Saturday, June 16, 2012

Desmatamento zero chega à Rio+20

Evento leva a iniciativa popular pela proteção total das florestas brasileiras para a Cúpula dos Povos e dá voz às centenas de milhares de pessoas que já assinaram a petição Populares assinam pelo Desmatamento Zero na Cúpula dos Povos ao lado da tenda do Greenpeace Foto: ©Greenpeace/Juliana Coutinho O desmatamento zero chegou à Rio+20. Um evento realizado nesta manhã, na tenda do Greenpeace na Cúpula dos Povos, reuniu atores da sociedade civil organizada para dar voz à iniciativa popular para proteger de vez as florestas do Brasil. Entidades tais como a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), assim como o governo do Amapá e lideranças políticas de defesa do meio ambiente prestigiaram o debate e expuseram o quão importante é o Brasil ter uma um projeto de nação que acabe com o desmate. O PV (Partido Verde) anunciou que já está nas ruas coletando assinaturas. “A campanha é uma resposta dos brasileiros à ofensiva em Brasília que acabou com o Código Florestal. Mostra também que as pessoas querem um futuro mais verde mesmo quando seus governantes decidem puxar o freio de mão e ignorar o que o mundo de fato necessita, como parece acontecer nestes dias no Rio”, afirma Marcio Astrini, da campanha da Amazônia do Greenpeace. O projeto tem como objetivo recolher 1,4 milhão de assinaturas de eleitores brasileiros para levar, ao Congresso Nacional, um projeto de lei popular, nos moldes do Ficha Limpa. Até agora, mais de 334 mil já deram seu apoio, além de políticos, artistas, organizações sociais e ambientais. Segundo Dom Guilherme Werlang, presidente da Comissão Pró-Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), agora deve-se “aproveitar o momento desta campanha de coleta de assinatura para fortalecer os movimentos sociais. Estamos vivendo um refluxo: eles não estão tão fortes e combativos como tempos atrás. É hora de reerguer esta luta. Povo forte é um povo consciente e participativo.”Nos últimos 3 meses, o Rainbow Warrior também serviu de plataforma de divulgação da iniciativa do desmatamento zero e angariou parceiros por onde passou, especialmente entre aqueles que dependem da floresta para sobreviver. A cada parada na Amazônia – como em Santarém, Porto de Moz, Gurupá e Belém – sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais, ONGs, grupos de extrativistas, agricultores familiares, quilombolas e lideranças indígenas deram seu suporte. Em Macapá, o governador Carlos Camilo Capiberibe foi o primeiro a assinar a iniciativa pelo desmatamento zero. O Amapá é o Estado amazônico que tem mais florestas preservadas em seu território, e assim quer permanecer. “Seus dois senadores, João Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), se opuseram às mudanças no Código Florestal, o que demonstra a preferência do Estado pela preservação.” Ambos também subscreveram a iniciativa pelo desmatamento zero. O diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo, destacou que “é uma insanidade não punir quem desmata, emprega mão de obra escrava e viola os direitos humanos.” Na sua avaliação, o esforço da população brasileira para entregar 1,4 milhão de assinaturas no parlamento é algo possível.;Fonte;Greenpeace

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