No Dia Mundial dos Oceanos, confira mobilização de ativistas do Greenpeace contra a mineração em águas profundas em diferentes países
Os oceanos desempenham um papel fundamental para a saúde do planeta. Além de abrigar uma imensa biodiversidade, eles regulam o clima, absorvem dióxido de carbono da atmosfera e fornecem oxigênio – o que os tornam aliados essenciais na luta contra o agravamento da crise climática.
No entanto, o bioma marinho enfrenta uma série de ameaças. Entre
elas, a exploração de petróleo, vazamentos de óleo, poluição plástica e a crescente pressão para o início da mineração em águas profundas.
Neste 8 de junho, Dia Mundial dos Oceanos, queremos alertar sobre o perigo que a mineração representa para a vida que existe nas profundezas dos oceanos.
A
atividade envolve a extração de minerais valiosos, como cobre, níquel,
lítio, cobalto e manganês, do fundo do mar. Você pode saber mais sobre como funciona a mineração em águas profundas aqui.
A prática, cuja liberação será analisada pela Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos ainda este ano, é altamente preocupante pois pode ter impactos significativos e duradouros nos ecossistemas marinhos.
A escavação e a extração desses minerais, por exemplo, podem causar danos irreparáveis aos habitats e às espécies que dependem deles para sobreviver. Incluindo comunidades costeiras e pesqueiras, que têm nos mares uma fonte de renda e subsistência.
Para amplificar esse alerta, ativistas do Greenpeace ao redor do mundo organizaram o Dia de Ação Global Contra a Mineração em Águas Profundas em 3 de junho.
Com o objetivo de chamar atenção da sociedade sobre o tema, as ações contaram com banners humanos e instalações iluminadas no formato do polvo-fantasma, uma das centenas de criaturas marinhas que vivem nas profundezas dos oceanos e estão ameaçadas pela atividade.
Confira algumas imagens:
Mobilizações no Brasil
Em São Paulo, voluntários e voluntárias de Bertioga (SP) e do grupo
Leste Paulista também realizaram ações para alertar a população sobre os
perigos da mineração em águas profundas.
O mesmo aconteceu com
os grupos locais de Manaus (AM), São Luís (MA), João Pessoa (Paraíba),
Belo Horizonte (MG) e Brasília (DF).
Enrico
Marone, porta-voz da campanha de Oceanos do Greenpeace Brasil, ressalta
a importância de frearmos a mineração em águas profundas antes que seja
tarde demais.
“O Greenpeace está atuando em nível internacional
para alertar sobre os riscos dessa indústria e pressionar governos para
que não apoiem uma prática que pode nos colocar ainda mais próximos de
uma catástrofe ambiental. Não existe lugar em um futuro sustentável para a mineração em águas profundas”, afirma.
Estamos na Década do Oceano (2021-2030),
uma iniciativa global capitaneada pela ONU para que diferentes setores e
nações reúnam esforços para reverter a destruição dos mares e construam
ações de gerenciamento sustentável. Para somar nessa articulação, o
voluntariado do Greenpeace Brasil tem um Grupo de Trabalho específico
sobre o tema.
A proteção dos oceanos é essencial para garantirmos o futuro do planeta e não podemos mais esperar!
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