Por muitos anos, através de protestos e articulações políticas, o movimento indígena conseguiu frear a tramitação desse projeto. Por meio de manobras, entretanto, alguns parlamentares conseguiram trazer a matéria de volta à pauta. No último mês de abril, na semana em que se comemora o Dia do Índio, cerca de 150 lideranças ocuparam o plenário principal da Câmara dos Deputados e conseguiram adiar a criação da Comissão Especial que analisará a proposta, um compromisso assumido pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), com a bancada ruralista.
Nesta quarta-feira, dia 4, está previsto o cumprimento do compromisso de Alves: ele pretende assinar a instalação da Comissão. Mobilizados, os indígenas convocaram um Twitaço para amanhã, a fim de pressionar para que o presidente da Casa mostre que não assumiu esse cargo para ceder aos interesses da parcela mais atrasada do agronegócio, que quer ver as Terras Indígenas e tudo o que resta de floresta brasileira dando lugar a pasto e campo de soja.
O governo Dilma foi o que menos demarcou
Terra Indígena desde a ditadura militar. Com a aprovação da PEC, isso só
tende a piorar. Se você também é contra a expropriação dos direitos
indígenas e de suas terras, use a hashtag #PEC215Nao e participe do
Twitaço. É amanhã, às 16h!
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