Governo holandês aciona Tribunal Internacional contra Rússia por invasão ilegal de navio e descumprimento judicial
Há quase um ano, em 19 de setembro de 2013, o navio Arctic Sunrise,
o quebra-gelo do Greenpeace, era invadido ilegalmente por autoridades
armadas russas, que renderam os tripulantes e rebocaram a embarcação
para Murmansk, na Rússia. O Greenpeace estava no local para protestar
pacificamente contra a exploração de petróleo no Ártico.
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Depois de dois longos meses de detenção provisória na Rússia veio o
veredito do julgamento: os trinta ativistas que participaram do protesto
foram inocentados das acusações de vandalismo e pirataria. Mas o Arctic Sunrise não.
O governo da Holanda entrou com um processo contra a Rússia pelo
Tribunal Internacional de Leis Marítimas (ITLOS), pedindo a liberação
imediata do navio. O ITLOS julgou e consentiu com o pedido. No entanto, a
Rússia não cumpriu a ordem.
Oito meses depois de uma arrastada disputa judicial, a Rússia decide
liberar o navio, que só retornaria para Amsterdam, sua cidade natal, em
agosto de 2014. Mas, para o governo holandês, os russos descumpriram
ordens legais e devem responder na justiça. Um documento foi entregue
hoje pela Holanda ao ITLOS, demandando a punição cabível à República
Russa pela invasão e retenção ilegal do Arctic Sunrise.
“Os 30 do Ártico podem estar livres, mas eles ainda não viram
justiça. Eles foram anistiados de um crime que não cometeram. Esperamos
que o Tribunal reconheça a invalidez da conduta das autoridades russas
ao capturarem nosso navio”, diz Daniel Simons, advogado do Greenpeace.
“A Federação Russa será obrigada a reparar os danos causados”, completa.
Enquanto ancorado no porto de Murmansk, investigadores russos reviraram o navio e causaram graves danos estruturais. O Greenpeace está realizando uma campanha para recuperar o Arctic Sunrise e assim voltar sua atenção novamente para a defesa do Ártico.
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