Entregamos ao governo um documento com sugestões de como melhorar o
plano de energia do país para os próximos 10 anos. Queremos mais
incentivo às fontes renováveis e limpas
Comunidade próxima ao rio Tapajós. O governo quer construir
hidrelétricas ali que podem impactar vida desses brasileiros (©Fabio
Nascimento/Greenpeace)
O Greenpeace fez sua avaliação e contribuição à proposta, que pode ser conferida nesse link.
O que chama a atenção é o curto período de tempo
disponibilizado para o envio das contribuiçõe na consulta pública. Foram
apenas 21 dias para avaliar um plano de extrema importância para o
país. O tempo dificultou – para não dizer que inviabilizou – a
participação da sociedade civil no processo.
Sobre o conteúdo, é importante destacar que o plano conta
com a previsão de investir mais de R$ 1,4 trilhão. Só que, cerca de 70%
desse valor (R$ 993 bilhões) será direcionado para o setor de petróleo e
gás natural. Isso indica que ainda há muito a ser feito para que o país
entre no rumo das energias renováveis, limpas e seguras.
Além disso, o PDE 2024 prevê uma grande expansão
hidrelétrica na região Norte, ou seja, nos rios amazônicos, a despeito
dos graves e irreversíveis impactos que esses empreendimentos trazem
para a biodiversidade e populações locais.
O Plano pretende que sejam instalados 7 gigawatt (GW)
de energia solar até 2024. É um avanço em relação ao plano anterior
(PDE 2023), mas, uma previsão tímida. Isso representa adição de menos de
1 GW por ano, um número conservador se comparado com últimos leilões
realizados e com o potencial e perspectivas positivas para a fonte solar
no Brasil.
Para saber mais sobre o PDE 2024, veja também nossa primeira avaliação do documento aqui.
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