Instalação de painéis solares em escola municipal de Uberlândia é
concluída. Economia de quase 50% na conta de luz será revertida em
atividades para os alunos.
A instalação de 48 painéis solares na Escola Municipal Milton Magalhães
Porto, em Uberlândia, Minas Gerais. Os Multiplicadores Solares, jovens
de todo o Brasil que foram treinados para espalhar conhecimento sobre
energia solar no País, participaram e subiram no telhado da escola.
(©Greenpeace/Otávio Almeida)
Os raios de sol começaram a surgir no horizonte de Uberlândia
precisamente às 6h23. Neste mesmo horário, acordavam os jovens que estão
instalando há dois dias os painéis solares na Escola Municipal Milton
Magalhães Porto, localizada no mesmo município mineiro. A ansiedade e a
alegria para subir no telhado hoje eram maiores do que nos dias
anteriores para concluir a instalação dos 48 painéis fotovoltaicos que
vão gerar energia equivalente a cerca de 50% do consumo da escola.
“Com esta instalação, queremos mostrar que energia solar já é
possível no Brasil e que, com Educação, podemos tornar nosso país mais
sustentável e renovável”, diz Bárbara Rubim, da campanha de Clima e
Energia do Greenpeace Brasil. “Em época de crise de energia e hídrica,
deveríamos buscar soluções para evitar o colapso e uma delas é a energia
solar.”
Durante três dias, 17 jovens do Brasil inteiro receberam capacitações
sobre energia solar e puderam subir no telhado para colocar em prática o
que aprenderam na sala de aula. Além disso, estes jovens tinham a
missão de replicar o conhecimento adquirido e prepararam atividades
pedagógicas para cerca de 200 estudantes de 7 a 11 anos. Jogos lúdicos,
oficinas e gincanas explicavam o que são as energias renováveis. A
Cemig, distribuidora mineira de eletricidade, também esteve presente. Ao
final da instalação do sistema fotovoltaico, este foi regularizado,
conectado à rede e já passou a abastecer a escola.
Um dos objetivos do projeto é o de multiplicar conhecimento sobre
energia solar por todo o País. Os participantes poderão sensibilizar
amigos, familiares, estudantes, comunidades e levar a mensagem de que
energia solar é viável e que o Brasil deveria usar e abusar do potencial
abundante que possui para a fonte.
“Os benefícios da energia solar são inegáveis e esta instalação os
evidencia. Há vantagens econômicas, sociais e ambientais, como, por
exemplo, a contratação de um dos jovens de Uberlândia que ajudou a
instalar os painéis pela Alsol Energias Renováveis. Este é apenas um
pequeno exemplo da quantidade de empregos verdes que poderiam existir em
todos os cantos do Brasil”, continua Rubim.
Outro exemplo de benefício que vai mudar a vida de mais de 700
estudantes é a economia na conta de luz da escola. Este valor irá para a
administração da escola que poderá escolher, junto com seus alunos, a
melhor forma de investir em atividades extracurriculares e ainda
reforçar a formação pedagógica dos estudantes. “Os jovens que treinamos
aqui e que continuarão a ser treinados estão aptos a replicar projetos
como este em todo o Brasil. Agora a bola está com o Governo e esperamos
que ele também faça a sua parte”, conclui Rubim.
Se 50% das escolas públicas recebessem um projeto semelhante seria
possível gerar mais de 1 milhão de MWh por ano. Considerando que as
térmicas começaram o ano custando R$1000 por MW, teríamos uma economia
de pelo menos R$ 1 bilhão.
Além da escola em Uberlândia, o Greenpeace vai instalar um sistema
fotovoltaico na Escola Estadual Oswaldo Aranha, em São Paulo. Para isso,
arrecada fundos através de um crowdfunding (financiamento coletivo). Junte-se a nós, ilumine o futuro de 1800 crianças e faça parte da Revolução Solar!
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