesia. 15 Jun, 2016, © Robert Marc Lehmann / Greenpeace There are a few stories of what drove the demand for modern plastics. One version is that, in the second half of the 19th century, companies in the billiard ball industry realised they needed a substitute for ivory. By then, humans were consuming at least one million pounds of the material each year, and newspapers were reporting that elephants would soon become extinct if that pace continued. And so the race to come up with a new material began. Over the course of several decades, chemists from Europe and US searched for solutions. After years of trial and error, they discovered plastic as we know it today, and by the beginning of the 20th century, people could buy hair combs and clothes with buttons that were not made of ivory. Even with this scientific development, there were still no plastic bags flying around the cities, or fish being caught up in plastic rings. So, what triggered this explosion of plastic in our lives? Two important factors pushed manufacturers to embrace this substance. First was the development of mass production assembly lines. Before that, factories required a lot of labour to manufacture even a single product, making plastic prohibitively time consuming. The second factor was World War II. The material was used in many ways, from bazooka barrels to aircraft components, and between 1939 and 1945, the production of plastic grew by almost four times. With the end of the war, plastic companies needed to keep making a profit, so they had to switch from military vehicles to Barbie dolls. Plastic was so cheap, everyone could afford it: plastic containers, plastic furniture, plastic toys. And that's when the material gained widespread traction. Data from PlasticsEurope, qz.com But what was a solution before is a problem now. Because plastic lasts for so long, every single piece of plastic ever made still exists, and will continue existing for at least 500 years. To put that in context, if Leonardo da Vinci had drunk water from a plastic bottle when he was painting the Mona Lisa, that bottle would not have fully decomposed yet. Everyday, more and more plastic keeps being produced, used and thrown away. In countries where disposable cups are made of plastic, for example, it may take only seconds for one to leave the package, be used, and end up in a trash can. So much plastic is being consumed that there is an area bigger than France of throw-away plastic swirling at all depths in the North Pacific Ocean. It has become so ubiquitous that birds are using it to build their nests. Gannets on Heligoland with Plastic Waste. 7 Aug, 2015, © Robert Marc Lehmann / Greenpeace And it’s not just the amount of plastic being produced. Everything related to plastic is damaging the planet, from the impact of extracting the fossil fuels used to produce plastic, to the health effects of the toxins it releases into the environment when it is burned, to the devastating impact on sea life. There is something you can do about it. Reducing the amount of plastic you use might seem difficult, but it's simpler than you think. You can make a difference by many ways, from simple actions like bringing your own bag to the grocery store, to avoiding plastic cutlery and products containing microbeads. What is important is to be conscious about what you are consuming and how it is affecting not only your life and your surroundings, but the whole planet and its many magnificent species, large and small.

Wisdom & Foolishness

Blogpost by Rex Weyler For Earth scientists and environmental activists, the urgent need for a dramatic shift in humanity’s relationship with the world seems painfully obvious, yet we find ourselves pushing against obsolete systems of economics and development and against a relentless commitment to a destructive path. When the wise path appears so obvious to us, why do human social systems continue to make foolish decisions? I believe that “intelligence” arises from natural process, inherent in life itself, in all species of life and manifested in myriad forms throughout the biosphere. Intelligence appears as the quality of organisms to interface successfully, and durably, with the world in all its complexity. 'Brain' coral, Ashmore Reef, Australia. 01/08/1999 © Greenpeace / Roger Grace'Brain' coral, Ashmore Reef, Australia We sense that humans have evolved a particularly dynamic intelligence; a capacity for reading the patterns of nature, for reasoning, logic, crafting tools, learning from the past and planning for the future. Learning to make fire, over hundreds of thousands of years, may have helped advance early human cognition beyond that of our other primate relatives and the complexity of large social systems may have accelerated these cognitive powers. Given this extraordinary intelligence that evolved with humans, we may expect that our societies could achieve ecological wisdom, understand the limits of our habitats and adjust society to avoid ecological disaster. Most successful species — algae in a pond, predators in a watershed — will overshoot habitat capacity and then collapse back into balance. We witness this in classic predator-prey relationships. Humanity faces this gnawing question: can we recognise our dilemma and avoid large-scale collapse? Will we be able to use our intelligence wisely or will we use our intelligence foolishly, for fashioning exotic entertainment, amassing wealth and power, or for short-term pleasures and frivolous gratifications? The Conflicted Species Terms such as “intelligence” and “wisdom” are difficult to define. We witness simple people who manifest extreme wisdom and we witness highly educated people who exhibit astounding foolishness. What are the relationships among intelligence, education, goodness and wisdom? Why do humans act individually and collectively in ways that appear foolish and self-destructive? The early Saxon, Norse, English root for the word wisdom — 'wis' or 'wistuom' — originates from the idea of “law, judgement, or judicial precedent.” However, we all know of laws, judgments and precedents that, in retrospect, were not at all wise and often outright foolish. The Spanish word for wisdom, 'sabiduría', comes from the verbs 'saber' (to know or taste) and 'durar' (to last), so we get the idea of durable knowledge, an experience of the world that stands the test of time. This Spanish word appears more useful; a durable wisdom is the wisdom we are looking for. Education alone isn’t enough. Canadian ecologist William Rees, Professor Emeritus at the University of British Columbia, who formulated “ecological footprint” analysis, is drafting a chapter for the forthcoming “Community Resilience Reader,” from the Post Carbon Institute. In the draft, “The Struggle Within”, on the failure of high intelligence, Rees points out that Homo sapiens are “an inherently conflicted species”. Although we are able to apply our intelligence in reasonable ways to solve complex problems, we also exhibit tendencies, especially under stress, to “act out of rage, jealousy, fear or other powerful emotions in ways that are utterly untainted by reason”. Humans might exhibit sociopathic tendencies, lie, cheat or commit petty crimes under stress, to defend or feed themselves or their family. However, we also witness people lying, cheating and committing crimes simply to enrich themselves, gain power or even to flaunt power. Sperm whales off the coast of Sri Lanka. 18/04/2013 © Paul Hilton / GreenpeaceSperm whales off the coast of Sri Lanka We are conflicted, Rees explains, because “the human brain evolved in stages with each new neural component becoming integrated with pre-existing structures”. We share the advanced cerebral cortex — the seat of reason, language and creativity — with other mammals (cetaceans possess the largest cerebral cortices on Earth). However, in evolutionary terms, this impressive cortex is a recent addition to the more primal brain: The limbic system, governing emotions and relationships, and the ancient reptilian brain stem that governs autonomic functions such as breathing and survival instincts such as aggression or deceit to gain some advantage. In 1990, in The Triune Brain, Paul D. Maclean explains that the three distinct brain components function as an integrated whole, resulting in actual decisions and behaviour that arise from a mix of logic, emotions and primal instincts. “This can be a problem,” Rees points out. “Some people seem to be rational … others, exposed to the same ‘inputs’, abandon all reason to fear, anger, sorrow, etc., as suits the occasion. … Most people think they are acting reasonably even on occasions when others view them as ill-tempered wing-nuts.” Rees references the work of Tony W. Buchanan on the Retrieval of Emotional Memories, which shows that “long-term memories are influenced by the emotion experienced during learning as well as by the emotion experienced during memory retrieval.” This means that even when we intend to be reasonable, our thoughts, words and actions remain influenced by emotional memories, from deep within our subconscious, that may appear as foolishness to others. When we face a problem, and calculate a response, our thoughts are influenced by signals from the amygdala and hippocampus in the limbic system, the seat of fear and emotional memory. Blood may rush into our head and our hands may shake in the ancient “fight or flight” response. Our thoughts and actions can also be influenced by ancient programmed responses in the reptilian brain, which is reliable in keeping us alive but tends to be rigid and compulsive. Furthermore, these primal regions of the brain gain influence when we experience stress. Therefore, a person who denies that global warming is real, or who believes that human society can continue to grow and exploit Earth’s bounty without limits, may simply be responding to the stress from fear about the future. We witness this in much of the wishful thinking in modern society, including the popular grasping at false solutions. The mind of the deluded citizen may be trying to calm itself down by imagining that everything is okay. Meta-learning for survival Rees points out that these ancient responses exist for good reason, even if they are not always appropriate. “In the long-term evolutionary scheme of things … selection pressures may have limited the circumstances in which logic and reason prevail over seemingly ‘primitive’ but more tried and true impulses. That said, behaviours that worked well for the individual at earlier stages in human evolution … may be fatal to the common good today.” The global ecological crisis remains a collective challenge that requires genuine collective solutions and may render personal survival instincts obsolete in certain cases. We witness in the world today how nationalism, racism, old hatreds and private egos sabotage necessary international cooperation based on the most obvious and critical evidence. “Political discourse today is tainted by misinformation, magical thinking and appeals to the basest of human instincts,” laments Rees. “We seem to be entering a 21st century ‘endarkenment.’ … H. sapiens’ reasoning powers are not yet sufficiently sophisticated or masterful to be trusted with control over humanity’s collective destiny… denial, resistance to change, rage against ‘the other’ and like motivations have become downright maladaptive in a period of climate uncertainty, incipient resource scarcity and increasing geopolitical tension.” Under stress, well-educated people, institutions and nations often resort to fear, old political dogma and magical thinking in response to crisis. Oxford Dictionaries declared “post-truth” to be the 2016 word of the year, describing a climate in which “objective facts are less influential in shaping public opinion than appeals to emotion and personal belief.” Genuine wisdom, on the other hand, seems related to not only functioning well in the world but to also helping others function well or helping the larger system function well. Genuine wisdom, durable wisdom, appears linked to common decency. Smart people, who can describe some aspect of the world accurately, are not necessarily “wise”, but people (or other creatures) who function well in the world and who help other parts of the system function well, appear wise. There is no wisdom where there is no goodness. Or, as philosopher Ludwig Wittgenstein said, “I wish that I were better and smarter. And these both are one and the same.” Ecologists, disappointed at the pace of ecological change, may benefit by accepting that genuine, large scale cultural change takes a long time and involves cultural re-learning. Activists will gain strength by stepping back from the routine cultural discourse and learning more about their own emotional responses and others’ emotional responses, a sort of meta-learning about deeper truths. This is why storytelling is so important in cultural transformation. Wise storytelling reaches people at a deeper emotional level than reciting facts and figures. We must continually seek this deeper, more durable wisdom. ___________________________________________________________________________ References: Post Carbon Institute: Books and Reports. (Look for the upcoming book “Community Resilience Reader”). How fire-making contributed to human cognition: Fire Then & Now Deep Green blog. William Rees: Bio at Post Carbon Institute. Paul D. Maclean on The Triune Brain. Tony W. Buchanan on the Retrieval of Emotional Memories. Blog post by: Rex Weyler Rex Weyler was a director of the original Greenpeace Foundation, the editor of the organisation's first newsletter, and a co-founder of Greenpeace International in 1979. Deep Green is Rex's column, reflecting on the roots of activism, environmentalism, and Greenpeace's past, present, and future. The opinions here are his own. All blogposts by Rex Weyler Tweet rex_weyler

Thursday, January 5, 2017

Brasileiros querem gerar a própria energia

Postado por rgerhard Pesquisa Datafolha mostra que, a despeito da resistência das distribuidoras elétricas, estamos mais conscientes dos benefícios da autogeração de energia; próximo passo é facilitar o acesso zoom Instalação de placas solares em escola de Uberlândia Foto: Otávio Almeida/Greenpeace Num país que fechou o segundo ano em recessão e iniciou 2017 com 12 milhões de desempregados, todo mundo quer e precisa economizar. Pode ser no supermercado, no transporte e, porque não, na conta de luz. A energia elétrica teve papel protagonista em várias manchetes em 2015: praticamente todo mês um aumento novo era anunciado, totalizando mais de 50% na média nacional e 80% em algumas regiões. Ela perdeu um pouco o brilho em 2016, e parece cedo para dizer o que será deste ano, apesar de já estarmos em janeiro. É por isso que, quando recebemos o resultado da pesquisa sobre micro e minigeração de energia encomendada ao Datafolha, não nos surpreendeu o dado de que para 48% da população economizar na conta de luz é a principal motivação para gerar sua própria energia, por meio de placas solares, por exemplo. O segundo lugar, no entanto, foi sim surpreendente: 17% das pessoas se veem mais motivadas pela possibilidade de se tornarem independentes das distribuidoras de energia. No resultado regional, esse número sobe para 25% no Norte e Centro-Oeste. Verdade seja dita, a independência da distribuidora de energia é, na maioria das vezes, simbólica, mas ainda assim poderosa. O consumidor pode escolher acoplar baterias ao seu sistema - que podem, de forma prática, torná-lo completamente independente da distribuidora de energia -, ou não, caso em que precisará utilizar a própria rede elétrica como bateria, consumindo dela à noite, por exemplo. A curiosidade fica em saber se há um efeito de ação-reação nessa resposta ou não. Será que esses 17% sabem que algumas dessas distribuidoras estão, hoje, entre as mais resistentes à autogeração de energia? Essa oposição vem das mais diversas formas: ao querer impor aos clientes uma nova forma de tarifa pela qual é cobrado, separadamente, tanto a eletricidade consumida como a utilização da rede de distribuição; no recorrente descumprimento dos prazos e na exigência muitas vezes abusiva de documentações para que haja a conexão das placas solares ou das torres eólicas à rede elétrica. Se a oposição é forte, maior é o potencial de crescimento da micro e minigeração. Hoje são mais de 6.000 sistemas conectados à rede elétrica, um crescimento de mais de 300% se comparado ao mesmo período do ano passado. E a Agência Nacional de Energia Elétrica já deu a letra: até 2024 o Brasil pode ter mais de 1,2 milhão de sistemas. Com 80% da população já sabendo da possibilidade de gerar sua própria energia, só falta mesmo facilitar seu acesso, afinal 72% disseram que fariam a aquisição do sistema de autogeração se houvessem linhas de crédito com juros baixos e 50% estaria disposta a usar seu FGTS. Em qualquer das hipóteses, contudo, gerar sua própria energia é um ato de independência e empoderamento. Representa fortalecer os pequenos e médios negócios e devolver ao cidadão o poder de escolher de onde ele quer que sua eletricidade venha, deixando claro que não é de grandes empreendimentos que muitas vezes ferem direitos humanos e princípios éticos que tanto precisamos ver fortalecidos. zoom Voluntários do Greenpeace Brasil promovem a energia solar em São Paulo Foto: Marina Yamaoka/Greenpeace