Friday, March 7, 2014

Meio milhão de motivos para a P&G proteger as florestas

Hoje é um marco na campanha pela proteção das florestas da Indonésia.
Meio milhão de pessoas aderiram ao movimento pedindo pelo fim de desmatamento nas cadeias de abastecimento de grandes marcas globais – e este é só o começo!
Nas duas últimas semanas, você foi parte de algo grande. Com tigres acrobatas nas alturas, petições pelas ruas e um vídeo de partir o coração, estamos desafiando a dona de Head & Shoulders, a Procter & Gamble, a excluir de suas linhas de produção o óleo de palma com origem em desmatamento e práticas predatórias na floresta.


Ativistas do Greenpeace protestam no escritório central da P&G em Cincinnati, estado de Ohio, nos Estados Unidos. (© David Sorcher / Greenpeace)


Ativista vestido de tigre explica a destruição de florestas causada pela produção predatória de óleo de palma na Indonésia aos pedestres em Estocolmo, na Suécia. (© Christian Aslund / Greenpeace)


Ativista do Greenpeace protesta com imagem do shampoo Head & Shoulders, produzido pela P&G, enquanto explica a situação para funcionários da empresa na Alemanha. (©Bert Bostelmann / Greenpeace)


Apesar disso tudo, a P&G está agindo como se não houvesse problema algum. Foram quase 250 mil e-mails enviados para o presidente da empresa, e fomos todos ignorados. Apesar de todas as evidências reunidas no relatório de investigação da cadeia de fornecedores (em inglês), a P&G insiste que atende requisitos de sustentabilidade ao comprar óleo de palma de produtoras controversas e reincidentes em crimes contra a floresta.
Algumas posições da P&G e o que pensamos sobre elas:
P&G diz que tem um compromisso com óleo de palma sustentável. A Mesa Redonda do Óleo de Palma Sustentável (Roundtable for Sustainable Palm Oil – RSPO, em inglês), que sustenta a política da P&G, vem sendo questionada por anos pela fragilidade dos critérios adotados, que não são suficientes para garantir a exclusão do desmatamento das cadeias de fornecimento das empresas certificadas. Mais do que isso, todos os habitats naturais dos orangotangos devastados que nossa equipe de investigação encontrou tinham virado plantações administradas por membros certificados pela RSPO. Seria um sinal de que elas, assim como a P&G, são sustentáveis? Claro que não…
P&G diz que se preocupa com a questão do desmatamento. Realmente? Quão sério você pode ser se os seus fornecedores já derrubaram milhares de hectares de floresta e você nunca se deu ao trabalho de perguntar de onde vem o óleo palma que compra? Se concorrentes como L’Oreal, Unilever e Nestlé podem ir além da RSPO e se comprometer com uma política de não-desmatamento, a P&G também pode.
P&G diz que vai investigar os fornecedores que identificamos. Certo. Mas o que investigamos é apenas uma parte, e muito pequena, da destruição causada pelo óleo de palma. E apenas investigar estes casos específicos não vai livrar seus produtos do desmatamento. Para impedir que isso volte a acontecer, a P&G precisa de fato averiguar as denúncias e se comprometer publicamente com uma política rígida e progressista de combate ao desmatamento.
Nós não vamos desistir. Com a força de meio milhão de pessoas que se uniram ao movimento, estamos colocando um basta nessa situação: não nos tornem cúmplices da destruição das florestas pelos produtos que uso no meu dia a dia.
É hora da P&G se tornar uma orgulhosa patrocinadora das florestas tropicais e se comprometer com o combate ao desmatamento. Junte-se a nós e seja parte dessa campanha.

Livre-se das caspas promovendo o desmatamento?

Equipe de voluntários arma as duas entradas no escritório da agência Saatchi and Saatchi’s em Londres. Eles criaram a campanha publicitária do Head & Shoulders, shampoo da linha de produtos Procter & Gamble. (© Jiri Rezac / Greenpeace)

Já era hora de fazer uma escolha. E esta hora chegou para os colaboradores da Saatchi and Saatchi’s, agência responsável pelas campanhas publicitárias do Head & Shoulders.
Hoje um time de voluntários do Greenpeace armou uma divisória na entrada do escritório da agência, em Londres. Funcionários que chegavam para trabalhar tinham que escolher se entravam pela porta “proteger as florestas” ou pela outra, com a inscrição “destruir as florestas”. O resultado foi tabulado pelo Greenpeace como uma pesquisa para descobrir a visão da agência sobre o problema.
Do lado de fora do prédio onde fica o escritório da agência, desde as 8 horas da manhã, ativistas informavam os profissionais que trabalharam na campanha do Head & Shoulders sobre o segredo sujo da P&G, e pediram para que eles se posicionassem sobre a questão.
“Saatchi and Saatchi passou anos estudando e analisando como pensa o público. Eles sabem, ou vão acabar sabendo que os consumidores querem se livrar das caspas sem exterminar os tigres. Então, quem melhor que a agência para aconselhar a P&G a romper de vez seus laços com o desmatamento?”, questiona Richard George, da campanha de florestas do Greenpeace Inglaterra
Nas duas horas em que a instalação ficou de pé, na entrada do escritório da agência, 211 funcionários passaram por ela. 163 pela porta da proteção das florestas e apenas 48 pela porta da destruição.
“Pelo resultado de nossa pesquisa, com 163 dos 211 funcionários passando pela porta da proteção das florestas, parece que, definitivamente, eles não simpatizam com destruição ou desmatamento. Grande parte dos consumidores da P&G também não. Esperamos que a Saatchi’s consiga passar isto aos seus clientes”, concluiu.

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