Tuesday, March 31, 2015

Kumi Naidoo deixa Greenpeace até final de 2015

Kumi Naidoo, diretor executivo do Greenpeace Internacional, anuncia que deixará o cargo até o final do ano.

 
Kumi Naidoo, diretor executivo do Greenpeace Internacional (©Denis Sinyakov/Greenpeace)

Depois de cinco anos e meio como diretor executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo anunciou hoje sua decisão de renunciar ao cargo. De acordo com o Conselho do Greenpeace Internacional, Kumi ficará o mais tardar até o dia 31 de dezembro de 2015, para garantir uma tranquila transição com seu sucessor. O Conselho embarca agora na difícil tarefa de procurar um substituto. Enquanto isso, Kumi continua atuando na liderança do Greenpeace e na promoção das campanhas da organização.
Desde novembro de 2009 como diretor executivo, Kumi Naidoo foi escolhido para representar o Greenpeace devido ao seu perfil e experiência em campanhas de direitos humanos e de justiça ambiental, assim como por oportunidades de engajamento criadas.
Isso por sua vez levou a mudanças nas campanhas do Greenpeace. Naidoo foi um dos que defendeu uma abordagem mais aberta e com mais participação popular para alcançar vitórias. Ele supervisionou a maior reestruturação da organização nos 44 anos de história do Greenpeace.
O Greenpeace quer ser uma força global em um futuro verde e pacífico e para isso foca os recursos da organização nos países onde as batalhas ambientais mais importantes estão acontecendo. Ao explicar sua decisão, Kumi Naidoo disse: “Liderar o Greenpeace tem sido um privilégio e uma das experiências mais recompensadoras da minha vida. A paixão e dedicação do pessoal do Greenpeace, voluntários e seus milhões de colaboradores deram a mim a coragem de que podemos mudar as crises que afligem nosso planeta antes que seja tarde demais. Os últimos cinco anos e meio foram tão exaustivos quanto recompensadores. Quando eu sair, estou ansioso por assumir um papel ainda mais importante no Greenpeace: como voluntário”.
Com relação ao futuro, ele disse: “Parte do meu plano é voltar à África do Sul e dar o meu apoio à crescente batalha por um futuro no qual há justiça energética. Levarei comigo a inestimável experiência de campanhas realizadas ao ter liderado o Greenpeace. Meu país está sem dúvida alguma enfrentando um dos mais prementes desafios desde que terminou o apartheid. O governo está colocando a enorme quantia de US$ 85 bilhões na mesa para a construção de usinas nucleares. Isto comprometeria meu país no perigoso caminho que pouco fará pela prestação de serviços de energia limpa para os cerca de um em cada cinco sul-africanos que não tem acesso a eletricidade. Como os últimos 60 anos têm mostrado, energia nuclear e democracia não se misturam. A África do Sul merece um futuro baseado no século XXI, com fontes de energia renováveis que não apenas protegem o meio ambiente, mas ajudam a criar trabalho e prosperidade econômica”.
Ana Toni, que preside o Conselho do Greenpeace Internacional, disse: “Nos últimos cinco anos, Kumi foi ao mesmo tempo um líder incrível bem como um embaixador para o Greenpeace. Ele construiu e fortaleceu pontes com outros grupos da sociedade civil que aumentaram a influência das campanhas do Greenpeace enormemente. Suas habilidades como negociador, facilitador e líder foram cruciais no apoio a mais extensa transformação na história do Greenpeace. E neste tempo a organização continuou a expandir. Em nome dos nossos apoiadores, voluntários e pessoal em todo o mundo, eu gostaria de agradecer o Kumi por sua incansável liderança".
Na busca por uma substituição, o Conselho do Greenpeace Internacional está contratando uma consultoria externa e lançará um amplo processo que envolverá uma profunda consulta interna e externa.

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