Reprodução / Facebook
Nesta corrida eleitoral, o Greenpeace publicou análises dos programas de governo de Marina Silva, Eduardo Jorge, Luciana Genro e Aécio Neves
para a área ambiental. Os programas analisados incluem diversos
compromissos alinhados com a plataforma de propostas da organização,
apresentada aos candidatos e suas equipes. Temas como desmatamento zero,
incentivos às novas energias renovávei e apoio à implementação de
planos de mobilidade urbana que privilegiem o transporte público estão
presentes em grande parte dos programas dos candidatos. Já os
investimentos em energia nuclear ficaram de fora dos compromissos de
todos, o que é um ótimo sinal.
Dilma Rousseff, contudo, ainda não apresentou plano de
governo e disse que não pretende fazê-lo. A candidata declarou apenas
que pretende continuar com as políticas atuais de seu governo - e, na
questão ambiental, isso é preocupante. Durante todo seu mandato, a
presidente não criou nenhuma unidade de conservação na Amazônia, e o
desmatamento está na casa de inaceitáveis 6.000km² por ano - com
crescimento de 29% no último ano. No setor de energia, o rumo adotado
pelo atual governo está refletido no Plano de Expansão Decenal recém-publicado, que prevê que 70% dos investimentos no setor serão voltados aos combustíveis fósseis.
"Não dá para garantir que as promessas feitas pelos
candidatos vão sair do papel. Mas o ato de assumir compromissos de forma
pública passa o recado de que os problemas foram identificados e que há
um plano para resolvê-los. Por outro lado, se não há sequer
compromissos assumidos, não dá para saber o que o candidato pensa, nem
se há a identificação dos problemas ou preocupação em resolvê-los" diz
Marcio Astrini, do Greenpeace.
Esperamos que a atual presidente coloque no papel
compromissos claros e firmes, pontue o que precisa ser corrigido e
apresente soluções para os graves problemas ambientais que nosso país
precisa superar.
Enquanto isso, a pressão segue também via redes sociais,
com o apoio de cidadãos que enviam mensagens aos candidatos pela
plataforma Pressione Verde, onde estão todas as propostas citadas.
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