Tuesday, September 23, 2014

Luzes na ONU

Greenpeace projeta mensagem em nove línguas na sede da ONU, em NY, para pressionar resultados da Cúpula do Clima

Projeção do Greenpeace na sede da ONU, em Nova York. © Greenpeace

Nesta manhã, dois dias depois de 300 mil pessoas tomarem as ruas da cidade de Nova York pedindo ações concretas pelo clima, o Greenpeace projetou a mensagem “Listen to the People, Not the Polluters” (Ouça as pessoas, não os poluidores, em português) no prédio da sede da ONU, em Manhattan. A frase foi então traduzida em nove línguas: inglês, chinês, francês, russo, alemão, português, hindi e árabe.
A Marcha do Povo pelo Clima, que aconteceu no último domingo em mais de 160 comunidades do mundo todo, é sinal da resistência da sociedade contra políticas poluentes. A manifestação em Nova York foi a maior marcha pelo clima da história dos EUA.

© Greenpeace

“As energias sujas nos levaram a esse quadro de desequilíbrio climático, e não vão nos tirar dele. Os governos precisam parar de investir o dinheiro do contribuinte em carvão, petróleo e energia nuclear”, defende Kumi Naidoo, diretor executivo do Greenpeace Internacional.
“Esperamos que esse encontro dê oportunidade aos líderes mundiais de tomarem decisões acertadas e ambiciosas nos próximos encontros”, diz Naidoo, referindo-se às duas próximas Conferências de Mudanças Climáticas (COP). O Peru sediará o encontro desse ano, mas o foco recai sobre a COP 21, ano que vem, em Paris.
Para o Greenpeace, os países devem apoiar a transição completa às energias renováveis até 2050, erradicando energias sujas como os combustíveis fósseis e o carvão. Para isso, é preciso criar de um Fundo Climático Verde, que proponha caminhos para o desenvolvimento sustentável.
Outra questão sensível é o posicionamento dos EUA e da China em relação às metas de mitigação. Grandes países com gigante capacidade de produção, ambos têm papel fundamental a desempenhar no movimento global pelo clima. Os norte-americanos precisam diminuir as emissões domésticas e de térmicas a carvão, enquanto os chineses devem se comprometer em diversificar sua matriz energética, também a base de carvão.
“As energias renováveis pipocaram ao redor do mundo, num curto período de tempo. Ela é acessível, abundante, limpa e segura, podendo prover toda energia que o planeta precisa. Mas, para isso acontecer, os líderes precisam ter coragem para se livrarem do modelo ultrapassado”, completa Naidoo.
 

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