Thursday, October 8, 2015

Nossa contribuição ao futuro da energia no Brasil

Entregamos ao governo um documento com sugestões de como melhorar o plano de energia do país para os próximos 10 anos. Queremos mais incentivo às fontes renováveis e limpas 
 

Comunidade próxima ao rio Tapajós. O governo quer construir hidrelétricas ali que podem impactar vida desses brasileiros (©Fabio Nascimento/Greenpeace)

No dia 15 de setembro, o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) publicaram a proposta para o Plano Decenal de Expansão de Energia 2024 (PDE 2024) – o planejamento energético do país para os próximos anos. O documento ficou aberto para consulta pública da sociedade até ontem (7/10).
O Greenpeace fez sua avaliação e contribuição à proposta, que pode ser conferida nesse link.
O que chama a atenção é o curto período de tempo disponibilizado para o envio das contribuiçõe na consulta pública. Foram apenas 21 dias para avaliar um plano de extrema importância para o país. O tempo dificultou – para não dizer que inviabilizou – a participação da sociedade civil no processo.
Sobre o conteúdo, é importante destacar que o plano conta com a previsão de investir mais de R$ 1,4 trilhão. Só que, cerca de 70% desse valor (R$ 993 bilhões) será direcionado para o setor de petróleo e gás natural. Isso indica que ainda há muito a ser feito para que o país entre no rumo das energias renováveis, limpas e seguras.
Além disso, o PDE 2024 prevê uma grande expansão hidrelétrica na região Norte, ou seja, nos rios amazônicos, a despeito dos graves e irreversíveis impactos que esses empreendimentos trazem para a biodiversidade e populações locais.
O Plano pretende que sejam instalados 7 gigawatt (GW) de energia solar até 2024. É um avanço em relação ao plano anterior (PDE 2023), mas, uma previsão tímida. Isso representa adição de menos de 1 GW por ano, um número conservador se comparado com últimos leilões realizados e com o potencial e perspectivas positivas para a fonte solar no Brasil.
Para saber mais sobre o PDE 2024, veja também nossa primeira avaliação do documento aqui.

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