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Wednesday, June 20, 2012
“Marãiwatsédé é dos Xavante!”
A bordo do Rainbow Warrior, índios Xavante do Mato Grosso fazem ato para lembrar promessa não cumprida na ECO-92 para desocupação de suas terras
O cacique Damião Paridzané, durante ato no navio do Greenpeace. Foto: © Greenpeace/Rodrigo Paiva Na tarde desta terça-feira, 19, o Rainbow Warrior se transformou em palco para a manifestação de índios Xavante. Um grupo de índios realizou um ato no navio para lembrar promessa feita há duas décadas: durante a Eco 92, uma empresa italiana, que tinha comprado um latifúndio dentro do território indígena, prometeu, por pressão internacional, devolver a área a seus legítimos donos. Hoje, a já homologada Terra Indígena Marãiwatsédé, no Mato Grosso, continua tomada por fazendeiros.
“O Brasil está brincando com os povos indígenas. Nada acontece, não tiram o posseiro, não tiram o fazendeiro. É uma vergonha. Não podemos esperar mais 20 anos”, disse o cacique Damião Paridzané. Durante o ato, o grupo apoiou a campanha do Desmatamento Zero. A atriz Alexia Dechamps também estava presente para apoiar a causa.
“O que está acontecendo na Terra Indígena Marãiwatsédé não é exceção, é regra na Amazônia”, observa Tatiana de Carvalho, que coordena a campanha do Desmatamento Zero do Greenpeace. “Os Xavantes hoje vivem encurralados em uma área rodeada por devastação, o que tem um impacto direto no seu modo de vida. Os indios precisam da floresta para sobreviver.”
Desde a década de 1960, quando foram retirados à força de seu território, abrindo espaço para a invasão de latifundiários, os Xavante enfrentam uma série de conflitos e dificuldades. Daquela época em diante, cerca de 90% da terra foi desmatada – ela é considerada uma das mais destruídas da Amazônia.
“Enquanto na conferência oficial da ONU, as florestas ficaram de fora da discussão, na Amazônia o desmatamento continua. A lei do Desmatamento Zero é uma resposta da sociedade ao descaso de nossos governantes”, finaliza TatianaFonte;Greenpeace
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