Em Machu Picchu, no Peru, ativistas do Greenpeace projetam mensagens e
pedem ação pelo clima na 20a Conferência sobre Mudanças Climáticas das
Nações Unidas
Aja pelo clima: energia solar já!. Esta foi a mensagem projetada
em
Machu Picchu, no Peru, para pedir mais ação durante a COP-20
que começa
amanhã em Lima.
“Aja pelo clima: energia solar já!” Essa foi a mensagem projetada por
sete ativistas do Greenpeace em Machu Picchu na véspera da COP20 – a 20a
Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Lima, no Peru.
Enquanto todos se preparam para o início da Conferência, o Greenpeace
pede o fim do uso de combustíveis fósseis e direciona a mensagem aos
políticos para que adotem um novo rumo em direção a 100% de energia
renovável no mundo até 2050.
Os ativistas - do Brasil, Argentina, Chile, Espanha e Alemanha –
subiram 3 mil degraus íngremes ao longo da trilha de Machu Picchu nas
primeiras horas da manhã em meio à neblina e nevoeiro para projetar a
mensagem em seis idiomas.
Segundo o chefe da delegação do Greenpeace, Martin Kaiser, “Wayna
Picchu – o Templo do Sol em Machu Picchu – é o lugar que escolhemos para
anunciar que assim como a energia do sol é o nosso passado, também será
o nosso futuro.” Kaiser ainda diz que “pedimos que os participantes da
Conferência se comprometam a investir na maior fonte de energia do mundo
– a solar – para que possamos resolver a crise climática global.”
Em recente anúncio, China e Estados Unidos firmaram acordo para
combater mudanças climáticas. “A expectativa é que isto estimule o
compromisso global para a meta de 100% de energia renovável para todos.
Nesta COP, em Lima, queremos que especialmente principais países
emissores tragam compromissos ousados para 2025. Chegou a hora de agir”,
conclui Kaiser.
Ministros de 194 países foram convocados para participar da COP20 e
negociar nos próximos 12 dias o texto do acordo que será assinado na
próxima conferência, no ano que vem, em Paris. Ao final das reuniões em
Lima será possível ter uma primeira perspectiva do que pode ser esperado
sobre o fim do uso de combustíveis fósseis, os investimentos em
energias renováveis e também como será o apoio financeiro e tecnológico
para os países mais vulneráveis e menos desenvolvidos.
Em março de 2015, cada país deve entregar sua contribuição nacional
para a discussão climática. O Greenpeace defende que todos os países
apresentem compromissos concretos para 2025 e que estes sejam revisados a
cada cinco anos.
Do lado brasileiro, o país tem um papel fundamental nas discussões
sobre clima já que é o sexto maior emissor do mundo. Além disso, para os
próximos 10 anos o PDE (Plano Decenal de Energia) do Governo prevê que
cerca de 70% dos investimentos do setor serão voltados aos combustíveis
fósseis sendo que, hoje, o setor de energia representa 30,2% do total de
emissões brasileiras. “O Brasil está indo na direção errada investindo
em fontes fósseis quando deveria focar em diversificar e descentralizar
sua matriz energética”, disse Márcio Astrini, coordenador de políticas
públicas do Greenpeace Brasil.
Para Astrini, “este é o momento em que o mundo se reúne para discutir
como superar o desafio das mudanças climáticas e precisamos que o
Brasil assuma sua responsabilidade, apresente propostas ambiciosas e
influencie outros países para que tenhamos um acordo do tamanho do
desafio. É essencial que as negociações em Lima nos impulsionem em
direção a um importante acordo internacional em Paris no próximo ano.”
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