Governos brasileiro divulga – e edita – carta de intenções que menciona o
ano de 2030 como o limite de referência para emissões de gases de
efeito estufa
Encontro bilateral entre presidenta Dilma Rousseff e o Primeiro Ministro Chinês Li Keqiang (©Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Durante encontro no Brasil, a Presidenta Dilma Rousseff e o Primeiro
Ministro Chinês Li Keqiang fecharam um total de 35 acordos e termos de
cooperação em sete áreas, entre elas energia e meio ambiente. Além
desses acordos, houve também a divulgação de uma carta de intenções
referente às negociações para a Conferência de Clima das Nações Unidas, a
COP, que ocorrerá em dezembro deste ano, e que foi editada um dia após
sua publicação.
Retirou-se a menção do ano de 2030 como o estabelecimento de um
limite referência para as emissões chinesas e brasileiras, única
sinalização concreta por parte do governo brasileiro até agora sobre o
que pretende apresentar para as negociações climáticas. Na carta, há
citações de aumento da ambição na solução dos problemas climáticos,
intensificação de investimentos em energia solar e cooperação em
florestas, por exemplo.
Porém, na hora em que o dinheiro foi para a mesa, o destino foi o das
energias sujas, como o petróleo, cuja queima é um dos principais
responsáveis pelo aquecimento do planeta. Foram destinados 7 bilhões de
dólares de investimentos para o setor. “Do ponto de vista ambiental, é
evidente uma grande distância ainda existente entre o que se diz
pretender para o clima e o que de fato se faz pelo planeta”, afirma
Pedro Telles, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
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