Lançamento de iniciativas, compromissos de um futuro 100%
renováveis em alguns países e investimentos no setor irão garantir que
as fontes renováveis avances e garantam a redução de emissões de gases
de efeito estufa
A Conferência do Clima começou só há 3 dias e
já temos boas notícias para o setor energético. Se depender dos
compromissos firmados até agora, o futuro será de fontes mais limpas e
energia 100% renovável. É um cenário crucial para diminuir as emissões
de gases de efeito estufa e para evitar que a Terra aqueça mais do que 2
graus Celsius.
O governo da Índia foi um dos protagonistas até agora. Lançou uma
aliança envolvendo 120 nações para impulsionar a energia solar nos
países em desenvolvimento. O objetivo é que os governos mais ricos
transfiram tecnologia e financiem a adesão à energia solar como forma,
inclusive, de acabar com a pobreza em outras nações. Entre as que
aderiram à aliança estão Chile, Estados Unidos, Indonésia e Nigéria.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, descreveu a iniciativa como “o amanhecer de uma nova esperança”, não apenas para o setor energético mas, principalmente, para as comunidades que ainda vivem sem eletricidade – situação de 300 milhões de indianos que moram em áreas rurais. "O sonho de acesso universal à energia limpa está se tornando realidade. Esta será a base da nova economia do próximo século", disse Modi. A Índia está investindo inicialmente 30 milhões de dólares na aliança. E a próxima etapa é conseguir mais 400 milhões de dólares dos demais países.
Outro apoio de peso para as renováveis veio de alguns dos maiores bilionários do planeta. Vinte personalidades, como Bill Gates e Mark Zuckerberg, criaram um fundo privado. O Breakthrough Energy Coalition, como foi chamado, terá parcerias público-privadas entre governos, instituições de pesquisas e os investidores dando um boom nas fontes renováveis no mundo todo.
O governo de Dubai, maior cidade dos Emirados Árabes, também anunciou investimentos para se tornar uma referência energético. Até 2030 todos os telhados de edifícios deverão ter placas fotovoltaicas. O objetivo de longo prazo é que a cidade gere 25% de sua energia a partor de fontes limpas até 2030. Até 2050, a meta é ter 75%.
Esse ano de 2050 será um momento de virada no cenário de geração energética. Dos países mais afetados pelas mudanças climáticas, 43 já se comprometeram a ter 100% energias renováveis até lá. "O ideal é que todos os governantes presentes na COP saiam de Paris com uma meta assim. E a sociedade civil está aqui pressionando essas decisões”, afirmou Pedro Telles, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
Em seu discurso, na segunda-feira (30/11), Dilma Rousseff disse que o Brasil irá aumentar sua matriz de energias renováveis nos próximos anos. Se olharmos os números propostos, no entanto, veremos que o governo não traz ambições e estaremos em 2030 com praticamente o mesmo percentual de renováveis de hoje.
Já sabemos que o país tem potencial de explorar muito mais a energia do sol e dos ventos. O governo deve aproveitar a oportunidade da COP 21 e propor mudanças concretas para que sejamos um desses países a liderar a revolução energética e ter 100% energias renováveis em 2050.
Marcha pelo Clima em São Paulo. Milhares de brasileiros
foram às ruas para pressionar os líderes que estão na COP 21 a fazer um
acordo ambicioso contra as mudanças climáticas. (©Zé Gabriel /
Greenpeace)
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, descreveu a iniciativa como “o amanhecer de uma nova esperança”, não apenas para o setor energético mas, principalmente, para as comunidades que ainda vivem sem eletricidade – situação de 300 milhões de indianos que moram em áreas rurais. "O sonho de acesso universal à energia limpa está se tornando realidade. Esta será a base da nova economia do próximo século", disse Modi. A Índia está investindo inicialmente 30 milhões de dólares na aliança. E a próxima etapa é conseguir mais 400 milhões de dólares dos demais países.
Outro apoio de peso para as renováveis veio de alguns dos maiores bilionários do planeta. Vinte personalidades, como Bill Gates e Mark Zuckerberg, criaram um fundo privado. O Breakthrough Energy Coalition, como foi chamado, terá parcerias público-privadas entre governos, instituições de pesquisas e os investidores dando um boom nas fontes renováveis no mundo todo.
O governo de Dubai, maior cidade dos Emirados Árabes, também anunciou investimentos para se tornar uma referência energético. Até 2030 todos os telhados de edifícios deverão ter placas fotovoltaicas. O objetivo de longo prazo é que a cidade gere 25% de sua energia a partor de fontes limpas até 2030. Até 2050, a meta é ter 75%.
Esse ano de 2050 será um momento de virada no cenário de geração energética. Dos países mais afetados pelas mudanças climáticas, 43 já se comprometeram a ter 100% energias renováveis até lá. "O ideal é que todos os governantes presentes na COP saiam de Paris com uma meta assim. E a sociedade civil está aqui pressionando essas decisões”, afirmou Pedro Telles, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
Em seu discurso, na segunda-feira (30/11), Dilma Rousseff disse que o Brasil irá aumentar sua matriz de energias renováveis nos próximos anos. Se olharmos os números propostos, no entanto, veremos que o governo não traz ambições e estaremos em 2030 com praticamente o mesmo percentual de renováveis de hoje.
Já sabemos que o país tem potencial de explorar muito mais a energia do sol e dos ventos. O governo deve aproveitar a oportunidade da COP 21 e propor mudanças concretas para que sejamos um desses países a liderar a revolução energética e ter 100% energias renováveis em 2050.
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