Thursday, October 3, 2013

Todos os ativistas do Greenpeace são indiciados por pirataria

Todos os 30 do grupo estão em prisão preventiva. Advogados apelam por liberdade provisória. Mãe da brasileira Ana Paula pede ajuda da presidente Dilma.

Guarda Costeira se aproxima de um ativista do Greenpeace. Foto: © Denis Sinyakov / Greenpeace 

Mais 15 ativistas do Greenpeace, além de um fotógrafo freelancer russo, foram indiciados nesta quinta-feira por pirataria, na Rússia. Isso significa que todas as 30 pessoas que estavam a bordo do navio Arctic Sunrise durante um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico, no dia 18 de setembro, receberam a acusação formal. Nessa lista, está a brasileira Ana Paula Maciel, de 31 anos, que foi indiciada nesta quarta-feira. Se condenados, eles podem pegar até 15 anos de prisão.
Um time de advogados do Greenpeace Internacional já entrou com uma apelação pedindo que o grupo aguarde a investigação em liberdade. Nos últimos dias, a Justiça russa havia decidido pela prisão preventiva dos ativistas pelos próximos dois meses, prazo máximo para que o inquérito seja concluído.
Nesta quarta-feira, o chefe do Conselho Presidencial de Direitos Humanos da Rússia, Mikhail Fedotov, afirmou não haver razões para que a tripulação do Arctic Sunrise seja acusada de pirataria. O Conselho é uma espécie de painel consultivo criado no país para subsidiar o presidente Vladimir Putin em suas decisões sobre direitos humanos.
Mais de 60 organizações não governamentais, como Anistia Internacional, WWF e Repórteres sem Fronteiras enviaram mensagens públicas de apoio aos ativistas. E aproximadamente 900 mil pessoas ao redor do mundo já enviaram e-mails para a embaixadas russas. No próximo sábado, haverá uma mobilização em diversos países pela libertação do grupo. No Brasil, o ato acontece em São Paulo, a partir das 10h, no vão do MASP, na Avenida Paulista.
Em entrevista ao programa Encontro com Fátima Bernardes, na TV Globo, na manhã desta quinta-feira,  a mãe de Ana Paula, Rosângela Maciel, apelou à presidente Dilma que ajude no caso. “Peço, de mãe para mãe, que a presidenta Dilma intervenha pela libertação da minha filha”, disse.

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