Ativistas faziam protesto pacífico contra a exploração de petróleo na região das Ilhas Canarias, na Espanha
Ativistas saem do Arctic Sunrise em direcao a plataforma de
petroleo nas Ilhas Canarias. (Greenpeace Espanha)
Uma ativista foi hospitalizada e outro foi ferido por conta de uma
repressão violenta da Marinha espanhola a protesto pacífico do
Greenpeace Espanha, no último sábado. Os barcos da Marinha colidiram
várias vezes com os botes do Greenpeace que levavam os ativistas em
direção à plataforma Rowan Renaissance, com a qual a empresa Repsol
pretende prospectar petróleo na região das Ilhas Canárias, popular
destino turístico da Espanha. Além dos ferimentos, os botes que
sofreram as colisões foram inutilizados.
Os botes carregavam faixas com a mensagem “Não à exploração de
petróleo. Sim para as energias renováveis”, escrito em espanhol. Durante
o protesto, eles foram agressivamente interceptados por três barcos da
Marinha espanhola em alta velocidade, que estava escoltando o ‘Rowan
Renaissance’ desde sexta-feira. A tática agressiva da acabou derrubando
uma ativista ao mar e ferindo outro. A ativista fraturou uma perna e foi
levada ao hospital Las Palmas pela própria Marinha. Já o outro ativista
tratou seus ferimentos no Arctic Sunrise.
Esta é a primeira campanha contra exploração de petróleo realizada
pelo Arctic Sunrise desde que ele foi consertado. O navio passou 10
meses sob custódia do governo russo depois do protesto em uma plataforma
de petróleo no Ártico em Setembro de 2013, em que 30 ativistas foram
presos.
Em resposta ao pedido da Marinha espanhola, na sexta-feira à noite,
para que o Arctic Sunrise deixasse a área próxima à plataforma Rowan
Renaissance, o capitão Joel Stewart respondeu às autoridades:
“Nós vamos permanecer onde estamos. Somos obrigados a ficar aqui pelo
noso compromisso com a proteção do meio ambiente. Nós não vamos
permitir a exploração de petróleo pelo Rowan Renaissance nessas águas,
porque isso é considerado extremamente imprudente tanto por nós quanto
por nossos milhões de apoiadores. E nós estamos pedindo para que o
governo da Espanha proteja o meio ambiente e as pessoas das Ilhas
Canárias, em vez de proteger os benefícios corporativos da Repsol.”
O Greenpeace é contra a exploração de petróleo e avisou às
autoridades espanholas que o projeto nas Ilhas Canárias não cumpre as
exigências de várias diretrizes europeias. As autoridades também foram
alertadas de que foi durante a fase de prospecção, em que esse projeto
se encontra agora, que aconteceu o desastre no Golfo do Mexico em Abril
de 2010. “Um vazamento de petróleo como o que aconteceu no lá seria
devastador para o meio ambiente e também para a economia da região,
bastante dependente do turismo,” disse Julio Barea, do Greenpeace
Espanha.
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