Com a crise hídrica de São Paulo se agravando e
indicando que os próximos meses serão ainda mais difíceis do que a
realidade enfrentada em 2014, o governador Geraldo Alckmin recebeu do
Banco Mundial um empréstimo de R$156 milhões para obras de saneamento e produção de água.
Esse valor é muito próximo ao que o governo conseguiria obter
acabando com descontos que dá a 537 grandes empresas e organizações que
consomem mais do que 500 mil litros de água por mês. Para essas empresas
e organizações, beneficiadas por contratos especiais, quanto mais água é
consumida, menos se paga por litro - o oposto do que acontece para o
resto da sociedade. Segundo cálculos do Greenpeace, o fim destes
descontos geraria pelo menos R$140 milhões a mais por ano para a Sabesp -
além de acabar com um insustentável estímulo ao desperdício, e promover
a justiça na gestão da crise hídrica.Pedindo o empréstimo ao Banco Mundial, mas mantendo os descontos para grandes consumidores, o governador Geraldo Alckmin demonstra que prefere ficar devendo dinheiro da população a credores internacionais a acabar com benefícios oferecidos a empresas que têm condições mais do que suficientes para pagar contas de água como todo o resto da sociedade.
Se estamos falando de um enfrentamento responsável da crise hídrica, é cada vez mais evidente que os descontos para grandes consumidores precisam acabar. Clique aqui e some sua voz à do Greenpeace e de milhares de pessoas que exigem o fim destes descontos!
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