Terceiro vídeo da série expõe a crise energética, que o Brasil enfrenta com medidas paliativas e retrógradas
Em contexto de crise, onde o País é ameaçado pelo racionamento e o
aumento do preço da energia, cabe questionar e reavaliar a política
energética nacional. A prioridade para combustíveis fósseis e a
centralização da produção de energia trava um possível modelo de
desenvolvimento sustentável.
No terceiro vídeo de uma série de seis, produzidos pela o Bijari,
com roteiro e direção de Fernando Salem e Tadeu Jungle, o Greenpeace
critica a conduta brasileira de continuar incentivando fontes sujas e
hidrelétricas – embora sejam renováveis, são instáveis em períodos de
chuva e com altos impactos socioambientais.
Leia mais:
“O governo aquece os investimentos nas térmicas para os próximos dez
anos. Péralá! O que eles querem? Mais poluição? Mais gases efeito
estufa? Ufa!” questiona o vídeo sobre os futuros investimentos
brasileiros, previsto no recém lançado Plano de Expansão Decenal de Energia.
A conta é estarrecedora: 71% dos investimentos energéticos serão em
fontes fósseis, enquanto as renováveis, como solar, eólica e de
biomassa, receberão menos que 10%. “Soluções do século XIX”.
As grandes centrais hidrelétricas, como Belo Monte, também foram alvo
de crítica: “Belo Monte de merda! Atingiu trinta terras indígenas, doze
unidades de conservação e 100 mil hectares de floresta. Vale a pena?”.
E a pergunta é válida, uma vez que energia renovável não é
necessariamente energia limpa.
Na terça-feira desta semana, o Greenpeace realizou streaming em parceria com o Fluxo para também debater o tema de Energia.
Célio Bermann (IEE-USP), doutor em planejamento energético, levantou a
seguinte pergunta: “O Brasil tem 42% da sua matriz baseada em energia
renovável, mas não leva em consideração o mais importante: nossa matriz é
sustentável?”. E completou lembrando que “para ser sustentável, tem que
levar em conta os impactos socioambientais”.
Todos os vídeos, propostas e material do Greenpeace sobre as eleições 2014 estão na plataforma Pressione Verde.
Depois de conhecer as demandas, o eleitor pode enviar uma mensagem aos
candidatos à presidência cobrando seu comprometimento com importantes
questões socioambientais a serem enfrentadas no próximo mandato.
Chega de perder tempo! Aperte pressioneverde.org.br para apertar os candidatos!
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