Adentrando seu quarto ano seguido de seca, o estado
da Califórnia acaba de sofrer uma redução de 50% na produção de energia
proveniente das hidrelétricas.
Durante muito tempo, a alternativa para momentos como esse foi a
produção de energia a partir da queima de gás natural. Entretanto, a
utilização dessa fonte é uma falsa solução por dois motivos: a alta
demanda de água na geração de eletricidade pelas térmicas; e a alta
emissão de gases de efeito estufa, que acabam tornando os períodos de
chuva mais imprevisíveis.
Diante da seca estabelecida, as fontes renováveis ganham fôlego na Califórnia. (©Robert Visser/Greenpeace)
Diante dessa verdadeira crise, é nas energias limpas e renováveis que se concentram as esperanças dos californianos: "As barragens hidrelétricas destroem rios e causam emissões de metano, responsável pelas mudanças climáticas. Eólica e solar são as melhores maneiras de gerar eletricidade. Nossas águas devem fluir de maneira rápida e livre o quanto antes para que seres humanos e animais possam usufruir desse bem comum”, afirma Gary Wockner, porta-voz das ONGs Save the Poudre e Save the Colorado, que trabalham em prol da preservação dos rios homônimos.
Diante dessa verdadeira crise, é nas energias limpas e renováveis que se concentram as esperanças dos californianos: "As barragens hidrelétricas destroem rios e causam emissões de metano, responsável pelas mudanças climáticas. Eólica e solar são as melhores maneiras de gerar eletricidade. Nossas águas devem fluir de maneira rápida e livre o quanto antes para que seres humanos e animais possam usufruir desse bem comum”, afirma Gary Wockner, porta-voz das ONGs Save the Poudre e Save the Colorado, que trabalham em prol da preservação dos rios homônimos.
Atualmente, quase 60% do estado da Califórnia vivem
sob a condição de seca severa ou extrema, de acordo com o último
levantamento feito pelo California Nevada River Forecast Center, responsável pelo monitoramento hídrico dos estados da Califórnia e Nevada.
Enquanto isso, enfrentando o terceiro ano seguido de
estiagem rigorosa, o Brasil também sofre com uma crise hídrica que
compromete a produção de energia por meio das hidrelétricas. Contudo, na
contramão dos californianos, as autoridades brasileiras seguem
ignorando o enorme potencial das fontes limpas de energia, e ao invés de
investir fortemente no desenvolvimento da energia eólica e solar – que
possibilitariam a diversificação da nossa matriz, o que se vê é
intensificação do uso das termelétricas e a insistência na construção de
grandes hidrelétricas, alagando regiões produtivas, desalojando tribos
indígenas e cidades, a troco de aumentar a produção de energia suja –
como o Xingu.
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