Thursday, March 15, 2012

Corrente antinuclear


Protestos pelo mundo marcaram um ano do acidente de Fukushima, no Japão. No Rio, uma corrente humana pedia o fim da energia suja. Foto: © Ivo Gonzales / Greenpeace. No aniversário de um ano do acidente nuclear de Fukushima, no Japão, manifestações tomaram as ruas de mais de cem cidades ao redor do mundo. Em locais estratégicos de vários países foi realizada uma corrente humana contra a expansão do uso de energia nuclear no país, uma das formas de geração de energia mais danosas para o ser humano e o meio ambiente.

No Brasil, os protestos ocorreram no Rio de Janeiro, Angra dos Reis – onde já existem duas usinas nucleares –, São Paulo, Manaus, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília, João Pessoa, Recife e Caetité – cidade que abriga a única mina de urânio do país.

No Rio, organizações como o Greenpeace e o Partido Verde reuniram cerca de cem manifestantes no Posto 9 da praia de Ipanema, na zona sul. Alguns deles tinham os rostos pintados de caveiras em referência às mortes causadas por acidentes nucleares. O grupo está reunindo assinaturas em todo o país para um projeto de lei, a ser apresentado ao Congresso, que pede o fechamento das usinas nucleares Angra 1 e 2, a suspensão das obras de Angra 3 e a desistência das usinas programadas para serem criadas no Nordeste.

O objetivo da ação é chamar a atenção de governantes para os riscos de acidentes em usinas nucleares, como o ocorrido no norte do Japão ou o de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, quando mais de 4 mil pessoas foram contaminadas e dezenas morreram.

“Em vários países está havendo uma revisão da política energética. Na Alemanha, por exemplo, fecharam usinas e desistiram de construir novas. Queremos mobilizar a sociedade e pressionar o Congresso brasileiro para não aprovar as futuras usinas que o governo quer construir no Nordeste. Há muito potencial para gerar energia a partir da biomassa. A energia solar é quase inexplorada e só agora a eólica começa a ser desenvolvida. Não precisamos dessa energia suja que gera lixo atômico”, defendeu Pedro Torres, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace.

No local do protesto foram estendidos cartazes que pediam à chanceler alemã, Angela Merkel que boqueie o financiamento de empresas de reatores nucleares em outros países. “Cobramos do governo alemão que se mantenha coerente com sua política energética nacional. Se lá a energia nuclear não serve, eles não devem incentivar essa energia no país dos outros”, disse Torres.Fonte;Greenpeace

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