Friday, October 11, 2019

Lideranças indígenas fazem jornada pela Europa para denunciar violências contra os povos originários no Brasil

por Greenpeace Brasil

Grupo formado por representantes de várias etnias percorrerá 12 países europeus para mostrar a autoridades, empresas e sociedade europeia a realidade vivida pelos indígenas brasileiros
De 17 de outubro a 20 de novembro, uma comitiva de lideranças indígenas de diferentes etnias visitará 12 países europeus para denunciar a onda de violência que os povos originários do Brasil vêm sofrendo nos últimos tempos, em especial desde o início do governo Bolsonaro.
Realizada pela Articulação dos Povos Indígenas no Brasil (Apib), em parceria com outras organizações, a campanha Sangue Indígena: Nenhuma Gota a Mais
quer pressionar o governos e empresas a cumprirem os acordos internacionais climáticos e de direitos humanos (inclusive direitos dos povos indígenas) dos quais o Brasil é signatário.
Para isso, as lideranças indígenas Sônia Guajajara, Alberto Terena, Angela Kaxuyana, Célia Xakriabá, Dinaman Tuxá, Elizeu Guarani Kaiowá e Kretã Kaingang, farão a jornada para encontrar autoridades e representantes da sociedade europeia e denunciar a realidade dos povos indígenas brasileiros – que vivem um verdadeiro genocídio.
A jornada começa na Itália durante o Sínodo dos Bispos para a Amazônia. Na sequência, as lideranças seguem para Alemanha, Suécia, Noruega, Bélgica, Holanda, Suíça, França, Portugal, Inglaterra e Espanha. Estão previstos encontros com autoridades e lideranças políticas, membros do Parlamento Europeu e da bancada verde, alto comissionado de órgãos de cooperação internacional, empresários, tribunais internacionais, imprensa, ativistas, ambientalistas e artistas.
Que denúncias serão feitas?
Os integrantes da Jornada Sangue Indígena vão apresentar dados
levantados pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que comprovam a “explosão” das invasões a territórios indígenas em 2019. De janeiro a setembro deste ano, foram 160 invasões em 153 terras indígenas contra 111 casos do tipo em 76 territórios em 2018. O ano de 2019 nem acabou e já se contabiliza um aumento de 44% no total de ataques e de 101% no número de terras atingidas, em relação ao ano passado.
Outro relatório
que será apresentado é o divulgado pela Apib e pela Amazon Watch, que comprovou como empresas europeias e norte-americanas, entre bancos, madeireiras e fabricantes de acessórios, financiam a devastação da Amazônia.

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