Thursday, September 18, 2014

Ban Ki-Moon recebe Greenpeace

Pela defesa do Ártico, ONG entrega assinaturas ao secretário geral da ONU
Delegação do Greenpeace com Ban Ki-Moon. Da esquerda para a direita: Josefina Skerk (política de Saami, povo tradicional do Ártico), Ban Ki-Moon (ONU), Kumi Naidoo (diretor executivo Greenpeace), Margareta Malmgren-Koller e Neil Hamilton (ambos assessores de Políticas Públicas do Greenpeace). © Greenpeace / Michael Nagle

O Greenpeace está no Ártico há meses. Nesse tempo, testemunhamos grandes mudanças pelas quais a região está passando. As tentativas ultrajantes para encontrar petróleo em águas geladas põem em risco esse bioma que é único. O crescente degelo fragiliza ainda mais o Ártico, que vem diminuindo consideravelmente ano a ano. Por isso que pedir a sua proteção é uma causa muita cara, sobre a qual o Greenpeace dedica intenso trabalho.
Além de inúmeros protestos no gelado mar ártico, denunciando a perigosa operação das petrolíferas, criamos uma petição popular e a Declaração Internacional pelo Futuro do Ártico.
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Já são mais de 6 milhões de pessoas que assinaram a petição pela criação de um santuário no Ártico. Pela Declaração, são mil signatários, que têm o poder de influenciar a política dos países com território no Ártico. Além disso, pesquisa encomendada pelo Greenpeace, feita em 30 países dos cinco continentes, mostrou uma média de 74% da população mundial a favor do santuário.
Munido desse gigante apoio global, uma delegação do Greenpeace, da qual Kumi Naidoo – diretor executivo da ONG – faz parte, se reuniu mais cedo com Ban Ki-Moon, Secretário Geral da ONU, para apresentar as demandas referentes à proteção do Ártico. As assinaturas foram entregues numa esfera com água derretida das geleiras. As palavras do secretário da ONU foram: "Vocês são muito corajosos; não apenas dedicados, vocês são muito, muito mais que dedicados; são bravos e corajosos, verdadeiros herois".
Ban Ki-Moon é um forte defensor da urgente necessidade de ações voltadas para as mudanças climáticas. E é também um grande fã do Ártico. No início deste ano, viajou para a Groenlândia para testemunhar a situação da região.
Durante a jornada, ele expressou o sentimento de estar "profundamente alarmado" e afirmou que "o problema não desaparecerá ficando em silêncio". "Temos que agir agora", disse ele. Assim, Ban Ki-Moon convidou líderes de todo o mundo para uma reunião em Nova York, com o objetivo de aumentar a pressão por compromissos na Cúpula do Clima da ONU (COP), que acontecerá no Peru no fim do ano.
Esse é mais um passo em direção ao reconhecimento mundial de que o Ártico é uma questão de interesse internacional. "O que acontece no Ártico não fica no Ártico", o Greenpeace costuma dizer. Infelizmente, os Estados do Ártico, que formam o Conselho do Ártico, não têm feito jus às suas responsabilidades.
A região está derretendo por causa das mudanças climáticas causadas pelo homem. Somente as nações do Ártico produzem 25% das emissões globais de gases de efeito estufa, e se você incluir os Estados participantes do Conselho do Ártico, esse número sobe para 80%. Mesmo assim, as empresas de petróleo e outras indústrias destrutivas têm suporte dos governos para expandir a exploração de combustíveis fósseis, que causaram o aquecimento em primeiro lugar.
Muitas nações do mundo estão sendo diretamente afetadas pelo derretimento das geleiras no Ártico e o aquecimento do Oceano Ártico. Este mês, o Comissário do Clima das Filipinas, Yeb Saño está visitando o Ártico pela primeira vez para destacar esse fato. A mensagem de ambos é clara: o que está acontecendo no Norte está afetando o meu povo, e isso tem que parar! Saño realizou um emocionante discurso na COP do ano passado, na Polônia, após o super tufão Hayan devastar seu país.
Que essa importante etapa sirva como um claro sinal às nações do Ártico. Que mudem suas abordagens atuais, longes de adequadas. Nessa, Ban Ki-Moon, o grande fã do Ártico, parece concordar.

 

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