Ana Paula Alminhana Maciel durante audiência na corte regional de Murmansk. (© Igor Podgorny / Greenpeace)
Ana Paula é uma das 30 pessoas que estão em prisão preventiva desde 19 de setembro, após um protesto pacífico contra a exploração de petróleo no Ártico pela empresa russa Gazprom. Em sua decisão, a Justiça ignorou a carta de garantia assinada pelo embaixador brasileiro no país, Fernando Barreto. Pelo documento, o governo brasileiro pedia que Ana Paula aguardasse as investigações em liberdade, assegurando às autoridades russas que ela teria bom comportamento e que se apresentaria ao tribunal sempre que fosse requisitada.
O advogado de Ana Paula também solicitou que ela acompanhasse a audiência fora da jaula, mas o juiz deu razão ao promotor do caso e negou o pedido.
Nesta quarta-feira, o Comitê de Investigação russo divulgou nota afirmando ter retirado a acusação de pirataria, e passou a indiciar o grupo por vandalismo. Porém, apesar do anúncio, a nova acusação não foi ainda formalizada. O Greenpeace Internacional rechaça a acusação de pirataria. “Vamos contestar veementemente as acusações de vandalismo, assim como fizemos com as acusações de pirataria. Ambas são fantasiosas, sem qualquer relação com a realidade.
Os ativistas protestaram pacificamente contra os planos da empresa Gazprom de explorar petróleo no Ártico, e devem ser libertados”, disse a nota divulgada ontem pelo Greenpeace.
A campanha global pela libertação do grupo já recebeu o apoio de mais de 1,7 milhão de pessoas que escreveram para embaixadas russas.
As manifestações de apoio também têm chegado da esfera política. Nesta quarta-feira, o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) anunciou que fará um pedido oficial ao parlamento russo pela libertação de Ana Paula.
Na União Europeia, mais de 90 membros do Parlamento Europeu assinaram uma nota de solidariedade pedindo a imediata libertação dos ativistas. Os parlamentares, de 20 países, também reivindicaram que a extração de petróleo no Ártico seja banida.
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