Ativistas se algemaram nas areias da praia do Leblon, no Rio, para
lembrar os 30 dias de prisão na Rússia dos ativistas do Greenpeace
Internacional (©Greenpeace/Ivo Gonzalez)
Segurando fotos dos ativistas – entre elas a da brasileira Ana Paula Maciel – eles pediram a liberdade de todos e caminharam até o consulado da Rússia para entregar uma carta ao cônsul. Desde 19 de setembro, 30 pessoas estão em prisão preventiva após um protesto pacífico contra a exploração do petróleo no Ártico.
As manifestações aconteceram em diferentes pontos do mundo, como em Berlim, Cidade do México, Nápoles e até no topo do Monte Everest. “Hoje faz 30 dias que nosso navio foi apreendido e nossos 30 amigos foram presos. Agora, eles enfrentam a absurda acusação de pirataria, o que pode lhes render até 15 anos atrás das grades”, criticou o diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo.
“Eles estavam agindo por todos nós, defendendo uma região frágil em um mundo em crise climática. Agora, é nossa vez de permanecer com eles. Essa prisão é um ataque a cada pessoa que levanta a voz por um futuro melhor para si mesmos e para seus filhos”, completou.
“Esses 30 bravos guerreiros não são piratas, e essa acusação é uma clara tentativa de calar protestos pacíficos. Estamos aqui hoje para mostrar nossa solidariedade a todos que estão presos e defender o direito a essas manifestações não violentas”.
Nos últimos dias, os advogados do Greenpeace apelaram pela liberdade provisória dos ativistas, sob a condição de fiança. Mas até agora, a Justiça russa negou o pedido a 21 casos. A audiência da brasileira Ana Paula Maciel, que iria acontecer nesta quinta-feira, foi adiada para a próxima semana, devido a problemas de tradução.
A cada dia, crescem as manifestações não só da sociedade civil, mas de autoridades e organizações que querem a liberdade do grupo. A presidenta Dilma Rousseff e a chanceler alemã Angela Merkel fizeram declarações públicas demandando a resolução rápida do caso. Onze ganhadores do prêmio Nobel da Paz escreveram uma carta ao presidente russo Vladimir Putin, pedindo a imediata libertação dos ativistas. E mais de um milhão e meio de pessoas já enviaram mensagens às embaixadas russas.
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