(Imagem: Wikimedia Commons)
A caixa preta do transporte coletivo da cidade de São Paulo começou a ser aberta nos últimos dias, com a divulgação do resultado da auditoria realizada pela Ernst&Young sobre a atuação das empresas de ônibus da cidade.
Contratada em dezembro de 2013, a consultoria entregou apenas nesta semana o relatório final de sua averiguação. A conclusão veio em boa hora: com os ajustes necessários seria possível reduzir os custos da operação do transporte em 7,4%, o suficiente para, por exemplo, impedir a alta prevista da tarifa em 2015.
A auditoria trouxe à luz também uma das formas pelas quais as empresas mais lucram: não realizando todas as viagens programadas. Estima-se que uma a cada dez viagens não seja feita, levando a mais espera (e aperto) dos passageiros, e a mais dinheiro no bolso das concessionárias do sistema.
A contratação da auditoria independente foi motivada pelas manifestações que tomaram a cidade em junho contra o aumento da tarifa, e que também levaram ao cancelamento da licitação para renovação do serviço de ônibus, que ocorreria em julho do mesmo ano.
Esse adiamento do processo licitatório dá à Prefeitura a
oportunidade de rever toda a forma de remuneração das empresas,
iniciando, ainda que de forma gradativa, a mudança que o sistema de
transporte sobre rodas da capital tanto precisa ter.
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