Munduruku e lideranças indígenas brasileiras encontram Ruth Buendia, do
povo Ashaninka no Peru, para trocar experiências de luta e discutir os
problemas em comum enfrentados pelos povos da América Latina
“Os direitos indígenas não são negociáveis”. Foi com essa frase que
Ruth Buendia, presidente da Care (Central Ashaninka do Rio Ene) e
vencedora do prêmio Goldman, considerado o Nobel do meio ambiente, deu
início à conversa sobre os ataques que os povos indígenas têm enfrentado
em toda a América Latina.
Em encontro com representantes do povo Munduruku e outras lideranças indígenas brasileiras que participam da Conferência das Mudanças Climáticas das Nações Unidas, a COP 20, em Lima, Peru, ela contou sobre sua luta em defesa dos direitos dos Ashaninka, a mais populosa etnia indígena da Amazônia peruana.
Junto com a Care, organização da qual é presidente, Ruth conseguiu suspender a construção da hidrelétrica de Pakitzapango nas cercanias da pequena comunidade indígena Chiquireni. Ela compartilhou o passo a passo dessa trajetória com os Munduruku, que estão lutando contra a construção de cinco hidrelétricas no rio Tapajós, onde vivem.
Entre outros pontos, os Munduruku ouviram de Ruth a importância do papel das lideranças como representantes de seu povo, e de nunca tomar decisões isoladas. É preciso consultar todas as pessoas da comunidade. Ela encorajou os Munduruku relembrando as dificuldades que enfrentou e mostrando que, sim, é possível vencer essa luta: “Estamos falando de direitos: vocês não têm que pedir, vocês têm que exigir”, disse ela.
Outras lideranças indígenas brasileiras, como Marcio Kokoj, do povo Kaingang, e Clecia Pitaguary, também participaram da conversa e falaram sobre suas experiências. Ao final do evento, os Munduruku convidaram Ruth a conhecer seu território no Brasil.
“Nossos ancestrais nos deixaram o rio como herança, por isso não vamos deixar o governo destruí-lo. Nunca deixaremos de lutar e não vamos negociar o direito do nosso povo”, disse Neuza Munduruku.
Em encontro com representantes do povo Munduruku e outras lideranças indígenas brasileiras que participam da Conferência das Mudanças Climáticas das Nações Unidas, a COP 20, em Lima, Peru, ela contou sobre sua luta em defesa dos direitos dos Ashaninka, a mais populosa etnia indígena da Amazônia peruana.
Junto com a Care, organização da qual é presidente, Ruth conseguiu suspender a construção da hidrelétrica de Pakitzapango nas cercanias da pequena comunidade indígena Chiquireni. Ela compartilhou o passo a passo dessa trajetória com os Munduruku, que estão lutando contra a construção de cinco hidrelétricas no rio Tapajós, onde vivem.
Entre outros pontos, os Munduruku ouviram de Ruth a importância do papel das lideranças como representantes de seu povo, e de nunca tomar decisões isoladas. É preciso consultar todas as pessoas da comunidade. Ela encorajou os Munduruku relembrando as dificuldades que enfrentou e mostrando que, sim, é possível vencer essa luta: “Estamos falando de direitos: vocês não têm que pedir, vocês têm que exigir”, disse ela.
Outras lideranças indígenas brasileiras, como Marcio Kokoj, do povo Kaingang, e Clecia Pitaguary, também participaram da conversa e falaram sobre suas experiências. Ao final do evento, os Munduruku convidaram Ruth a conhecer seu território no Brasil.
“Nossos ancestrais nos deixaram o rio como herança, por isso não vamos deixar o governo destruí-lo. Nunca deixaremos de lutar e não vamos negociar o direito do nosso povo”, disse Neuza Munduruku.
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