Indígenas durante Sessão Solene no Plenário da Câmara dos Deputados (© Fábio Nascimento / MNI)
Esta quinta-feira (16), último
dia do Acampamento Terra Livre, que começou em Brasília (DF) na
segunda-feira, foi marcada por duas sessões solenes, uma na Câmara e
outra no Senado, em homenagem ao Dia do Índio. Dispostos a dialogar com
os parlamentares das casas onde tramitam propostas legislativas que
atacam seus direitos, os indígenas passaram por vários constrangimentos.
Pela manhã, na
Câmara, apenas 180 indígenas do Acampamento Terra Livre (ATL) foram
autorizados pela mesa diretora da Câmara Federal a participar da sessão
no Plenário Ulysses Guimarães. A expectativa era a de que entrassem pelo
menos 700 indígenas no Plenário, número que foi reduzido, nas
negociações, para 500. Na rampa de entrada para o Congresso, o grupo foi
barrado por força policial e dividido em delegações – o que levou
muitos a retornar ao acampamento, indignados com o tratamento que
receberam naquela que é conhecida como a Casa do Povo.
As lideranças puderam se
expressar em ambos os Plenários, tanto da Câmara quanto do Senado. Os
parlamentares também fizeram discursos, muitas vezes mostrando
desconhecimento com a causa indígena. Após a sessão no Senado, uma
comitiva de representantes dos povos indígenas se dirigiu para uma
reunião com o vice-presidente da república Michel Temer, outro político
que disse não ter conhecimento do processo de demarcação de Territórios
Indígenas. Temer prometeu levar o assunto à presidente Dilma, embora seu
discurso demagógico tenha deixado insatisfeitas as lideranças
indígenas, que prometem continuar resistindo aos constantes ataques dos
três poderes aos seus direitos garantidos pela constituição de 1988.
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