Friday, March 30, 2012

FHC apoia desmatamento zero


Depois dos atores Camila Pitanga e Marcos Palmeira, além de João Pedro Stédile, do MST, Fernando Henrique Cardoso assinou a petição do Desmatamento Zero. Quem será o próximo? FHC entre os diretores do Greenpeace, Kumi Naidoo e Marcelo Furtado. (©Greenpeace/Rodrigo Baleia) “Eu apoio com entusiasmo a lei de desmatamento zero”. Depois dos atores Marcos Palmeira e Camila Pitaga, de João Stedile do MST (Movimento dos Sem Terra) e de Felício Pontes, do Ministério Público do Pará, terem assinado pelo projeto de lei do Desmatamento Zero, foi a vez do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso passar esse recado. Reunido com os diretores do Greenpeace em Manaus no último fim de semana, FHC aplaudiu a iniciativa.

“O Brasil tem que ter consciência da riqueza de suas florestas e de que não tem sentido desmatar mais”, afirmou FHC, rodeado por Kumi Naidoo, diretor do Greenpeace Internacional, Marcelo Furtado, diretor no Brasil, e Paulo Adario, que lidera a campanha Amazônia.A adesão de FHC mostra que a campanha pelo Desmatamento Zero começou a todo vapor. Uma série de artistas, autoridades e anônimos já assinaram e estão espalhando a ideia. Em uma semana, mais de 25 mil pessoas já aderiram. Para que a proposta vire um projeto de lei e vá para o Congresso, são necessárias 1,4 milhão de assinaturas --o que equivale a 1% do eleitorado brasileiro.

A corrida por essa meta já começou e você pode participar ativamente dessa história. Basta acessar o site Liga das Florestas, assinar e espalhar essa ideia pela internet e pelas ruas. Junte-se a nós, participe, compartilhe.Fonte;Greenpeace

Agricultura familiar pelo desmatamento zero


A bordo do Rainbow Warrior, em Santarém, representantes de movimentos sociais da região da BR-163 declararam apoio à lei do desmatamento zero. Foto: ©Greenpeace/Bruno Kelly Reunidos em evento a bordo do navio Rainbow Warrior, em Santarém (PA), mais de 40 representantes dos movimentos sociais da região de influência da BR-163 assinaram um manifesto onde demonstram sua insatisfação quanto à baixa execução das ações do Plano BR-163 Sustentável, do qual mais da metade sequer saiu do papel. Eles cobram do governo mais responsabilidade e comprometimento, e pedem uma audiência pública para reavaliação das ações estratégicas previstas.

“Reconhecendo a importância do plano para o desenvolvimento sustentável da região e tendo inclusive contribuído para a sua construção, consideramos inaceitável que após seis anos do seu lançamento apenas 43% das ações tenham sido executadas”, diz o manifesto.

Segundo eles, a estrutura inicial do plano tem de ser legitimada. “Avaliando hoje, todo o plano acabou não acontecendo, pois o movimento social não consegue participar do processo de gestão, como foi proposto inicialmente”, afirmou a agricultora familiar Rosinha, da Reserva Extrativista Renascer. Além disso, algumas das ações consideradas já executadas pelo governo federal não são reconhecidas pelos movimentos sociais.

“A consolidação das Resex Verde Para Sempre, Renascer e Tapajós Arapiuns é considerada uma ação executada, mas não há implementação nenhuma. Nós moradores continuamos enfrentando a invasão de madeireiros, fazendeiros e outras ameaças. É fato que as obras de infraestrutura propostas pelo governo para a Amazônia servem mais aos interesses do grande capital do que aos interesses dos moradores locais”, protestou.

Em clima de indignação com o modelo desrespeitoso com que o governo vem realizando as grandes obras de infraestrutura na região, os movimentos declararam seu apoio à proposta de lei de iniciativa popular pelo Desmatamento Zero no Brasil. “Nós temos que discutir agora o Brasil pra frente. E é uma burrice econômica acabar com as florestas”, disse Paulo Adario, diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace.

Maria Rosa, da Fetrag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura), assinou embaixo. “Se formos contra essa lei vamos favorecer a quem? Aos grandes projetos? Nós somos a favor da agricultura familiar, que é responsável por 75% da produção de alimento no Brasil. Nós somos a exceção, e não podemos nos esquecer dos compromissos assumidos pelo governo. Basta que ele passe a dar prioridade para isso e transforme esse projeto em lei para contribuir com sustentabilidade ambiental para todos nós.”

Ivete Bastos, vereadora pelo PT, também manifestou seu apoio. “Para nós da Amazônia, soja é a cultura da morte, mata os animais, a floresta e a possibilidade de produzirmos. Mas o clima agora mudou, é preciso aderir à proposta e defender o espaço onde estamos inseridos. Estou aqui para somar e firmo esse compromisso.”fONTE;Greenpeace

Plano BR-163: por que parou?

Representantes de movimentos sociais da região de influência da rodovia assinam manifesto contra a baixa execução das ações do Plano BR-163 Sustentável
blog normalmente só tem uma imagem principal, não?

Nós, representantes das entidades dos movimentos sociais do Baixo Amazonas, BR-163 e Transamazônica, além de organizações não governamentais, reunidos a bordo do navio Rainbow Warrior, do Greenpeace, em Santarém, Pará, após uma análise detalhada do relatório do Grupo de Trabalho da Amazônia sobre a execução das ações estratégicas previstas no Plano BR-163 Sustentável, fazemos uso desta para manifestar nossa insatisfação frente à baixa execução das ações pactuadas neste plano.

Reconhecendo a importância do plano para o desenvolvimento sustentável da região e tendo inclusive contribuído para a sua construção, consideramos inaceitável que após seis anos do seu lançamento apenas 43% das ações tenham sido executadas. Temos o agravante de algumas das ações consideradas “executadas” pelo governo federal, não serem reconhecidas como tal pelos movimentos sociais aqui reunidos.

Por exemplo, a consolidação das Resex Verde Para Sempre, Renascer e Tapajós Arapiuns é considerada uma ação executada, mas seus moradores continuam enfrentando a invasão de madeireiros, fazendeiros e outras ameaças. Além disso, não foram implementadas as políticas necessárias para o uso sustentável dos recursos naturais, como planos de uso e créditos de apoio.

Os recursos para a implementação de ações estruturais, como educação e saúde, não foram pactuados com todos os municípios envolvidos, o que inviabiliza a sua realização.

É fato que o conjunto de obras de infraestrutura propostas pelo governo para a Amazônia, como a BR-163 e a hidrelétrica de Belo Monte, serve mais aos interesses do grande capital do que aos interesses dos moradores locais.

A MP 558/2012 reduz a área de unidades de conservação na região para facilitar o licenciamento ambiental das usinas hidrelétricas previstas para o Rio Tapajós, consagrando o modelo desrespeitoso com que o governo vem realizando a implementação das grandes obras de infraestrutura na Amazônia. O leilão das usinas já tem data marcada, sem que tenha sido iniciado o processo de licenciamento.

Nestes termos, exigimos que representantes dos 17 Ministérios que compõem o grupo interministerial responsável pela implementação do plano realizem urgentemente uma audiência pública em Santarém para uma reavaliação da execução das ações estratégicas previstas, considerando e valorizando o modelo de gestão, conforme previsto no item 7 (pág. 130) do Plano BR 163 Sustentável.

STTR Santarém

STTR Óbidos

STTR Monte Alegre

STTR Itaituba

STTR Terra Santa

STTR Curuá

STTR Juruti

STTR Aveiro

STTR Prainha

STTR Faro

STTR Trairão

STTR Almerim

STTR Mojuí dos Campos

STTR Placas

STTR Oriximiná

FETAGRI Pará

CEFT-BAM

Greenpeace

AAPA – Associação dos Acampados e Pequenos Agricultores

Resex Tapajós Arapiuns

Resex Renascer

CITA – Conselho Indígena Tapajós Arapiuns

AMMA - Associação de Mulheres do Município de Aveiro AMMA

Associação de Mulheres de Trairão

AMTJU - Associação de Mulheres Trabalhadoras do Município de Juruti

AMTMO - Associação de Mulheres Trabalhadoras do Município de Oriximiná

CNS - Conselho Nacional das Populações Extrativistas

Fórum dos Movimentos Sociais da BR 163

AOMT-BAM Associação das Organizações das Mulheres Trabalhadoras do Baixo Amazonas

GDA – Grupo de Defesa da Amazônia

Associação Comunitária dos Agricultores do Município de Prainha
Fonte;Greenpeace

"Xingu": O conflito histórico e atual nas florestas


Cena do filme "Xingu" (Divulgação/ Beatriz Lefèvre) Estreia no dia 6 de abril o filme “Xingu”, novo filme do diretor Cao Hamburger. O filme retrata a expedição dos irmãos Villas-Bôas, nos anos 1940, que deu origem à demarcação do Parque Nacional do Xingu. A história é contada com um tom de aventura, expondo os percalços pelos quais Cláudio, Orlando e Leonardo passam para conseguirem completar a expedição.

Além de desbravar as terras do Centro-Oeste brasileiro, os protagonistas entraram em contato com tribos isoladas e até então pouco conhecidas. As trocas de experiências e os contrastes com as culturas indígenas marcam os relatos dos irmãos.

A história mostra que o que poderia ser uma ponte entre os dois mundos foi encarado pelos patrocinadores da exposição como uma oportunidade de exploração e desenvolvimento a qualquer custo. Por considerarem a preciosidade do patrimônio cultural e natural que é o Xingu, os Villas-Bôas travaram uma luta intensa com o governo brasileiro e poderes locais para salvar tribos inteiras da região. Mais do que a retratação dos Villas-Bôas como heróis, o filme consegue trazer à luz um debate atemporal sobre a formação do Brasil.

Segundo Cao Hamburger, “Xingu não é apenas um filme atual, mas urgente”. A memória dos 51 anos da criação do Parque Nacional do Xingu infelizmente não marca uma história de grandes transformações nas relações legais com os povos indígenas. Pelo contrário, os abusos contra eles continuam sendo cometidos em todos os setores da sociedade brasileira, sem que isso seja discutido com a sobriedade que o tema pede. O filme “Xingu” ilustra com beleza uma história sobre respeito e tradição que não deveria ser esquecida pelo povo brasileiro.

Para assistir ao trailer, acesse www.xinguofilme.com.br:Fonte;Greenpeace

Thursday, March 29, 2012

O ciberativismo em defesa das florestas


Os internautas deram hoje uma grande demonstração de que sabem unir forças para mudar os rumos do país e tornar imagens como essa aí encima mais raras num futuro breve.Um tuitaço nacional promovido pelo @greenpeacebr –o perfil do Greenpeace Brasil no Twitter – conseguiu mobilizar em poucas horas milhares de pessoas para assinarem a proposta de lei do Desmatamento Zero.
A pedido do Greenpeace, os internautas ajudaram a divulgar a petição e a atingir a marca de 20 mil assinaturas –um número ainda modesto diante das 1,4 milhão de assinaturas que precisaremos recolher, mas um grande feito considerando que a campanha foi ao ar há menos de uma semana.
Leia mais:
A chance de acabar com o desmatamento
Assine e compartilhe a petição pela lei do Desmatamento Zero
Os desmatadores estão cada vez mais fortes politicamente. Mostra disso é o avanço da reforma do Código Florestal em Brasília, que permitirá que mais mata nativa seja derrubada.
Para reverter essa quadro, o Greenpeace e diversas organizações sociais e ambientais estão mobilizando a sociedade para mostrar que a população é contra essa reforma e quer o fim do desmatamento.
Com a adesão de 1% do eleitorado brasileiro –daí o marca de 1,4 milhão – poderemos propor uma lei de iniciativa popular, nos moldes do ficha limpa, para acabar com o desmatamento. Assim, o Congresso Nacional estará obrigado a colocar o projeto em discussão. O Desmatamento Zero, portanto, é o mais puro exercício de cidadania.
O tuitaço de hoje foi uma prova de que o ciberativismo está conectado com a realidade do país e vem ganhando importância política. O caminho até a vitória ainda é bastante longo. Mas os internautas deram hoje a demonstração que estarão a nosso lado. Por isso, nosso mais sincero “muito obrigado”!Fonte;Greenpeace

Kumi no Brasil

Africano de berço, Kumi Naidoo tem propriedade de sobra para falar sobre desenvolvimento e exploração predatória. Convidado a palestrar no Fórum de Sustentabilidade, em Manaus, no último final de semana, o diretor-executivo do Greenpeace Internacional não deixou barato.
Ele falou de desmatamento zero, citou o potencial energético renovável que o Brasil tem – e desperdiça – e pediu ao nosso país, em acelerado crescimento econômico, que não trate as nações em desenvolvimento como elas foram tratadas historicamente pelos países ricos.
“As mudanças climáticas devem trazer um aprendizado simples para todos nós: se a gente agir como uma família global unida, de nações ricas e pobres, a gente pode garantir o futuro de nossos filhos e netos. Se a gente agir errado, os impactos serão devastadores e todos vamos sucumbir”.
Abaixo, um tira-gosto da palestra:Fonte;Greenpeace

Wednesday, March 28, 2012

BR-163: a rota do descaso na Amazônia

Enquanto asfalto avançou, ações do governo para evitar o aumento do desmatamento ao longo da rodovia não saíram do papel, mostram GTA e Greenpeace em evento em Santarém O trecho da rodovia BR-163 que liga o Mato Grosso ao Pará é um dos maiores vetores de desmatameto na Amazônia. Às suas margens, campos de soja, criação de gado e extração ilegal de madeira se alastram sobre a floresta. Foto: © Daniel Beltra/Greenpeace

A BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA), já está quase toda pavimentada. Mas o plano montado para evitar as consequências negativas da obra, especialmente o aumento do desmatamento em seu entorno, mal saiu do papel. Essa é a pauta de uma discussão feita hoje a bordo do navio Rainbow Warrior, do Greenpeace, em Santarém, junto com o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA).

O objetivo é unir organizações e lideranças comunitárias para debater os pontos que ainda não foram postos em prática do Plano BR-163 Sustentável e discutir ações para pressionar o governo pelo seu efetivo cumprimento.

Obras de infraestrutura são grandes indutores de desmatamento e violência na Amazônia. Para fugir desse cenário, há oito anos, quando anunciou a retomada do asfaltamento da estrada, o governo reuniu 17 ministérios e fez inúmeras consultas às organizações locais para montar esse plano, que tinha como objetivo evitar que o asfaltamento e a esperada migração de populações para a região resultassem na derrubada de grandes parcelas de floresta e conflitos fundiários.

No entanto, em janeiro, o GTA divulgou um estudo no qual mostra que apenas 43% das ações previstas no plano foram executadas, 18% estão em execução e 39% não foram sequer iniciadas. Enquanto isso, 79% dos trabalhos de asfaltamento da estrada já foram finalizados pelo governo, que previu a sua conclusão em dezembro de 2013.

Esse é um exemplo de como a agenda ambiental é continuamente deixada em segundo plano, mesmo quando o próprio governo é seu mentor. “O governo desrespeita e atropela suas próprias regras. Além de não cumprir com seu compromisso, ainda reverte medidas que já tinham sido conquistadas no passado. É um passo para frente e dois para trás”, afirma Tatiana de Carvalho, da Campanha Amazônia do Greenpeace.

As unidades de conservação criadas no entorno da rodovia, parte do projeto da BR-163, ainda não foram implementadas – apenas quatro das 12 criadas têm plano de manejo. Apesar disso, o governo faz o contrário do que prometeu: em vez de tirá-las do papel, reduz os limites de algumas e ainda pode reduzir a proteção no seu entorno por meio do novo Código Florestal, em discussão no Congresso Nacional.

“As unidades de conservação são fundamentais para a manutenção da biodiversidade e para a subsistência de extrativistas e agricultores familiares que vivem no entorno da estrada”, diz Carvalho. “A Lei do Desmatamento Zero é necessária para evitar que a floresta - e quem depende dela - seja permanentemente preterida, não importa quem esteja à frente do país.”

Histórico de devastação

Com 1,7 mil quilômetros de extensão, a rodovia BR-163 foi projetada para ser uma das principais vias de escoamento da produção de grãos na região. A estrada atravessa uma das áreas mais ricas do país em recursos naturais e potencial econômico. Importantes bacias hidrográficas, como a dos rios Amazonas, Xingu e Teles Pires-Tapajós também estão ali. Hoje, ela é rota para a degradação da Amazônia.

A rodovia foi aberta nos anos de 1970 pela ditadura militar para integrar a Amazônia à economia nacional, mas atualmente ela é um os principais vetores de desmatamento da Amazônia. “O que ocorre na prática é um forte processo de fragmentação florestal, que concentra altas taxas de desmatamento, tendo o gado, a soja e a retirada de madeira ilegal como os principais causadores”, explica Carvalho.

Segundo o Plano BR-163 Sustentável, a área de influência da rodovia é de 1,2 milhão de quilômetros quadrados – 14,4% do território nacional e 20% da Amazônia brasileira. Nessa área estão localizados 71 municípios cuja economia se baseia em atividades do setor primário – agricultura, pecuária e extrativismo, principalmente de madeira.Fonte;Greenpeace

Velejando em plena floresta


Em frente à Serra de Santa Júlia, no Pará, velas foram içadas e Rainbow Warrior começou a velejar no Rio Amazonas (crédito: Bruno Kelly)
Quando o Rainbow Warrior estava em frente da Serra de Santa Julia, abaixo de Parintins, no estado do Pará, às 14h50 de ontem (27), as grandes velas brancas começaram a ser içadas. A operação levou 15 minutos. A partir de então, o navio do Greenpeace velejou em pleno rio Amazonas, a caminho de Santarém, aonde chegamos hoje, por volta das 6h30. Partimos no final da tarde da segunda (26) de Manaus.

Todo o tempo que o navio estiver em águas brasileiras, sejam elas doces ou salgadas, no Norte, Nordeste ou Sudeste, haverá uma equipe de comunicação a bordo registrando cada momento desta expedição, que acabará em junho, em Santos, no litoral paulista.

Dessa forma, queremos compartilhar com vocês a experiência de navegar em uma embarcação totalmente sustentável, que é um megafone para o Greenpeace enviar a sua mensagem para o Brasil e o mundo: o país precisa de uma Lei de Desmatamento Zero.

Quem vai escrever para vocês até Santarém sou eu, Ximena Leiva, da equipe de comunicação do escritório de Manaus. Juntei-me aos ativistas verdes em janeiro. Sou filha de chilenos que chegaram em Campinas no ano de 1973, momentos antes de Augusto Pinochet subir ao poder. Nasci em São Paulo, rodei por vários lugares e agora adotei a Amazônia como meu lar. Estou há 15 anos batalhando o jornalismo, em redações, empresas e, pela primeira vez, numa ONG.

Quem também está a bordo é Fernanda Shirakawa, nossa webby curitibana, que faz parte da terceira geração de japoneses que escolheu o Brasil como sua pátria. Ela está no Greenpeace há quatro anos, e já trabalhou com times de web da Itália e da Nova Zelândia.

Fernanda está colaborando agora com o escritório do Brasil e compartilhando sua experiência conosco. Ela ajudou o time web brasileiro a desenvolver uma estratégia de mobilização online para a campanha do Desmatamento Zero. Para isso, foi lançado o site Liga das Florestas, um desafio que tem como objetivo engajar a população para assinar a petição.

Desde a quinta-feira (22), o Greenpeace coleta assinaturas de cidadãos brasileiros que querem e sonham com um Brasil verde, onde suas matas sejam preservadas. Precisamos de 1,4 milhão de pessoas abraçando esta causa para, assim, fazer o Congresso Nacional votar esta lei de iniciativa popular, igual à Ficha Limpa.

Para compartilharmos com vocês como é a vida no navio, criamos o Diário de Bordo. Ele é composto por vídeos, posts neste blog e nas redes sociais, com informações sobre o dia-a-dia no Rainbow Warrior e como as pessoas a bordo, da Itália, Espanha, Alemanha, Brasil, Reino Unido, Áustria, Holanda, Chile, Rússia, Suécia, Ucrânia e Estados Unidos, trabalham em conjunto com a mesma meta.

Vamos registrar como é puxado o trabalho por aqui e o convívio entre pessoas de tão diferentes culturas. Durante todo o dia e toda a noite temos pessoas fazendo o navio se mover, cozinhando, limpando, programando nossos eventos, fazendo sua segurança, e por aí vai - e isso tudo sem perder o foco na importância de se preservar o ambiente e de nosso papel nisso.

Assim, para vocês entrarem neste mundo, convidamos Douglas Engle para fazer os vídeos. Ele é norte-americano e mora no Brasil há 14 anos. Colabora para agências de notícias e televisões estrangeiras. Há dois anos, Douglas faz trabalhos para o Greenpeace, pelo menos três vezes ao ano vem para a Amazônia.

Até Santarém, quem estará retratando nossa rotina a bordo é o nosso fotógrafo Bruno Kelly, nascido em São José dos Campos (SP). Como eu, ele veio desbravar a floresta amazônica. Faz três anos que Bruno mora em Manaus e trabalha para um jornal local e envia material para agências de notícias internacionais. Sempre registrando a beleza desta região e também a sua devastação. Mas esperamos que em breve isto não aconteça mais. Fonte;Greenpeace

Tuesday, March 27, 2012

Promoção relâmpago: Xingu - O Filme

Está na hora de colocar suas ideias para funcionar. Escreva uma frase criativa, usando três elementos obrigatórios:
1 - @GreenpeaceBR
2 - http://ligadasflorestas.org.br/
3 - #desmatamentozero
A equipe web do Greenpeace Brasil escolherá as dez frases mais criativas. Os autores ganharão um par de ingressos para a pré-estréia de “Xingu - O Filme”, que acontece amanhã em São Paulo. Clique aqui para saber o que é o desmatamento zero.
Você deve enviar sua frase até amanhã, dia 28, às 10h da manhã via Twitter. Só serão aceitas as frases que possuírem os três elementos citados acima. Os participantes precisam estar em São Paulo, local onde acontecerá a sessão, e retirar seus ingressos na portaria do cinema com nossa equipe 30 minutos antes do início da sessão. Confira o regulamento abaixo:
1. A promoção consiste na seleção das dez frases mais criativas que contenham os termos @GreenpeaceBR, o link do site Liga das Florestas (http://ligadasflorestas.org.br/) e a hashtag #desmatamentozero. As melhores frases serão escolhidas pela equipe web e os autores delas serão contemplados, cada um, com um par de ingressos para a pré-estréia de “Xingu - O Filme”.
2. Apenas serão considerados participantes elegíveis para a promoção aqueles que enviarem as frases dentro das regras e horários estabelecidos e estiverem na cidade de São Paulo, já que a sessão ocorrerá nesta cidade, no dia 27 de março de 2012 às 21h, no Cinemark do Shopping Eldorado (Av. Rebouças, 3970 - Loja 140 - Pinheiros).
3. Serão consideradas apenas as frases enviadas pelo Twitter. O endereço do Greenpeace Brasil no twitter é https://twitter.com/#!/GreenpeaceBR
4. Cada perfil no Twitter só poderá enviar uma frase. Caso sejam enviadas mais de uma frase pelo mesmo perfil, esse perfil será descartado da votação. Também não serão aceitas frases enviadas por outros meios que não o Twitter e fora do horário estabelecido.
5. O prazo para recebimento das frases será dia 27 de março de 2012 às 10h (horário de Brasília). As frases enviadas fora da data estipulada não serão avaliadas. A divulgação dos vencedores será feita na página do Twitter do Greenpeace Brasil no dia 27 de março de 2012 às 12h (horário de Brasília).
6. As frases serão eleitas segundo critérios de avaliação como criatividade, bom senso, e uma forte relação entre os três elementos obrigatórios da promoção. Não serão elegíveis à promoção frases com conteúdo pornográfico, conteúdo político, menção a marcas de terceiros, desrepeituosas ou ofensivas, racistas ou que estiverem fora do contexto e objetivo da promoção. A decisão de eliminar ou não uma ou mais frases será da equipe de web do Greenpeace Brasil.
7. O comitê de votação é formado pelos funcionários da equipe web do Greenpeace Brasil.
8. O Greenpeace entrará em contato com os vencedores por mensagens via Twitter postadas por @GreenpeaceBR mencionando o perfil vencedor. Caso o vencedor não se manifeste 1 hora após notificação da sua vitória, o Greenpeace optará por eleger a melhor frase subsequente na ordem das melhores classificadas, assim premiando outro colaborador.
9. Todo o material submetido, independente de premiação, será licenciado de forma exclusiva, definitiva, perpétua e irrevogável para o Greenpeace. Esse licenciamento dá o direito ilimitado ao Greenpeace de utilizar a frase submetida em toda e qualquer mídia (on-line e off-line) em todo o mundo, em perpetuidade; modificá-la antes da sua utilização; usar, distribuir, reproduzir, alterar, modificar para fins de publicidade e arrecadação de fundos sem compensação adicional aos autores.
10. O Greenpeace se encarrega de ser o responsável pelos ingressos dos vencedores até o início da sessão (21h). Após esse horário, a utilização dos ingressos que não foram retirados fica a cargo do Greenpeace Brasil e os organizadores da sessão. Os vencedores que não comparecerem ao evento até o início da sessão terão seus ingressos automaticamente transferidos.
11. É vetada a participação de funcionários do Greenpeace Brasil e de seus parentes.
12. A participação no concurso implica na aceitação total e irrestrita de todos os itens deste regulamento.
Coloque suas ideias em dia e participe. Boa sorte!Fonte;Greenpeace

A revanche das baleias


Ativistas do Greenpeace mandam um recado à Perenco. Foto: © Greenpeace/Marizilda Cruppe.

Essa semana recebemos a notícia que dois poços perfurados no entorno do Parque Nacional Marinho de Abrolhos pela empresa Perenco, nos blocos BM-ES-37 e 38, estavam secos.
O Greenpeace tem protestado contra a empresa, parceira da OGX de Eike Batista desde o ano passado. Em agosto, os ativistas se fantasiaram de baleias e bateram na porta da Perenco cobrando uma resposta sobre o fim da exploração de óleo em Abrolhos. A empresa, porém, jamais se pronunciou.
A empresa ainda poderá encontrar óleo em novos poços no mesmo bloco, mas por algum tempo, as baleias e todo o ecossistema de Abrolhos estão seguros. Continuaremos atentos as suas movimentações neste santuário marinho.
Diga não à exploração de petróleo em Abrolhos. Assine a petição!Fonte;Greenpeace

Ao vivo: bate-papo com Kumi Naidoo

Em visita ao Brasil, o diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo, participa nesta segunda-feira, 26, de um bate-papo sobre os 20 anos da organização no país e sobre os desafios ambientais atuais.
O evento acontece no Cineclube Sociambiental Crisantempo, em São Paulo, e conta com a participação de Marcelo Furtado, diretor-executivo do Greenpeace Brasil, e da apresentadora Marina Person.
O público de fora de São Paulo poderá acompanhar o bate-papo ao vivo pela internet a partir das 18h. Assista a seguir:A entrada ao evento é gratuita, mas os assentos são limitados. Os ingressos derão distribuídos por ordem de chegada.
Serviço:
Local: CineClube Socioambiental Crisantempo
Endereço: Rua Fidalga, 521 – Vila Madalena, São Paulo – SP
Data: 26 de março
Horário: 18h00 às 20h00
Entrada gratuita, por ordem de chegada (assentos limitados)Fonte;Greenpeace

População de Manaus apoia a Lei do Desmatamento Zero


Pessoas de todas as idades aderiram à campanha do Desmatamento Zero (©Greenpeace/Raphael Alves)Neste fim de semana foi dado o pontapé para a coleta de assinaturas para a Lei do Desmatamento Zero. Mais de 1.300 pessoas enfrentaram o sol forte manauara para conhecer o mais novo navio do Greenpeace, o Rainbow Warrior.
A mobilização social é essencial para coletar 1,4 milhão de assinaturas e, assim, tornar o desmatamento indiscriminado coisa do passado. “Concordo plenamente com esta lei. Não é preciso desmatar para o Brasil ter uma economia desenvolvida”, disse a estudante de direito, Paula Braga.
Conscientizar os futuros adultos que construirão um Brasil mais verde faz parte da ação do Greenpeace. Muitas crianças vieram passear neste fim de semana no Porto de Manaus.
A estagiária do administrativo do Greenpeace, Sâmara Ismael, divertiu-se pintando os rostos dos pequenos. “Todos estavam ansiosos para conhecer o Guerreiro do Arco-Íris. Ficaram fazendo inúmeras perguntas, estavam muito curiosas.”O Clube de Desbravadores também veio prestigiar o Open Boat e trouxe 26 escoteiros para aderir à nova campanha pelo Desmatamento Zero. “Viemos aqui conhecer este grande exército da conservação da natureza. Queremos saber como o Greenpeace faz as suas campanhas ao redor do mundo”, declarou Nildo Marinho da Silva, líder do grupo.
“Esperamos que o sucesso alcançado aqui em Manaus se repita nas outras cidades por onde o navio passar”, declarou a coordenadora de Campanha, Tatiana de Carvalho.
A pesquisadora da UFAM (Universidade Federal do Amazonas), Rejane Cavalcante, resumiu bem o sentimento de todos: “Agradeço o Greenpeace por esta oportunidade. Abraço esta causa de corpo e alma.”Fonte;Greenpeace

Sunday, March 25, 2012

Chuva, suor e Rainbow Warrior

Não teve chuva ou calor que fizesse os manauaras arredarem o pé do porto nesse sábado. Mais de 500 pessoas visitaram o Rainbow Warrior, que abriu suas portas ao público pela primeira vez no Brasil. Há quatro dias atracado na capital do Amazonas, o navio recebeu crianças, adolescentes, adultos e idosos, que não se arrependeram de ter saído de casa.

“Eu estou fazendo 60 anos e essa visita foi meu presente. Isso é que é comemoração!”, vibrou, debaixo de chuva, a enfermeira Maria de Nazaré Torres, que carregou toda a família para a embarcação. Com o rosto pintado com árvores e arco-íris, Gabriel Machado, de sete anos, também adorou: “Posso viajar com vocês?”, arriscou.

Durante o dia inteiro, o movimento não parou. Famílias inteiras e grupos de amigos assistiram vídeos do Greenpeace, receberam uma aula sobre as peculiaridades do Rainbow Warrior e assinaram a petição pela lei do desmatamento zero. “Fui recebida com tanto carinho, gostei tanto, que amanhã eu vou voltar trazendo mais gente”, prometeu a administradora Antônia Chaves, de 42 anos.

Para quem ficou de fora, ainda tem mais: neste domingo, 26/03, o Rainbow Warrior continua recebendo o público de Manaus, de 10h às 17h, no Porto Roadway (Rua Marquês de Santa Cruz, 25, Centro). Nos próximos meses, o navio ainda abre as portas em Belém, Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Fique ligado, acompanhe nossa agenda aqui no site. E assine a petição pela lei do desmatamento zero.Fonte;Greenpeace

Friday, March 23, 2012

Clima, economia e futebol

Filho da África do Sul, Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace Internacional, palestrou nesta sexta no Fórum de Sustentabilidade, em Manaus. Diante de uma plateia cheia de empresários, ele citou o crescimento econômico do Brasil e o fato de empresas brasileiras estarem aumentando sua presença em países mais pobres. E pediu: “Não tratem o resto do mundo em desenvolvimento como fomos tratados historicamente pelos países desenvolvidos".

Kumi foi duro. Criticou o consumo desenfreado, a cegueira dos líderes políticos frente à crise climática e lembrou que mudanças no clima não escolhem fronteiras. E que, portanto, todas as nações tem um papel nesse processo: “Precisamos fazer as coisas certas, como família global, nações ricas e pobres agindo juntas para garantir o futuro de nossos netos. Senão, todos nós vamos sucumbir”.

Para ele, virar esse jogo – de um modelo insustentável para um mais equilibrado – é não só possível, mas necessário. E é o próprio Brasil, disse, quem dá o exemplo: enquanto o país virou 6a economia mundial e um dos líderes do agronegócio, as taxas de desmatamento da Amazônia despencaram. “O Brasil quebrou esse mito de que, para um pais crescer, tem que destruir sua floresta”.

E, ao terminar, convidou a plateia a visitar o navio Rainbow Warrior e a assinar a petição pelo desmatamento zero. “Para garantir que pessoas como eu, que adoram futebol, possam vir ao Brasil em 2014 para comemorar a vitória na Copa e também para ver a aprovação da legislação contra o desmatamento".;Greenpeace

Bate-papo com Kumi Naidoo em São Paulo

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Bate-papo com Kumi Naidoo em São Paulo
Postado por Carolina Nunes - 23 - mar - 2012 às 16:35 Adicionar comentário

O diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo, participa na próxima segunda-feira, 26, de um bate-papo com o público de São Paulo. O evento acontece no CineClube Sociambiental Crisantempo e conta ainda com a participação de Marcelo Furtado, diretor-executivo da organização no Brasil, e da apresentadora Marin Person.

Kumi Naidoo veio ao Brasil para participar do lançamento da campanha pela lei do Desmatamento Zero e em comemoração aos 20 anos de atuação do Greenpeace no país. Eles vão conduzir uma conversa para lembrar os desafios dessas duas décadas de ativismo e debater o que vem pela frente na luta pela proteção ambiental no país.

O público também vai poder dirigir perguntas aos convidados. O evento é gratuito, mas os assentos são limitados. A entrada se dá por ordem de chegada.

Serviço:
Local: CineClube Socioambiental Crisantempo
Endereço: Rua Fidalga, 521 – Vila Madalena, São Paulo – SP
Horário: 18h00 às 21h00
Entrada gratuita. Distribuição de ingressos feita com antecedência.


Sobre Kumi Naidoo

Nascido na África do Sul em 1965, Kumi Naidoo tem um histórico de lutas pela defesa dos direitos civis, justiça social e educação. Aos 15 anos, ele participou da luta contra o Apartheid. Durante o regime, Kumi foi preso inúmeras vezes, o que o obrigou a se exilar no Reino Unido em 1987. Quando Nelson Mandela foi solto em 1990, ele retornou à África do Sul para ajudar a criar e implementar a nova estrutura eleitoral do país.

Formado em Ciência Política pela Universidade de Durban-Westville e Doutor em Sociologia Política pela Universidade de Oxford, Kumi passou por importantes organizações internacionais antes de chegar à Direção Executiva do Greenpeace Internacional. Entre eles destacam-se a Aliança Mundial pela Participação Civil, a Ação Global contra a Pobreza e a Coalizão de ONGs da África do Sul, da qual foi presidente.

;Fonte,Greenpeace

Batalhão pela floresta

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Batalhão pela floresta
Postado por Bernardo Camara - 22 - mar - 2012 às 17:50 1 comentário


zoom
quinta-feira, 22 de março de 2012

Batalhão Ambiental da Polícia do Amazonas visitou a mais nova embarcação do Greenpeace e apoiou o fim do desmatamento. (©Greenpeace/Rodrigo Baleia)



O dia foi agitado no Rainbow Warrior. Atracado no Porto de Manaus, o navio construído para o Greenpeace recebeu visitas o dia inteiro, com gente de sobra apoiando a campanha por uma lei do desmatamento zero. Depois de organizações sociais e ambientais da Amazônia darem seu recado pela manhã, mais de 70 homens e mulheres do Batalhão Ambiental da Polícia do Amazonas subiram a bordo para conhecer o navio e dar seu apoio ao fim da devastação.

“A Amazônia já foi agredida demais. Isso tem que acabar”, disse o Comandante do Batalhão, Coronel Sena, acompanhado pelo Coronel José Alves Silva (Subcomandante Geral da Polícia Militar do Amazonas) e por Herbert Campos (Chefe do Estado Maior da Polícia Militar do Amazonas. “O desmatamento na Amazônia não agrega valor social nenhum”, afirmou, com a experiência de quem já rodou cada canto dessa região.

Guiados pela tripulação do Rainbow Warrior, soldados e oficiais ficaram encantados com a embarcação e teve gente que até quis saber como se voluntariar para permanecer a bordo. “Para nós, a visita foi uma lição de organização social e de cidadania. Ficamos extremamente honrados. Vai ficar em nossa memória profissional para o resto da vida”, conclui o coronel.

;Fonte,Greenpeace

Desmatamento zero já!

A chegada do Rainbow Warrior em Manaus foi o ponto de partida para o lançamento da campanha do Desmatamento Zero, que tem como objetivo garantir um mundo melhor e mais verde para as próximas gerações.

Paulo Adario, diretor da Campanha da Amazônia, defendeu a preservação das florestas dentre as mais de 50 pessoas que participaram do encontro a bordo do navio. “As matas são responsáveis por manter o equilíbrio climático do planeta. Além disso, elas tornam o solo mais fértil em todo o mundo, e garantem a existência dos rios e dos mares”, disse.

Para Adario, o grande desafio é passar a mensagem para quem está fora do navio, para aqueles que estão nos grandes centros urbanos do Brasil. “Contamos com a adesão de todos”, afirmou.

Felício Pontes, procurador do MPF-PA (Ministério Público Federal do Pará), que tem mantido uma ação permanente em defesa da Amazônia e de seus povos tradicionais, observou que “nos últimos 30 anos, a nossa geração foi capaz de desmatar quase 20% da Amazônia, uma verdadeira proeza. Dezenas de gerações que nos antecederam não fizeram isso”.

Em sua opinião, toda iniciativa que vise a preservação ambiental é bem-vinda e deve ser apoiada incondicionalmente.

Os movimentos indígenas também estiverem presentes, representados pela Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira). Sonia Guajajara disse que a campanha é um salto muito grande. “Precisamos de uma reviravolta no país. Vivemos um retrocesso muito grande, autorizamos leis que vão permitir ainda mais o aumento do desmatamento”.

A campanha do Desmatamento Zero também foi prestigiada pelo diretor executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo, que mandou um recado bem claro e direto à presidente Dilma Rousseff: ou ela escolhe se quer continuar permitindo lucros de curto prazo para poucas pessoas ou desenvolvimento sustentável que beneficie a maior parte da população no longo prazo.;Fonte,Greenpeace

Nós somos mais floresta

Artistas e anônimos se juntam para chamar a atenção da sociedade sobre a urgência do fim do desmatamento no Brasil Hoje começa um novo capítulo da história do Brasil, escrito por e para os brasileiros: o lançamento da campanha pelo desmatamento zero, iniciativa popular de lei pensada para acabar com a destruição das florestas do país.

Para marcar esse começo, o Greenpeace convidou anônimos e personalidades públicas para apoiarem a campanha e espalharem a mensagem. Afinal, a natureza é de todos nós, brasileiros, e um dos maiores bens que a população do país tem em suas mãos.

Leia mais: Hora de zerar o desmatamento no Brasil

Assine a petição: www.ligadasflorestas.org.br

Músicos, apresentadores e atores como Camila Pitanga, Marcos Palmeira, Otavio Müller, Maria Paula, Marina Person, Dado Villa-Lobos e Charles Gavin – e alguns de seus homônimos – gravaram seus depoimentos em favor da preservação das florestas. Os vídeos serão divulgados a partir de hoje, na TV e na internet – no site do Greenpeace, em nossos canais no YouTube e nas redes sociais.Mais nomes, conhecidos e desconhecidos, vão se somar à campanha. Afinal, a lei do desmatamento zero é de todos.

E você, já assinou? Participe, compartilhe. Mande seu depoimento de apoio para nós, pelas redes sociais (Facebook, Twitter, Youtube).

Apoio - e nosso agradecimento

Os vídeos com os depoimentos são parte fundamental da campanha do desmatamento zero. A equipe da Conspiração Filmes – que os produziu, editou e finalizou – trabalhou voluntariamente, levada pelo comprometimento por um bem maior ao seu país.

Da mesma forma, as pessoas que emprestaram sua imagem – personalidades e anônimos – também participaram de forma voluntária. A todos, nosso mais profundo respeito, admiração e agradecimento.

A direção dos filmes ficou por conta de Mini Kerti, com direção de fotografia de Flavio Zangrandi. Confira a ficha técnica completa.

Ficha Técnica – Campanha do Desmatamento Zero

Direção: Mini Kerti
Fotografia: Flavio Zangrandi
Produção: Mariana Roquette-Pinto / Verônica Menezes / Joana Araújo
Produção Executiva: Cristina Lopes
Edição: Thiago Lima
Maquiagem: Paulo Botelho
Coordenação de Produção: Tania Pacheco
Pós-produção: Maurício Stal / Claudio Peralta
Coordenação de pós-produção: Adriana Basbaum
Finalizador: Luiza Waddington
Trilha: Y/B;
Fonte,Greenpeace

A chance de acabar com o desmatamento

A bordo do navio Rainbow Warrior, Greenpeace dá a partida para coletar 1,4 milhão de assinaturas em lei de iniciativa popular para zerar o desmatamento no Brasil Brasil tem tudo para mostrar ao mundo com quantos paus - ou árvores - se constrói uma nação do futuro, que garanta a prosperidade de seu povo sem recorrer à destruição do meio ambiente. Mas, para alcançar esse novo patamar de desenvolvimento, ele precisa acabar com o desmatamento.

Na Amazônia, nos últimos três anos, a floresta encolheu, a golpes de motosserra, cerca de 20 mil quilômetros quadrados. Apesar disso, em Brasília, insensíveis à necessidade de se construir esse novo futuro, governo e Congresso trabalham para deixar nossas matas ainda mais vulneráveis. Por essa razão, no ano em que completa duas décadas de atividade no Brasil, o Greenpeace convida os brasileiros a embarcarem numa jornada para proteger de vez as suas florestas.

Assine a petição: www.ligadasflorestas.org.br

Em evento a bordo do navio Rainbow Warrior, em Manaus, a organização lançou projeto para, com outras instituições sociais e ambientais, coletar 1,4 milhão de assinaturas. O objetivo é levar ao Congresso uma proposta de lei de iniciativa popular, nos moldes da Ficha Limpa, para colocar a taxa de desmatamento no Brasil no único nível em que pode ser considerada aceitável: o zero.

“O Brasil devasta muita floresta há muito tempo, sempre em nome do desenvolvimento. Esse modelo, que não fazia sentido no passado, faz menos ainda no presente”, diz Marcelo Furtado, diretor-executivo do Greenpeace no Brasil. “As florestas são parte da identidade do brasileiro. E garantir a sua sobrevivência é garantir nosso bem-estar futuro. Zerar o desmatamento é a forma mais barata e rápida de o Brasil contribuir para a mitigação do aquecimento global.”

São nossas matas que regulam os ciclos climáticos, e garantem as chuvas que irrigam e mantêm o vigor da nossa agricultura. Elas ainda ajudam a gerar nossa energia e a suprir de água quase 200 milhões de brasileiros. E é, do mesmo modo, graças a elas e à sua biodiversidade, que podemos viver num país que é lindo por natureza. Sem elas, o Brasil deixaria de ser o Brasil que a gente ama e conhece.

“Infelizmente, no debate do Código Florestal, os políticos ignoraram os alertas dos cientistas e os anseios da população. Escreveram um texto que vai contra a preservação florestal”, diz Paulo Adario, diretor da campanha Amazônia do Greenpeace. “A lei do Desmatamento Zero é a resposta da sociedade civil a esse atropelo.”

Acabar com o corte indiscriminado de árvores não é um sonho impossível. Tampouco impede o desenvolvimento. O Brasil se tornou a sexta economia do mundo, o maior exportador de carne e o segundo maior em grãos. E conseguiu esse feito ao mesmo tempo em que controlava o desmatamento na Amazônia: de um pico de 27 mil quilômetros quadrados em 2004, o índice caiu para cerca de 6.000 em 2011.

A lei do Desmatamento Zero, aliás, não pretende transformar em crime todo corte de árvore. Ela serve para proteger as florestas da derrubada em larga escala e permite o aproveitamento de madeira, desde que feita de forma sustentável, com acompanhamento técnico.

Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace Internacional, sustenta que a aprovação dessa lei colocará o Brasil em uma posição privilegiada. “Há vários países do mundo que pararam de desmatar suas florestas faz mais de um século”, disse. “Há novas potências econômicas surgindo. E, nessa corrida, o Brasil é indiscutivelmente a nação com mais condições de se destacar como a primeira potência econômica e ambiental da história.”

A campanha

Para acompanhar os primeiros passos da campanha do Desmatamento Zero, o navio Rainbow Warrior – lançado no ano passado com o que há de mais moderno e sustentável em navegação – acaba de chegar ao Brasil. Ele será uma plataforma para levar a questão a diversas cidades do país, servindo de plataforma para discussões e expondo os problemas que ainda assolam a maior floresta tropical do mundo.

É a primeira vez que esse navio visita o Brasil e seu roteiro inclui, além de Manaus, escalas em Belém, Recife, Salvador, Rio – onde participa da Rio+20, em junho – e Santos. Nessas cidades, o navio será aberto para visitação e palco de manifestações públicas e políticas.

Personalidades brasileiras como Camila Pitanga e Marcos Palmeira também entraram na campanha. Em vídeos, eles chamam os brasileiros para conhecerem a iniciativa e participarem.

Além de assinar e compartilhar a petição pela lei do Desmatamento Zero no site www.greenpeace.org.br, é também possível participar do desafio Liga das Florestas (www.ligadasflorestas.org.br), competição on-line para coletar assinaturas. Cada vez que uma pessoa convidar amigos ou compartilhar o desafio nas redes sociais, ela acumula pontos que podem virar prêmios como camisetas, ecobags ou bonés do Greenpeace.

Tags;Fonte,Greenpeace

Wednesday, March 21, 2012

Suba a bordo do novo Rainbow Warrior


Manaus é a primeira parada do Rainbow Warrior, mais novo e moderno navio de campanhas do Greenpeace em visita inédita que marca o 20o aniversário da organização no Brasil.
Neste fim de semana, o público terá a oportunidade de subir a bordo gratuitamente, conhecer a tripulação e participar das campanhas de proteção ambiental.
Terceiro navio do Greenpeace a ostentar o nome Guerreiro do Arco-Íris, o navio foi lançado em outubro do ano passado, mas já se tornou um ícone em sustentabilidade. Cada detalhe foi pensado para reduzir ao máximo seu impacto sobre o meio ambiente, desde o uso da força dos ventos como principal motor, até um sistema de tratamento de água e resíduos.
Seu motor de propulsão diesel-elétrica é acionado apenas sob condições climáticas desfavoráveis ou em ações que exijam potência máxima. Mesmo assim, o design inovador do casco permite que menos combustível seja gasto, com menos emissão de gases poluentes.
A construção do navio só foi possível graças ao apoio de mais de 3 milhões de colaboradores regulares do Greenpeace em todo o mundo, além de 100 mil doações específicas.
O navio estará atracado no porto de Manaus (Rua Marques de Santa Cruz, 25, Centro). A visitação é gratuita e acontece neste sábado e domingo, 24 e 25 de março, das 10h às 17h.
Depois de Manaus, o Rainbow Warrior passará por mais cinco cidades brasileiras: Belém, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e Santos. Confira a agenda:
Belém: 5 e 6 de maio
Recife: 26 e 27 de maio
Salvador: 2 e 3 de junho
Rio de Janeiro: 10, 16 e 17 de junho
Santos: 30 de junho e 1 de julho.Fonte;Greenpeace

Tuesday, March 20, 2012

Por todos, para todos


Numa só voz, artistas dão o tom da nova campanha do Greenpeace, e chamam a sociedade a participar. (© Flavio Zangrandi)

O mais novo – e verde – navio Rainbow Warrior, usado pelo Greenpeace, chega nesta terça-feira à capital do Amazonas, Manaus. E com ele uma nova empreitada pela proteção das florestas será lançada aos quatro ventos. De proporções nacionais, sai do forno uma campanha que contará com o apoio popular em cada cidade por onde passará o navio. Sensibilizados por uma causa que é de todos e movidos por um bem maior, figuras conhecidas do povo brasileiro também estão colaborando.

Rostos que vemos nas telas de cinema, TV e nos palcos estarão ao nosso lado, mostrando a verdadeira situação das florestas e chamando a sociedade a tomar parte. Artistas como Camila Pitanga e Marcos Palmeira já aderiram à campanha. Aguarde até a próxima quinta-feira, dia 22, e descubra o que eles têm em comum com o Greenpeace e a Amazônia.

Por incrível que pareça, as florestas não têm voz no Brasil, um país que possui mais da metade do seu território coberto por mata. Mas os brasileiros estão dispostos a falar – e zelar – pelo nosso maior patrimônio. Todos, num só coro, têm mais força. Seja bem-vindo a participar também. A sua colaboração é muito importante. O planeta agradece.Fonte;Greenpeace

O Rainbow Warrior chegou


Novo navio da frota Greenpeace, Rainbow Warrior faz sua primeira visita ao Brasil No Brasil pela primeira vez, o Rainbow Warrior cruza as águas do Rio Negro, na altura de Itacoatiara (AM) (©Greenpeace/Rodrigo Baleia) Mais novo navio da frota Greenpeace, o Rainbow Warrior visita pela primeira vez o Brasil em uma expedição de mais de três meses que comemora os vinte anos da organização no país. Cruzando hoje as águas do Rio Negro, na altura de Itacoatiara (AM), o navio atraca amanhã no porto de Manaus.

O Rainbow Warrior ficará no Brasil até 5 de julho e passará por Manaus, Belém, Recife, Salvador, Rio – onde participa da Rio+20 – e Santos. Nessas cidades, o público terá a oportunidade de subir a bordo, conhecer a tripulação deste ícone da proteção ambiental e saber mais sobre as campanhas do Greenpeace no Brasil.

Primeiro navio construído especificamente para ser usado pelo Greenpeace, o Rainbow Warrior traz tudo o que a organização precisa para levar suas campanhas a todas as partes do planeta.

Com 58 metros de comprimento e 11 de largura – o mesmo comprimento de duas baleias azuis –, ele transporta mais carga, mais tripulação e possui maior espaço operacional que suas duas versões anteriores. Ao mesmo tempo, é leve e ágil, chegando rapidamente onde está o problema.

O navio possui uma moderna central de telecomunicações por satélite. Por meio dela, o testemunho feito pelo Greenpeace e suas ações poderão ser comunicados em tempo real à imprensa internacional e ao público em geral desde os mais remotos locais do planeta. Um heliponto no convés permitirá agir também nas alturas, investigando e denunciando crimes ambientais.

Sob medida

A terceira geração do Rainbow Warrior –outros dois navios já foram batizados com o mesmo nome– foi lançada aos mares em outubro de 2011, após 27 meses de construção. Desde então, a embarcação é referência em sustentabilidade náutica. Cada detalhe foi pensado para ser energeticamente eficiente, sustentável e com a menor pegada de carbono possível, desde o tamanho de suas velas até o sistema de tratamento de água e resíduos.

Com dois mastros de 55 metros de altura e velas que, juntas, ocupam a mesma área de quatro quadras de tênis, o Rainbow Warrior aproveita ao máximo a energia dos ventos para se mover. Seu motor de propulsão diesel-elétrica é acionado apenas sob condições climáticas desfavoráveis ou em ações que exijam velocidade máxima. Mesmo assim, o design inovador do casco permite que menos combustível seja gasto, com menos emissão de gases poluentes.

A construção do navio só foi possível graças ao apoio de mais de 3 milhões de colaboradores regulares do Greenpeace em todo o mundo, além de 100 mil doações específicas.

Um guerreiro verde

Para a construção do novo Rainbow Warrior, o Greenpeace utilizou os mais modernos conceitos de sustentabilidade, que fazem do navio uma referência em redução da pegada de carbono. Conheça as principais características que o tornam mais verde:

O casco foi desenhado para reduzir atritos e aumentar sua eficiência energética, economizando combustível e aproveitando melhor a força dos ventos;
Tratamento biológico de água e esgoto;
Central de armazenamento de combustível e de óleos para evitar derramamento;
Reutilização do calor do motor e dos geradores para aquecer a água e as cabines da tripulação;
Equipamentos para o tratamento de gases de escape, que reduzem as emissões nocivas;
Motor de propulsão eletrônica a diesel, mais eficiente;
Pintura com tinta livre de TBT (substância de elevada toxicidade);
Refrigeração à base de amônia em lugar de CFC – gás de alta toxicidade e que afeta a camada de ozônio.

Visite o navio em seis cidades

O Greenpeace Brasil planejou uma série de atividades para o público nas seis cidades por onde o Rainbow Warrior passará. Em todas elas, será possível subir a bordo do navio, conversar com a tripulação e conhecer um pouco mais as campanhas em defesa do meio ambiente. Veja a seguir as cidades e datas de visitação:

Manaus: 24 e 25 de março
Belém: 5 e 6 de maio
Recife: 26 e 27 de maio
Salvador: 2 e 3 de junho
Rio de Janeiro: 10, 16 e 17 de junho
Santos: 30 de junho e 1o de julho
Fonte,Greenpeace

Desmatamento à vista


Desmatamento à vistaÀs vésperas da Rio+20 e com a votação do Código Florestal estagnada por conta de desentendimentos entre o Congresso e o governo, que não aceita alterações no texto que veio do Senado, o desmatamento na Amazônia mostra novamente as caras. De acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Imazon, foram detectados 107 km² de desmatamento na Amazônia Legal somente neste último mês de fevereiro. Esse número representa um aumento de 59% em relação a fevereiro de 2011, quando o desmatamento somou 67 km².

Um dos maiores devastadores de floresta para produção de gado e soja, o estado do Mato Grosso concentrou a maior parte do desmatamento no período (65%). O restante ocorreu em Rondônia (12%), Amazonas (10%), Roraima e Pará (7% cada). Os dados mostram que a degradação florestal, por sua vez, diminuiu 15% em comparação a fevereiro de 2011. A maioria (70%) dos 95 km² totais ocorreu em Mato Grosso, seguido por Rondônia (15%), Roraima (9%), Pará (5%) e Amazonas (1%).

Já no acumulado entre agosto de 2011 e fevereiro de 2012, um cenário mais favorável para as florestas: o desmatamento somou 708 km², uma redução de 23% com relação ao ano anterior (agosto de 2010 a fevereiro de 2011), quando o desmatamento chegou a 922 km². No mesmo período, a degradação florestal acumulada foi de 1.528 km². Em relação ao período anterior, quando a degradação somou 3.814 km², houve uma redução de 60%.

O desmatamento detectado nesse último mês comprometeu 6,6 milhões de toneladas de CO2. No acumulado do período, as emissões de CO2 equivalente vindas do desmatamento totalizaram 47 milhões de toneladas. Mesmo sendo números superlativos, isso representa uma redução de 14% em relação ao ano anterior.

O monitoramento do SAD neste último mês foi parco. Os satélites conseguiram dados de apenas 24% da área florestal na Amazônia Legal. O restante estava coberto por nuvens. Baixe aqui o dcoumento completo.Fonte;Greenpeace

Friday, March 16, 2012

Pede pra sair


Ativistas do Greenpeace derramam óleo na porta da Chevron, no Rio de Janeiro, para protestar contra o acidente no Campo do Frade ©Greenpeace/Gilvan BarretoA Chevron anunciou a suspensão de suas atividades no Brasil. Após terem sido identificados novos vazamentos de petróleo na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro a empresa decidiu que precisa estudar melhor a geologia do local. Foram encontrado três pontos de vazamento em uma fissura até então desconhecida. Os novos pontos estão a aproximadamente 3 km do poço MUP-1, onde aconteceu o acidente que jogou mais de 2 mil litros de petróleo no mar, em novembro do ano passado.
A Chevron, empresa responsável pela exploração de óleo na região, informou o Ibama sobre a existência da nova fissura e técnicos do órgão ambiental e da Agência Nacional de Petróleo (ANP) ainda estão analisando se esse vazamento está relacionado ao primeiro acidente.
De acordo com o comunicado da petroleira ao Ibama, embarcações estão monitorando a área e dispersam as manchas locais, foram cerca de 10 litros que vazaram. Na semana passada, a Chevron enviou o relatório sobre o primeiro vazamento para a ANP, que informou que a petroleira continua proibida de perfurar no Brasil por não ter atendido aos requisitos de segurança.
O tema da exploração de petróleo na camada pré-sal continua sendo delicado já que o controle e a contenção de petróleo no caso de acidentes são muito difíceis. São necessárias medidas de prevenção mais rígidas e, até que a segurança do pré-sal esteja totalmente garantida, é melhor a ANP não deixar nenhuma empresa explorar petróleo na região.
Confira a matéria completa aqui.Fonte;Greenpeace

Thursday, March 15, 2012

Santuário ameaçado


A empresa franco-britânica Perenco deu início à exploração de petróleo na zona de maior biodiversidade do Atlântico Sul. Greenpeace manda seu recado do alto O Greenpeace mandou uma mensagem contundente à Perenco, primeira empresa à perfurar poços de petróleo em Abrolhos (©Greenpeace / Marizilda Cruppe / EVE) A petroleira Perenco foi surpreendida no início da noite desta segunda-feira com um contundente recado do Greenpeace: “Abrolhos sem petróleo. Fora Perenco”.

A mensagem projetada na fachada da Torre do Rio Sul, um dos mais antigos shoppings da capital fluminense, onde se localiza a sede brasileira da empresa anglo-francesa, era um protesto contra o início da exploração de óleo no maior santuário marinho do Atlântico Sul, localizado no litoral baiano.

Esta é a segunda vez que o Greenpeace protesta contra a empresa. Em agosto passado, os ativistas se fantasiaram de baleias e bateram na porta da Perenco cobrando uma resposta sobre o fim da exploração de óleo em Abrolhos. A empresa, porém, jamais se pronunciou.

Assine a petição contra a exploração de petróleo em AbrolhosA Perenco recebeu em novembro passado autorização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e os Recursos Naturais Renováveis) para iniciar a perfuração de oito poços em alto mar. A operação teve inicio pela perfuração de dois poços nos blocos BM-ES-37 e BM-ES-38, ambos localizados dentro da área de moratória exigida pelo Greenpeace em Abrolhos.

No primeiro poço, a perfuração atingiu 4.894 metros e no segundo 5.100 metros. A viabilidade econômica dos dois poços ainda está em avaliação.

O licenciamento ambiental foi aprovado sem um plano de ação específico para casos de acidente. O IEA (Estudo de Impacto Ambiental) apresentado pela Perenco ao Ibama para conseguir a licença de perfuração identifica um risco alto e moderado de vazamento de óleo em uma zona de movimentação de baleias jubarte e de quelônios.

O mesmo documento mostra que 19,4% da área de reprodução de baleias, dentro da área de moratória , poderá ser impactada por um eventual vazamento durante qualquer uma das etapas da exploração dos blocos.

“A aprovação para perfuração em Abrolhos é um grande erro e vai na contramão dos avanços que se espera do governo brasileiro para a proteção de Abrolhos, esta zona de extrema importância ecológica”, disse Leandra Gonçalves, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.

“A Perenco sempre ignorou nosso pedido de moratória da exploração de petróleo em Abrolhos. A mensagem de hoje, portanto, é um alerta à empresa de que continuamos atentos a suas movimentações neste santuário marinho. Também é uma maneira de mostrar à população os riscos que a indústria do petróleo e gás está levando para a zona de maior biodiversidade do mar brasileiro.”Licenciamento precipitado

Todo o movimento de licenciamento para a Perenco aconteceu à revelia de discussões entre o MMA (Ministério do Meio Ambiente), o MME (Ministério de Minas e Energia), os governos Estaduais e com a Petrobras sobre maneiras de garantir uma maior proteção ao banco dos Abrolhos.

Em novembro passado, durante reunião entre o Greenpeace com o então diretor de exploração da Petrobras, Guilherme Estrella, a empresa garantiu que o entorno de Abrolhos, devido a sua formação geológica e sua importância em termos de biodiversidade, não era de interesse da empresa.

O mesmo entendimento parece ter a nova presidente da Petrobras, Graça Foster. Em entrevista à jornalista Miriam Leitão (Espaço Aberto, Globo News, 8/3/2012), Foster reitera a importância de Abrolhos e afirma que a empresa vai respeitar os limites de exclusão necessários para proteger sua biodiversidade.

“Existe uma discussão de que se faça um afastamento de 50 km no entorno de Abrolhos. Se 50 km é dispor de um distanciamento para a área de proteção ambiental, que seja. Se for 100 km, também. Se não puder [explorar em Abrolhos], também... [A exploração em Abrolhos] não perturba o resultado da indústria de petróleo. Não é isso que vai reduzir os resultados de nossos acionistas.”

O Banco dos Abrolhos

Criado em 1983, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos ocupa uma área aproximada de 266 milhas náuticas quadradas (91.300 ha). Ele é composto por duas áreas distintas: a parte maior compreende o parcel dos Abrolhos e o arquipélago dos Abrolhos, excluída a ilha Santa Bárbara, sob controle da Marinha. A parte menor corresponde aos recifes de Timbebas.Estudos recentes demonstraram que a extensão da biodiversidade do banco dos Abrolhos está muito além dos limites de proteção definidos pelo parque. O entorno da região, que abriga o maior banco de corais do Atlântico Sul, encontra-se completamente desprotegido. Além disso, a ANP (Agência Nacional do Petróleo) loteou a área, dando concessões a 10 empresas para explorarem óleo e gás em 13 blocos dentro da área para a qual se pede uma moratória. Atualmente, não há restrições legais para que novos blocos sejam ofertados em futuros leilões.

A área de moratória, de aproximadamente 93 mil quilômetros quadrados, foi estabelecida pelo Greenpeace a partir do estudo chamado Megadiversidade, realizado pela ONG Conservação Internacional e por pesquisadores independentes. A metodologia utilizada foi a dispersão de gotas de óleo em diversas regiões, levando em consideração o sistema de ventos e correntes marinhas. Daí se definiu a extensão que um eventual vazamento pode atingir.

Sobre a Perenco

Com operações onshore e offshore em todo o mundo, a Perenco produz cerca de 250 mil barris de petróleo por dia. A empresa está presente em 16 países: Austrália, Belize, Brasil, Congo, Camarões, Congo, Equador, Egito, Gabão, Guatemala, Iraque, Peru, Tunísia, Turquia, Reino Unido e Venezuela.

Sócia do empresário Eike Batista, a Perenco é ainda uma desconhecida no Brasil. Seu ingresso no país se deu somente após a 9a rodada de concessão da ANP, de 2008. Nela a empresa adquiriu cinco concessões, todas de exploração em águas profundas e duas delas na área de moratória de Abrolhos.Fonte;Greenpeace

Corrente antinuclear


Protestos pelo mundo marcaram um ano do acidente de Fukushima, no Japão. No Rio, uma corrente humana pedia o fim da energia suja. Foto: © Ivo Gonzales / Greenpeace. No aniversário de um ano do acidente nuclear de Fukushima, no Japão, manifestações tomaram as ruas de mais de cem cidades ao redor do mundo. Em locais estratégicos de vários países foi realizada uma corrente humana contra a expansão do uso de energia nuclear no país, uma das formas de geração de energia mais danosas para o ser humano e o meio ambiente.

No Brasil, os protestos ocorreram no Rio de Janeiro, Angra dos Reis – onde já existem duas usinas nucleares –, São Paulo, Manaus, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília, João Pessoa, Recife e Caetité – cidade que abriga a única mina de urânio do país.

No Rio, organizações como o Greenpeace e o Partido Verde reuniram cerca de cem manifestantes no Posto 9 da praia de Ipanema, na zona sul. Alguns deles tinham os rostos pintados de caveiras em referência às mortes causadas por acidentes nucleares. O grupo está reunindo assinaturas em todo o país para um projeto de lei, a ser apresentado ao Congresso, que pede o fechamento das usinas nucleares Angra 1 e 2, a suspensão das obras de Angra 3 e a desistência das usinas programadas para serem criadas no Nordeste.

O objetivo da ação é chamar a atenção de governantes para os riscos de acidentes em usinas nucleares, como o ocorrido no norte do Japão ou o de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, quando mais de 4 mil pessoas foram contaminadas e dezenas morreram.

“Em vários países está havendo uma revisão da política energética. Na Alemanha, por exemplo, fecharam usinas e desistiram de construir novas. Queremos mobilizar a sociedade e pressionar o Congresso brasileiro para não aprovar as futuras usinas que o governo quer construir no Nordeste. Há muito potencial para gerar energia a partir da biomassa. A energia solar é quase inexplorada e só agora a eólica começa a ser desenvolvida. Não precisamos dessa energia suja que gera lixo atômico”, defendeu Pedro Torres, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace.

No local do protesto foram estendidos cartazes que pediam à chanceler alemã, Angela Merkel que boqueie o financiamento de empresas de reatores nucleares em outros países. “Cobramos do governo alemão que se mantenha coerente com sua política energética nacional. Se lá a energia nuclear não serve, eles não devem incentivar essa energia no país dos outros”, disse Torres.Fonte;Greenpeace

Thursday, March 8, 2012

À sombra do Frankstein (anti) Florestal


O deputado Paulo Piau, aliado da bancada ruralista, promete desfigurar ainda mais o texto do Código Florestal. Foto: Beto Oliveira / Agência Câmara.
A novela Código Florestal parecia estar prestes a acabar. O governo se diz satisfeito com o texto do Senado e apressado para votar logo a matéria para não congestionar com a Rio+20. Mas os deputados, insatisfeitos com a barganha de cargos da presidente Dilma Rousseff, não estão lá muito preocupados com a imagem do Brasil na conferência internacional, e querem mudanças radicais no projeto. Uma delas é a volta da Emenda 164, que dá poder aos estados para definirem o que pode ou não ser cultivado em Áreas de Preservação Permanente (APP).

O relator Paulo Piau (PMDB-MG) é o mesmo deputado autor da polêmica emenda, aprovada na Câmara no fatídico dia 25 de maio de 2011. A nova votação está marcada para a próxima terça-feira (13), mas o texto ainda não foi apresentado. Na tarde de ontem, Piau circulou para alguns parlamentares um documento com pontos que foram alterados no seu relatório. Por conta das imensas divergências que ainda existem, ele não apresentou, nessa prévia, as questões mais controversas que ainda deverão entrar, como a própria Emenda 164. Mesmo assim, o pacote de subversões já é bastante generoso.

Grosso modo, ele refaz as definições gerais da lei – uma das poucas conquistas do texto do Senado –, deixando a abordagem jurídica do Código Florestal mais frágil e fácil de ser contestada pelos infratores. Como exemplo dessa manobra, ele retira a parte que diz que a lei deve “consagrar o compromisso do País com o modelo de desenvolvimento ecologicamente sustentável (...)”. Ou seja, o modelo a ser adotado deve ser o que os grandes desmatadores do agronegócio querem: benefícios a curto prazo e degradação progressiva das florestas.

Ele também estende benefícios que eram exclusivos da agricultura familiar e dos pequenos produtores, como as plantações em várzea, a todos os proprietários. Além disso, o texto retoma a discussão sobre o aumento de poder aos estados para legislar, definindo regras que seriam de caráter da União. Este, ponto considerado inconstitucional por juristas como o ex-ministro Nelson Jobin e o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Herman Benjamin.

A discussão, portanto, está longe de ser concluída. O Código corre o risco de ser ainda mais deformado e a bancada ruralista está empenhada nisso. A sociedade continua pedindo para ser ouvida e exigindo o veto da presidente.

Assine a petição e peça também, pelo bem das nossas florestas.
Fonte;Greenpeace

Código Florestal: mobilização pede o veto


Manifestação em frente ao Congresso pede a Dilma que cumpra sua promessa de campanha e recuse o projeto ruralista do Código Florestal, prestes a sair do Congresso
Um banner com o escrito "#Veta Dilma!" foi estendido no gramado em frente ao Congresso Nacional. Os manifestantes cobraram as promessas de campanha da presidente. Foto: © Cristiano Costa / Greenpeace
O Código Florestal está definhando, e com ele as florestas brasileiras. Prestes a ser votado na Câmara dos Deputados, o texto que desfigura a principal lei ambiental do país foi alvo hoje de uma manifestação em Brasília, que reuniu movimentos sociais e organizações ambientalistas, pedindo à presidente Dilma que tome uma atitude pelo futuro da nação.

“Veta, Dilma”: essa foi a mensagem que manifestantes escreveram no gramado do Congresso hoje, com seus próprios corpos e em faixas, após uma marcha que começou na Catedral de Brasília e terminou na frente do Congresso Nacional, com a presença de cerca de 1,5 mil pessoas.

“Qualquer que seja o texto que a presidente Dilma irá receber do Congresso, ele conterá estímulos a mais desmatamento e anistias. Que a manifestação de hoje, junto com as que ocorreram em diversos outros locais do Brasil ao longo dessa semana, faça a presidente Dilma lembrar que prometeu, a todos os brasileiros durante sua campanha eleitoral, vetar qualquer mudança no Código Florestal que permita mais desmatamento. Estamos aqui hoje cobrando que ela cumpra a palavra”, diz Márcio Astrini, da Campanha Amazônia do Greenpeace.

A votação do projeto de lei na Câmara, último passo antes de o texto ser encaminhado à Presidência, , foi adiada para a próxima semana. Mas isso não muda o estrago já feito. “Qualquer texto que saia do Congresso será muito ruim. Lá o estrago já está feito e não há mais opções para as florestas. Por isso, a única solução é o veto presidencial a todo o projeto”, afirma Astrini.

O Congresso debate modificações no Código Florestal há anos. Apesar dos pedidos de cientistas, juristas, pequenos agricultores, ambientalistas, grupos religiosos e organizações sociais – basicament todos os setores que não têm interesses financeiros diretamente relacionados ao enfraquecimento da lei – para que o processo fosse realizado de forma responsável, o projeto de lei é recheado de problemas: ele estimula novos desmatamentos, desobriga a recuperação da grande maioria das áreas ilegalmente desmatadas, anula multas de criminosos e nada oferece a quem cumpriu a lei e protegeu as florestas existentes em suas terras.

Fonte;Greenpeace

Perdão milionário


Com novo Código Florestal, multas no valor de R$ 492 milhões, referentes a 333 mil hectares de floresta desmatada, serão anistiadas. Foto: © Marizilda Cruppe / Greenpeace
Prestes a ser votado na Câmara dos Deputados – última votação antes de cair nas mãos da presidente Dilma Rousseff –, o projeto do Código Florestal, se aprovado como está, pode levar à suspensão de três em cada quatro multas acima de R$ 1 milhão impostas pelo Ibama por desmatamento ilegal. Segundo o Jornal Folha de S. Paulo, em reportagem publicada nesta segunda-feira (5), 139 infrações superam essa quantia. Desse total, 103 serão suspensas com as novas regras, o que significa 75% de multas milionárias anistiadas. O valor total perdoado é de R$ 492 milhões, referentes à destruição de 333 mil hectares de floresta – o que equivale a duas cidades de São Paulo.

Pelo texto aprovado no Senado, serão perdoadas as multas aplicadas até 22 de julho de 2008, data em que entrou em vigor o decreto que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais, desde que seus responsáveis se cadastrem num programa de regularização ambiental. O valor da anistia chega a R$ 8,4 bilhões se forem contadas as multas de todos os valores. A maioria das infrações foi aplicada pelo Ibama entre 2006 e 2008. Nenhuma foi paga até hoje.

Somente os dez maiores desmatadores destruíram juntos 98 mil hectares e receberam multas no valor de R$ 166 milhões. O maior deles é Léo Andrade Gomes, do Pará. Ele derrubou 15 mil hectares de florestas, e sofreu infrações que somam R$ 32,2 milhões. O agricultor ainda nem chegou a ser encontrado pelo Ibama para receber a notificação. O ex-deputado federal Ernandes Amorim (PTB-RO) também está na lista das multas milionárias. Ele deve R$ 2,4 milhões por danos ambientais numa área de 1.600 hectares.

A proposta ruralista que anistia crimes ambientais criará precedentes que estimularão a exploração predatória das florestas. Se as infrações já não eram pagas, a situação irá piorar ainda mais. A anistia abre brechas inclusive para as multas que continuarem valendo. Auditores do Ibama, procuradores federais e cientistas, já assinalaram que isso irá atrasar ainda mais os processos administrativos e judiciais, além de sinalizar a impunidade, estimulando novos crimes.

Fonte;Greenpeace

Tuesday, March 6, 2012

Greenpeace aponta falhas de Angra


Além de defasado, o reator de Angra 3 não está equipado com medidas de segurança presentes nos utilizados na Europa e nos Estados Unidos
Ativistas do Greenpeace Brasil diante do complexo nuclear de Angra em protesto de 2009 contra a construção de um novo reator (© Greenpeace / Alex Carvalho)
O Greenpeace Alemanha divulgou um estudo que avalia a possibilidade de uma catástrofe nuclear acontecer em Angra 3 e suas possíveis consequências. Elaborado pelo físico brasileiro Francisco Côrrea, ex-professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da Universidade de São Paulo, expõe as falhas existentes no projeto da usina nuclear e explica que a ausência de certos componentes essenciais de segurança poderiam fazer com que o Brasil tivesse uma catástrofe ainda maior do que a de Fukushima.


A usina de Angra 3 foi projetada com equipamentos defasados - o plano data da década de 1970 - e que não estão preparados para eventuais terremotos, tsunamis, tornados e furacões. Apesar da incidência de desastres naturais desses tipos ser baixa no Brasil, Côrrea ressalta que o local escolhido para a construção da usina se encontra em uma zona onde frequentemente ocorrem deslizamentos de terra e inundações durante a época de chuvas no verão.

Além disso, relembra o episódio do furacão que atingiu a costa de Santa Catarina, em março de 2004, com ventos de quase 160 km/h, e das quatro trombas d’água no Rio de Janeiro – nos anos de 2001, 2005, 2006 e 2009, respectivamente – e que seriam capazes de danificar a estrutura de Angra 3, causando um acidente como o que aconteceu no Japão.

Uma das lições aprendidas com a tragédia japonesa é a de que a segurança da estocagem do combustível é essencial e tal critério não está sendo pensado para a nova usina brasileira, segundo o pesquisador. O armazenamento deve contar com provisão de água suficiente para resfriar o reator, uma vez que a fissão nuclear permanece ocorrendo mesmo após a interrupção na geração da energia. A usina de Fukushima foi atingida por um tsunami e o sistema de resfriamento foi avariado, a água usada no resfriamento se tornou vapor de alta temperatura, liberando hidrogênio, altamente inflamável, que causou as explosões.

No planejamento dos critérios de segurança de Angra 3 também não foram previstos acidentes envolvendo a queda de um avião, explosões ou incêndios próximos ao reator. E, de acordo com o estudo, o licenciamento da usina foi aprovado antes mesmo que fosse possível saber quais são as reais consequências de um acidente nuclear na região já que a análise de riscos não foi feita especificamente para Angra.

Na verdade, foi elaborada com base nas condições alemãs, imaginando a instalação da usina em planícies e não em uma região montanhosa como a de Angra dos Reis. Além disso, não utilizou a experiência brasileira com Angra 2, apesar das duas usinas terem plantas idênticas e o mesmo sistema operacional. Outra falha é a ausência de um estudo que meça os riscos de se instalar três usinas nucleares próximas.

Segundo o relatório de Côrrea, Angra 3 não passaria por dois dos critérios que estão sendo utilizados pela Eletronuclear, a empresa brasileira que pretende instalar a usina, para escolher locais seguros para a construção de plantas nucleares. Estas não podem ser instaladas em aquíferos ou próximas a falha geológicas e não podem estar próximas a locais densamente povoados com mais de 50 mil habitantes.

Ainda, o local onde a construção é planejada não facilita a evacuação da população em caso de acidente. A rodovia que seria utilizada para emergência seria a BR 101, ainda muito precária. A dificuldade para deslocar os habitantes tornaria a catástrofe ainda pior do que a de Fukushima, onde os moradores conseguiram ser mobilizados e levados para locais mais seguros. No caso do Brasil, eles ficariam confinados, sem poder receber ajuda e expostos à material radioativo.

Côrrea critica as falhas técnicas e de planejamento de Angra 3 e a falta de transparência com que o governo brasileiro lida com a questão. Uma das maiores deficiências da segurança nuclear brasileira passa pela criação de uma agência nuclear reguladora realmente independente do governo e dos políticos, o que ainda não existe no Brasil.

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) é responsável por emitir as licenças, supervisionar e controlar a atividades nucleares. As Indústrias Nucleares Brasileiras (INB) são parte da Comissão e estão envolvidas na cadeia produtiva do urânio, consequentemente, a CNEN tem interesses comerciais em liberar os licenciamentos já que é fornecedora de combustível para os reatores da Eletronuclear. Enquanto não houver transparência não será possível saber o quão segura é Angra 3.

Fonte;Greenpeace

Nuclear? Nem com o dinheiro dos outros


Ativistas do Greenpeace Alemanha protestam contra política externa do país, que apoia a construção de usinas nucleares em todo o mundo, inclusive no Brasil
Ativistas do Greenpeace e de outros movimentos antinuleares protestaram sábado passado em diversas cidades da Alemanha contra o financiamento do público para a construção de usinas nucleares em outros países, como o Brasil.
Apesar de a chanceler alemã Angela Merkel ter anunciado que, até 2022, não haverá mais energia nuclear na Alemanha, ela não suspendeu em definitivo a antiga parceria com o Brasil, que receberá 1,3 bilhões de euros para instalar Angra 3.

Parceiros atômicos desde a década de 1970, Brasil e Alemanha acordaram um valor equivalente a 41,4% do custo da usina de Angra 3. O financiamento viria de uma associação de bancos europeus, com garantia de empréstimo dada pela Hermes, agência estatal de crédito alemã.

O projeto de Angra 3, concluído há cerca de quatro décadas, não passou por atualização de acordo com padrões mais modernos de segurança. A nova usina será construída com tecnologia defasada, sem uma análise de riscos detalhada e específica, em um local onde frequentemente ocorrem deslizamentos de terra e inundações durante a época de chuvas no verão.

Hoje, a presidente Dilma Roussef está em Hannover, onde fica até o dia 6 de março, para participar da inauguração da Feira Internacional de Tecnologia de Informação, Telecomunicações, Software e Serviços (CeBIT), e vai se reunir com Merkel para discutir temas como a crise econômica europeia, desenvolvimento sustentável e energia.

“Cabe à nossa presidenta optar por energias limpas e renováveis, como a eólica e a solar, e dizer não para o dinheiro alemão”, disse Pedro Torres, da campanha de clima e energia do Greenpeace. “O Brasil deve aproveitar seu enorme potencial de geração de energias renováveis e tomar a dianteira na pesquisa e desenvolvimento dessas fontes, abandonando definitivamente projetos como Angra 3", complementa
Fonte;Greenpeace

Lições de Fukushima, um ano depois

Documento mostra que milhares de pessoas em todo o mundo ainda vivem sob a ameaça de acidentes nuclearesAtivistas do Greenpeace em Luxemburgo lembram o primeiro ano do desastre nuclear de Fukushima (© Greenpeace / Christophe Hebting) Um ano após o desastre de Fukushima, no Japão, o mundo ainda não aprendeu a lição. Um relatório produzido pelo Greenpeace mostra que milhares de pessoas em todo o mundo ainda correm o risco de enfrentar acidentes nucleares. Intitulado “Lições de Fukushima”, o documento aponta que o acidente não foi causado por um desastre natural, mas por uma série de falhas do governo japonês, de órgãos reguladores e da indústria nuclear. “Embora causado pelo tsunami de 11 de março, o desastre de Fukushima foi, em última instância, culpa das autoridades japonesas, que optaram por ignorar os riscos e fazer dos negócios uma prioridade mais alta que a segurança”, disse Jan Vande Putte, da campanha de energia nuclear do Greenpeace Internacional. “Este relatório demonstra que a energia nuclear é insegura e que os governos são rápidos em aprovar reatores, mas continuam mal preparados para lidar com problemas e proteger as pessoas de desastres nucleares. Esta situação não mudou desde o desastre de Fukushima e é por isso que milhares de pessoas continuam expostas a riscos nucleares.” O relatório chega a três importantes conclusões para explicar a tragédia e suas consequências. A primeira delas é que as autoridades japonesas e a empresa que operava a planta nuclear de Fukushima conheciam, mas ignoraram, os riscos de um sério acidente. Em segundo lugar, ficou claro que, mesmo um país preparado para desastres de grandes proporções, como o Japão, ficam de mãos atadas diante da magnitude de um desastre nuclear. Os planos de emergência nuclear e de evacuação falharam em proteger os cidadãos. Por fim, centenas de milhares de pessoas ainda não puderam refazer suas vidas devido à falta de apoio e compensação financeira. O Japão é um dos poucos países onde, por lei, as empresas que operam as plantas nucleares são responsáveis por bancar os custos de um desastre. Na prática, após um ano da tragédia, os afetados pela tragédia continuam desamparados. Os contribuintes japoneses é que terminarão arcando com todos os custos. Corrente humana contra a energia nuclear O próximo domingo, 11 de março, marca o primeiro ano do desastre nuclear de Fukushima. O acidente promoveu uma revisão global dos padrões de segurança das usinas nucleares. Países como a Alemanha anunciaram um plano de desligamento de suas usinas. Na contramão deste processo, o Brasil dá continuidade à construção do terceiro reator do complexo de Angra e prevê a construção de mais plantas nucleares por todo o país. É por isso que o Greenpeace, juntamente com outras organizações e ativistas antinucleares, participa da Corrente Humana Contra a Energia Nuclear. O evento ocorrerá no próximo domingo e conta com participantes em mais de cem cidades do mundo. Em São Paulo, a concentração será no vão livre do MASP a partir das 9h30. No Rio de Janeiro, no Posto 9 de Ipanema, no mesmo horário. Você também pode fazer parte desta corrente. Compartilhe esta informação com seus amigos e junte forças por um Brasil livre da energia nuclear.
Fonte;Greenpeace

Friday, March 2, 2012

Madeira de lei fora da lei

Em investigação sigilosa, o Greenpeace descobriu que a Asia Pulp and Paper, terceira maior produtora de papel do mundo, continua desmatando ilegalmente e pondo em risco espécies já ameaçadasOs famosos tigres de Sumatra, espécie em extinção, estão sendo dizimados por conta do desmatamento das florestas tropicais da Indonésia. A Asia Pulp and Paper é uma das principais causadoras dessa tragédia. Foto: © Melvinas Priananda / Greenpeace O Greenpeace apresenta ao mundo mais um capítulo da luta contra a destruição das florestas tropicais da Indonésia. Em um ano de investigação sigilosa, foi descoberto que a terceira maior produtora de papel e celulose do mundo, a Asia Pulp And Paper (APP), tem violado sistematicamente a lei da Indonésia para proteção das madeiras de lei – espécies mais resistentes empregadas principalmente na construção civil, a exemplo do Mogno –, e a lista de árvores protegidas internacionalmente, definida na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora (CITES, na sigla em inglês). O escândalo expõe importantes marcas como Xerox, National Geographic e Danone, como compradores e multiplicadores dessa cadeia criminosa. Ao longo do ano de 2011 foram feitas inúmeras visitas à fábrica Indah Kiat Perawang, da APP, onde numerosas toras de madeira de lei foram encontradas, misturadas a outras espécies da floresta à espera de terem sua polpa – a celulose – retirada. Foram colhidas amostras de 46 exemplares, que tiveram a ilegalidade confirmada pelo internacionalmente reconhecido Instituto de Tecnologia e Biologia da Madeira, da Universidade de Hamburgo, na Alemanha.
“Pegamos a Ásia Pulp and Paper em flagrante. Esta investigação mostrou que a sua principal fábrica de celulose é recheada de madeira de lei retirada ilegalmente. Isso mostra como é contraditório o seu pedido público por uma “Tolerância zero” para a madeira ilegal”, afirmou Bustar Maitar, diretor da Campanha de Florestas do Greenpeace Indonésia. A análise do Greenpeace mostra que, desde que a retirada de madeira de lei foi proibida em 2001, pelo menos 180 mil hectares da floresta de turfa da Sumatra – uma área que corresponde a mais de duas vezes a cidade de Nova York – foram desmatados em concessões agora controladas pela APP. Essas florestas são um habitat crítico para as madeiras de lei, bem como para espécies em perigo, incluindo o tigre de Sumatra, do qual restam apenas 400 hoje soltos na selva. Como parte da investigação, grandes empresas têm sido implicadas no escândalo internacional envolvendo a destruição das florestas tropicais pela APP. Testes independentes e pesquisas fornecidas feitas em produtos de papel de empresas como Xerox, Walmart, Acer mostram que eles contêm fibras de florestas tropicais da Indonésia. Estes produtos foram fabricados utilizando papel fornecido pela usina Indah Kiat Perawang, a mesma denunciada por posse de madeira de lei ilegal. “A APP está minando o Estado de Direito na Indonésia. O Greenpeace pede ao governo para apreender imediatamente todas as toras de madeira de lei ilegais em operação pela APP na Indonésia. As evidências foram fornecidas às autoridades para ajudar em seus esforços para melhorar a governança no setor. Qualquer empresa que compre da APP deve se distanciar deste escândalo florestal e parar de comprar dela até que torne limpas as suas transações”, concluiu Maitar. O relatório da investigação do Greenpeace foi entregue ao Ministério do Meio Ambiente do país, e também será passado à polícia indonésia.Fonte;Greenpeace