Voluntária do Greenpeace Rússia, que integra o Oil Spill
Patrol, limpa área de vazamento em Komi. (© Denis Sinyakov / Greenpeace)
Ativistas do Greenpeace que integram o grupo Oil Spill Patrol, patrulha voluntária de detecção de vazamentos em terra na região de Komi (Rússia), identificou 204 pontos de vazamento de petróleo, sendo 20 desses recentes. A área total poluída é de 130 hectares.
Hoje, ambientalistas enviaram ao Rosprirodnadzor, agência federal de regulamentação ambiental e industrial da Rússia, uma queixa pedindo a responsabilização legal das companhias petrolíferas pelos vazamentos, além do compromisso da agência em recuperar as áreas afetadas.
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“O processo de extração e transporte de petróleo na Rússia é muito sujo. Muitas regulamentações são violadas, resultando na poluição das águas e das florestas locais”, diz Vladimir Chuprov, do Greenpeace Rússia. Para ele, o problema deve ser resolvido em nível federal, pois a frouxa regulamentação do governo incentiva a negligência das empresas.
A equipe do Oil Spill Patrol acaba de terminar uma patrulha de duas semanas em Usinsk e Kharyaga, onde inúmeros vazamentos foram achados.
A causa mais comum de poluição é o vazamento em oleodutos: foram contabilizados 148 casos desse tipo. A equipe também identificou outros vazamentos recorrentes do despejo ilegal de restos de petróleo, além do acúmulo de lixo industrial. O documento entregue ao Rosprirodnadzor contém a exata descrição geográfica desses pontos.
O Greenpeace já havia proposto anteriormente uma mudança na legislação federal para que o governo tenha mais controle sobre os vazamentos. Muitas das propostas foram apoiadas pelo ministro do meio ambiente de Komi e pelo secretário local do Rosprirodnadzor. Nas próximas semanas o ministro vai trabalhar junto ao Conselho do Estado de Komi para submeter as propostas ao parlamento federal.
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