Carta aberta a Ban Ki-moon questiona o Secretário Geral da ONU sobre sua solidariedade em relação à sociedade civil indiana.
O Greenpeace Índia anunciou que existe uma onda de apoio de aliados
da sociedade civil, de novos membros e de sua própria equipe que
permitem que a organização mantenha suas “funções de suporte” ativas por
mais um mês, se necessário.
Em uma coletiva de imprensa, o Diretor Executivo Samit Aich leu uma
emotiva carta escrita por sua equipe, que pedia para continuar a
trabalhar sem receber os pagamentos do mês de junho, caso fosse
necessário.
Ele também revelou que outros grupos da sociedade civil ofereceram
apoio prático e financeiro para manter a organização em funcionamento,
ao menos, pelas semanas seguintes enquanto enfrentam uma batalha
judicial, liderada pelo Ministro Indiano do Interior, que visa seu
fechamento.
Duranto o evento, Samid Aich disse: “Nas últimas semanas vimos uma
grande onda de apoio ao Greenpeace Índia. Estou profundamente
sensibilizado por conta das propostas que recebemos de nossos parceiros
da sociedade civil, assim como nossos milhares de apoiadores em todo o
país”.
“Hoje minha equipe me enviou uma carta muito emocionada, na qual
pedem para continuar trabalhando, sem pagamento, por um mês. Eu espero
que não cheguemos a este ponto, e que minha equipe e seus familiares não
precisem passar por necessidades. Mas, se preciso, estamos prontos para
manter ativas as funções básicas do Greenpeace India em Junho.”
A Carta da Equipe pode ser visualizada aqui (em Inglês)
Samit Achid também convidou os apoiadores do Greenpeace ao redor do Mundo para que assinem uma “carta aberta” endereçada ao Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Kin-moon,
insistindo para que ele ceda sua voz em apoio ao direito à livre
manistação na Índia. Em um e-mail enviado a parceiros, Aich escreve: “Estou
pedindo para milhares de pessoas ao redor do mundo que se juntem a mim e
se manifestem em favor do Greenpeace Índia e peçam por liberdade”.
Na próxima Terça-Feira, 26 de Maio, a Suprema Corte de Delhi irá
ouvir a petição escrita do Greenpeace Índia, que questiona o bloqueio de
suas contas bancárias e a suspensão da licença que permitia o
recebimento de contribuições financeiras vindas do exterior. O
Greenpeace Índia afirma que acredita no sistema juducial indiano e
espera por uma solução positiva para o caso.
Anteriormente, o Ministro do Interior já havia tentado bloquear
aportes financeiros vindos do exterior e direcionados ao Greenpeace
Índia, ação que foi revertida pela Alta Corte indiana após ser
considerada “Arbitrária, ilegal e incostitucional”.
Aich prosseguiu: “Estamos confiantes em relação ao nosso processo e
esperançosos que a Côrte nos traga alívio na terça-feira. Mas as rodas
da justiça podem demorar, e precisamos ter certeza de que conseguiremos
manter nossas atividades básicas em funcionamento nas próximas semanas.
Este plano nos permite realizar as atividades necessárias para
sobrevivermos”.
Também estava presente à coletiva de imprensa em apoio ao Greenpeace
Índia, Willy D'Costa, do Fórum de Ação Social da Índia (INSAF – Indian
Social Action Forum). Que afirmou:
“Esta restrição inconstitucional às oposições neste país precisa
acabar. E em nome das demais organizações da sociedade civil, devo dizer
que estamos preparados para assumir as funções governamentais e ampliar
nosso apoio ao Greenpeace Índia, mesmo que isso signifique ataques e
penas arbitrárias para nós também. Estamos dispostos a oferecer nosso
escritório e até mesmo dividir nossas mesas com a equipe do Greenpeace
Índia, caso necessário.”
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