O quarto episódio da série Linhas já está no ar. Nele, mostramos a vida
em uma comunidade do Amazonas abastecida por energia solar
Wemelly Barroso Souza, 13 anos, vive em Sobrado, uma das 12
comunidades
isoladas do Amazonas atendidas pelo projeto piloto
de miniusinas solares
do Programa Luz para Todos.
(© Greenpeace/Carol Quintanilha)
“A melhor coisa de ter eletricidade, para mim, é a água gelada. Poder
tomar um copo de água bem fresquinha no meio de um dia de trabalho duro
na roça”, confidencia Isabel Teixeira Queiroz, 51 anos, uma das
fundadoras da comunidade Sobrado, no Amazonas.
A “água gelada”, possível graças a instalação de um sistema isolado
de energia solar na comunidade, em 2012, não passa de uma trivialidade
na vida de quem mora nos grandes centros urbanos. Mas para os milhares
de brasileiros que vivem em áreas remotas da Amazônia, é uma realidade
longínqua.
A comunidade de Sobrado localiza-se em uma das 400 ilhas do Parque
Nacional das Anavilhanas, um dos maiores arquipélagos fluviais do mundo.
Para chegar até lá, as linhas de transmissão precisariam vencer rios
caudalosos, matas fechadas e contar com eventos meteorológicos com
grande potencial de destruição, como chuvas e tempestades elétricas.
Tudo isso torna a rede convencional impraticável na região.
Em toda a Amazônia existem aproximadamente 2 mil famílias sem acesso a
energia elétrica. Mas isso pode mudar, com iniciativas como a que está
sendo aplicada em Sobrado, com miniusinas de geração fotovoltaica, que
oferecem uma energia segura, constante e de baixo impacto ambiental e
social.
“No ano passado não teve aula de noite, porque não tinha energia.
Este ano os adultos começaram a estudar nesse horário e meu pai, que mal
sabia escrever o próprio nome, já está aprendendo a ler”, conta Wemelly
Barroso Souza, 13 anos. É pelos olhos e fala de Wemilly, uma jovem
sonhadora e apaixonada por sua pequena ilha, que conhecemos a realidade
de sua comunidade. Algo muito parecido com o que acontece com outros
tantos ribeirinhos onde, graças a energia elétrica, a população tem
agora acesso ao conhecimento.
Através da internet, do rádio e da televisão, a comunidade se mantém
informada do que acontece no resto do mundo e ganha o direito de se
sentir parte dele.
Veja o epsódio 4 da série Linhas:
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