xat
Wednesday, June 6, 2012
Você conhece a história de Marãiwatsédé?
“Antiga mata bonita”. O significado da palavra Marãiwatsédé define com precisão a Terra Indígena que nomeia. No norte de Mato Grosso, na região conhecida como Vale do Araguaia, o local que abriga cerca de mil Xavantes é uma terra arrasada.
Os peixes que alimentam a população chegam de carro: com rios secos ou contaminados, os indígenas não pescam mais. Periodicamente, um veículo carregado de pesca vende o produto na aldeia. É assim também para a construção das malocas. Sem florestas ao redor – 85% do território foi desmatado –, resta aos indígenas comprar paus, cipós e palhas no comércio fora dali.
Demarcada em 1993 e homologada em 1998, a Terra Indígena Maraiwatsede é o avesso do que a lei determina para uma TI. No papel, a legislação é clara ao proibir “qualquer pessoa estranha aos grupos tribais (...), assim como atividade agropecuária ou extrativa” nessas áreas. É o que mais se vê ali.
Em 2012, as promessas para devolução do território tradicional dos Xavante de Marãiwatsédé completam duas décadas, e o povo indígena estará na Rio +20 cobrando isso do governo e da Justiça. “O Brasil está brincando com os povos indígenas. Hoje a Justiça só está trabalhando através do dinheiro. Por isso nada acontece, não tiram o posseiro, não tiram o fazendeiro. É uma vergonha. Por isso, vamos cobrar duro, vamos pressionar”, avisa o cacique Damião Paridzané.
Investigações do Greenpece feitas nos ultimos três anos dá nome aos bois: a JBS, maior frigorífico do mundo, tem comprado gado de fazendas ilegais instaladas na Marãiwatsédé. E, com isso, tem jogado carne e couro brasileiros ilegais no mercado internacional. Grandes clientes da JBS na Europa, como Adidas, Clarks, Ikea, Princess, Sainsbury’s, Asda e Tesco anunciaram hoje ter quebrado contratos.
Os indigenas de Marãiwatsédé, porém, precisam de ajuda. E para isso, o maior número de pessoas tem que começar a conhecer sua história. Nesta quarta-feira, 6, às 11h, compartilhe a palavra #Maraiwãtsédé nas redes sociais, exigindo que o o governo retire imediatamente os fazendeiros da terra indígena.
Para saber mais detalhes sobre essa história e sobre a mobilização dos Xavante de Marãiwatsédé durante a Rio + 20, clique aqui. E assista o vídeo abaixo, que mostra a devastação que grandes empresas têm financiado nesse território.Fonte;Greenpeace
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment
Note: Only a member of this blog may post a comment.