Moradores lutam pela manutenção do Parque dos Búfalos (© Carolina Marçal)
Sem floresta, não tem água, a frase se explica perfeitamente quando observamos a situação do sudeste do Brasil. Na cidade de São Paulo resta pouca floresta e falta água. Mesmo assim, nessa mesma semana, o Tribunal de Justiça de São Paulo liberou a construção de 193 prédios do Programa Minha Casa Minha Vida no Parque dos Búfalos, região de manancial da represa Billings.
O local foi declarado em 2012 como de utilidade pública, mas em 2013 o prefeito Fernando Haddad alterou a lei para liberar a área para moradias. Desde então, o Movimento Parque dos Búfalos vem lutando para que a construção seja transferida para outro local e o parque conservado.
Em fevereiro deste ano, a justiça havia determinado suspensão das obras após ações movidas contra o empreendimento pelos moradores da região e o Ministério Público. Porém, essa semana, a liminar foi derrubada, o que torna a edificação em uma área que deveria ser preservada mais próxima de se tornar realidade.
A construção de moradias em cima de nascentes e em uma área utilizada como parque pelos moradores do Jardim Apurá causará desmatamento e assoreamento de nascentes, impactando a qualidade e quantidade de água que chega na represa. A Billings sofre com a poluição causada pela falta de saneamento na região e o Parque é um dos últimos resquícios de Mata Atlântica em seu entorno.
Em tempos de falta de água na grande São Paulo, repensar o espaço urbano e pedir em pé de igualdade moradia e meio ambiente deveria ser via de regra. A luta pelo Parque dos Búfalos, uma área que se transformou em Parque pela vontade legítima da população continua. Se você acredita que moradia e meio ambiente devem ser igualmente priorizadas, assine a petição pela permanência do Parque dos Búfalos.
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