Wednesday, September 4, 2013

Sinais de mudança

 Turbinas em Fortaleza, Ceará (© Greenpeace / Flavio Cannalonga) 

O fracasso da indústria fóssil no leilão de energia realizado dia 29 de agosto serviu como exemplo para o governo perceber que as energias renováveis são competitivas e despertam interesse no mercado energético brasileiro. Coincidência ou não, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão,  já confirmou a presença de energias renováveis nos próximos dois leilões, a serem realizados no fim do ano.
Depois que nenhum watt proveniente da queima do carvão foi comercializado, mesmo com claros incentivos do governo federal, a energia de biomassa vendeu 647 MW no último leilão de energia, o que mostrou a crescente competitividade de fontes de energia limpas.
Com isso, Edison Lobão anunciou nesta terça-feira, dia 3, que a energia solar também será incluída no próximo leilão A-5, previsto para acontecer no dia 13 de dezembro. Segundo ele, a entrada dessa fonte vem com o intuito de diversificar a matriz energética brasileira.
Na última semana, o ministério de Minas e Energia já havia anunciado a presença dessa fonte no leilão A-3 marcado para dia 18 de novembro, o que seria a estreia da energia solar no mercado.
Para Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, incluir energia solar no leilão de dezembro é um sinal de incentivo às renováveis: “a fonte entra com mais chances no leilão A-5 [que prevê o fornecimento da energia contratada em cinco anos], em função do prazo maior de construção, já que se trata de uma tecnologia nova, em desenvolvimento”.
Além da solar, outra fonte que não estava prevista para o leilão A-5 e que também foi incluída é a eólica. Depois de sua participação positiva no Leilão de Energia de Reserva, realizado em agosto, a sua inclusão pontua o crescimento das fontes renováveis nos planos do governo brasileiro.
O Greenpeace é a favor da diversificação da matriz energética brasileira utilizando fontes renováveis, como solar, eólica ou de biomassa e contra a ressurreição das usinas térmicas  a carvão, uma das grandes responsáveis pelo aquecimento global.

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