Lambe-lambes pela cidade ajudam a disseminar dicas de adaptação e
aumentar a pressão sobre o governo estadual. Manual de Sobrevivência
também é lançado neste Dia Mundial da Água
São Paulo enfrente a maior crise hídrica de sua história.
(© Bruno Fernandes / Greenpeace).
São Paulo amanheceu diferente nesse 22 de março, Dia Mundial da Água. Em
todos os cantos da cidade, muros, ruas, avenidas e viadutos,
lambe-lambes passam dicas e mensagens para nos adaptarmos à uma das
maiores crises ambientais da história da cidade: a falta de água nas
torneiras de milhões de paulistanos. Com bom humor, os lambes também
querem que a população pressione o governo estadual - o maior
responsável pela destruição dos mananciais que abastecem a cidade - para
o enfrentamento responsável da crise.
A ação tem o objetivo de informar, mobilizar e aumentar a consciência
sobre formas de adaptação e de responsabilização em relação à crise.
Trata-se de uma oportunidade da sociedade civil se mover em direção ao
uso consciente do recurso consciente e cobrar pelo abastecimento
prioritário da população e não apenas dos grandes consumidores.
Além de espalharmos os lambes pela cidade, também queremos que você
tenha autonomia de tomar essa iniciativa. Para isso, disponibilizamos o
material para ser colado em espaços públicos. É uma forma de intervenção
criativa e não-comercial na cidade, com o poder de despertar as pessoas
para reflexões que em geral não estão presentes no nosso cotidiano.
Vale ressaltar que lambe-lambe não é crime, mas é preciso cuidado sobre
onde e como colar sua mensagem por aí.
Neste link disponibilizamos um guia rápido de como preparar seu lambe-lambe. Imprima aqui
as artes, reúna seus amigos e se manifeste, a cidade é nossa! Não se
esqueça de fotografar seus lambe-lambes e espalhar pelas redes sociais
usando a hashtag #ÁguaParaTodos. A mudança está nas nossas mãos.
Como sobreviver à crise
Neste domingo também é lançado o “Manual de Sobrevivência para a Crise”, publicação da Aliança pela Água
(coalização da qual o Greenpeace é parte) que traz, em linguagem
simples, dicas práticas de economia de água no dia-a-dia, como
reutilizar água com segurança e como sobreviver se a torneira secar de
fato. “Nosso público-alvo são as populações mais carentes, que
geralmente não têm caixa-d’água e têm sido as mais afetadas pelos cortes
no fornecimento resultantes da redução na pressão da rede de
distribuição da Sabesp”, explica a jornalista Claudia Visoni, que
coordenou a redação do manual. “Mas as dicas servem para todo mundo.
Procuramos compilar soluções caseiras, baratas e fáceis de fazer”.
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