Seca na Amazônia, em 2005. Foto: Greenpeace/Daniel Beltra
O relatório do Greenpeace mostra que os ataques dos chamados céticos climáticos à ciência do clima não são de hoje. Eles se arrastam há pelo menos duas décadas, e continuam sendo financiados pela indústria de combustíveis fósseis. E um dos alvos favoritos é justamente o IPCC, um órgão global que reúne centenas de pesquisadores ao redor do mundo para falar das mudanças climáticas.
Os estudos sistematizados pelo IPCC sobre mudanças climáticas têm altíssima credibilidade mundo afora. Mas a cada novo relatório divulgado pelo time de cientistas, uma saraivada de ataques costuma chegar dos céticos, que acham as previsões exageradas e costumam negar a participação humana no aqueicmento global.
O Heartland Institute, organização com sede nos EUA e que apoia o livre mercado, está para lançar um novo documento colocando em dúvida mais uma vez os dados do IPCC. Mas ao contrário do Painel Intergovernamental, o time de céticos ancora sua milionária campanha em recursos que vêm de companhias como a petrolífera ExxonMobil e associações como a American Petroleum Institute.
“Nós diagnosticamos uma máquina muito bem organizada e financiada por grandes empresas poluidoras, que desde a década de 1990 vem atuando para tentar negar os resultados científicos sobre mudanças no clima”, diz Kert Davies, diretor de pesquisas do Greenpeace nos Estados Unidos. “’Jogando com a dúvida’ esclarece o que está por trás dessas críticas, quem as financia e quais truques eles usam para disseminá-las”.
O relatório do Greenpeace é uma atualização do documento de mesmo nome, lançado em 2010.
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