Kumi Naidoo, diretor executivo do Greenpeace Internacional, anuncia que deixará o cargo até o final do ano.
Kumi Naidoo, diretor executivo do Greenpeace Internacional (©Denis Sinyakov/Greenpeace)
Depois de cinco anos e meio como diretor executivo do Greenpeace
Internacional, Kumi Naidoo anunciou hoje sua decisão de renunciar ao
cargo. De acordo com o Conselho do Greenpeace Internacional, Kumi ficará
o mais tardar até o dia 31 de dezembro de 2015, para garantir uma
tranquila transição com seu sucessor. O Conselho embarca agora na
difícil tarefa de procurar um substituto. Enquanto isso, Kumi continua
atuando na liderança do Greenpeace e na promoção das campanhas da
organização.
Desde novembro de 2009 como diretor executivo, Kumi Naidoo foi
escolhido para representar o Greenpeace devido ao seu perfil e
experiência em campanhas de direitos humanos e de justiça ambiental,
assim como por oportunidades de engajamento criadas.
Isso por sua vez levou a mudanças nas campanhas do Greenpeace. Naidoo
foi um dos que defendeu uma abordagem mais aberta e com mais
participação popular para alcançar vitórias. Ele supervisionou a maior
reestruturação da organização nos 44 anos de história do Greenpeace.
O Greenpeace quer ser uma força global em um futuro verde e pacífico e
para isso foca os recursos da organização nos países onde as batalhas
ambientais mais importantes estão acontecendo. Ao explicar sua decisão,
Kumi Naidoo disse: “Liderar o Greenpeace tem sido um privilégio e uma
das experiências mais recompensadoras da minha vida. A paixão e
dedicação do pessoal do Greenpeace, voluntários e seus milhões de
colaboradores deram a mim a coragem de que podemos mudar as crises que
afligem nosso planeta antes que seja tarde demais. Os últimos cinco anos
e meio foram tão exaustivos quanto recompensadores. Quando eu sair,
estou ansioso por assumir um papel ainda mais importante no Greenpeace:
como voluntário”.
Com relação ao futuro, ele disse: “Parte do meu plano é voltar à
África do Sul e dar o meu apoio à crescente batalha por um futuro no
qual há justiça energética. Levarei comigo a inestimável experiência de
campanhas realizadas ao ter liderado o Greenpeace. Meu país está sem
dúvida alguma enfrentando um dos mais prementes desafios desde que
terminou o apartheid. O governo está colocando a enorme quantia de US$
85 bilhões na mesa para a construção de usinas nucleares. Isto
comprometeria meu país no perigoso caminho que pouco fará pela prestação
de serviços de energia limpa para os cerca de um em cada cinco
sul-africanos que não tem acesso a eletricidade. Como os últimos 60 anos
têm mostrado, energia nuclear e democracia não se misturam. A África do
Sul merece um futuro baseado no século XXI, com fontes de energia
renováveis que não apenas protegem o meio ambiente, mas ajudam a criar
trabalho e prosperidade econômica”.
Ana Toni, que preside o Conselho do Greenpeace Internacional, disse:
“Nos últimos cinco anos, Kumi foi ao mesmo tempo um líder incrível bem
como um embaixador para o Greenpeace. Ele construiu e fortaleceu pontes
com outros grupos da sociedade civil que aumentaram a influência das
campanhas do Greenpeace enormemente. Suas habilidades como negociador,
facilitador e líder foram cruciais no apoio a mais extensa transformação
na história do Greenpeace. E neste tempo a organização continuou a
expandir. Em nome dos nossos apoiadores, voluntários e pessoal em todo o
mundo, eu gostaria de agradecer o Kumi por sua incansável liderança".
Na busca por uma substituição, o Conselho do Greenpeace Internacional
está contratando uma consultoria externa e lançará um amplo processo
que envolverá uma profunda consulta interna e externa.
xat
Tuesday, March 31, 2015
Um guerreiro no céu
No último final de semana, mais um guerreiro partiu deste mundo. O
Greenpeace está em luto pelo falecimento do companheiro de ativismo
Fabiano Romero Obregón, aos 39 anos, na madrugada deste domingo (29/03).
A trajetória de Fabiano começou no Greenpeace em 1997, na área de captação de recursos e suporte aos colaboradores. Sempre muito engajado com a proteção ao meio ambiente e o trabalho da organização, participou de diversas atividades, expedições e ações diretas ao longo dos anos. Contribuiu muito para o crescimento do Greenpeace no Brasil. Em 2013, foi buscar novos desafios em outra ONG ambientalista, a WWF.
Fica um grande vazio para todos aqueles que conheceram o Fabiano, mas temos certeza de que onde quer que eles esteja ele estará nos ajudando a construir o mundo melhor que tanto queremos.
Fabiano deixa esposa e uma filha. Figura marcante e muito carismática, deixará muita saudade. Descanse em paz, guerreiro.
A trajetória de Fabiano começou no Greenpeace em 1997, na área de captação de recursos e suporte aos colaboradores. Sempre muito engajado com a proteção ao meio ambiente e o trabalho da organização, participou de diversas atividades, expedições e ações diretas ao longo dos anos. Contribuiu muito para o crescimento do Greenpeace no Brasil. Em 2013, foi buscar novos desafios em outra ONG ambientalista, a WWF.
Fica um grande vazio para todos aqueles que conheceram o Fabiano, mas temos certeza de que onde quer que eles esteja ele estará nos ajudando a construir o mundo melhor que tanto queremos.
Fabiano deixa esposa e uma filha. Figura marcante e muito carismática, deixará muita saudade. Descanse em paz, guerreiro.
Saturday, March 28, 2015
Dia de Sol na Benedito Calixto
A tradicional feira de artesanato e antiguidades da Praça Benedito
Calixto contou com um expositor diferente hoje. Entre os mais de 300
participantes habituais, havia uma barraca verde que chamava a atenção
de quem passava: eram os voluntários do Greenpeace que levaram
carregadores solares de celular e tablets e, mais do que isso,
conhecimento para compartilhar sobre a energia solar.
Durante o sábado, eles falaram sobre os benefícios da energia solar, mostraram na prática o que os raios que nos iluminam podem fazer e ainda explicaram o projeto de instalação de painéis solares em duas escolas públicas.
Durante o sábado, eles falaram sobre os benefícios da energia solar, mostraram na prática o que os raios que nos iluminam podem fazer e ainda explicaram o projeto de instalação de painéis solares em duas escolas públicas.
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Dia de Sol na Benedito Calixto
A tradicional feira de artesanato e antiguidades da Praça Benedito Calixto contou com um expositor diferente hoje. Entre os mais de 300 participantes habituais, havia uma barraca verde que chamava a atenção de quem passava: eram os voluntários do Greenpeace que levaram carregadores solares de celular e tablets e, mais do que isso, conhecimento para compartilhar sobre a energia solar.
Durante o sábado, eles falaram sobre os benefícios da energia solar, mostraram na prática o que os raios que nos iluminam podem fazer e ainda explicaram o projeto de instalação de painéis solares em duas escolas públicas.
Para que este projeto se torne realidade, precisamos da sua ajuda! Acesse www.greenpeace.org.br/escolasolar e colabore para que o futuro do Brasil e dessas crianças seja mais renovável!
Friday, March 27, 2015
Povos indígenas, uni-vos!
Marque na agenda: entre 13 e 16 de abril ocorrerá a semana de
Mobilização Nacional Indígena, convocada pela Apib com o apoio do
Greenpeace e de diversas organizações.
Arte: Mobilização Nacional Indígena
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) está convocando toda sociedade brasileira para a semana de Mobilização Nacional Indígena, de 13 a 16 de abril. Estão previstas manifestações em todas as regiões do país e em Brasília, onde ocorrerá o Acampamento Terra Livre (ATL). A mobilização é apoiada por inúmeras organizações da sociedade civil e movimentos sociais. Os direitos indígenas e de populações tradicionais, como os quilombolas, estão ameaçados em distintos âmbitos do Estado e por setores poderosos da sociedade.
O ATL reúne, há mais de 11 anos, na capital federal, cerca de mil representantes de diversos povos indígenas, com o objetivo de mostrar não apenas a sua diversidade e riqueza sociocultural, mas também reafirmar a luta dos povos pela garantia de seus direitos, que devem ser mantidos e efetivados, em respeito à Constituição Federal e à legislação internacional de proteção e promoção dos Direitos Humanos, que inclui a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas.
Leia a convocatória da mobilização e um análise da conjuntura elaboradas pela Apip no Blog da Mobilização Nacional Indígena.
Arte: Mobilização Nacional Indígena
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) está convocando toda sociedade brasileira para a semana de Mobilização Nacional Indígena, de 13 a 16 de abril. Estão previstas manifestações em todas as regiões do país e em Brasília, onde ocorrerá o Acampamento Terra Livre (ATL). A mobilização é apoiada por inúmeras organizações da sociedade civil e movimentos sociais. Os direitos indígenas e de populações tradicionais, como os quilombolas, estão ameaçados em distintos âmbitos do Estado e por setores poderosos da sociedade.
O ATL reúne, há mais de 11 anos, na capital federal, cerca de mil representantes de diversos povos indígenas, com o objetivo de mostrar não apenas a sua diversidade e riqueza sociocultural, mas também reafirmar a luta dos povos pela garantia de seus direitos, que devem ser mantidos e efetivados, em respeito à Constituição Federal e à legislação internacional de proteção e promoção dos Direitos Humanos, que inclui a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas.
Leia a convocatória da mobilização e um análise da conjuntura elaboradas pela Apip no Blog da Mobilização Nacional Indígena.
O Jaraguá é Guarani
Índios que aguardam a demarcação de suas terras vivem em espaço de 1,7
hectare; mesmo assim Justiça determina reintegração de posse da Tekoa
Itakupe
Criança Guarani em frente a uma casa, na TI Jaraguá (Fonte: Site Campanha Guarani)
A qualquer momento a aldeia Sol Nascente, chamada pelos indígenas Guarani de Tekoa Itakupe, pode passar por reintegração de posse e ser despejada. A Justiça Federal ordenou o cumprimento imediato da decisão do Tribunal Regional Federal (TRF), que determinou a reintegração de posse na área situada na Terra Indígena (TI) Jaraguá. Um grande grupo de xondaros, guerreiros guarani, encontra-se na área e afirma que resistirá à ação policial.
A aldeia Tekoa Itakupe está dentro da área reconhecida pela Funai (Fundação Nacional do Índio), que aguarda portaria declaratória do Ministério da Justiça para concluir o processo de demarcação.
Enquanto aguardam a conclusão da demarcação de suas terras, os cerca de 700 indígenas Guarani do Jaraguá vivem em um espaço de 1,7 hectare. A falta de espaço é detonante de inúmeros problemas sociais, culturais e de saúde para a comunidade.
Frente a essa ameaça, os índios Guarani que lá habitam escreveram uma carta aberta, a ser divulgada o máximo possível para atrair a atenção nacional sobre o caso. Segue a carta na íntegra:
Nós, comunidade guarani da Terra Indígena Jaraguá, viemos por meio desta carta anunciar que não sairemos das nossas terras tradicionais, na aldeia Itakupe, Sol Nascente. Recebemos a notícia por nossos apoiadores que o Sr. Antonio Tito Costa conseguiu que a justiça enviasse um papel para a polícia vir aqui na nossa aldeia nos expulsar e que eles podem chegar a qualquer momento.
Estamos em luta há muito tempo e hoje muitas pessoas não-indígenas sabem que vivemos em mais de 600 pessoas na menor área indígena do Brasil, e que não temos para onde ir. A aldeia Itakupé é nossa, já foi reconhecida pela FUNAI como terra tradicional, e é o único lugar que temos para plantar, e o único resto de mata que os brancos não destruíram ainda. Já temos muito milho, batata-doce, amendoim e várias outras plantas que Nhanderu deixou para que a gente cuidasse.
Não temos outra solução senão chamar todos os nossos xondaro para proteger nossa aldeia e não deixar entrar ninguém para nos expulsar. Somos mais de 2000 parentes só na Capital de São Paulo e estamos todos dispostos a lutar com tudo o que podemos para que nossas crianças tenham futuro.
Vamos resistir até o último guerreiro, com as nossas vidas, com o nosso sangue!
É muito pouco o que pedimos perto de tudo o que os brancos tomaram de nós e não podemos abrir mão de nem mais um palmo de terra.
Chamamos a toda imprensa, a todos os apoiadores, a todos os que acreditam num mundo melhor para que venham nos ajudar a resistir, e proteger o pouco da mata que ainda nos restou que faz parte das nossas terras tradicionais.
Nosso pedido é para que a Justiça dos brancos cancele essa reintegração e fazemos também um último pedido para que o Senhor Tito Costa desista de tomar o que é nosso e retire esse pedido que vai resultar no genocídio do nosso povo.
Aguyjevete pra quem luta!!
(fim da carta)
Quer ajudar? Clique aqui para assinar a petição criada pelos Guarani!
*Texto replicado da Campanha "O Jaraguá é Guarani"
Criança Guarani em frente a uma casa, na TI Jaraguá (Fonte: Site Campanha Guarani)
A qualquer momento a aldeia Sol Nascente, chamada pelos indígenas Guarani de Tekoa Itakupe, pode passar por reintegração de posse e ser despejada. A Justiça Federal ordenou o cumprimento imediato da decisão do Tribunal Regional Federal (TRF), que determinou a reintegração de posse na área situada na Terra Indígena (TI) Jaraguá. Um grande grupo de xondaros, guerreiros guarani, encontra-se na área e afirma que resistirá à ação policial.
A aldeia Tekoa Itakupe está dentro da área reconhecida pela Funai (Fundação Nacional do Índio), que aguarda portaria declaratória do Ministério da Justiça para concluir o processo de demarcação.
Enquanto aguardam a conclusão da demarcação de suas terras, os cerca de 700 indígenas Guarani do Jaraguá vivem em um espaço de 1,7 hectare. A falta de espaço é detonante de inúmeros problemas sociais, culturais e de saúde para a comunidade.
Frente a essa ameaça, os índios Guarani que lá habitam escreveram uma carta aberta, a ser divulgada o máximo possível para atrair a atenção nacional sobre o caso. Segue a carta na íntegra:
CARTA ABERTA DOS GUARANI DO JARAGUÁ EM RESISTÊNCIA AO DESPEJO DE NOSSAS TERRAS TRADICIONAIS
São Paulo, 23 de Março de 2014Nós, comunidade guarani da Terra Indígena Jaraguá, viemos por meio desta carta anunciar que não sairemos das nossas terras tradicionais, na aldeia Itakupe, Sol Nascente. Recebemos a notícia por nossos apoiadores que o Sr. Antonio Tito Costa conseguiu que a justiça enviasse um papel para a polícia vir aqui na nossa aldeia nos expulsar e que eles podem chegar a qualquer momento.
Estamos em luta há muito tempo e hoje muitas pessoas não-indígenas sabem que vivemos em mais de 600 pessoas na menor área indígena do Brasil, e que não temos para onde ir. A aldeia Itakupé é nossa, já foi reconhecida pela FUNAI como terra tradicional, e é o único lugar que temos para plantar, e o único resto de mata que os brancos não destruíram ainda. Já temos muito milho, batata-doce, amendoim e várias outras plantas que Nhanderu deixou para que a gente cuidasse.
Não temos outra solução senão chamar todos os nossos xondaro para proteger nossa aldeia e não deixar entrar ninguém para nos expulsar. Somos mais de 2000 parentes só na Capital de São Paulo e estamos todos dispostos a lutar com tudo o que podemos para que nossas crianças tenham futuro.
Vamos resistir até o último guerreiro, com as nossas vidas, com o nosso sangue!
É muito pouco o que pedimos perto de tudo o que os brancos tomaram de nós e não podemos abrir mão de nem mais um palmo de terra.
Chamamos a toda imprensa, a todos os apoiadores, a todos os que acreditam num mundo melhor para que venham nos ajudar a resistir, e proteger o pouco da mata que ainda nos restou que faz parte das nossas terras tradicionais.
Nosso pedido é para que a Justiça dos brancos cancele essa reintegração e fazemos também um último pedido para que o Senhor Tito Costa desista de tomar o que é nosso e retire esse pedido que vai resultar no genocídio do nosso povo.
Aguyjevete pra quem luta!!
(fim da carta)
Quer ajudar? Clique aqui para assinar a petição criada pelos Guarani!
*Texto replicado da Campanha "O Jaraguá é Guarani"
Thursday, March 26, 2015
Energia e os possíveis caminhos para 2050
Em encontro promovido para discutir o futuro energético do Brasil,
Greenpeace apresenta cenário baseado em energia solar e com nível mínimo
de emissão
Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace,
apresentou as projeções da organização para a matriz energética brasileira
até 2050 (© Alan Azevedo / Greenpeace)
Num contexto de mudança de produção de energia, a Plataforma Cenários Energéticos (PCE) surge para pensar novos rumos para a matriz energética brasileira nos próximos 35 anos, contemplando os estudos de instituições da sociedade civil. O primeiro encontro público foi realizado hoje, dia 26, em Brasília, com a participação de diversas organizações juntamente com o governo – este último representado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
O Greenpeace foi uma das quatro instituições a apresentar um cenário para a matriz energética brasileira em 2050, baseado em seu estudo de 2013, o [R]evolução Energética. As outras três a exporem seus estudos e projeções foram a COPPE/UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a SATC (Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina) e o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).
Frente ao planejamento ainda em andamento do governo para 2050, as instituições se mostraram muito preparadas e capacitadas em suas exposições, embora vários pontos divergentes entre os quatro cenários tenham embasado a maior parte da discussão.
Dentre os quatro cenaristas, o Greenpeace é o que mais prioriza a energia solar. De modo geral, observa-se que os demais consideram como base da matriz energética do Brasil a fonte hídrica. Mesmo assim, todos os cenários indicam a importância de fontes renováveis como hidroeletricidade, solar e eólica e uma política de energia bastante calcada em eficiência energética.
“Apesar das diferenças entre as projeções, fica claro que o futuro do país depende do desenvolvimento e expansão da energia solar”, explica Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. Porta-voz da ONG no encontro, Baitelo alertou que esse investimento em solar é para ajudar a atender a demanda energética com baixas emissões de gases de efeito estufa, gerando de centenas de milhares de empregos verdes.
Leia mais:
Todos os cenários incluem, mesmo que em distintas proporções, fontes de energia constantes (térmicas, gás, carvão e nuclear), como forma de complementar a intermitência das fontes renováveis predominantes. O cenário do Greenpeace é um exceção: ele não adiciona ao Plano de Obras térmicas a carvão nem usinas nucleares.
As projeções do Greenpeace apresentam uma expansão de fontes térmicas mais moderada em relação aos demais cenaristas, valendo-se apenas de usinas à gás natural enquanto as demais fontes fósseis são na maioria desconsideradas. Essa estratégia de expansão corresponde com o objetivo do Greenpeace de reduzir a emissão de gases de efeito estufa e erradicar os riscos nucleares.
Sobre a geração hídrica, o Greenpeace não inclui em seu cenário hidrelétricas de grande porte ou qualquer que tenha reservatório. A PCE supõe que nos Planos de Obras com grandes hidrelétricas, a área impactada será a Região Amazônica. Diante disso, seria possível interpretar que as matrizes da SATC, COPPE e ITA resultariam em impactos de distintas proporções na região.
“A iniciativa da Plataforma de Cenários Energéticos é extremamente positiva para propor soluções alternativas aos planos governamentais”, atesta Baitelo. Para ele, é essencial aumentar o debate sobre as escolhas necessárias para chegar a 2050 com uma matriz de baixos impactos socioambientais e baixas emissões de gases de efeito estufa.
Fora todo o debate e proposições, no final do evento os participantes pontuaram a necessidade de incentivos e políticas efetivas para o desenvolvimento maciço da energia solar no Brasil, como a desoneração do ICMS e a melhora das condições propostas pela resolução 482/2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace,
apresentou as projeções da organização para a matriz energética brasileira
até 2050 (© Alan Azevedo / Greenpeace)
Num contexto de mudança de produção de energia, a Plataforma Cenários Energéticos (PCE) surge para pensar novos rumos para a matriz energética brasileira nos próximos 35 anos, contemplando os estudos de instituições da sociedade civil. O primeiro encontro público foi realizado hoje, dia 26, em Brasília, com a participação de diversas organizações juntamente com o governo – este último representado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
O Greenpeace foi uma das quatro instituições a apresentar um cenário para a matriz energética brasileira em 2050, baseado em seu estudo de 2013, o [R]evolução Energética. As outras três a exporem seus estudos e projeções foram a COPPE/UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a SATC (Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina) e o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).
Frente ao planejamento ainda em andamento do governo para 2050, as instituições se mostraram muito preparadas e capacitadas em suas exposições, embora vários pontos divergentes entre os quatro cenários tenham embasado a maior parte da discussão.
Dentre os quatro cenaristas, o Greenpeace é o que mais prioriza a energia solar. De modo geral, observa-se que os demais consideram como base da matriz energética do Brasil a fonte hídrica. Mesmo assim, todos os cenários indicam a importância de fontes renováveis como hidroeletricidade, solar e eólica e uma política de energia bastante calcada em eficiência energética.
“Apesar das diferenças entre as projeções, fica claro que o futuro do país depende do desenvolvimento e expansão da energia solar”, explica Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. Porta-voz da ONG no encontro, Baitelo alertou que esse investimento em solar é para ajudar a atender a demanda energética com baixas emissões de gases de efeito estufa, gerando de centenas de milhares de empregos verdes.
Leia mais:
Todos os cenários incluem, mesmo que em distintas proporções, fontes de energia constantes (térmicas, gás, carvão e nuclear), como forma de complementar a intermitência das fontes renováveis predominantes. O cenário do Greenpeace é um exceção: ele não adiciona ao Plano de Obras térmicas a carvão nem usinas nucleares.
As projeções do Greenpeace apresentam uma expansão de fontes térmicas mais moderada em relação aos demais cenaristas, valendo-se apenas de usinas à gás natural enquanto as demais fontes fósseis são na maioria desconsideradas. Essa estratégia de expansão corresponde com o objetivo do Greenpeace de reduzir a emissão de gases de efeito estufa e erradicar os riscos nucleares.
Sobre a geração hídrica, o Greenpeace não inclui em seu cenário hidrelétricas de grande porte ou qualquer que tenha reservatório. A PCE supõe que nos Planos de Obras com grandes hidrelétricas, a área impactada será a Região Amazônica. Diante disso, seria possível interpretar que as matrizes da SATC, COPPE e ITA resultariam em impactos de distintas proporções na região.
“A iniciativa da Plataforma de Cenários Energéticos é extremamente positiva para propor soluções alternativas aos planos governamentais”, atesta Baitelo. Para ele, é essencial aumentar o debate sobre as escolhas necessárias para chegar a 2050 com uma matriz de baixos impactos socioambientais e baixas emissões de gases de efeito estufa.
Fora todo o debate e proposições, no final do evento os participantes pontuaram a necessidade de incentivos e políticas efetivas para o desenvolvimento maciço da energia solar no Brasil, como a desoneração do ICMS e a melhora das condições propostas pela resolução 482/2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Wednesday, March 25, 2015
Madeira ilegal e os desafios da gestão ambiental
Após denúncias do Greenpeace sobre extração e exportação de madeira
ilegal, Câmara organiza audiência aberta ao público para debater a
questão
À mesa, Bruno Valente, Procurador da República, Marcio Astrini, coordenador da campanha de Amazônia do Greenpeace Brasil e o deputado Átila Lira (PSB-PI), presidente da Comissão de Meio Ambiente (© Alan Azevedo / Greenpeace)
Uma Audiência Pública sobre Desmatamento e Exploração Ilegal de Madeira na Amazônia Legal foi realizada ontem, dia 24, no Congresso Nacional, em Brasília, a partir de denúncias feitas pelo Greenpeace a respeito de fraudes e falhas no sistema de controle madeireiro.
Tais fraudes permitem que a madeira ilegal - aquela retirada de forma predatória, que destrói a floresta e ameaça os povos que vivem nela - seja “lavada” e comercializada no Brasil e no exterior como se fosse legal, inclusive utilizando documentos oficiais.
Marcio Astrini, coordenador de políticas públicas do Greenpeace, fez parte da mesa de debates e expôs o trabalho de investigação realizado pela organização, que revelou um vasto esquema de lavagem de madeira. Em sua fala, Astrini chamou a atenção para as fragilidades do sistema e seus pontos sensíveis. De acordo com ele, “os mecanismos de controle madeireiro são absolutamente falhos. Tão falhos que eles acabam alimentando os crimes que ocorrem dentro dos planos de manejo”, a partir da utilização de créditos falsos que permitem a retirada de madeira de áreas protegidas.
Veja aqui a investigação completa do Greenpeace: Chega de Madeira Ilegal
Para se ter uma ideia da dimensão do descontrole no setor, dados do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) mostram que a exploração ilegal de madeira no estado do Pará e Mato Grosso, os dois maiores produtores e exportadores de madeira nativa da Amazônia, foi de 80% e 54% respectivamente, entre agosto de 2011 e julho de 2012.
A exploração ilegal é atualmente um importante vetor de destruição florestal, e essa madeira não fica só no Brasil. Países como Bélgica, Canadá, Estados Unidos, Espanha e França são compradores de madeira amazônica sem garantia de origem, já que os papéis não são nada confiáveis. “Hoje, qualquer empresa que compra madeira da Amazônia não consegue saber sua procedência; se foi retirada de uma unidade de conservação, ou de uma terra indígena, por exemplo”, disse Astrini.
O Procurador do Ministério Público Federal Bruno Valente, que vem trabalhando nesse tema, reconheceu durante sua fala que faltam instrumentos para assegurar a origem da madeira e sua extração legal. Ele reforçou que a atividade madeireira deve ser estratégica e realizada da forma correta para gerar emprego e riqueza, sempre preservando a biodiversidade. “Precisamos pensar em meios de combater essa ilegalidade sem inviabilizar quem quer de fato manejar a floresta”, propôs o Procurador.
Leia mais:
A questão da integração dos sistemas de controle estadual e federal foi levantada por alguns dos representantes, uma vez que boa parte da geração de créditos falsos ocorre por conta da falta de articulação e entendimento entre esses sistemas.
“Se atacarmos o problema da origem do crédito florestal, vamos evitar a criação de papéis para esquentar madeira”, disse Jair Schimitt, coordenador geral de fiscalização do Ibama. Ele considera a digitalização, a integração e a publicação dos dados florestais ferramentas cruciais contra a atividade ilegal, criando um banco que possibilite o acesso fácil à informação. “Assim todos, inclusive a sociedade, podem fiscalizar”, afirmou ele.
A mesa foi composta também por representantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (SEMAS), Associação de Exportadores da Amazônia (Aimex) e parlamentares como o presidente da Comissão de Meio Ambient Átila Lira (PSB-PI), Arnaldo Jordy (PPS-PA), Julia Marinho (PSC-PA), Ricardo Tripoli (PSDB-SP) e Edmislon Rodrigues (PSOL-PA).
Durante toda a audiência ficou clara a gravidade da situação e a necessidade de ação imediata em defesa da floresta e das atividades florestais, de grande importância para o Brasil, que tem em seu território a maior floresta tropical do planeta. Como o Greenpeace vem pedindo desde que lançou a campanha Chega de Madeira Ilegal, é preciso que os governos estadual e federal parem de ignorar a destruição da floresta e se unam para atacar a raiz do problema.
Desmatamento Zero no Congresso
Na manhã de hoje, dia 25, o Greenpeace participou do café da Frente Parlamentar Ambientalista na Câmara dos Deputados, em Brasília, e teve espaço para falar sobre a campanha do Desmatamento Zero.
“A idade da pedra não acabou por falta de pedra. E o desmatamento não vai acabar por falta de árvore”, brincou Marcio Astrini, do Greenpeace, em sua fala na mesa de debate. “Existe uma relação muito grande entre água, energia e a manutenção das florestas. Esse ano temos que aproveitar o momento para inflamar esse debate aqui na Casa”, alertou ele ao parlamentares presentes.
Em contexto de crises, mas com o conhecimento cada vez maior da população acerca desses problemas, fica cada vez mais fácil dizer em alto e bom som que o desmatamento não pode ocorrer. “Isso vai criando cada vez mais espaço para a gente apresentar iniciativas como essa, com respaldo da sociedade”, completou Astrini.
No ano de 2010, o Greenpeace começou a campanha em parceria com várias outras ONGs para a coleta de assinaturas de um Projeto de Lei (PL) de iniciativa popular pelo desmatamento zero. Ao atingir 1,4 milhão de assinaturas, o PL pode ser encaminhado ao Congresso Nacional para apreciação dos deputados. Até o momento, já são mais de 1 milhão de pessoas engajadas na causa. O Greenpeace e as ONGs parceiras continuam coletando assinaturas para finalmente viabilizar o PL.
Clique aqui, assine você também e ajude a salvar a Amazônia.
À mesa, Bruno Valente, Procurador da República, Marcio Astrini, coordenador da campanha de Amazônia do Greenpeace Brasil e o deputado Átila Lira (PSB-PI), presidente da Comissão de Meio Ambiente (© Alan Azevedo / Greenpeace)
Uma Audiência Pública sobre Desmatamento e Exploração Ilegal de Madeira na Amazônia Legal foi realizada ontem, dia 24, no Congresso Nacional, em Brasília, a partir de denúncias feitas pelo Greenpeace a respeito de fraudes e falhas no sistema de controle madeireiro.
Tais fraudes permitem que a madeira ilegal - aquela retirada de forma predatória, que destrói a floresta e ameaça os povos que vivem nela - seja “lavada” e comercializada no Brasil e no exterior como se fosse legal, inclusive utilizando documentos oficiais.
Marcio Astrini, coordenador de políticas públicas do Greenpeace, fez parte da mesa de debates e expôs o trabalho de investigação realizado pela organização, que revelou um vasto esquema de lavagem de madeira. Em sua fala, Astrini chamou a atenção para as fragilidades do sistema e seus pontos sensíveis. De acordo com ele, “os mecanismos de controle madeireiro são absolutamente falhos. Tão falhos que eles acabam alimentando os crimes que ocorrem dentro dos planos de manejo”, a partir da utilização de créditos falsos que permitem a retirada de madeira de áreas protegidas.
Veja aqui a investigação completa do Greenpeace: Chega de Madeira Ilegal
Para se ter uma ideia da dimensão do descontrole no setor, dados do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) mostram que a exploração ilegal de madeira no estado do Pará e Mato Grosso, os dois maiores produtores e exportadores de madeira nativa da Amazônia, foi de 80% e 54% respectivamente, entre agosto de 2011 e julho de 2012.
A exploração ilegal é atualmente um importante vetor de destruição florestal, e essa madeira não fica só no Brasil. Países como Bélgica, Canadá, Estados Unidos, Espanha e França são compradores de madeira amazônica sem garantia de origem, já que os papéis não são nada confiáveis. “Hoje, qualquer empresa que compra madeira da Amazônia não consegue saber sua procedência; se foi retirada de uma unidade de conservação, ou de uma terra indígena, por exemplo”, disse Astrini.
O Procurador do Ministério Público Federal Bruno Valente, que vem trabalhando nesse tema, reconheceu durante sua fala que faltam instrumentos para assegurar a origem da madeira e sua extração legal. Ele reforçou que a atividade madeireira deve ser estratégica e realizada da forma correta para gerar emprego e riqueza, sempre preservando a biodiversidade. “Precisamos pensar em meios de combater essa ilegalidade sem inviabilizar quem quer de fato manejar a floresta”, propôs o Procurador.
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A questão da integração dos sistemas de controle estadual e federal foi levantada por alguns dos representantes, uma vez que boa parte da geração de créditos falsos ocorre por conta da falta de articulação e entendimento entre esses sistemas.
“Se atacarmos o problema da origem do crédito florestal, vamos evitar a criação de papéis para esquentar madeira”, disse Jair Schimitt, coordenador geral de fiscalização do Ibama. Ele considera a digitalização, a integração e a publicação dos dados florestais ferramentas cruciais contra a atividade ilegal, criando um banco que possibilite o acesso fácil à informação. “Assim todos, inclusive a sociedade, podem fiscalizar”, afirmou ele.
A mesa foi composta também por representantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (SEMAS), Associação de Exportadores da Amazônia (Aimex) e parlamentares como o presidente da Comissão de Meio Ambient Átila Lira (PSB-PI), Arnaldo Jordy (PPS-PA), Julia Marinho (PSC-PA), Ricardo Tripoli (PSDB-SP) e Edmislon Rodrigues (PSOL-PA).
Durante toda a audiência ficou clara a gravidade da situação e a necessidade de ação imediata em defesa da floresta e das atividades florestais, de grande importância para o Brasil, que tem em seu território a maior floresta tropical do planeta. Como o Greenpeace vem pedindo desde que lançou a campanha Chega de Madeira Ilegal, é preciso que os governos estadual e federal parem de ignorar a destruição da floresta e se unam para atacar a raiz do problema.
Desmatamento Zero no Congresso
Na manhã de hoje, dia 25, o Greenpeace participou do café da Frente Parlamentar Ambientalista na Câmara dos Deputados, em Brasília, e teve espaço para falar sobre a campanha do Desmatamento Zero.
“A idade da pedra não acabou por falta de pedra. E o desmatamento não vai acabar por falta de árvore”, brincou Marcio Astrini, do Greenpeace, em sua fala na mesa de debate. “Existe uma relação muito grande entre água, energia e a manutenção das florestas. Esse ano temos que aproveitar o momento para inflamar esse debate aqui na Casa”, alertou ele ao parlamentares presentes.
Em contexto de crises, mas com o conhecimento cada vez maior da população acerca desses problemas, fica cada vez mais fácil dizer em alto e bom som que o desmatamento não pode ocorrer. “Isso vai criando cada vez mais espaço para a gente apresentar iniciativas como essa, com respaldo da sociedade”, completou Astrini.
No ano de 2010, o Greenpeace começou a campanha em parceria com várias outras ONGs para a coleta de assinaturas de um Projeto de Lei (PL) de iniciativa popular pelo desmatamento zero. Ao atingir 1,4 milhão de assinaturas, o PL pode ser encaminhado ao Congresso Nacional para apreciação dos deputados. Até o momento, já são mais de 1 milhão de pessoas engajadas na causa. O Greenpeace e as ONGs parceiras continuam coletando assinaturas para finalmente viabilizar o PL.
Clique aqui, assine você também e ajude a salvar a Amazônia.
Tuesday, March 24, 2015
Educação para sobreviver à crise em SP
Especialistas apostam na Educação Ambiental para evitar o colapso hídrico em SP
Programação completa do seminário desta
quinta-feira, 26/03, na Sala Crisantempo.
“São as águas de março fechando o verão”, é a seca que
afeta cada cidadão. As chuvas do terceiro mês do ano elevam os níveis
dos reservatórios que abastacem a região metropolitana de São Paulo,
trazendo um falso alívio para a população, que por vezes, não se dá conta da chegada do outono e da estiagem típica da temporada.
É no contexto de preparar a população sobre o uso da água
para melhor atravessar o período de escassez do recurso, que o seminário
“ÁGUA & EDUCAÇÃO – Práticas e Reflexões", reúne, nesta
quinta-feira, um time de peso na capital paulista.
Programação completa do seminário desta
quinta-feira, 26/03, na Sala Crisantempo.
Organizado pelo Greenpeace, Instituto 5 Elementos, Namu, Nace Pteca, OCA – Laboratório de Educação e Política Ambiental da Esalq e Sala Crisantempo, o evento traz especialistas hídricos e educadores ambientais, como Marussia Whately (Aliança pela Água e ISA),
Pedro Roberto Jacobi (USP), a jornalista Paulina Chamorro, membros dos
coletivos Cisterna Já, Rios e Ruas, Bora Plantar, entre outros, para
elencar aspectos, ações coletivas e mudanças de comportamento que devem
ser adotadas para garantir a segurança hídrica do estado.
“O que todos deveriam saber sobre a água”, “Existe água em São Paulo”, a apresentação do painel de práticas “Cuidando das Águas”, reflexões e análises prometem uma tarde de troca de experiências para educar, transformar e mobilizar.
Serviço: Seminário ÁGUA & EDUCAÇÃO – Práticas e Reflexões
Data: 26 de março de 2015
Horário: das 15h às 21h40
Local: Sala Crisantempo - Rua Fidalga, 521 - V. Madalena
$$$: Grátis.
Lotação da sala: 100 vagas e serão distribuídas senhas a partir das 14h30 - com transmissão pelo site http://www.aguaparaquem.org.br/aovivo
Data: 26 de março de 2015
Horário: das 15h às 21h40
Local: Sala Crisantempo - Rua Fidalga, 521 - V. Madalena
$$$: Grátis.
Lotação da sala: 100 vagas e serão distribuídas senhas a partir das 14h30 - com transmissão pelo site http://www.aguaparaquem.org.br/aovivo
Pela defesa das ciclovias
(©Steve Morgan/Greenpeace)
Na quinta-feira, dia 18.03, o Ministério Público Estadual (MPE) entrou com ação civil pública contra a implementação de ciclovias em São Paulo, pedindo para que as construções de fossem suspensas e que o governo recomponha o pavimento utilizado pelas ciclovias já existentes. Um dos argumentos é que falta estudo prévio de impacto viário e projetos executivos para as obras, mas para além de criticar a forma de execução, a ação questiona o valor da política pública em si. Em uma cidade em que o carro sempre foi priorizado, mudar a ótica do transporte tornou-se um verdadeiro desafio.
Não sem motivo, os ciclistas ocuparam as ruas de São Paulo na última sexta-feira, dia 19.03, para protestarem contra a ação movida pelo MPE, e já possuem um novo Manisfesto a favor das Ciclovias marcado para a sexta-feira, dia 27/03. O Greenpeace assina embaixo a resposta dada ao MPE por mais de 20 organizações de ciclistas e da sociedade civil em favor às ciclovias e contra o parecer do MPE.
As ciclovias representam segurança não apenas para o ciclista, como para todas as pessoas que utilizam os diferentes modais de transporte presentes no dia-a-dia paulistano. Garantir a segurança do ciclista é incentivar que cada vez mais pessoas deixem o carro e utilizem a bicicleta no seu dia-a-dia. O uso da bicicleta beneficia o indivíduo e o meio ambiente por ser um dos poucos meios de transporte completamente livre de emissões de gases de efeito estufa.
Em pesquisa feita pela Rede Nossa São Paulo/Ibope, de 2014, 26% dos 519 entrevistados afirmaram que utilizariam a bicicleta como meio de transporte caso houvesse construção de ciclovias. Além disso, a mesma pesquisa mostra que houve aumento de 50% no número de usuários de bicicletas entre 2013 e 2014. Esses dados mostram a importância crescente da bicicleta como meio de transporte em São Paulo. Barrar a construção de ciclovias vai contra os próprios dados apresentados, que refletem a necessidade de trazer segurança para o ciclista.
Parte da ação do MPE afirma que o carro é o modal de transporte que transporta o maior número de pessoas no município, o que não é verdadeiro, porque a maior parte dos paulistanos se desloca a pé e por meio do transporte público, de acordo com pesquisa Origem e Destino do Metro, de 2007. As políticas de mobilidade urbana devem aumentar a oferta de transporte coletivo e os meios de transporte alternativo, como a bicicleta, além de restringir o uso do carro, para que haja a migração necessária para salvar as cidades do caos urbano instalado pelo tráfego intenso.
Cada paulistano que sai do carro e sobe na bike representa uma esperança de São Paulo voltar a ser uma cidade habitada por pessoas. Não podemos regredir em uma política que tanto benefício traz à cidade. As ciclovias representam o futuro de uma cidade que volta a ser movida por pessoas.
*Fabiana Alves é da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil
Bebeu água? Tá com sede? Apague a luz!
Enquanto nossa matriz energética se basear em usinas térmicas e hidrelétricas, vamos viver o dilema entre ter água ou ter luz.
Linhas de transmisssão de energia elétrica (©Subrata Biswas/Greenpeace)
A crise energética e a crise hídrica são duas margens do mesmo reservatório. Hoje já não dependemos 97% de hidrelétricas para gerar eletricidade, como em 2001, quando sofremos o famoso Apagão, mas ainda precisamos de muita água para acender as luzes do país. Naquela época, a escassez de chuvas e péssimos planejamento energético e gestão dos recursos hídricos obrigaram o Brasil a racionar o consumo emergencialmente e iniciar o que poderia ter sido uma guinada para a eficiência energética e a diversificação da matriz elétrica. Na prática, o que aconteceu foi um tanto diferente.
O legado do apagão foi um programa de eficiência energética que mal passa de um programa de etiquetagem e uma matriz que escolheu as usinas térmicas para poupar os reservatórios e garantir o abastecimento em períodos de seca. Graças a essa mudança, atualmente, 66% da eletricidade vem de hidrelétricas e 30% de termelétricas. O que parece ter passado despercebido é que as térmicas precisam de água para operar. Muita água.
Os números variam de acordo com o combustível utilizado, mas são todos superlativos: algo entre 500 e 2.000 litros de água são consumidos a cada megawatt-hora gerado por termelétricas, o que dá para iluminar uma casa brasileira padrão por 6 meses. Em 2013, geramos 172 mil GWh com usinas térmicas, ou uma vez e meia a eletricidade consumida por todas as residências do país. Derivamos daí um consumo de 151 bilhões de litros de água, o equivalente a quase um terço de toda a água disponível, em 20 de março, nos seis grandes reservatórios que abastecem a Grande São Paulo. É o suficiente para abastecer a capital de São Paulo por 96 dias.
Já passou da hora de priorizarmos: ou escolhemos a água para beber ou eletricidade para ligar a geladeira. Água gelada, nem pensar. Precisamos investir em uma mudança de lógica, que use menos água e libere esse precioso líquido para outros usos mais nobres, como o consumo humano.
E como podemos fazer isso? Num cenário tão extremo, nenhuma solução é simples, muito menos indolor. Mas o Brasil pode passar por essa crise voltando-se para sua vocação natural: o sol e os ventos. Tanto a energia solar fotovoltaica quanto a eólica têm baixíssimo consumo de água, além de serem complementares entre si e gerarem mais energia justamente no período de seca, quando os reservatórios precisam ser poupados. Melhor ainda: são as energias que podem ser entregues mais rápido, com tempo de construção das usinas entre 6 e 18 meses.
Assim como é preciso diversificar as formas de gerar eletricidade, também é necessário olhar para além da oferta e cuidar da demanda de energia: o lado do consumidor. Isso significa investir seriamente em programas de eficiência energética, racionalizando o uso da energia na ponta e reduzindo a pressão sobre o sistema elétrico; estimular a geração distribuída de energia nos telhados de casas e indústrias, com painéis fotovoltaicos que produzem mais eletricidade justamente nos períodos de pico de consumo no início da tarde; e em aquecedores solares para reduzir nossa dependência dos chuveiros elétricos.
Para se ter uma ideia, segundo a ABRAVA (Associação Brasileira de refrigeração, Ar-condicionado, ventilação e aquecimento) o calor gerado em 2013 pelos aquecedores solares instalados no Brasil equivale à geração de 6.363 GWh, eletricidade suficiente para 3,3 milhões de domicílios. A cidade de São Paulo, como referência, possui cerca de 3,6 milhões de residências.
O modelo de planejamento energético baseado em grandes hidrelétricas complementadas por térmicas está falido. O próprio Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia, admite que a modernização do setor é urgente. Dada as crises que vivemos, temos a oportunidade de inverter a lógica e diversificar a matriz elétrica para uma menos poluente, sem combustíveis fósseis e com menos consumo de água, com soluções provadas e comprovadas, usando o sol e os ventos - estes sim, recursos renováveis e ilimitados.
*artigo publicado em 11/3/2015 no jornal Correio Braziliense.
Linhas de transmisssão de energia elétrica (©Subrata Biswas/Greenpeace)
A crise energética e a crise hídrica são duas margens do mesmo reservatório. Hoje já não dependemos 97% de hidrelétricas para gerar eletricidade, como em 2001, quando sofremos o famoso Apagão, mas ainda precisamos de muita água para acender as luzes do país. Naquela época, a escassez de chuvas e péssimos planejamento energético e gestão dos recursos hídricos obrigaram o Brasil a racionar o consumo emergencialmente e iniciar o que poderia ter sido uma guinada para a eficiência energética e a diversificação da matriz elétrica. Na prática, o que aconteceu foi um tanto diferente.
O legado do apagão foi um programa de eficiência energética que mal passa de um programa de etiquetagem e uma matriz que escolheu as usinas térmicas para poupar os reservatórios e garantir o abastecimento em períodos de seca. Graças a essa mudança, atualmente, 66% da eletricidade vem de hidrelétricas e 30% de termelétricas. O que parece ter passado despercebido é que as térmicas precisam de água para operar. Muita água.
Os números variam de acordo com o combustível utilizado, mas são todos superlativos: algo entre 500 e 2.000 litros de água são consumidos a cada megawatt-hora gerado por termelétricas, o que dá para iluminar uma casa brasileira padrão por 6 meses. Em 2013, geramos 172 mil GWh com usinas térmicas, ou uma vez e meia a eletricidade consumida por todas as residências do país. Derivamos daí um consumo de 151 bilhões de litros de água, o equivalente a quase um terço de toda a água disponível, em 20 de março, nos seis grandes reservatórios que abastecem a Grande São Paulo. É o suficiente para abastecer a capital de São Paulo por 96 dias.
Já passou da hora de priorizarmos: ou escolhemos a água para beber ou eletricidade para ligar a geladeira. Água gelada, nem pensar. Precisamos investir em uma mudança de lógica, que use menos água e libere esse precioso líquido para outros usos mais nobres, como o consumo humano.
E como podemos fazer isso? Num cenário tão extremo, nenhuma solução é simples, muito menos indolor. Mas o Brasil pode passar por essa crise voltando-se para sua vocação natural: o sol e os ventos. Tanto a energia solar fotovoltaica quanto a eólica têm baixíssimo consumo de água, além de serem complementares entre si e gerarem mais energia justamente no período de seca, quando os reservatórios precisam ser poupados. Melhor ainda: são as energias que podem ser entregues mais rápido, com tempo de construção das usinas entre 6 e 18 meses.
Assim como é preciso diversificar as formas de gerar eletricidade, também é necessário olhar para além da oferta e cuidar da demanda de energia: o lado do consumidor. Isso significa investir seriamente em programas de eficiência energética, racionalizando o uso da energia na ponta e reduzindo a pressão sobre o sistema elétrico; estimular a geração distribuída de energia nos telhados de casas e indústrias, com painéis fotovoltaicos que produzem mais eletricidade justamente nos períodos de pico de consumo no início da tarde; e em aquecedores solares para reduzir nossa dependência dos chuveiros elétricos.
Para se ter uma ideia, segundo a ABRAVA (Associação Brasileira de refrigeração, Ar-condicionado, ventilação e aquecimento) o calor gerado em 2013 pelos aquecedores solares instalados no Brasil equivale à geração de 6.363 GWh, eletricidade suficiente para 3,3 milhões de domicílios. A cidade de São Paulo, como referência, possui cerca de 3,6 milhões de residências.
O modelo de planejamento energético baseado em grandes hidrelétricas complementadas por térmicas está falido. O próprio Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia, admite que a modernização do setor é urgente. Dada as crises que vivemos, temos a oportunidade de inverter a lógica e diversificar a matriz elétrica para uma menos poluente, sem combustíveis fósseis e com menos consumo de água, com soluções provadas e comprovadas, usando o sol e os ventos - estes sim, recursos renováveis e ilimitados.
*artigo publicado em 11/3/2015 no jornal Correio Braziliense.
Monday, March 23, 2015
Amazônia S/A conta epopeia da floresta
Série documental estreou neste domingo, no Fantástico, e mostrará em
cinco capítulos as riquezas da Amazônia e como ela vem sendo destruída
para atender a um modelo ultrapassado desenvolvimento
Estreou ontem, no Fantástico, o primeiro de cinco episódios da série “Amazônia Sociedade Anônima”, que mostra a importância da floresta em pé em contraposição ao modelo escolhido para a Amazônia, que leva a mais desmatamento todos os anos.
O documentário foi produzido pela Pindorama Filmes, com direção de Fernando Acquarone e Estevão Ciavatta, e narração de Fernanda Montenegro. A série documental retrata as ameaças a que vem sendo submetida a Amazônia, sob a ótica de especialistas e pessoas que vivem e dependem da floresta. Márcio Astrini, coordenador da campanha da Amazônia do Greenpeace, foi um dos entrevistados.
No foco central da discussão está o modelo de desenvolvimento aplicado na região, onde populações que alí vivem não tem sequer acesso a serviços básicos, enquanto a floresta é destruída para atender as necessidades de mercados distantes. O documentário revela as riquezas da floresta e as pressões que este território sofre com a expansão de grandes obras de infraestrutura, agropecuária e a exploração ilegal de madeira.
No primeiro episódio, os diretores mostram a importância de manter a floresta em pé e os serviços que a Amazônia fornece, como a proteção contra furacões e a influência na geração de chuvas. No vídeo, o pesquisador Antônio Nobre explica como funcionam os rios voadores e porque eles são fundamentais para a produção de alimentos em todo o continente sul-americano.
Assista e acompanhe a série:
Desde a década de 70, já perdemos quase 20% deste importante bioma e os fatos trazidos nesta série só reforçam a necessidade de uma política oficial de Desmatamento Zero. Em 2012 o Greenpeace lançou uma campanha por um Projeto de Lei de Iniciativa popular que torna o Desmatamento zero uma regra no Brasil. É preciso garantir a existência das florestas para que tenhamos água, alimento e ar puro no futuro. Por isso, assegurar sua preservação deve ser uma prioridade.
Precisamos de 1,4 milhões de assinaturas para levar este projeto ao Congresso Nacional e agora falta pouco! Assine pelo Desmatamento Zero e chame seus amigos para participar deste movimento.
Estreou ontem, no Fantástico, o primeiro de cinco episódios da série “Amazônia Sociedade Anônima”, que mostra a importância da floresta em pé em contraposição ao modelo escolhido para a Amazônia, que leva a mais desmatamento todos os anos.
O documentário foi produzido pela Pindorama Filmes, com direção de Fernando Acquarone e Estevão Ciavatta, e narração de Fernanda Montenegro. A série documental retrata as ameaças a que vem sendo submetida a Amazônia, sob a ótica de especialistas e pessoas que vivem e dependem da floresta. Márcio Astrini, coordenador da campanha da Amazônia do Greenpeace, foi um dos entrevistados.
No foco central da discussão está o modelo de desenvolvimento aplicado na região, onde populações que alí vivem não tem sequer acesso a serviços básicos, enquanto a floresta é destruída para atender as necessidades de mercados distantes. O documentário revela as riquezas da floresta e as pressões que este território sofre com a expansão de grandes obras de infraestrutura, agropecuária e a exploração ilegal de madeira.
No primeiro episódio, os diretores mostram a importância de manter a floresta em pé e os serviços que a Amazônia fornece, como a proteção contra furacões e a influência na geração de chuvas. No vídeo, o pesquisador Antônio Nobre explica como funcionam os rios voadores e porque eles são fundamentais para a produção de alimentos em todo o continente sul-americano.
Assista e acompanhe a série:
Desde a década de 70, já perdemos quase 20% deste importante bioma e os fatos trazidos nesta série só reforçam a necessidade de uma política oficial de Desmatamento Zero. Em 2012 o Greenpeace lançou uma campanha por um Projeto de Lei de Iniciativa popular que torna o Desmatamento zero uma regra no Brasil. É preciso garantir a existência das florestas para que tenhamos água, alimento e ar puro no futuro. Por isso, assegurar sua preservação deve ser uma prioridade.
Precisamos de 1,4 milhões de assinaturas para levar este projeto ao Congresso Nacional e agora falta pouco! Assine pelo Desmatamento Zero e chame seus amigos para participar deste movimento.
Sunday, March 22, 2015
22/03,Dia mundial da água 2015
Hoje como todos sabemos é o dia mundial da água,mas todo dia deve ser o dia da água em nossas vidas,dia a dia,afinal é um recurso que a natureza nós oferece e ele é finito,pois a maior parte da água disponível é salgada,temos uma parcela mínina de água potável á nossa disposição,e devemos cuidar desse recurso natural todos os 365 dias do ano,nunca esquecendo que somos os responsáveis por tudo que acontece com o planeta,e todos os recursos que nele existem.
Ab raços;Jorge e Laura;
Arte e bom humor contra a crise da água
Lambe-lambes pela cidade ajudam a disseminar dicas de adaptação e
aumentar a pressão sobre o governo estadual. Manual de Sobrevivência
também é lançado neste Dia Mundial da Água
São Paulo enfrente a maior crise hídrica de sua história.
(© Bruno Fernandes / Greenpeace).
São Paulo amanheceu diferente nesse 22 de março, Dia Mundial da Água. Em todos os cantos da cidade, muros, ruas, avenidas e viadutos, lambe-lambes passam dicas e mensagens para nos adaptarmos à uma das maiores crises ambientais da história da cidade: a falta de água nas torneiras de milhões de paulistanos. Com bom humor, os lambes também querem que a população pressione o governo estadual - o maior responsável pela destruição dos mananciais que abastecem a cidade - para o enfrentamento responsável da crise.
A ação tem o objetivo de informar, mobilizar e aumentar a consciência sobre formas de adaptação e de responsabilização em relação à crise. Trata-se de uma oportunidade da sociedade civil se mover em direção ao uso consciente do recurso consciente e cobrar pelo abastecimento prioritário da população e não apenas dos grandes consumidores.
Além de espalharmos os lambes pela cidade, também queremos que você tenha autonomia de tomar essa iniciativa. Para isso, disponibilizamos o material para ser colado em espaços públicos. É uma forma de intervenção criativa e não-comercial na cidade, com o poder de despertar as pessoas para reflexões que em geral não estão presentes no nosso cotidiano. Vale ressaltar que lambe-lambe não é crime, mas é preciso cuidado sobre onde e como colar sua mensagem por aí.
Neste link disponibilizamos um guia rápido de como preparar seu lambe-lambe. Imprima aqui as artes, reúna seus amigos e se manifeste, a cidade é nossa! Não se esqueça de fotografar seus lambe-lambes e espalhar pelas redes sociais usando a hashtag #ÁguaParaTodos. A mudança está nas nossas mãos.
Como sobreviver à crise
Neste domingo também é lançado o “Manual de Sobrevivência para a Crise”, publicação da Aliança pela Água (coalização da qual o Greenpeace é parte) que traz, em linguagem simples, dicas práticas de economia de água no dia-a-dia, como reutilizar água com segurança e como sobreviver se a torneira secar de fato. “Nosso público-alvo são as populações mais carentes, que geralmente não têm caixa-d’água e têm sido as mais afetadas pelos cortes no fornecimento resultantes da redução na pressão da rede de distribuição da Sabesp”, explica a jornalista Claudia Visoni, que coordenou a redação do manual. “Mas as dicas servem para todo mundo. Procuramos compilar soluções caseiras, baratas e fáceis de fazer”.
São Paulo enfrente a maior crise hídrica de sua história.
(© Bruno Fernandes / Greenpeace).
São Paulo amanheceu diferente nesse 22 de março, Dia Mundial da Água. Em todos os cantos da cidade, muros, ruas, avenidas e viadutos, lambe-lambes passam dicas e mensagens para nos adaptarmos à uma das maiores crises ambientais da história da cidade: a falta de água nas torneiras de milhões de paulistanos. Com bom humor, os lambes também querem que a população pressione o governo estadual - o maior responsável pela destruição dos mananciais que abastecem a cidade - para o enfrentamento responsável da crise.
A ação tem o objetivo de informar, mobilizar e aumentar a consciência sobre formas de adaptação e de responsabilização em relação à crise. Trata-se de uma oportunidade da sociedade civil se mover em direção ao uso consciente do recurso consciente e cobrar pelo abastecimento prioritário da população e não apenas dos grandes consumidores.
Além de espalharmos os lambes pela cidade, também queremos que você tenha autonomia de tomar essa iniciativa. Para isso, disponibilizamos o material para ser colado em espaços públicos. É uma forma de intervenção criativa e não-comercial na cidade, com o poder de despertar as pessoas para reflexões que em geral não estão presentes no nosso cotidiano. Vale ressaltar que lambe-lambe não é crime, mas é preciso cuidado sobre onde e como colar sua mensagem por aí.
Neste link disponibilizamos um guia rápido de como preparar seu lambe-lambe. Imprima aqui as artes, reúna seus amigos e se manifeste, a cidade é nossa! Não se esqueça de fotografar seus lambe-lambes e espalhar pelas redes sociais usando a hashtag #ÁguaParaTodos. A mudança está nas nossas mãos.
Como sobreviver à crise
Neste domingo também é lançado o “Manual de Sobrevivência para a Crise”, publicação da Aliança pela Água (coalização da qual o Greenpeace é parte) que traz, em linguagem simples, dicas práticas de economia de água no dia-a-dia, como reutilizar água com segurança e como sobreviver se a torneira secar de fato. “Nosso público-alvo são as populações mais carentes, que geralmente não têm caixa-d’água e têm sido as mais afetadas pelos cortes no fornecimento resultantes da redução na pressão da rede de distribuição da Sabesp”, explica a jornalista Claudia Visoni, que coordenou a redação do manual. “Mas as dicas servem para todo mundo. Procuramos compilar soluções caseiras, baratas e fáceis de fazer”.
Friday, March 20, 2015
Outro sistema, mesma má notícia
De acordo com o SAD de fevereiro, divulgado nesta sexta-feira pelo
Imazon, houve um aumento de 282% nos alertas de desmatamento na Amazônia
Legal para o mês
Área desmatada, queimada e 'leirada', pronta para ser plantada, onde deveria haver floresta amazônica, no estado do Mato Grosso. (© Paulo Pereira / Greenpeace).
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) acaba de divulgar os resultados de seu Sistema de Alertas de Desmatamento na Amazônia Legal (SAD) de fevereiro e os números, infelizmente, confirmam a tendência de aumento indicada pelo Instituto de Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no início do mês.
De acordo com o SAD, mesmo com uma cobertura de nuvens 10% maior que no mesmo mês do ano passado, os satélites identificaram indícios de desmatamento em uma área de 4.200 hectares, número 282% maior que o registrado pelo sistema em fevereiro de 2014. Ou seja, mesmo enxergando menos floresta, o sistema detectou mais desmatamento.
Infelizmente esse número não vem sozinho. No início deste mês, após registrar o maior número de focos de calor (queimadas) para os meses de janeiro e fevereiro desde 1999, o INPE divulgou os primeiros resultados de seu sistema de alerta de desmatamento, o DETER, que trouxe um aumento de 56% na destruição da floresta amazônica entre agosto e janeiro de 2015, na comparação com o mesmo período de 2014.
“É realmente triste que na véspera do Dia Internacional das Florestas tenhamos uma notícia dessa. Apesar desses dois sistemas não serem os mais adequados para medir a área real do desmatamento, eles indicam uma tendência que, neste caso, é muito ruim, pois os dois apontam para um possível aumento na taxa de desmatamento na região”, explica Rômulo Batista, da campanha da Amazônia do Greenpeace.
Os dados do SAD são ainda mais preocupantes quando analisados os índices acumulados dos últimos seis meses, de agosto de 2014 a fevereiro de 2015. Neste período foram detectados alertas de desmatamento em uma área de 1.702 hectares, o que representa um aumento de 215%, em relação a igual período do ano anterior. Os estados que apresentaram o maior número de alertas foram Mato Grosso, seguido por Pará e Rondônia.
“O Brasil já demonstrou que é possível aumentar a produção agropecuária diminuindo a taxa de desmatamento. Agora temos que dar um passo decisivo rumo ao desmatamento zero, que não só é possível, como, segundo indicam diversos estudos científico, é extremamente necessário nesta época de crise climática e hídrica, que vem afetando especialmente os estados do sudeste” afirma Rômulo.
O Greenpeace pretende levar ao Congresso, ainda este ano, um projeto de Lei de Iniciativa Popular que coloca o Desmatamento Zero como lei nacional. Para que isso aconteça, precisamos obter pelo menos 1,4 milhão de assinaturas de eleitores brasileiros. Essa iniciativa já conta com o apoio de mais de um milhão de pessoas. Estamos na reta final e agora falta pouco para esse momento acontecer.
Nos ajude a proteger as florestas. Assine pelo Desmatamento Zero.
Área desmatada, queimada e 'leirada', pronta para ser plantada, onde deveria haver floresta amazônica, no estado do Mato Grosso. (© Paulo Pereira / Greenpeace).
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) acaba de divulgar os resultados de seu Sistema de Alertas de Desmatamento na Amazônia Legal (SAD) de fevereiro e os números, infelizmente, confirmam a tendência de aumento indicada pelo Instituto de Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no início do mês.
De acordo com o SAD, mesmo com uma cobertura de nuvens 10% maior que no mesmo mês do ano passado, os satélites identificaram indícios de desmatamento em uma área de 4.200 hectares, número 282% maior que o registrado pelo sistema em fevereiro de 2014. Ou seja, mesmo enxergando menos floresta, o sistema detectou mais desmatamento.
Infelizmente esse número não vem sozinho. No início deste mês, após registrar o maior número de focos de calor (queimadas) para os meses de janeiro e fevereiro desde 1999, o INPE divulgou os primeiros resultados de seu sistema de alerta de desmatamento, o DETER, que trouxe um aumento de 56% na destruição da floresta amazônica entre agosto e janeiro de 2015, na comparação com o mesmo período de 2014.
“É realmente triste que na véspera do Dia Internacional das Florestas tenhamos uma notícia dessa. Apesar desses dois sistemas não serem os mais adequados para medir a área real do desmatamento, eles indicam uma tendência que, neste caso, é muito ruim, pois os dois apontam para um possível aumento na taxa de desmatamento na região”, explica Rômulo Batista, da campanha da Amazônia do Greenpeace.
Os dados do SAD são ainda mais preocupantes quando analisados os índices acumulados dos últimos seis meses, de agosto de 2014 a fevereiro de 2015. Neste período foram detectados alertas de desmatamento em uma área de 1.702 hectares, o que representa um aumento de 215%, em relação a igual período do ano anterior. Os estados que apresentaram o maior número de alertas foram Mato Grosso, seguido por Pará e Rondônia.
“O Brasil já demonstrou que é possível aumentar a produção agropecuária diminuindo a taxa de desmatamento. Agora temos que dar um passo decisivo rumo ao desmatamento zero, que não só é possível, como, segundo indicam diversos estudos científico, é extremamente necessário nesta época de crise climática e hídrica, que vem afetando especialmente os estados do sudeste” afirma Rômulo.
O Greenpeace pretende levar ao Congresso, ainda este ano, um projeto de Lei de Iniciativa Popular que coloca o Desmatamento Zero como lei nacional. Para que isso aconteça, precisamos obter pelo menos 1,4 milhão de assinaturas de eleitores brasileiros. Essa iniciativa já conta com o apoio de mais de um milhão de pessoas. Estamos na reta final e agora falta pouco para esse momento acontecer.
Nos ajude a proteger as florestas. Assine pelo Desmatamento Zero.
Mais um triste recorde para o Ártico
Extensão máxima de gelo no Ártico é a menor da história; região perde
mais de 130 mil km2 de cobertura gelada desde a última medição
Limite da plataforma ártica, com cascatas de água derretida (© Nick Cobbing / Greenpeace)
O Centro de Dados Nacional sobre Neve e Gelo (NSICD, em inglês) divulgou essa semana o nível máximo de gelo do Ártico, e as notícias não são nada animadoras: mais um recorde de diminuição da plataforma ártica. A nova extensão máxima divulgada é de 14,5 milhões de quilômetros quadrados – cerca de 1,1 milhão de quilômetros quadrados abaixo da média entre 1981 e 2010. Essa é a pior marca da história desde o começo das medições.
Em relação à medição anterior (2011-2012), o gelo encolheu 130 mil quilômetros quadrados. Trata-se de uma quantidade imensa de massa gelada, maior do que as áreas dos estados de Santa Catarina e Sergipe somadas.
Fonte: NSICD - Março, 2015
O gelo ártico derrete e congela novamente num ciclo anual regular. A cobertura gelada normalmente atinge sua extensão máxima entre fevereiro e março. Depois disso, o gelo derreto com o verão, atingindo um nível mínimo no mês de setembro. Essa medição serve para atestar a perda cada vez maior de gelo no Ártico, uma vez que os níveis máximo e mínimo de gelo diminuem ano a ano.
“Existe apenas um pequeno grupo de pessoas no planeta que vai receber com satisfação essa notícia, e todas elas trabalham na indústria do petróleo”, provoca Ben Ayliffe, coordenador da campanha Salve o Ártico do Greenpeace Internacional. Nesse momento, a Shell está se preparando para explorar no Alasca (cujo território faz parte do Ártico) por combustíveis fósseis que derretem o gelo em primeiro lugar.
“Estamos sofrendo com enchentes, tempestades e secas causadas pelas mudanças climáticas. Por isso milhões de nós estão comprometidos em denunciar a Shell para que ela não possa se safar tão facilmente”, conclui Ayliffe.
Limite da plataforma ártica, com cascatas de água derretida (© Nick Cobbing / Greenpeace)
O Centro de Dados Nacional sobre Neve e Gelo (NSICD, em inglês) divulgou essa semana o nível máximo de gelo do Ártico, e as notícias não são nada animadoras: mais um recorde de diminuição da plataforma ártica. A nova extensão máxima divulgada é de 14,5 milhões de quilômetros quadrados – cerca de 1,1 milhão de quilômetros quadrados abaixo da média entre 1981 e 2010. Essa é a pior marca da história desde o começo das medições.
Em relação à medição anterior (2011-2012), o gelo encolheu 130 mil quilômetros quadrados. Trata-se de uma quantidade imensa de massa gelada, maior do que as áreas dos estados de Santa Catarina e Sergipe somadas.
Fonte: NSICD - Março, 2015
O gelo ártico derrete e congela novamente num ciclo anual regular. A cobertura gelada normalmente atinge sua extensão máxima entre fevereiro e março. Depois disso, o gelo derreto com o verão, atingindo um nível mínimo no mês de setembro. Essa medição serve para atestar a perda cada vez maior de gelo no Ártico, uma vez que os níveis máximo e mínimo de gelo diminuem ano a ano.
“Existe apenas um pequeno grupo de pessoas no planeta que vai receber com satisfação essa notícia, e todas elas trabalham na indústria do petróleo”, provoca Ben Ayliffe, coordenador da campanha Salve o Ártico do Greenpeace Internacional. Nesse momento, a Shell está se preparando para explorar no Alasca (cujo território faz parte do Ártico) por combustíveis fósseis que derretem o gelo em primeiro lugar.
“Estamos sofrendo com enchentes, tempestades e secas causadas pelas mudanças climáticas. Por isso milhões de nós estão comprometidos em denunciar a Shell para que ela não possa se safar tão facilmente”, conclui Ayliffe.
A crise da água não dá desconto
Greenpeace vai às ruas exigir que o governador Geraldo Alckmin e a
Sabesp acabem com os abatimentos nas contas de água dados a grandes
consumidores de São Paulo
Ativistas do Greenpeace protestam diante do Banco Safra, na Avenida Paulista, pelo fim dos descontos na conta de água dados pela Sabesp aos grandes consumidores de São Paulo. (©Greenpeace)
Existe um muro invisível na crise de água de São Paulo que precisa ser derrubado. Esse muro separa a população da cidade, gravemente afetada pela falta de água em suas casas, de grandes empresas que, por meio de contratos especiais com a Sabesp, obtêm descontos crescentes de acordo com seu consumo. Quanto maior o consumo, maior o desconto. O fim destes descontos é um passo fundamental para o enfrentamento responsável da crise que pode levar a maior cidade do País ao colapso do abastecimento de água.
Nesta sexta-feira, 20 de março, o Greenpeace foi às ruas dar voz à população e exigir o fim desta injustiça. A ação “Água para Quem?”, realizada em plena Avenida Paulista, coração financeiro da cidade, chama a atenção para um dos mais cruéis capítulos da crise da água: os descontos previstos nos “contratos de demanda firme” estabelecidos pela Sabesp com grandes consumidores.
A companhia que gere a produção e distribuição de água na região onde vivem 20 milhões de pessoas privilegia, por meio destes contratos, um grupo de 537 grandes consumidores como bancos, hotéis, shopping centers, entre outros. Os contratos garantem que estas corporações desfrutem do benefício de, quanto mais água consumir, menos pagar por ela.
“Enquanto elas recebem esse estímulo para consumir mais, a população sofre com o racionamento não-declarado e dias sem abastecimento. Essa injustiça tem que acabar”, afirma Pedro Telles, coordenador da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace. Sem estes descontos, o Greenpeace estima que a Sabesp arrecadaria cerca de R$ 140 milhões a mais por ano. Esses recursos poderiam ser investidos, por exemplo, na redução do desperdício de água nas tubulações (que beiram 37% na cidade).
Acredite se quiser: quanto mais suas torneiras ficam abertas, menos estes grandes consumidores pagam por metro cúbico de água. O desconto oferecido pela Sabesp e aprovado pelo Governo do Estado de São Paulo, para que empresas turbinem seu consumo, trata a água cada vez mais escassa como mercadoria, e não como direito básico de todo cidadão, premiando o desperdício e impondo uma situação de completa injustiça sobre a população em geral, que sofre com o racionamento não declarado há vários meses.
A ação realizada nesta sexta-feira diante do Banco Safra, um dos beneficiados pelos contratos de demanda firme, chama atenção para essa situação absurda, dá voz para a população expor como a falta de água afeta suas vidas e exige que o governador Alckmin e a Sabesp acabem imediatamente com os descontos.
No site 'Água para quem' a população pode assinar e enviar sua petição para pressionar o governador Geraldo Alckmin e a Sabesp a extinguir os contratos de demanda firme com os grandes consumidores. O abastecimento à população deve ser priorizado e estas empresas não podem mais ser premiadas pelo desperdício. A rescisão dos contratos interessa a todos os que vivem em São Paulo e precisa ser realizada como um passo importante para o enfrentamento da crise que não vai ser superada tão cedo. Assine você também e aumente a pressão para acabar com a farra do desperdício.
O Greenpeace apoia e é parte da Aliança pela Água, coalizão de mais de 40 organizações da sociedade civil que trabalha para que profundas mudanças na gestão da água aconteçam a partir do enfrentamento da atual crise. Estas mudanças deve estar baseadas em três princípios básicos: a água é um direito humano e não pode ser tratada como mercadoria; todos os governos têm responsabilidade sobre a água e prestam um serviço à população; e os planejamentos hídricos devem necessariamente considerar a recuperação e recomposição dos mananciais e das atuais fontes de água. A Aliança também exige a elaboração de um abrangente Plano de Emergência a fim de mitigar os efeitos da crise e garantir o abastecimento de água para consumo humano durante a estiagem de 2015, que começa em abril. Saiba mais aqui.
Ativistas do Greenpeace protestam diante do Banco Safra, na Avenida Paulista, pelo fim dos descontos na conta de água dados pela Sabesp aos grandes consumidores de São Paulo. (©Greenpeace)
Existe um muro invisível na crise de água de São Paulo que precisa ser derrubado. Esse muro separa a população da cidade, gravemente afetada pela falta de água em suas casas, de grandes empresas que, por meio de contratos especiais com a Sabesp, obtêm descontos crescentes de acordo com seu consumo. Quanto maior o consumo, maior o desconto. O fim destes descontos é um passo fundamental para o enfrentamento responsável da crise que pode levar a maior cidade do País ao colapso do abastecimento de água.
Nesta sexta-feira, 20 de março, o Greenpeace foi às ruas dar voz à população e exigir o fim desta injustiça. A ação “Água para Quem?”, realizada em plena Avenida Paulista, coração financeiro da cidade, chama a atenção para um dos mais cruéis capítulos da crise da água: os descontos previstos nos “contratos de demanda firme” estabelecidos pela Sabesp com grandes consumidores.
A companhia que gere a produção e distribuição de água na região onde vivem 20 milhões de pessoas privilegia, por meio destes contratos, um grupo de 537 grandes consumidores como bancos, hotéis, shopping centers, entre outros. Os contratos garantem que estas corporações desfrutem do benefício de, quanto mais água consumir, menos pagar por ela.
“Enquanto elas recebem esse estímulo para consumir mais, a população sofre com o racionamento não-declarado e dias sem abastecimento. Essa injustiça tem que acabar”, afirma Pedro Telles, coordenador da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace. Sem estes descontos, o Greenpeace estima que a Sabesp arrecadaria cerca de R$ 140 milhões a mais por ano. Esses recursos poderiam ser investidos, por exemplo, na redução do desperdício de água nas tubulações (que beiram 37% na cidade).
Acredite se quiser: quanto mais suas torneiras ficam abertas, menos estes grandes consumidores pagam por metro cúbico de água. O desconto oferecido pela Sabesp e aprovado pelo Governo do Estado de São Paulo, para que empresas turbinem seu consumo, trata a água cada vez mais escassa como mercadoria, e não como direito básico de todo cidadão, premiando o desperdício e impondo uma situação de completa injustiça sobre a população em geral, que sofre com o racionamento não declarado há vários meses.
A ação realizada nesta sexta-feira diante do Banco Safra, um dos beneficiados pelos contratos de demanda firme, chama atenção para essa situação absurda, dá voz para a população expor como a falta de água afeta suas vidas e exige que o governador Alckmin e a Sabesp acabem imediatamente com os descontos.
No site 'Água para quem' a população pode assinar e enviar sua petição para pressionar o governador Geraldo Alckmin e a Sabesp a extinguir os contratos de demanda firme com os grandes consumidores. O abastecimento à população deve ser priorizado e estas empresas não podem mais ser premiadas pelo desperdício. A rescisão dos contratos interessa a todos os que vivem em São Paulo e precisa ser realizada como um passo importante para o enfrentamento da crise que não vai ser superada tão cedo. Assine você também e aumente a pressão para acabar com a farra do desperdício.
O Greenpeace apoia e é parte da Aliança pela Água, coalizão de mais de 40 organizações da sociedade civil que trabalha para que profundas mudanças na gestão da água aconteçam a partir do enfrentamento da atual crise. Estas mudanças deve estar baseadas em três princípios básicos: a água é um direito humano e não pode ser tratada como mercadoria; todos os governos têm responsabilidade sobre a água e prestam um serviço à população; e os planejamentos hídricos devem necessariamente considerar a recuperação e recomposição dos mananciais e das atuais fontes de água. A Aliança também exige a elaboração de um abrangente Plano de Emergência a fim de mitigar os efeitos da crise e garantir o abastecimento de água para consumo humano durante a estiagem de 2015, que começa em abril. Saiba mais aqui.
Thursday, March 19, 2015
Alimento orgânico na escola: agora é lei
Haddad sanciona projeto que obriga a inclusão de alimentos orgânicos nas
merendas escolares do município de São Paulo; são mais de 1 milhão de
refeições por dia
Crianças fazendo refeição em escola no interior de Santa Catarina (© Alan Azevedo / Greenpeace)
“Medidas como essa são essenciais para garantir a demanda por produtos limpos e saudáveis, uma vez que São Paulo é o maior restaurante do mundo – são mais de 1 milhão de merendas por dia só na rede de ensino público do município”, explica Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de agricultura do Greenpeace Brasil.
A implementação de alimentos orgânicos nas merendas será feita de forma gradativa até que todas as unidades escolares forneçam produtos orgânicos. O texto do projeto deixa claro a intenção da nova lei: “produtos orgânicos são livres de agrotóxicos, em regra prejudiciais à saúde dos consumidores, especialmente em idade escolar, e podem trazer sequelas irreversíveis se consumidos habitualmente, como é o caso da merenda escolar”.
Vuolo lembra que a aprovação do Projeto de Lei traz também outro benefício de extrema importância. “Isso pode inclusive mudar a relação das crianças com a alimentação e com o meio ambiente. Essa lei ajudará a formar cidadãos mais conscientes de seus atos e suas escolhas, como os alimentos que consomem”, conclui ela.
Crianças fazendo refeição em escola no interior de Santa Catarina (© Alan Azevedo / Greenpeace)
Um importante passo foi dado ontem, dia 18, na promoção de
uma agricultura limpa e saudável. O prefeito da cidade de São Paulo
Fernando Haddad aprovou o Projeto de Lei 451/2013, que prevê priorizar o
uso de alimentos orgânicos produzidos no próprio município,
principalmente os oriundos da agricultura familiar, nas merendas
escolares do sistema de ensino público da cidade.
Trata-se de uma grande vitória para a população de São Paulo e o
movimento de promoção da agricultura orgânica. Articulado pela
Plataforma de Apoio à Agricultura Orgânica na Cidade de São Paulo,
formada por cerca de 30 entidades, o projeto é um exemplo de
responsabilidade com a saúde e a educação das crianças, além de
incentivar a produção livre de veneno e transgênicos.“Medidas como essa são essenciais para garantir a demanda por produtos limpos e saudáveis, uma vez que São Paulo é o maior restaurante do mundo – são mais de 1 milhão de merendas por dia só na rede de ensino público do município”, explica Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de agricultura do Greenpeace Brasil.
A implementação de alimentos orgânicos nas merendas será feita de forma gradativa até que todas as unidades escolares forneçam produtos orgânicos. O texto do projeto deixa claro a intenção da nova lei: “produtos orgânicos são livres de agrotóxicos, em regra prejudiciais à saúde dos consumidores, especialmente em idade escolar, e podem trazer sequelas irreversíveis se consumidos habitualmente, como é o caso da merenda escolar”.
Vuolo lembra que a aprovação do Projeto de Lei traz também outro benefício de extrema importância. “Isso pode inclusive mudar a relação das crianças com a alimentação e com o meio ambiente. Essa lei ajudará a formar cidadãos mais conscientes de seus atos e suas escolhas, como os alimentos que consomem”, conclui ela.
Desinvestimento em combustíveis fósseis ganha apoio da ONU
Manifestantes protestam em Sydney, na Austrália, para pedir o fim dos investimentos em combustíveis fósseis (©Greenpeace/Abram Powell)
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) aderiu às mobilizações globais pelo desinvestimento em combustíveis fósseis. De acordo com o jornal britânico The Guardian, a UNFCCC afirmou estar emprestando a sua "autoridade moral" para a campanha de desinvestimento porque compartilha da ambição por um acordo forte para combater o aquecimento global na Conferência do Clima de Paris, em dezembro.
A campanha pelo desinvestimento cobra de governos, empresas e instituições a retirada de recursos de combustíveis fósseis. Os ativistas argumentam que o investimento no setor é um perigo tanto para o clima quanto para o capital dos investidores.
Em 15 de fevereiro, a ação no chamado “Dia Mundial do Desinvestimento” contou com manifestações em países como Estados Unidos, Inglaterra, Suécia, Vietnã, Austrália, Nova Zelândia e Noruega. Os responsáveis pela mobilização são os membros da 350.org, organização que atua pela diminuição das mudanças climáticas e seus impactos. De acordo com a 350.org, a campanha de desinvestimento está em mais de 60 países. O Brasil não está entre eles.
O porta-voz da UNFCCC, Nick Nuttall, falou ao Observatório do Clima sobre a importância da campanha. “Na verdade, a ciência é clara: é preciso encontrar o equilíbrio de como podemos gerar, produzir e utilizar energia, a fim de ter mais energia limpa e eficiência energética e menos combustíveis fósseis, especialmente o carvão.”
Ele afirma que a campanha não é a única resposta, ou o que chamou de “bala de prata”, mas parte da compreensão de que medidas urgentes são necessárias para evitar consequências ainda mais trágicas das mudanças climáticas.
Após os atos de 15 de fevereiro, a 350.org divulgou alguns resultados da campanha. De acordo com nota da equipe do Dia Mundial de Desinvestimento, em todo o mundo, mais de 200 cidades, universidades e instituições se comprometeram em desinvestir, retirando cerca de US$ 50 bilhões em recursos para os combustíveis fósseis.
Nuttall comemora a o desinvestimento e adesão por parte das instituições e governos de algumas cidades pelo mundo. “É um sinal de que podemos mover o mundo em direção a um futuro de baixo carbono, com cada vez menos queima de combustíveis fósseis.”
A campanha tem recebido respostas e críticas pontuais do setor que pode ser impactado com a diminuição de recursos. Ao Guardian, Benjamin Sporton, executivo-chefe da Associação Mundial do Carvão, argumentou que a demanda por carvão não vai desaparecer e que a campanha por desinvestimento preocupa. "O desinvestimento nos combustíveis fósseis – e em particular o carvão – vem com riscos significativos a outras dimensões econômicas e sociais não menos importantes, quando 1,3 bilhão de pessoas ainda estão sem acesso à eletricidade." Ele defende o incentivo a tecnologias de carvão limpo.
Governo anuncia dois leilões de energia solar
Dois leilões de energia solar são anunciados para 2015. Tal anúncio
auxilia o fortalecimento de um mercado nacional, mas ainda é necessário
que medidas sejam tomadas para a micro e minigeração.
Painéis solares no telhado do escritório do Greenpeace Brasil em São Paulo (©Rodrigo Baleia/Greenpeace)
O governo federal vai realizar dois leilões para a contratação de energia elétrica de projetos de energia solar em agosto e em novembro. Além de ser uma boa notícia, o anúncio é um estímulo para o mercado e para os fabricantes de equipamentos se estabelecerem, facilitando a expansão da fonte no Brasil. No entanto, ainda é preciso fazer mais para que a energia solar possa se espalhar de fato por todos os cantos do país, sobretudo quando o tema é mini e microgeração. Estas modalidades ainda são carentes de incentivos como a isenção de impostos e criação de linhas de financiamento específicas.
“Existe uma grande perspectiva de introdução dessa fonte de energia [solar] na matriz [brasileira]. Existe uma estimativa de que haja uma redução de quase 50% do custo de investimento até 2020. E que, de 2020 a 2050 haja uma outra queda de 50%], afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, ao jornal Valor Econômico.
Medidas que barateiem e incentivem a energia solar são urgentes. Em tempos de crise hídrica e reservatórios de hidrelétricas baixos, faz-se necessário buscar outras alternativas para suprir a necessidade de eletricidade. Para um país como Brasil, que tem um dos melhores potenciais de energia solar no mundo, não faz sentido privilegiar fontes como as termelétricas, caras e poluentes, e deixar o Sol de fora da matriz elétrica.
“O primeiro leilão exclusivo para energia solar aconteceu no ano passado e já foi um bom indicativo de que o Brasil começa a se mover, ainda que lentamente, em direção às verdadeiras soluções para o setor elétrico”, diz Barbara Rubim, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. “Mas ainda estamos longe de darmos a devida atenção à energia solar. Temos que buscar os devidos incentivos para a micro e a minigeração, além de cuidar para obter um preço nestes leilões que seja bom para o desenvolvimento do mercado nacional.”
Painéis solares no telhado do escritório do Greenpeace Brasil em São Paulo (©Rodrigo Baleia/Greenpeace)
O governo federal vai realizar dois leilões para a contratação de energia elétrica de projetos de energia solar em agosto e em novembro. Além de ser uma boa notícia, o anúncio é um estímulo para o mercado e para os fabricantes de equipamentos se estabelecerem, facilitando a expansão da fonte no Brasil. No entanto, ainda é preciso fazer mais para que a energia solar possa se espalhar de fato por todos os cantos do país, sobretudo quando o tema é mini e microgeração. Estas modalidades ainda são carentes de incentivos como a isenção de impostos e criação de linhas de financiamento específicas.
“Existe uma grande perspectiva de introdução dessa fonte de energia [solar] na matriz [brasileira]. Existe uma estimativa de que haja uma redução de quase 50% do custo de investimento até 2020. E que, de 2020 a 2050 haja uma outra queda de 50%], afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, ao jornal Valor Econômico.
Medidas que barateiem e incentivem a energia solar são urgentes. Em tempos de crise hídrica e reservatórios de hidrelétricas baixos, faz-se necessário buscar outras alternativas para suprir a necessidade de eletricidade. Para um país como Brasil, que tem um dos melhores potenciais de energia solar no mundo, não faz sentido privilegiar fontes como as termelétricas, caras e poluentes, e deixar o Sol de fora da matriz elétrica.
“O primeiro leilão exclusivo para energia solar aconteceu no ano passado e já foi um bom indicativo de que o Brasil começa a se mover, ainda que lentamente, em direção às verdadeiras soluções para o setor elétrico”, diz Barbara Rubim, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. “Mas ainda estamos longe de darmos a devida atenção à energia solar. Temos que buscar os devidos incentivos para a micro e a minigeração, além de cuidar para obter um preço nestes leilões que seja bom para o desenvolvimento do mercado nacional.”
Wednesday, March 18, 2015
Parabéns as manifestações de Domingo
Queremos parabénizar a manifestação que ocorreu em São Paulo Domingo,e dizer que devemos sim lutar pelo fim da corrupção,da impunidade,e pelo desgoverno que está acontecendo no país,que devemos sempre lutar pelos nossos direitos,e pelo que é certo e justo,não devemos ficar parados enquanto o governo federal,ou melhor a presidente Dilma prejudica a economia,nós faz pagar impostos absurdos,e beneficia a
ela,e seus aliados,graças a ela,com o Petrolão,ao Lula,com o Mensalão,e ao PT,o Brasil se encontra hoje nessa situação,vamos dar um basta nisso tudo,chega deles nos prejudicar,chega de politicos fazerem o que querem e achar,que nada vai acontecer a eles,vamos mostrar que somos forte,e juntos venceremos a todas as adversidades,então mais uma vez parabéns,e vamos continuar lutando
Abraços,Jorge e Laura.
ela,e seus aliados,graças a ela,com o Petrolão,ao Lula,com o Mensalão,e ao PT,o Brasil se encontra hoje nessa situação,vamos dar um basta nisso tudo,chega deles nos prejudicar,chega de politicos fazerem o que querem e achar,que nada vai acontecer a eles,vamos mostrar que somos forte,e juntos venceremos a todas as adversidades,então mais uma vez parabéns,e vamos continuar lutando
Abraços,Jorge e Laura.
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