Instalação de paineis solares por voluntários. © Nathalie Bertrams / Greenpeace
Por um lado, a presidente Dilma Rousseff indicou que energia nuclear está longe de ser uma prioridade. Apesar de não descartar a conclusão das obras da usina de Angra 3, declarou que não vê o investimento em nuclear como necessário ou tampouco estratégico, mostrando concordar que o Brasil não precisa dessa fonte de energia altamente poluidora e insegura - algo defendido pelo Greenpeace e por várias organizações e movimentos que se opõem à energia nuclear no Brasil e no mundo.
Por outro lado, Dilma mostrou que ainda existe resistência
ao investimento em energia solar, afirmando não crer que essa fonta
tenha potencial para se tornar protagonista no país.
Leia mais:
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Infelizmente, neste ponto Dilma vai contra toda evidência
científica disponível, e do planejamento feito pela própria Empresa de
Pesquisa Energética (EPE), órgão do seu próprio governo, segundo o qual
até 2050 nossa matriz contará com 118 GW de energia solar. A posição da
EPE segue o mesmo rumo do proposto pelo Greenpeace em seu relatório [R]
evolução energética (link).
A história, pelo visto, se repete: há alguns anos o governo
também não valorizava o potencial da energia eólica, que hoje já
compete em custo com hidrelétricas e cresce a passos largos. Não há,
assim, porque continuar duvidando do potencial do Sol - fonte ideal para
complementar uma matriz baseada em hidrelétricas, como a nossa - e
adiando investimentos cruciais para que o país consiga garantir, no caso
da falta de chuva, luz e preços estáveis. O que falta é só vontade
política.
Energia é tema quente nestas eleições, e felizmente o
debate sobre novas fontes renováveis está mais forte do que nunca.
Seguiremos pressionando todos os candidatos a assumirem compromissos
cada vez mais consistentes e significativos. A pressão apenas se
ampliará para cima de quem quer que seja eleito a partir do ano que vem!
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