O objetivo é que até 2020 sejam produzidos pelo menos 30 TWh (terawatt-hora) de eletricidade a partir de fontes renováveis. Outra meta está sendo desenvolvida para 2030. Um sistema independente de certificação deverá ser utilizado para fazer a medição da produção de energia limpa. O governo se compromete a criar condições para que a transição para uma matriz energética 100% renovável ocorra da melhor maneira possível e parte da premissa de que produzir sua própria energia é fácil e, sobretudo, rentável.
O futuro é renovável (© Greenpeace).
Durante o processo de transição, as empresas terão um custo maior para continuar explorando energia nuclear, já que os requisitos de segurança serão reforçados levando ao pagamento de uma taxa maior sobre os resíduos nucleares. Além disso, a Vattenfall, empresa estatal de energia, teve seus planos de exploração nuclear interrompidos.
Se na Suécia os planos do setor estão cada vez mais claros e positivos, no Brasil a situação é problemática. A quatro dias do primeiro turno de votação para Presidência da República, a atual presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, ainda não se posicionou sobre a questão energética nacional, tampouco sobre qual será o futuro das nucleares no país. Enquanto isso, outros candidatos com grande expressão no cenário eleitoral já manifestaram sua rejeição à presença da fonte no país.
“O potencial de fontes renováveis como eólica, biomassa e energia dos oceanos pode atender a mais de cinco vezes a demanda brasileira por eletricidade. E quando o assunto é energia solar, uma área de apenas 400 km2 de painéis solares seria capaz de atender à demanda atual nacional. Para efeito de comparação, esse tamanho é menos de 1% da área total do estado de Pernambuco”, diz Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace.
Com um plano de governo bem estabelecido, o Brasil tem totais condições de seguir os mesmos passos da Suécia para atingir uma matriz energética integralmente renovável. Entretanto, para isso, é preciso abrir olhos dos nossos governantes, que insistem em se manter, e manter o país, na pré-história.
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