Tuesday, March 11, 2014

Meio ambiente no menu dos presidenciáveis


Parque Nacional das Serras do Tumucumaque, no Amapá, é a maior unidade de conservação do Brasil e o maior parque de floresta tropical do mundo (©Greenpeace/Rogério Reis/Tyba).

A cerca de seis meses das eleições para Presidente, a sociedade civil brasileira tem participado de agendas oficiais com os pré-candidatos para garantir que a pauta socioambiental seja plenamente contemplada em suas campanhas eleitorais. Em dezembro, o encontro aconteceu durante um jantar com o senador mineiro Aécio Neves, do PSDB. Nesta segunda-feira (10) foi a vez do governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência, Eduardo Campos, e de sua provável vice, a ex-senadora Marina Silva, ambos filiados ao PSB.
Em almoço na casa de Fábio Feldmann, ex-deputado federal e hoje consultor em sustentabilidade, estavam presentes Marina Silva, Eduardo Campos e cerca de 50 pessoas do movimento ambientalista e da área de sustentabilidade do setor privado. Fernando Rossetti, diretor-executivo do Greenpeace Brasil, esteve presente representando a organização.
O objetivo dos encontros é promover o conhecimento mútuo e a aproximação dos candidatos com o setor ambientalista da sociedade civil. Em clima descontraído, os pré-candidatos apresentaram alguns dos eixos eleitorais a serem adotados na campanha, e mostraram os programas e agendas com as pautas que deverão enfrentar no embate das eleições.
Os ambientalistas acreditam que reuniões como essa ajudam na construção de uma plataforma de diálogo de onde podem surgir propostas novas que tirem a questão ambiental da periferia das prioridades do governo.
Desde já, o Greenpeace está trabalhando para cobrar dos candidatos uma posição eleitoral sobre temas relevantes para a sociedade, como o controle do desmatamento na Amazônia, que pode influenciar fortemente o regime de chuvas e as mudanças climáticas no país e no mundo; e mobilidade urbana, com mais transporte público acessível e de qualidade para toda a população.
Outras questões indispensáveis, como a disputa pela demarcação de terras indígenas, a criação e implementação de unidades de conservação e o incentivo à adoção de fontes renováveis na matriz energética também farão parte das pautas de discussões.
A presidente Dilma Rousseff até hoje não cumpriu sua promessa de campanha da última eleição de preservar as florestas do Brasil. Ela não só liberou o novo Código Florestal como queria a bancada ruralista, como também está leiloando as áreas protegidas do país. Como cidadãos civis e eleitores, todos os brasileiros devem exercer seu direito e dever de cobrar dos candidatos uma postura coerente, justa e sustentável, que respeite o meio ambiente como parte indissociável da nossa cultura e sociedade.

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