Mudar pelo clima pode mudar a sua vida (pra melhor!)
Neste sábado, 30 de Maio, foi o Dia de Ação Global
pelo Clima e voluntários de 08 capitais brasileiras, Brasília, Recife,
Manaus, Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto
Alegre uniram suas vozes com pessoas de aproximadamente 30 países
pedindo por mais investimento em energia renovável e pelo fim do
desmatamento de florestas tropicais. Com materiais lúdicos como stencils
e jogos de tabuleiro, eles engajaram pessoas nas cinco regiões
brasileiras aumentando sua consciência sobre o impacto da crise
climática em nossas vidas e a importância de demandar decissões melhores
de líderes políticos e empresariais*. As atividades também tiveram a
intenção de provocar uma reflexão individual sobre como a rotina das
pessoas está relacionada com o contexto do clima, e como elas podem
fortalecer o movimento climático em todo o mundo.
2015 é considerado um dos anos mais importantes para
as negociações climáticas e mobilização de pessoas ao redor do mundo.
Para o Brasil, as mudanças climáticas são um desafio real: crise
energética e a iminência de apagões, falta de água, inundações na
Amazônia e outros desastres naturais são indicadores de que precisamos
de mudanças concretas para evitar cenários ainda piores para a economia
do país e para o bem estar da população. Ainda assim, o que vemos é uma
falta de interesse de líderes políticos em aprimorar as medidas para
evitar o desmatamento ao mesmo tempo que o setor elétrico depende mais e
mais de combustíveis fósseis já que a crise climática afeta a produção
da eletricidade em todo o país. Unindo esforços com outras organizações,
o Greenpeace pede ao governo para melhorar os investimentos em
energias renováveis, especialmente energia solar, e pela Lei do
Desmatamento Zero- condições cruciais para reduzirmos as emissões de
gases de efeito estufa do país.
“O Dia de Ação conecta pessoas ao redor do mundo com um único
propósito: pedir e promover a mudança por meio de ações” destaca Alan
Santos, voluntário da cidade de Porto Alegre. O Greenpeace Brasil também
acredita que as vozes e atitudes das pessoas são essenciais para
combater as mudanças climáticas e pressionar líderes para mudar, por
isso as convidamos para unirem-se a nós neste Dia Global de Ação
espalhando mensagens positivas e propositivas sobre como mudar pelo
clima pode mudar nossas vidas - para melhor.Neste fim de semana, mais de 830 brasileiros juntaram-se ao nosso movimento nas ruas e nas redes. Nós ouvimos suas histórias sobre como eles mudaram pelo clima e isso nos faz acreditar que há diversas e amplas maneiras de enfrentar as mudanças climáticas, as pessoas já estão fazendo isso acontecer: trocando o carro pela bicicleta, assinando pelo Desmatamento Zero, participando de movimentos organizados pelo clima, desenvolvendo projetos de sustentabilidade com comunidades de baixa renda, multiplicando o poder da energia solar, graduando-se para atuar em empregos verdes e muito mais. Indepenodente dos resultados das negociações, as pessoas e os movimentos mostraram que já são parte da solução. Essa deveria ser uma mensagem clara para os líderes de todo o mundo.
Mais do que demandar uma posição melhor dos líderes globais, para Rafaela Araújo, voluntária de Belo Horizonte, a data é importante para aumentar a consciência das pessoas e seu poder de ação. “Quando alguém participa de um mobilização global como essa, mesmo que pela primeira vez, aprendendo que a sua atitude e respeito pelo meio ambiente pode fazer a diferença, essa pessoa pode dizer #eumudei, e isso vai além do Dia de Ação Global, dura por toda sua vida.”
*O Dia de Ação Global precedeu o encontro dos maiores
países industriais do mundo, o G7, que estão reunidos esta semana na
Alemanha. Atualmente eles são responsáveis por 60% da produção de
energia nuclear e 30% da produção de energia por carvão em todo o mundo.
A chancellor alemã Angela Merkel, atual presidente do G7, declarou que
mudanças climáticas serão um assunto chave para o encontro. Esse é um
passo importante em direção ao acordo climático que será realizado na
COP 21 em Paris, França, no fim de 2015.
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